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A importância da socialização na educação infantil

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1 Cristina Evaristo Camargo; Cyandra Ribeiro da Silva 
2 Juliana Vieira Ferreira 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (PED1783) – Prática do Módulo I – 
01/06/2019 
 
A IMPORTÂNCIA DA SOCIALIZAÇÃO NA 
EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
Acadêmicos¹ 
Tutor Externo² 
 
 
 
RESUMO 
 
Este trabalho pretende analisar a escola além de suas atribuições principais de 
instituição de produção de saberes, mas sim como espaço privilegiado de socialização e 
a educação como estrutura de inserção social. A partir destes apontamentos, surge a 
necessidade de compreender de qual forma a escola contribui para a socialização, 
levando em consideração as diversas características envolvidas neste processo como a 
aquisição de valores éticos e morais, bem como a construção da identidade e a 
capacidade relacionar-se e interagir. Vendo também o papel do professor durante esse 
processo e de qual forma as brincadeiras contribuem para esse desenvolvimento social 
na educação infantil. 
 
 
 
Palavras-chave: Socialização. Professor. Educação Infantil. 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Antes de ingressarem na escola, as relações sociais das crianças são basicamente 
centradas na família, é dentro da família que a criança faz suas primeiras representações 
e ao entrarem no ambiente escolar, os alunos tem a oportunidade de ampliar tais relações, 
progredindo em suas aprendizagens sociais. 
 E atualmente tem se pensado mais em elaborar novas práticas pedagógicas, que 
deixem de lado o modelo tradicional de ensino. Visando na aprendizagem, integração e 
socialização das crianças na educação infantil, e uma destas práticas que veio para somar 
é o brincar como uma ferramenta de ensino. 
 As brincadeiras que ocorrem no ambiente escolar, mediadas por professores, 
facilitam as relações sociais entre as crianças, criam vínculos de afetividade e amizade, o 
que é muito importante na educação infantil. 
 Visto disso, o presente trabalho, busca através da pesquisa bibliográfica, materiais 
teóricos que tragam informações sobre o processo de socialização infantil. 
 
 
 
 
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1 A IMPORTÂNCIA DA SOCIALIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
A socialização, vista da forma mais simples, é o ato de inserir um novo indivíduo 
em uma determinada sociedade, assimilando os hábitos e características de onde está 
sendo incluído, ou seja, uma pessoa socializada é aquela que com êxito, tornou-se 
membro de seu grupo, comunidade ou sociedade. Porém, esse ato não deve ser visto 
apenas como o conjunto social, é preciso ver todos os benefícios que a socialização 
apresenta para esse indivíduo que se insere. 
 
 No entanto, primeiramente é preciso dizer que existem dois tipos de socialização, 
que é a socialização primária e a secundária. A socialização primária é onde o ser tem o 
primeiro contato com o ambiente, interioriza a linguagem, as regras básicas da sociedade, 
a moral e os costumes do grupo. Criam e constroem a si mesmos com base no que 
aprenderam, sendo normalmente sua principal instituição a família. Já a socialização 
secundária, é todo processo subsequente que insere um indivíduo já socializado em novos 
setores no mundo, ou seja, se refere ao estágio em que se aprende como se comportar e 
quais ações devem ter como resposta, pensando em sociedade. 
 
 Assim é possível dizer que primeiro nos socializamos para lidarmos com nós 
mesmos, para depois, aprender a fazer parte da sociedade. Sendo que a socialização cria 
as qualidades que nos tornam plenamente humanos. 
 
 E querendo ou não, nossa primeira condição é a de ser criança, e é ainda nessa 
fase que se começa a perceber o mundo ao redor, se aprende a distinguir sensações, 
objetos e pessoas, sendo que algumas assumem um papel afetuoso. Desde o início a 
criança desenvolve uma interação não somente com o corpo e o ambiente físico, mas 
também com os outros seres humanos. 
 
 Pois para se desenvolver, as crianças tem necessidade da presença de outras 
pessoas para que assim possa ter a capacidade de se desenvolver dentro de uma sociedade. 
No entanto, entender que não se está sozinho no mundo é um processo complicado para 
as crianças e por esses motivos que começam a surgir expressões como “é meu” ou “eu 
vou” que são tão comuns na boca deles. 
 
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 Já que “A princípio as crianças brincam sozinhas, depois ao lado de outras 
crianças e finalmente juntas.” (PAPALIA, 2010, p.292). No entanto, quando a criança 
brinca sozinha também não significa que seja uma dificuldade de relacionamento 
podendo ser apenas um desejo momentâneo ou até mesmo uma demonstração de 
maturidade e independência. Mas claro que todos os atos devem ser observados com 
cautela para a possível identificação de algo ou não. 
 
 Não pode deixar de ser comentado o papel da educação infantil, nos valores, nas 
práticas sociais capazes de contribuir para a construção de uma sociedade mais 
democrática e feliz. Pois é na maioria das vezes, na educação infantil, que a grande 
maioria das crianças tem o primeiro contato com outros da sua faixa etária 
 
 A escola é um vasto espaço para a socialização, já que é neste espaço que a criança 
sai de sua zona de conforto e começa a se relacionar com pessoas diferentes, de culturas 
diferentes, e a partir daí que surge o choque cultural, mas com isso que se deve reforçar 
o sentido mais positivo disso que é o respeito e a compreensão das diferenças. 
 
 Deve-se observar que uma das características mais marcantes da socialização é 
justamente a possibilidade de haver a troca entre culturas diferentes, observando seus 
modos de pensar, agir e viver. O mundo de hoje, exige que cada vez mais as pessoas 
consigam se relacionar com as outras, respeitando seus princípios e valores, não cabendo 
espaço para qualquer forma de descriminação. 
 
Ao mesmo tempo, é justamente as crianças que tem mais facilidade de lidar com 
a diversidade, portanto um ponto de partida importante para a construção da formação 
ética e de respeito ao diferente. 
 
 Estudos apontam que quanto mais cedo a criança é inserida na educação infantil 
seu desenvolvimento surgirá também mais cedo. E não apenas na parte intelectual onde 
a criança irá adquirir muito conhecimento. Mas também na área social onde será possível 
aprender a conviver desde cedo com outras pessoas, a lidar com elas e ainda por cima 
conhecer a si mesmas. 
 
Papel que ganhou destaque nos documentos norteadores da educação, como 
segundo a BNCC: 
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O eu, o outro e o nós – É na interação com os pares e com adultos que as 
crianças vão constituindo um modo próprio de agir, sentir e pensar e vão 
descobrindo que existem outros modos de vida, pessoas diferentes, com outros 
pontos de vista. Conforme vivem suas primeiras experiências sociais (na 
família, na instituição escolar, na coletividade), constroem percepções e 
questionamentos sobre si e sobre os outros, diferenciando-se e, 
simultaneamente, identificando-se como seres individuais e sociais. (BNCC, 
p. 36). 
 
 E essa construção de si próprios, só surge com a capacidade das crianças de se 
sentirem aceitas, acolhidas, ouvidas e amadas o que oferece segurança para a formação 
social. E ainda mais fácil quando se cria a partir da socialização, laços, pois as amizades 
tem grande significância na vida toda e principalmente na fase da infância. Já que “Com 
seus amigos, a criança aprende a se comunicar e cooperar. Aprende sobre si mesma e 
sobre os outros. Uma ajuda a outra a suportar transições estressantes, como o começo em 
uma nova escola ou a adaptação ao divórcio dos pais.” (PAPALIA, 2010, p.375). 
 
Outro ponto que deve ser destacado é que a possibilidade de desde muito cedo 
efetuarem escolhas e assumirem pequenas responsabilidades favorece o desenvolvimento 
social, pois faz com que se sintam mais confiantes e capazes. Mas para isso as crianças 
devem ser vistas como seres pensantesque possuem opiniões pré-estabelecidas que ainda 
precisam de pequenos auxílios adultos para que assim consigam definir suas ideias. 
 
No entanto para que essas concepções das crianças, possam ser amadurecidas é 
necessário criar uma autonomia. Mas também o estabelecimento de limites precisos é 
fundamental para o desenvolvimento social, pois ajuda o indivíduo a perceber até onde 
pode ir e agir sem prejudicar e comprometer o espaço do outro, podendo assimilar melhor 
o que o ambiente espera dele. Sempre lembrando que se deve lidar com crianças e manter 
essa essência infantil e não pensar que estamos lidando com adultos em miniatura. 
 
 De modo geral, os grupos sociais, família e escola são peças fundamentais na 
construção do sujeito social. A família é aquela que oferece os primeiros cuidados, 
garantindo não apensas a sobrevivência como também por materialização de crenças e 
valores que posteriormente implicarão na formação do ser. E a escola, enquanto espaço 
de socialização e integração de crianças, deve contribuir para a construção de valores 
relacionados ao respeito, segurança, amizade, o compartilhar, aprender a ouvir e respeitar 
o outro, buscando a construção integral de todos os indivíduos que ali convivem 
 
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2.2 O PAPEL DO PROFESSOR NA SOCIALIZAÇÃO DAS CRIANÇAS 
 
 
O professor é peça fundamental na formação moral e social do educando, 
orientando na medida do possível o aluno em todos os aspectos de sua vida. O educador 
não apenas ensina as disciplinas, mas também tem o dever de inserir assuntos e discussões 
acerca do dia a dia, do mundo em geral, de forma a introduzir gradativamente o aluno na 
sociedade. 
 
Um dos aspectos mais importantes da educação infantil é a participação do 
professor no processo de aprendizado motor, psicológico e social das crianças. O papel 
do professor é, antes de mais nada, incentivar os pequenos nesse processo, estimulando 
a descoberta de si mesmo, do outro e do mundo ao redor. Ao mesmo tempo, o professor 
atua como mediador entre o conhecimento e a criança, proporcionando o acesso à 
informação e a aquisição das novas competências e habilidades. 
 
É preciso possibilitar à criança condições para aprender a agir no mundo em que 
vive hoje e o que o espera amanhã. Neste sentido, o professor não pode desvalorizar o 
saber que o aluno traz consigo, mas sim recorrer a ele tornando-o, ponto de partida, pois 
é importante embasamento para ajudá-lo a ir do meio em que vive até o mundo que irá 
fazer parte do seu desejo. 
 
É necessário que o professor conheça as fases do desenvolvimento infantil em 
diferentes aspectos, pois neste sentido, educar uma criança não é prepará-la simplesmente 
à vida, mas torná-la apta para o mundo em que vive agora e que viverá depois como 
consequência das transformações pessoais e as mudanças do mundo globalizado. 
 
O educador, que tem a concepção de que aprende enquanto ensina, também é capaz 
de enxergar com outros olhos suas crianças, valorizando-as, compreendendo-as em suas 
dificuldades. Preocupa-se em ofertar pra elas um ambiente rico e desafiador, que 
realmente as “prepare para a vida”, em todos os níveis do comportamento humano: 
biológico, psicológico e social. 
 
O educador segue a evolução social e cultural de sua comunidade e do mundo, 
e deve utilizar todas as ferramentas e ideias disponíveis para aprender e 
ensinar, para tornar sua sala de aula o lugar mais encantador do mundo. 
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Queremos a escola do encantamento onde todos se sintam incluídos. 
(HAETINGER, 2005, p.83). 
 
Muitos são os desafios dos profissionais quando se busca uma educação de 
qualidade. Um deles é justamente compreender a individualidade de cada criança, para, a 
partir delas, pensar quais objetivos pretende para a turma em questão. Para isso, é preciso 
estar atento a cada sujeito que faz parte da turma e, ao tempo proporcionar um ambiente 
escolar de qualidade comum a todos estes alunos, no qual vivenciem valores essenciais 
para o desenvolvimento de valores morais e sociais. 
 
Sendo assim, é preciso que o professor aproveite as situações conflitantes que 
surgem em diversos momentos, como os de brincadeira e recreação, para dialogar com 
seus alunos sobre regras e sentimentos, levando a criança a compreender o que o outro 
sente, o que pensa a respeito da situação, enxergando a necessidade do respeito a da 
colaboração com o outro. 
 
 
2.3 SOCIALIZAR BRINCANDO 
 
A escola, sendo um lugar de crianças, é também um local de brincadeiras. Por ser 
esta uma atividade espontânea e legítima das crianças, a escola pode e deve ser um 
ambiente facilitador e propiciador das brincadeiras. “O brincar é sem dúvida um meio 
pelo qual os seres humanos e os animais exploram uma variedade de experiências em 
diferentes situações, para diversos propósitos”. (MOYLES, 2002, p.11) 
 
Esta variedade de experiências citadas por Moyles, ocorre no ambiente escolar de 
forma natural, mesmo que não provocada, demonstrando a criatividade das crianças em 
criarem situações lúdicas segundo suas próprias vontades. 
 
Se brincar é importante na infância, mais valioso ainda é na etapa da Educação 
Infantil, pois neste período os conteúdos e objetivos escolares devem ser trabalhados de 
forma lúdica, favorecendo aprendizagens significativas e o prazer em estar na escola. 
Trabalhar com brincadeiras e jogos nesta etapa favorece a participação ativa em 
experiências para explorar, perguntar e refletir sobre a realidade e a cultura em que vivem, 
levando a um desenvolvimento psicológico e social. 
 
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É importante que a escola favoreça situações lúdicas, nas quais as crianças façam 
novas descobertas, o que colabora para que desenvolvam a sua criatividade e 
independência de pensamentos e ações. Nas relações com outras crianças durante as 
brincadeiras os alunos estão desenvolvendo habilidades, princípios e valores sociais, que 
serão úteis durante toda a sua vida. 
 
Dentro desta perspectiva, visando a criança como um futuro cidadão, o brincar no 
ambiente escolar colabora com a compreensão de um sistema de regras sociais, que uma 
vez aprendidas, servirão de base para a sua vida futura. 
 
Portanto, o brincar deve ser parte integrante das atividades na educação infantil, 
planejado como um dos momentos da rotina diária, não apenas usado para preencher 
espaço entre uma e outra atividade. Ele é tão importante quanto as demais atividades, 
visto que contribui significativamente para aprendizagens sociais das crianças. 
 
Vivenciados na brincadeira, cooperar, competir, ganhar, perder, comandar, 
subordinar-se, prever, antecipar, colocar-se no lugar do outro, imaginar, 
planejar e realizar, são aspectos fundamentais à aprendizagem em geral, (...). 
É por isso que a aprendizagem escolar beneficia-se da brincadeira, e não 
porque um conteúdo específico do currículo escolar pretendeu ser ensinado por 
meio de um jogo. Assegurar tempo e espaço para brincar através de uma atitude 
valorizadora e participativa da brincadeira contribui, decisivamente, para o 
desenvolvimento e a aprendizagem das novas gerações, confirmando que 
brincar é, sim, aprender. (FORTUNA, 2007, p.20). 
 
Quando a criança vivencia brincadeiras utilizando a sua imaginação, pode utilizar 
os seus pensamentos para a resolução de problemas que lhes são importantes e 
significativos. Desta forma, a brincadeira cria um espaço no qual as crianças podem 
experimentar o mundo e internalizar uma compreensão particular sobre as pessoas e os 
sentimentos. 
 
Ao experimentar os desafios inerentes ao próprio brincar, as crianças podem 
aprender a lidar com a solidão, colaboração, cooperação, enfim muitos sentimentos. Ao 
fazer de conta, colocam em ação atividades que se situam entre a realidade e a fantasia, 
criando situações imaginárias nas quais assumem papéis e dão diferentes significados aos 
brinquedos. 
 
A escola através das oportunidadeslúdicas possibilitadas às crianças, favorece 
também segurança e autoestima destes estudantes, além de ampliar os laços de amizade 
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e afetividade com outras crianças, na medida em que a ajuda mútua existente durante as 
brincadeiras, cria vínculos de amizade. 
 
Os aprendizados sociais vivenciados através das brincadeiras ocorrem na medida 
em que a escola dá continuidade aos aprendizados morais e sociais iniciados na família, 
através da interação das crianças com outros colegas vindos de outras famílias e com 
culturas e valores diferentes dos seus. Por meio das brincadeiras e suas ações e reflexões 
a criança aprende regras de conduta sociais e morais que vai utilizar no seu dia a dia e 
futuramente também. É inclusive através da ludicidade, principalmente nas brincadeiras 
de faz de conta que a criança experimenta diversos papéis sociais, levando a perceber as 
diferenças existentes na sociedade, diferentes formas de pensamentos, enfim, 
apropriando-se e compreendendo o mundo social na qual está inserida. 
 
Os professores e toda a comunidade escolar, são transmissores de normas e valores 
que norteiam e preparam o indivíduo para viver coletivamente. Assim, é importante que 
as questões de vida em sociedade faça parte, com clareza, da organização curricular, 
levando a ética ao centro de reflexão e do exercício da cidadania. 
 
Contudo não podemos esquecer que a cidadania dos alunos não começa e nem 
acaba na escola, e deve ser encarada como um projeto global e participativo, envolvendo 
em prol de um mundo mais justo e democrático. Ela conquista-se no dia-a-dia, nas 
relações dos indivíduos, no conjunto das organizações da sociedade. 
 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
O procedimento metodológico utilizado para este trabalho foi qualitativo, que 
possui como características o pesquisador como principal instrumento da pesquisa alvo, 
a obtenção de dados predominantemente descritivos a partir do contato do pesquisador 
com a situação estudada. 
Pode-se então afirmar que a pesquisa é de caráter exploratório, uma vez que a 
pesquisa exploratória permite o controle dos efeitos desvirtuadores do pesquisador, 
possibilita que a realidade seja percebida tal como ela é, e não como o pesquisador pensa 
que seja. De acordo com Prodanov e Freitas (2013, p.14): 
 
A metodologia é compreendida como uma disciplina que consiste em estudar, 
compreender e avaliar os vários métodos disponíveis para realização de uma 
pesquisa acadêmica. A metodologia, em um nível aplicado, examina, descreve 
e avalia métodos e técnicas de pesquisa que possibilitam a coleta e 
processamento de informações, visando ao encaminhamento e à resolução de 
problemas e/ou questões de investigação. 
 
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O trabalho será produzido em forma de pesquisa bibliográfica sendo a primeira 
etapa com o levantamento do material bibliográfico, que se refere a classificação do 
material selecionado como fonte da pesquisa, por exemplo: livros, coletânea de textos, 
teses e dissertações, periódicos (Citando o nome daqueles que forma consultados). Na 
segunda etapa é o teste do instrumento para levantamento das informações, selecionando 
o material bibliográfico e realização de leituras. 
Realizar um pesquisa bibliográfica não significa apenas analisar informações, é 
necessário uma busca, analisar e verificar novas fontes de pesquisa que tenha uma base 
teórica, é necessário a busca aprimorada em lugares apropriados a trabalhos reconhecidos. 
 Para Gil (2007), os exemplos mais característicos desse tipo de pesquisa são sobre 
investigação, sobre ideologias ou aquelas que propõem à análise das diversas posições 
acerca de um problema já existente, através do problema localizado, a busca da pesquisa 
bibliográfica ira auxiliar no processo do desenvolvimento na construção do 
conhecimento. 
A pesquisa bibliográfica tem uma importante função no desenvolvimento nos 
mais diversos tipos de pesquisas, ela está presente em todos os estudos, as pesquisas 
desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. 
 
 
FIGURA 1 – SOCIALIZAÇÃO NA ESCOLA
 
 
FONTE: Disponível em: < http://pluraleducacional.com.br/?p=1048>. Acessado em: 2 
de Jun. 2019 
 
 Na imagem temos um desenho de um ambiente com algumas crianças, com a 
presença de um professor, representando um espaço escolar com crianças diferentes entre 
elas. E por meio desta imagem, pretendemos mostrar a diferença cultural presente na sala 
de aula, e pensado nela como todo um espaço de socialização e não apenas nos momentos 
ditos “livres” como a hora do recreio, lanches e semelhantes. E sim ver a escola no total 
como formadora de seres integrais, nos aspectos intelectuais, emocionais e sociais. 
 
 
 
http://pluraleducacional.com.br/?p=1048
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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Antigamente, muito se via a função da escola apenas com o papel de desenvolver 
os aspectos intelectuais dos alunos que nela ingressavam. Apenas os saberes referente a 
cálculos e linguagens e afins como algo importante a ser abordado nas escolas. 
Com isso o recreio e as brincadeiras, não passavam de momentos de descontração 
no ponto de vista dos adultos e muitas vezes interpretados até mesmo como 
desnecessários para alguns, sendo esses os poucos momentos de real socialização. Já que 
na sala o único que expressava suas opiniões era os professores. 
No entanto, ao longo do tempo, com pesquisas aprofundadas de estudiosos e 
filósofos, foi se percebendo a importância que esse tinha na educação das crianças. Assim 
as brincadeiras não só passaram a estar mais presentes nas escolas como a fazer parte das 
atividades cotidianas da educação infantil. 
Visto os benefícios de tudo isso, também se mudou a percepção que se tinha de 
socialização e os momentos de interação e troca entre os alunos passou a ser constante 
visto sua importância em um ambiente que engloba diversas culturas. 
 
 
5. CONCLUSÃO 
 
Através deste trabalho foi possível concluir que a educação infantil desempenha 
um papel de fator que contribui grandiosamente no desenvolvimento da criança enquanto 
um ser pensante e social. Pois escola é o primeiro contato da criança com a sociedade e 
entendemos que esta fase é primordial na formação de conceitos e valores, que muitas 
vezes são construídos através das brincadeiras em grupo. 
É também neste período, que a criança começa a construir seu ser social em um 
ambiente fora do contexto familiar, onde confronta com a diversidade sociocultural. Toda 
essa diversidade é trabalhada nas brincadeiras, onde as crianças começam a compreender 
valores primordiais para convivência em grupo. 
E assim começa a se ver como um membro ativo de sua própria sociedade, e 
entender que como parte desta sociedade precisa aprender a conviver com outros 
membros da mesma, mas que no entanto são diferentes, e sabendo que cada um possui 
direitos e deveres. 
Podemos concluir que as interações sociais são um aspecto chave para a educação 
infantil e que por conta disso merecem mais valorização e até mesmo um assunto que 
deve ser mais explorado e abordado durante a formação dos professores. 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC 
Versão Final. Brasília, DF, 2018. p. 36. 
 
FORTUNA, Tânia Ramos. Brincar é aprender: a brincadeira e a escola. 
Marista Sul: revista da Província Marista do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 
n.7, p.20-21, 31,maio/ago. 2007. 
 
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007. 
 
HAETINGER, Max. G. O universo criativo da criança na educação. 2 ed. Porto 
Alegre: Instituto Criar, 2005. 
MOYLES, Janet R. Só brincar? O papel do brincar na educação infantil. Porto 
Alegre: Artmed, 2002. 
PAPALIA, Diane E., OLDS, Sally Wedkos e FELDMAN, Ruth Duskin. 
Desenvolvimento Humano. 10. ed. Porto Alegre: Armed, 2010. 
PRODANOV, C. e FREITAS, E.C. Metodologiado trabalho cientifico: Métodos 
e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. 2 ed. Novo Hamburgo: 
Feevale, 2013.

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