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Resenha Crítica - John Locke - Esdras 2° Período Noturno

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CESV - Centro de Ensino Superior de Vitória 
 
Esdras de Souza Oliveira - 2° Período Noturno 
 
Resenha Crítica de: ​"John Locke e o problema da tutelo dos Direitos dos 
pobres"​ ​ ​- Felipe Ribeiro Cazelli 
 
 
Introdução 
 
O que o autor deste artigo retrata sobre John Locke, filósofo inglês, iluminista e 
liberal, é sua visão de sociedade civil sob a perspectiva da vida, liberdade e 
propriedade, onde há supostamente a igualdade entres os indivíduos, mas o que se 
presume perante a obra é o ideal político social do filósofo, que os pobres têm seu 
lugar perante as leis pela falta dos valores, que os levam a exclusão, postos à 
margem da sociedade. 
 
Estado de Natureza e Liberdade 
 
Analisando o ponto de vista de Locke, e o que o autor propõe no texto, a formação 
de uma sociedade civil, parte da ideia prática liberal das pessoas, e na percepção 
dos direitos embrionários em relação ao seu estado de natureza, o filósofo acredita 
nos ideias iluministas de igualdade e liberdade, através da emancipação sócio 
humana pelo conhecimento, e faz disto, uma proposta política de uma sociedade 
justa, e também para a conquista da convivência pacífica entre os cidadãos. 
O que se pode notar, é que apesar de Locke ter uma proposta justa, tem idéias a 
respeito da condição de pobreza da sociedade, no qual vive uma parcela 
significativa da população. 
 
Propriedade e Direitos 
 
Considerado o pai do individualismo liberal, porque entende que os direitos naturais 
insalienáveis do indivíduo à vida, liberdade e propriedade, são a essência do estado 
civil. Locke inaugura a idéia de separação dos pobres, prevendo dois poderes: o do 
rei e do parlamento. 
Segundo o autor, o filósofo tinha visões sobre a propriedade, a dos direitos naturais 
e a dos bens e posses, ou seja, o homem era naturalmente livre e proprietário de 
sua vida e trabalho, e através das leis criadas, terras existiam e quando 
incorporando o trabalho a essas, os resultados e frutos passam a ser de direito a 
quem os originou. Assim a propriedade passa a ser privada de direitos alheios e 
conservada por esse indivíduo sem que outro a viole. Se estabelece aí o pacto de 
consentimento, mantendo os direitos naturais e adquiridos, salvo que, para outros 
terem direitos a tais propriedades, teriam que trabalhar pelo direito às terras pelo 
consentimento do proprietário. 
 
Emancipação, Educação moral e Pobreza 
 
Olhando a perspectiva de Locke sobre a educação, o autor relata que seu intuito a 
tal, era promover a emancipação das pessoas, e com o pensamento liberal 
iluminista, a educação era a desenvolvedora do ser humano, e era transmitido em 
igualdade a todos indivíduos. Ontologicamente o homem nasce sem 
conhecimentos, o que o filósofo chama de "tabula rasa", e para tal adquirir o 
conhecimento, esse partiria do mundo exterior, de fora para dentro. Porém se ter o 
domínio de suas faculdades mentais era preciso disciplina no aprendizado e 
desenvolve-lás, assim poderiam possuir a obediência necessária quanto as leis e 
regras da sociedade civil. 
Para Locke a criança em desobediência era importante não ser tão rígido e nem tão 
negligente quanto a correção, tão pouco trabalhar com recompensas ao invés de 
punições, e sim ignora-las, levando a um alinhamento pedagógico e político liberal. 
O filósofo apregoa tal forma de educação à formação do caráter do indivíduo, que 
quando ignorados passam a ter noção de seus erros e buscam no isolamento a 
remissão, o que nos leva a pensar que para Locke os pobres desprovidos de 
posses e condições de auto sustento e de seus entes, eram malfeitores, pessoas 
sem caráter, marginalizados, e pela visão do filósofo, a esses a punição rígida era a 
exclusão social e o trabalho quase que escravo. Tal idéia promovida como uma das 
leis punitivas na monarquia inglesa, minimizaria os problemas gerados pelo mal da 
pobreza imposto a sociedade civil moderna. 
 
Conclusão 
 
Segundo a visão do autor e o pensamento de John Locke, conclui-se que a ideia de 
direitos naturais a vida, liberdade e propriedade, intrisicamente, os levam aos 
pensamentos liberais iluministas. 
A educação como forma de emancipação humana quanto ao conhecimento e razão 
liberal, contribuíram para uma sociedade civil eficiente e anti problemática. Porém a 
ideia do filósofo quanto a igualdade de direitos naturais entre os indivíduos se 
controversa com seu pensamento sobre propriedade e bens, em relação ao pobres 
marginalizados por ausência de educação moral, não tem direitos naturais 
garantidos e sim a exclusão e trabalho para seu sustento como forma tentativa de 
possuir direitos igualitários quanto a liberdade a vida e propriedade.

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