Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Clifford Geertz antropólogo estadunidense elaborou em seu livro ‘A Interpretcação’ das Culturas’, um estudo sistemático sobre o conceito de cultura em relação ao homem, o mesmo apresentou conceitos profundos e por vezes poucos aprofundados na antropologia. A ideia do ‘ser’ homem é abordada na perspectiva cultural. Assim, são apresentadas varias camadas do pensamento seja do ponto de vista biológico, psicológico e social. Na procura de enquadrar a cultura como ponto de partida Geertz se valida de várias concepções, sendo as principais delas a estratigráfica e a ideia de Consensus Gentium. Sendo a primeira uma organização do ser homem, tal organização é constituída por camadas internas, podendo ser a mesma organizada por níveis psicológicos, sociais e até mesmo biológicos, em contrapartida o Consensus Gentium seria um consenso comum entre a humanidade, o que do ponto de vista defendido por Geertz não é uma ideia aceitável, pois forma uma (cultura) padrão e é contra a natureza do ser humano porque a mesma é variada, reduzir os aspectos culturais em caixas é um equivoco, pois é a cada particulares encontradas nas sociedades que podemos compreender o que é o homem, o estudo da cultura nada tem a contribuir com essas generalizações. Geertz também se preocupa em refutar algumas ideias iluministas sobre o homem. Assim, a ideia de que o homem é um ser imutável é uniforme não é valida. O autor considera difícil analisar a perspectiva entre homem natural universal e homem constante, porém, como já apresentado o aspecto de um consenso comum é refutável devido às variantes da natureza humana e a cultura não deve ser vista como um simples padrão. Segundo Geertz o medo do historicismo e do relativismo cultural, faz com que os antropólogos fujam das particularidades culturais em relação à definição do homem, porém, apesar da oportunidade de tal receio, o autor sugere que façamos algumas observações a fim de chegar ao produto final e para isso ele sugere dois pontos de vista, sendo o primeiro a cultura como conjunto de mecanismo de controle, ele explica isso da seguinte forma, a racionalidade humana pode ser classificada tanto com pública quanto social e somos ao longo das nossas vidas sujeitos ao símbolos como por exemplo os gestos, tais símbolos existem antes de o nosso nascimento e irão permanecer até nossa morte, Geertz chega a dizer “A cultura, a totalidade acumulada de tais padrões, não é apenas um ornamento da existência humana, mas uma condição essencial para ela”. A partir dessa frase chegamos a segunda observação que é a necessidade desse controle para que haja ordem no comportamento, o ser humano necessita desses símbolos para um melhor organização social sem os mesmo estaríamos sujeitos até mesmo a guerra de todos contra todos. A organização cultural sem colocar em escalas é fundamental para a sobrevivência e perpetuação humana. Com a conclusão de que o homem é variado podemos compreender que os padrões não devem ser classificados como gerais, entretanto, como específicos, a cultura nos modela de forma única dentro de um todo e é a partir desse ponto de vista que Geertz da, a explicação para a escolha do título do capítulo, o impacto(choque) do conceito(classificação) de cultura(um todo) sobre o conceito do homem(ser mutável), a cultura nos tornou únicos e, ao mesmo tempo parte de um todo daí se da a relevância do capitulo tenta explicar essa ambiguidade que a cultura proporciona não é uma tarefa fácil
Compartilhar