Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Material de divulgação da Editora Moderna TRADIÇÃO E PIONEIRISMO QUE VOCÊ CONHECEOtimizar seu tempo é o nosso compromisso! COLEÇÃO APROVADA CONHEÇA NOSSA Itens inéditos para diagnóstico da sua turma! DE QUESTÕES CADERNO LÍNGUA PORTUGUESA SIMULADO SARESP – 9o AnO LÍNGUA PORTUGUESA Questão 1 – Este DOUTOR tão feliz, Que segue tão satisfeito, Que vai fazer, não me diz? – Dar cabo de algum sujeito. Fonte: GUIMARÃES FILHO, Alphonsus de. Poemas Reunidos 1935-1960. São Paulo: Editora Livraria José Olympio, 1960. p. 561. Para construir um efeito de humor no poema, o poeta faz uso de A) uma expressão idiomática. B) uma seleção de rimas perfeitas. C) uma frase de duplo sentido. D) uma construção intertextual. Questão 2 O BichO Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem. Fonte: BANDEIRA, Manuel. Estrela da Vida Inteira. 20a ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. No poema, observa-se que a palavra bicho é utilizada em sentido figurado porque refere-se a A) um homem com transtornos mentais que imitava um bicho. B) um homem que era morador de rua e que vivia com os bichos. C) um homem faminto que se comportava como se fosse um bicho. D) um homem pobre que demonstrava ser tão agressivo quanto um bicho. SIMULADO SARESP – 9o AnO LÍNGUA PORTUGUESA Questão 3 Segurança nO vOO Quem nunca voou não conhece os procedimentos básicos de segurança antes de se iniciar um voo. Após todos os passageiros se sentarem, os agentes de bordo (em geral, dois) se posicionam es- trategicamente em pé no avião e demonstram, através de gestos, os procedimentos de segurança a serem tomados em caso de emergências. Ao fundo, uma gravação padrão das companhias aéreas narra o texto: “em caso de despressurização máscaras individuais de oxigênio cairão automaticamente. Puxe uma delas para liberar o fluxo, coloque sobre o nariz e a boca, ajuste o elástico e respire normalmente; auxilie crianças ou pessoas com dificuldade somente após ter fixado a sua”. Seguindo os procedimentos de segurança, ainda antes de iniciar a decolagem, os agentes de bor- do conferem, passageiro a passageiro, se o cinto está afivelado. Feito isso, pronto, a tripulação está pronta para decolagem. Disponível em: <http://www.passagenspromo.com.br/home/destaque/seguranca-no-voo/>. Acesso em: 14 jan. 2016. (Adaptado). De acordo com o texto, os verbos utilizados pelos comissários de bordo para orientar os passagei- ros sobre possíveis procedimentos de emergência estão conjugados A) no modo indicativo, porque demonstram como os passageiros devem proceder em caso de emergência. B) no modo imperativo, porque declaram o que os passageiros devem fazer em caso de emergência. C) na forma nominal de particípio, porque indicam o resultado de ações terminadas em caso de emergência. D) na forma nominal de infinitivo impessoal, porque exprime superficialmente o que se deve fazer em caso de emergência. SIMULADO SARESP – 9o AnO LÍNGUA PORTUGUESA Questão 4 WhatSaPP dO gLOBO tranSfOrma LeitOreS em cOPrOdutOreS da nOtícia RIO – Seria só mais uma missa de domingo na Paróquia Nossa Senhora da Paz, em Ipanema. Mas a tranquilidade da tarde daquele dia 17 de agosto de 2014 foi interrompida por um homem que invadiu a igreja e fez um fiel refém. Em pouco tempo, a movimentação de policiais militares na Rua Visconde de Pirajá chamou a atenção de moradores como o engenheiro civil José Conde, de 55 anos. Assim que percebeu o tumulto, ele saiu de casa, munido de uma máquina fotográfica. Movi- do pelo impulso de registrar a cena, entrou na igreja e clicou o criminoso no momento em que ele apontava uma arma para a cabeça do refém. A imagem foi feita em primeira mão e vista por quase 66 mil internautas, que acessaram a reportagem no site do GLOBO naquele domingo. [...] – Quando eu entrei na igreja, vi o rapaz com a arma e não pensei duas vezes: tirei a foto. Fui para casa e mandei logo a imagem para O GLOBO, porque quando só você tem aquele registro é estimulante poder compartilhá-lo. Agora, com o WhatsApp, qualquer um tem a possibilidade de poder mostrar algo que está acontecendo na hora, seja um vazamento de água ou um crime – diz o leitor, que já pensa em trocar de celular para poder contribuir ainda mais com o conteúdo do jornal. — Meu aparelho é velho, mas já vou providenciar um novo, mais moderno, para instalar o WhatsApp e mandar fotos para O GLOBO. CARRERA, M. WhatsApp do GLOBO transforma leitores em coprodutores da notícia. O Globo, Rio de Janeiro. Abr. 2015. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/rio/whatsapp-do-globo-transforma-leitores-em- coprodutores-da-noticia-15849641>. Acesso em: 14 jan. 2016. A partir da situação exposta no texto, conclui-se que a palavra “coprodutores” pode ser substituída, mantendo o mesmo sentido, pela expressão A) autores principais. B) grupo de sócios. C) criadores em conjunto. D) associação de autores. Questão 5 A prisão perpétua é uma pena de segurança. A sociedade defende-se, afastando definitivamente do seu seio o homem que gravemente delinquiu. Mas é uma pena cruel e injusta. Priva o condenado não só da liberdade, mas da esperança da liberdade, que poderia encorajá-lo e tornar-lhe suportável a servidão penal. Torna impossível qualquer graduação segundo a natureza e circunstâncias do crime e as condições do criminoso, e retira todo objetivo à função atribuída primordialmente à pena, que é o reajustamento social do condenado. É, em geral, excessiva e não atende à necessária determinação no tempo, porque não findará em uma data fiada na sentença, mas durará enquanto o homem exista. BRUNO, Aníbal. Direito Penal: parte geral. Rio de Janeiro: Forense, 1962, p. 230. Para defender sua tese, o autor A) afirma que a prisão perpétua é uma defesa social, mas é um recurso cruel e injusto. B) define a prisão perpétua como sendo uma punição utilizada com a finalidade de garantir a segu- rança da sociedade. C) ressalta que a prisão perpétua impossibilita o objetivo da pena, que é a recuperação social do condenado. D) lembra que a prisão perpétua não tem data para terminar, uma vez que dura enquanto o conde- nado viver. SIMULADO SARESP – 9o AnO LÍNGUA PORTUGUESA Questão 6 redeS SOciaiS Oferecem vantagenS, maS traZ riScOS O uso indiscriminado do celular tem causado polêmica dentro das empresas goianas. Conforme gestores, não raro esse tipo de comportamento é um empurrão para o desligamento de funcionários. Disponível em: <http://www.appego.com.br/papiloscopistas-goias/9652-redes-sociais- oferecem-vantagens,-mas-traz-riscos>. Acesso em: 16 fev. 2016. Na notícia acima, há um desvio da norma padrão na palavra A) “traz”, cuja concordância verbal está em conflito com o sujeito da oração. B) “celular”, cuja concordância está em conflito com o sintagma nominal ao qual pertence. C) “polêmica”, que deveria concordar no plural com a expressão “empresas goianas”. D) “oferecem”, que deveria concordar com um objeto que também estivesse no singular. Questão 7 O novo Bilhete Único tem diversas vantagens e uma delas é a possibilidade de aquisição das cotas: Mensal, Semanal e Diária. Para obtê-lo, basta efetuar o cadastro. Ao recebê-lo você poderá carregá-lo nas lojas físicas, Postos Autorizados, pontos de venda (bancas de jornal, padarias, mer- cados, etc.). O novo Bilhete Único traz uma nova tecnologia para melhorar a forma de pagamento da tarifa em São Paulo. Em um único cartão você pode ter todos os tipos de créditos (Mensal, Estudante, Vale- -Transporte e Comum). Além disso, pode ser utilizado em todos os ônibus, micro-ônibus, Metrô e CPTM e nos terminais e estações de transferência do Expresso Tiradentes. Para utilizá-lo, encoste-o no validador instalado junto à catraca e espere a luz verde e o sinal sonoro (bip). Retire o bilhete e passe pelacatraca. Fique atento em relação à informação dos dias restantes de uso, quando se tratar de cota temporal. Disponível em: <http://bilheteunico.sptrans.com.br/novobu.aspx>. Acesso em: 18 jan. 2016. O cidadão da cidade de São Paulo que deseje utilizar o novo Bilhete Único poderá fazê-lo em todos os meios de transporte listados no texto, desde que ele A) apresente o bilhete ao motorista que libera a catraca. B) faça o carregamento do bilhete nas centrais da SPTrans. C) adquira um bilhete para cada tipo de crédito. D) faça o cadastro do bilhete para adquiri-lo. SIMULADO SARESP – 9o AnO LÍNGUA PORTUGUESA Questão 8 ... A obra em si mesma é tudo: se te agradar, fino leitor, pago-me a tarefa; se não te agradar, pago-te um papirote, e adeus. ... Que me conste, ainda ninguém relatou o seu próprio delírio; faço-o eu, e a ciência mo agradecerá. MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Ática. 1973. Os trechos apontam uma das características da obra de Machado de Assis. Ele tinha o hábito de construir narradores que A) eram extremamente cordiais com os leitores. B) faziam uso de linguagem informal quando se dirigiam ao leitor. C) provocavam os leitores, desafiando-os a ler a obra. D) tinham um tom modesto e preocupação em agradar o leitor. Questão 9 anima mundi: QuandO Seu fiLhO te Leva aO cinema, e vOcê adOra Crianças e adultos já podem se programar: começa no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira, 10 de julho, o 23º Anima Mundi – o maior festival brasileiro de animação –, que depois de ficar até dia 15 na capital fluminense, aterrissa em São Paulo (de 17 a 22 de julho). Não é comum que esses dois públicos compartilhem tão bem um passeio, mas no cinema animado cabe diversão e reflexão a igual medida – ainda mais com os 450 títulos selecionados nesta edição. MORAES, C. Anima Mundi: quando seu filho te leva ao cinema, e você adora. El País, Brasil. Jul. 2015. Disponível em: < http://brasil.elpais.com/brasil/2015/07/10/cultura/1436543898_872403.html>. Acesso em: 10 jan. 2016. O Anima Mundi é o maior festival brasileiro de animação e sua 23ª edição acontece nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. De acordo com o texto, o festival A) começa e termina simultaneamente nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. B) começa primeiramente no Rio de Janeiro e, posteriormente, vem para São Paulo. C) começa no Estado de São Paulo e, em seguida, vai para o Rio de Janeiro. D) começa em São Paulo enquanto ainda está em cartaz no Rio de Janeiro. SIMULADO SARESP – 9o AnO LÍNGUA PORTUGUESA Questão 10 Disponível em: <http://camarapedregulho.sp.gov.br/2015/news-and-events/252-sabesp- pedregulho-faz-campanha-pela-economia-no-consumo-de-agua>. Acesso em: 18 jan. 2016. Água Economizar é melhor do que ficar sem! A relação estabelecida entre a imagem e o texto verbal no cartaz: A) apela para que todos os cidadãos utilizem a água conscientemente para garantir a continuidade do abastecimento. B) solicita que os cidadãos que já economizam água no dia a dia continuem com essa ação. C) avisa aos cidadãos que, se não houver economia, haverá racionamento para que haja água para todos. D) determina que ficará sem água aquele que não economizar, pois haverá um controle do uso. Questão 11 tiO gaLiLeu A pobre mãe deu Betinho àquele homem: agradasse ao tio Galileu, com os dias contados, podia ser o herdeiro. Depois de partir lenha, puxar água do poço, limpar o poleiro do papagaio, o menino enxugava a louça para a cozinheira. Toda noite, Betinho subia a escada, para levar o urinol e tomar a bênção ao tio Galileu. Batia na porta: Entre, meu filho, O rapaz beijava a mão – branca, mole e úmida mãe-d’água. No domingo recebia a menor moeda, que o padrinho catava entre os nós do lenço xadrez. Tio Galileu raramente saía e, ao tirar o paletó, exibia duas rodelas de suor na camisa. Arrastava o pé, bufando, sempre a mão no peito. Afagava o papagaio, que sacudia o pescoço e eriçava a penugem: Piolhinho... piolhinho... Subindo a escada, dedos crispados no corrimão, isolava-se no quarto. O assobio através da porta: alegria de contar o dinheiro? Fechava a porta e conduzia a chave. Diante dele era feita a limpeza, pelo rapaz ou pela negra, nunca por Mercedes. Sentado na cama, coçando eterno pozinho na perna, vigiava. E não assobia- va com alguém no quarto. Instalado na cama que, essa, ele mesmo arrumava, sem permitir que virassem o colchão de palha. Fonte: TREvISAN, Dalton. Novelas nada exemplares. Rio de Janeiro: Editora Record, 1979, pág. 42. De acordo com a história, a sequência dos fatos narrados foi a seguinte: A) A mãe de Betinho deu o menino a Galileu. Galileu enriqueceu e se tornou muito cuidadoso com sua fortuna, que guardava no quarto. B) Galileu era um homem rico. A mãe de Betinho deu o menino a Galileu pensando que o menino podia ser o herdeiro de sua fortuna. C) Betinho, às vezes, limpava o quarto de Galileu. Galileu destrancava a porta, entrava e contava o dinheiro enquanto Betinho limpava o quarto. D) Quando limpavam o quarto, Galileu abria a porta e isolava-se nele assobiando e contando seu dinheiro, vigiando a limpeza de tudo. SIMULADO SARESP – 9o AnO LÍNGUA PORTUGUESA Questão 12 Querido Papai Noel: Dear Santa Claus: Com certeza você sabe quem eu sou, já que te escrevo todos os anos... HUMM... NÃO, NÃO... QUANTO MENOS ELE ME RECONHECER, MELHOR... Disponível em: <http://kmtirinhasdomundogaturro.blogspot.com.br/2013_07_01_archive.html>. Acesso em: 29 jan. 2016. A partir do texto e da imagem que a personagem aparenta ter de si mesma, podemos inferir que o gato A) imagina que não precisa se apresentar porque Papai Noel já o conhece de outros anos. B) sabe que Papai Noel deixará um presente para ele, mesmo não o conhecendo muito bem. C) supõe que o Papai Noel entrega presentes a todos, independentemente do comportamento de cada um. D) acredita que o Papai Noel só entrega presentes para pessoas que agem corretamente durante o ano. SIMULADO SARESP – 9o AnO LÍNGUA PORTUGUESA Questão 13 O cavaLO e O BurrO Monteiro Lobato O cavalo e o burro seguiam juntos para a cidade. O cavalo contente da vida, folgando com uma carga de quatro arrobas apenas, e o burro — coitado! gemendo sob o peso de oito. Em certo ponto, o burro parou e disse: – Não posso mais! Esta carga excede as minhas forças e o remédio é repartirmos o peso irma- mente, seis arrobas para cada um. O cavalo deu um pinote e relinchou uma gargalhada. – Ingênuo! Quer então que eu arque com seis arrobas quando posso tão bem continuar com as quatro? Tenho cara de tolo? O burro gemeu: – Egoísta, lembre-se que se eu morrer você terá que seguir com a carga de quatro arrobas e mais a minha. O cavalo pilheriou de novo e a coisa ficou por isso. Logo adiante, porém, o burro tropica, vem ao chão e rebenta. Chegam os tropeiros, maldizem a sorte e sem demora arrumam com as oito arrobas do burro sobre as quatro do cavalo egoísta. E como o cavalo refuga, dão-lhe de chicote em cima, sem dó nem piedade. — Bem feito! exclamou o papagaio. Quem mandou ser mais burro que o pobre burro e não compreender que o verdadeiro egoísmo era aliviá-lo da carga em excesso? Tome! Gema dobrado agora… SANTOS, Theobaldo Miranda. Criança Brasileira. In: Quarto Livro de Leitura: de acordo com os novos programas do ensino primário. Rio de Janeiro, Agir: 1949. (Adaptado) Analisando o discurso do narrador, observa-se que ele A) descreve a cena sem ler o pensamento das personagens. B) interfere na cena, dando constantemente sua opinião sobre os fatos. C) narra com detalhes o pensamento das personagens da história. D) participa da história, misturando-se com as personagens e fatos. Questão 14 – Como pôde fazer isso com o seu pai? – berrou um senhor que morava perto da praça. Eu o conhecia desde criança. Ele era um dos melhores clientes do meu pai. – Filha ingrata! – berrou uma moça que eu nem sabia quem era. – Seu pai sempre te deu tudo! – O castigo vem à cavalo, menina!Pode esperar – reconheci a voz de d. Margarida, no meio do povo apontando-me o dedo e me ameaçando. [...] Fonte: ELARRAT, Rafael. A fina flor da emoção. Belém: Multifoco Editora, 2011. p. 178. A pergunta que deflagra todos os enunciados do texto, bem como os comentários que a seguem, expressam com intensidade reações de A) dúvida. B) surpresa. C) indignação. D) ironia. SIMULADO SARESP – 9o ANO Língua POrtugueSa Questão 15 ESSA ESTRADA VAI PRA SÃO PAULO? SEI NÃO, DOTÔ... MAS SI ELA FÔ VAI FAZÊ UMA FALTA DANADA PRA NÓIS! Disponível em: <www.humortadela.com.br>. Acesso em: 12 fev. 2016. Além do efeito de humor da charge, é possível também identifi car variações linguísticas exemplifi - cadas por marcas A) lexicais, pois as palavras utilizadas apresentam diferentes signifi cados em lugares diferentes. B) morfológicas, porque denunciam mudanças na forma da palavra, gênero ou fl exão. C) fonéticas, porque as mesmas palavras são pronunciadas de maneira diferente em lugares dife- rentes. D) sintáticas, pois traz alterações na construção frásica, regência ou fl exão do verbo. SIMULADO SARESP – 9o ANO Língua POrtugueSa Questão 16 amostras de alimentos com resíduos de agrotóxicos Os efeitos à saúde são cumulativos, a longo prazo, como problemas no sistema nervoso, câncer ou alterações fetais. Para proteger o organismo, deve-se higienizar bem os alimentos. P im en tã o M or an go P ep in o A lfa ce C en ou ra A ba ca xi B et er ra ba C ou ve M am ão To m at e La ra nj a M aç ã A rr oz F ei jã o R ep ol ho M an ga C eb ol a B at at a Fo nt e: A nv is a Disponível em: <http://anacterrazzan.com/2014/06/08/lista-feira-de-organicos-em-poa/>. Acesso em: 7 fev. 2016. De acordo com o texto, o consumo contínuo de alimentos com resíduos de agrotóxicos pode causar A) uma sensação de incômodo no estômago. B) uma doença grave como o câncer. C) um mal-estar, tontura e enjoo. D) um aumento da pressão arterial. SIMULADO SARESP – 9o AnO LÍNGUA PORTUGUESA Questão 17 A NASA confirmou o recorde de calor durante 2015. A agência norte-americana apontou que a temperatura superficial média do planeta aumentou cerca de um grau Celsius desde finais do sécu- lo XX, “uma mudança em grande parte impulsionada pelo acréscimo de dióxido de carbono e outras emissões à atmosfera”. Os níveis de acumulação desses gases estão em níveis recorde. “A mudança climática é o desafio de nossa geração”, assinalou por meio de um comunicado Charles Boldenel, responsável pela NASA. A organização lembrou que a “maior parte do aqueci- mento” se deu nos últimos 35 anos, coincidindo com o acréscimo da emissão de gases de efeito estufa por parte do homem. O recorde de calor de 2015 pode durar pouco, igual ao que ocorreu com o de 2014. O Escritório Meteorológico britânico já indicou que este 2016 poderia ser ainda mais caloroso devido também ao efeito do fenômeno El Niño. PLANELLES, M. 2015 foi o ano mais quente desde o início das medições em 1880. El País, Madri. Jan. 2016. Disponível em: <http://brasil.elpais.com/brasil/2016/01/20/internacional/1453307538_631471.html>. Acesso em: 16 jan. 2016. (Adaptado) O excerto no qual o autor utiliza o discurso direto no texto como uma forma de dar credibilidade e reconhecimento de autoridade à mensagem é: A) A NASA confirmou também o recorde de calor durante 2015. B) A mudança climática é o desafio de nossa geração. C) Os níveis de acumulação desses gases estão em níveis recorde. D) O recorde de calor de 2015 pode durar pouco. Questão 18 Disponível em: <http://guinablogspot.blogspot.com.br/2011/06/ reforma-ortografica-convivendo-com-essa.html>. Acesso em: 8 fev. 2016. O texto exemplifica uma das mudanças da nova reforma ortográfica. A palavra “boia” não tem mais acento porque foram excluídos A) os acentos dos ditongos abertos ei e oi. B) os acentos diferenciais entre palavras de mesma grafia. C) os acentos no i e u tônicos das palavras paroxítonas que vierem depois de um ditongo. D) os acentos das formas verbais pertencentes à terceira pessoa do plural de alguns verbos. SIMULADO SARESP – 9o ANO Língua POrtugueSa Questão 19 O maLéficO e O incOmPreendidO SINTO-ME ARRASADO! AS PESSOAS SABEM QUE SOU ALTAMENTE TÓXICO... E VOCÊ? SINTO-ME DEPRIMIDO! SOU LARGAMENTE CONSUMIDO EM TODO O MUNDO, MAS AS PESSOAS NÃO SABEM QUE SOU UMA SUBSTÂNCIA QUÍMICA. POR QUE NINGUÉM GOSTA DE QUÍMICA? É TÃO INJUSTO... Ó VIDA, Ó DOR... Metanol CH3OH Ácido acetilsalicílico C9H8O4 Disponível em: <http://blogdoericricardo.blogspot.com.br/2011/06/charges-de-quimica.html>. Acesso em: 10 jan. 2016. O autor constrói, por meio de recursos verbais e não verbais, uma mensagem que focaliza o fato de que existe A) risco de se ingerir ácidos e outras substâncias químicas desconhecidas. B) negligência em relação ao consumo de substâncias tóxicas. C) ignorância resultante do desinteresse pelo aprendizado de química. D) preconceito contra o consumo de produtos inofensivos à saúde. SIMULADO SARESP – 9o ANO Língua POrtugueSa Questão 20 textO 1 QuaL a fOrma cOrreta de cOLOcar a camiSinha? Para que a camisinha cumpra o seu papel “protetor” durante o ato sexual, deve-se ter em mente alguns aspectos cruciais para o seu uso. “Em primeiro lugar, deve estar de fácil acesso antes do ato e o invólucro que a contém só deve ser aberto no instante do seu uso”, explica o urologista Sylvio Qua- dros, chefe do departamento de DST da Sociedade Brasileira de Urologia. O pênis deve estar ereto, livre de lubrificantes, cremes ou pomadas. A pessoa deverá então segurar o preservativo pela extre- midade, deixando um espaço isento de ar na ponta para conter o sêmen, diminuindo assim a chance de rompimento. A seguir, a camisinha deve ser desenrolada, da extremidade para a base do pênis. Após o ato sexual, ainda com o pênis ereto, a camisinha deve ser retirada com cuidado, de forma a impedir que o sêmen extravase. “Segure a camisinha na extremidade com os dedos de uma mão, ao mesmo tempo em que, com a outra, você retira a proteção no sentido da base para a extremidade.” Disponível em: <http://www.minhavida.com.br/saude/galerias/16433-camisinha- masculina-tire-12-duvidas-sobre-o-preservativo>. Acesso em: 16 fev. 2016. textO 2 Disponível em: <http://sbndetodos.blogspot.com.br/2013/02/neste-carnaval- vista-sua-fantasia-e-use.html>. Acesso em: 15 fev. 2016. Embora o assunto dos dois textos seja o mesmo, o conteúdo das mensagens é diferente porque A) o público-alvo do primeiro texto são os médicos e profissionais da saúde, enquanto que o público do segundo texto são os foliões. B) o primeiro texto visa orientar o usuário por meio de uma linguagem instrucional, enquanto que o segundo tem função mais apelativa. C) o público-alvo do segundo texto já sabe como utilizar a camisinha, enquanto que o do primeiro texto ainda precisa aprender. D) o primeiro texto visa atingir o mesmo público que o segundo texto, mas é mais detalhista na ten- tativa de ser mais convincente. SIMULADO SARESP – 9o ANO Língua POrtugueSa Questão 21 Na busca por uma alimentação mais saudável, consumidores têm optado por produtos orgâni- cos. O custo mais alto do que o dos produzidos de modo convencional compensa em relação à melhoria da qualidade de vida e da saúde, de acordo com os adeptos da fabricação orgânica. Mais informações sobre o setor estão disponíveis desde ontem, 24, com o início da Semana Nacional dos Alimentos Orgânicos. A funcionária pública Aparecida Araújo trocou os alimentos produzidos com insumos químicos pelos orgânicos há dez anos e diz que sente os efeitos na saúde. “Os produtos químicos acabam acarretando doenças, o orgânico é mais fresquinho, mais conservado. Eu tenho 51 anos e minha preocupação é retardar o uso de medicamentos”, disse. Aparecida diz que vale a pena pagar um pouco mais pelos orgânicos, pois seu modo de produção também é mais sustentável para o meio ambiente, além de estimular a agricultura familiar. Segundoo engenheiro agrônomo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) do Distrito Federal, Rafael Lima de Medeiros, o custo do orgânico para o consumidor é, em média, 250% mais caro que o alimento tradicional. vERDÉLIO, A. Apesar de preços altos, alimentação orgânica tem mais adeptos. Maio 2015. Disponível em: <http://www.gentede opiniao.com.br/noticia/apesar-de-precos-altos-alimentacao-organica-tem-mais-adeptos/138231>. Acesso em: 7 fev. 2016. A frase retirada do texto que representa uma opinião é: A) Os produtos químicos acabam acarretando doenças. B) Minha preocupação é retardar o uso de medicamentos. C) Vale a pena pagar um pouco mais pelos orgânicos. D) O custo do orgânico é 250% mais caro que o alimento tradicional. Questão 22 Uma das boas novidades na efervescência da Copa do Mundo em Brasília é a utilização maciça das bicicletas. No último domingo, era encantador observar turistas a passeio pelo Eixo Monumental e por outras grandes avenidas da capital sobre o modelo alaranjado que passou a fazer parte da paisa- gem local. Também era expressivo o número de moradores a circular pelas ruas, pelo simples prazer de contemplar a capital da República livre do casulo de ferro, vidro e aço dos automóveis. Para que essa imagem não fique apenas como um lance excepcional, comparado a um gol de bicicleta, con- vém voltar à reflexão sobre a imperiosa necessidade de se disseminar a mobilidade sobre duas rodas. Ainda pouco utilizadas pela grande maioria dos brasilienses, as ciclovias constituem um caminho vital para a mobilidade. A capital conhecida pelo respeito à faixa de pedestres tem a oportunidade de obter outra conquista relevante, com a adoção generalizada do transporte por bicicletas. Caso a cultura ciclís- tica consiga estabelecer uma convivência pacífica com a supremacia motorizada, a cidade reconhecida mundialmente como uma joia arquitetônica poderá exibir mais um exemplo de civilização e modernidade. ALEXANDRE, C. Ciclovias, caminho vital para mobilidade urbana em Brasília. Disponível em: <http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2014/06/17/interna_cidadesdf,433227/ opiniao-ciclovias-caminho-vital-para-mobilidade-urbana-em-brasilia.shtml>. Acesso em: 10 jan. 2016. Tomando Brasília como referência, o autor defende que as ciclovias são A) uma opção de transporte para mobilidade urbana em Brasília em eventos como a Copa. B) um desafio para os brasilienses, uma vez que a cultura local se limita ao convívio com a faixa de pedestres. C) um exemplo de mobilidade urbana que faz de uma cidade exemplo de civilização e modernidade. D) uma ideia que disputa espaço para conviver com a supremacia motorizada que reina em cidades como Brasília. SIMULADO SARESP – 9o ANO Língua POrtugueSa Questão 23 A Constituição Federal de 1988 inaugurou uma nova forma de se conceber o Direito, evoluindo junto com a sociedade e seus anseios, e acabou por significar uma verdadeira base jurídica que contempla as mudanças cada vez maiores dos modelos de relações sociais, em especial o modelo de “família” ao qual estávamos acostumados. Assim, a afetividade hoje é um princípio constitucional que lastreia um grande número de relações sociais, familiares, afetivas, e é um dos corolários da nova ordem social. Dessa forma, pode-se afirmar que a relação afetiva entre animais humanos e não humanos é tutelada pela Constituição Federal, pois está intimamente ligada à dignidade da pessoa humana, por se tratar de uma relação eminentemente baseada no afeto. No caso de animais em condomínios, hoje é “proibido proibir”. Nenhuma convenção pode proibir a permanência de animais nas unidades autônomas, ou seja, no interior dos apartamentos, pois estaria violando o direito de propriedade e a liberdade individual de cada pessoa em utilizar a sua área privativa de acordo com seus interesses – desde que não sejam contrários à destinação do imóvel (que, no caso dos imóveis residenciais, é residir e não, por exemplo, montar um escritório de advocacia). Mas as convenções podem RESTRINGIR a FORMA como os animais deverão ser mantidos no condomínio. Disponível em: <http://www.caoviver.com.br/animais-em-condominio/>. Acesso em: 16 fev. 2016. O texto acima tem como função A) contestar o fato de que a Constituição Federal defende a permanência de animais nas depen- dências de condomínios residenciais. B) esclarecer que a lei garante a qualquer cidadão o direito de ter um animal de estimação nas dependências de condomínios residenciais. C) reivindicar que os moradores de condomínios residenciais que possuem animais de estimação sejam autorizados a mantê-los nos condomínios. D) convencer a população de que é necessário aceitar que moradores de condomínios residenciais têm direito a manter animais de estimação. SIMULADO SARESP – 9o ANO Língua POrtugueSa Questão 24 Disponível em: <http://www.mildicasdemae.com.br/2013/04/vacinacao- contra-gripe-2013-leve-seu-filho.html>. Acesso em: 15 fev. 2016. Analisando a informação veiculada pela campanha, no trecho “quem lembra da vacina” podemos afir- mar que o pronome “quem” refere-se a um determinado público-alvo. O pronome refere-se, então, A) ao órgão promotor da campanha. B) a toda a população brasileira. C) às pessoas dos chamados grupos de risco. D) a quem já teve gripe no passado. Questão 25 a menina de LÁ O Pai, pequeno sitiante, lidava com vacas e arroz; a Mãe urucuiana, nunca tirava o terço da mão... Aí, Tiantônia tomou coragem, carecia de contar: E ela, menininha, por nome Maria, Nhinhinha dita, nascera já muito para miúda, cabeçudota e com olhos enormes. ROSA, J. G. A menina de lá. In: Primeiras estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005. p. 67. (Adaptado) A presença explícita de variações linguísticas é marca muito evidente na obra de Guimarães Rosa. No texto em foco, observa-se, por exemplo, A) marcas da oralidade regional transpostas para a forma escrita. B) alterações no registro linguístico para que a mensagem seja entendida. C) esforços para manter o discurso na norma culta da língua portuguesa. D) construções morfológicas que não existem na língua portuguesa. SIMULADO SARESP – 9o ANO Língua POrtugueSa Questão 26 auSênciaS Que Preenchem LacunaS em SãO PauLO A Bélgica está sem governo há uns quatro meses. Divergências entre os partidos da francófona Valônia e da flamenga Flandres. Por “sem governo” entenda-se a superestrutura política, o ga- binete. O resto funciona. Os policiais policiam, os impostos são cobrados (ou sonegados) como de costume, os trens chegam e saem mais ou menos no horário, o metrô roda placidamente, tão placidamente que nem catracas tem, continuam à venda em cada esquina os imperdíveis “graufes” (“waffels”, feitos na hora, que até fumegam à primeira mordida). ROSSI, Clóvis. Ausências que preenchem lacunas. Caderno de Opinião. A2. Folha de S.Paulo, São Paulo, 21 out. 2007 Para definir o que o autor quer dizer por “o resto funciona”, ele faz uso de uma sequência de ideias separadas por vírgulas. Essa estratégia de organização textual faz sentido porque A) contrasta com as ideias apresentadas anteriormente, sobre as coisas que não funcionam. B) apresenta uma lista de ações que demonstra que o que funciona ainda predomina. C) demonstra que a crise do poder político é pequena e irrelevante, e por isso as coisas funcionam. D) sinaliza que a população não está interessada na crise do governo e segue sua vida normalmente. Questão 27 viOLõeS Que chOram Vozes veladas veludosas vozes, Volúpia dos vilões, vozes veladas, Vagam nos velhos vórtices velozes Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas. Fonte: CRUZ e SOUSA. Poesias Completas de Cruz e Sousa. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995, p. 50-53. No poema, a voz do vento é representada por um recurso sonoro conhecido como A) aliteração. B) rima. C) assonância. D) paronomásia. SIMULADO SARESP – 9o ANO Língua POrtugueSa Questão 28 a internet é maiS inteLigente Que SeuS uSuÁriOS? O que se denomina inteligênciacoletiva funciona em muitos casos, e pode fazer coisas que um indivíduo não poderia Um grupo de 100 000 pessoas pode ser mais inteligente do que a soma de suas partes? A In- teligência coletiva existe? O assunto no fundo é só um aspecto, apesar de bem interessante, do problema geral dos sistemas emergentes. Nem o nitrogênio (N) nem o hidrogênio (H) cheiram a amoníaco (NH3). Uma célula é muito mais do que uma sopa de seus 5 000 ingredientes. [...] Ne- nhum sistema complexo consiste apenas de sua lista de componentes. Há, além disso, alguns prin- cípios organizativos que, até agora, não sabemos predizer sem conhecer a solução que a natureza encontrou. Então, a inteligência coletiva existe? Sabemos que existe nos insetos sociais. Uma formiga não sabe geometria, mas um formigueiro sim: pode calcular, por exemplo, o ponto mais distante de todas as suas bocas, para utilizá-lo como o local onde os cadáveres apodrecem, sem estragar de- mais o jantar de nenhuma delas. Uma colônia de abelhas funciona como um bom termostato que mantém constante a temperatura da colmeia, apesar de cada abelha individualmente ser uma per- feita incompetente para essa tarefa. É natural perguntar-se se algo assim pode funcionar também para a nossa espécie. A Internet pode ser mais inteligente do que a soma de seus usuários? Qual seria nosso papel individual na emergência desse monstro? Qual o princípio organizativo? SAMPEDRO J. A Internet é mais inteligente que seus usuários? El País, Brasil. Jan. 2016. Disponível em: <http://brasil.elpais.com/brasil/2016/01/31/opinion/1454266218_357665.html>. Acesso em: 2 fev. 2016. Para persuadir o leitor de que a inteligência coletiva é capaz de fazer o que indivíduos não conse- guem fazer sozinhos, o autor A) cita diversos exemplos do que pretende comprovar. B) relata diversos casos em que a sua tese se consolidou. C) narra diversas histórias que ilustram o que quer comprovar. D) apresenta diversas pesquisas que validam seu ponto de vista. SIMULADO SARESP – 9o ANO Língua POrtugueSa Questão 29 Renovadora e reveladora do mundo. A humanidade se renova no teu ventre. Cria teus filhos. Não os entregues à creche. Creche é fria, impessoal. Nunca será um lar para teu filho. Ele, pequenino, precisa de ti. Não o desligues da tua força maternal. Que pretendes, mulher? Independência, igualdade de condições... Empregos fora do lar? És superior àqueles que procuras imitar. Tens o dom divino de ser mãe. Em ti está presente a humanidade. Fonte: CORALINA, Cora. Villa Boa de Goyaz. São Paulo: Global Editora, 2001. O poema acima tem como interlocutora uma mãe. Ele é composto por inúmeras sentenças curtas, separadas por pontos finais. No meio delas, surgem duas perguntas que transmitem a intenção da autora de levar a interlocutora a A) procurar um emprego que possibilite a ela trabalhar e ainda cuidar do seu filho. B) buscar uma creche onde seu filho possa ser bem acolhido com mais carinho. C) buscar inspiração nas mulheres que trabalham fora de casa para terem independência. D) refletir sobre as consequências de entregar seu filho aos cuidados de outros. Questão 30 – Bem, bem. Passou as mãos nas costas e no peito, sentiu-se moído, os olhos azulados brilharam como olhos de gato. Tinham-no realmente surrado e prendido. Mas era um caso tão esquisito que instantes depois balançava a cabeça, duvidando, apesar das machucaduras. Ora, o soldado amarelo... Sim, havia um amarelo, criatura desgraçada que ele, Fabiano, des- mancharia com um tabefe. Não tinha desmanchado por causa dos homens que mandavam. Cus- piu, com desprezo: – Safado, mofino, escarro de gente. RAMOS, Graciliano. Vidas secas. 5. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1955. Neste excerto de Vidas Secas, observam-se diversos tipos de discurso. Pode-se identificar uma amostra de discurso indireto livre no trecho A) – Bem, bem. B) Passou as mãos nas costas e no peito,... C) Ora, o soldado amarelo... D) – Safado, mofino, escarro de gente. SIMULADO SARESP – 9o ANO Língua POrtugueSa Questão 31 Disponível em: <http://www.tribunadainternet.com.br/no-uruguai-pais-mais-seguro-e-menos-violento- |da-america-latina-um-em-cada-seis-cidadaos-tem-arma-de-fogo/>. Acesso em: 14 jan. 2016. A Campanha Nacional do Desarmamento teve início no Brasil em 2004, tendo como objetivo a cons- cientização da população sobre os riscos de possuir uma arma de fogo e a sua retirada de circula- ção. Qualquer cidadão poderia fazer, voluntariamente, a entrega de sua arma de fogo em um dos postos de coleta. Analisando o texto em relação ao seu gênero, assunto e finalidade, observamos que ele é A) uma propaganda, cujo assunto é o desarmamento no Brasil e tem como finalidade informar que a Campanha Nacional de Desarmamento, apesar do total desconhecimento por parte do gover- no do número de armas ilegais existentes no país, atingiu seu objetivo com sucesso. B) um cartum, cujo assunto é o desarmamento no Brasil e tem como finalidade, através do humor, esclarecer que mesmo os bandidos tendo acesso fácil às armas de fogo de forma ilegal, o go- verno brasileiro está tomando medidas que farão que o desarmamento de fato ocorra. C) uma charge, cujo assunto é o desarmamento no Brasil e tem como finalidade satirizar o fato de que a Campanha Nacional de Desarmamento não atinge seu objetivo principal de retirar as armas de fogo de circulação, já que são facilmente acessíveis de forma ilegal. D) um cartaz, cujo assunto é o desarmamento no Brasil e tem como finalidade informar que o de- sarmamento no Brasil ocorrerá de qualquer forma, mas será um processo lento, pois tem a sua efetivação dificultada pelo acesso ilegal dos bandidos às armas de fogo. SIMULADO SARESP – 9o ANO Língua POrtugueSa Questão 32 Fui sabendo de mim por aquilo que perdia pedaços que saíram de mim com o mistério de serem poucos e valerem só quando os perdia fui ficando por umbrais aquém do passo que nunca ousei eu vi a árvore morta e soube que mentia COUTO, Mia. Raiz de Orvalho e outros poemas. Alfragide: Editorial Caminho, 1999. A partir do poema, constata-se que o eu-lírico A) foi aprendendo a descobrir-se a partir das suas conquistas na vida. B) foi valorizando cada pedaço seu antes mesmo de perdê-lo. C) foi gradativamente descobrindo quem era pelas experiências da vida. D) foi seguindo adiante na vida, dando os passos que precisava dar. Questão 33 O raStrO SujO da energia LimPa Nos últimos 10 anos, países do mundo todo investiram pesado em programas de energia reno- vável. Afinal, sol e vento são grátis, não é mesmo? O que ambientalistas nem sempre veem é que convertê-los em energia tem um custo alto – em dinheiro e recursos naturais. Pegue como exemplo a energia eólica. Uma turbina precisa de 50 toneladas de estanho para produzir 1 megawatt de energia. Já com gás natural, uma turbina produz essa mesma energia com apenas 0,3 tonelada de estanho. O vento pode sair de graça, mas precisamos de minérios para erguer a infraestrutura que permitirá gerar energia. BRYCE R. O rastro sujo da energia limpa. Superinteressante. Ago. 2011. Disponível em: <http://planetasustentavel.abril.com.br/ noticia/desenvolvimento/problemas-energias-limpas-eolica-solar-636269.shtml>. Acesso em: 6 fev. 2016. Para defender seu ponto de vista, o autor utiliza o argumento de que A) nos últimos dez anos, muitos países do mundo começaram a investir em programas de energia renovável. B) recentemente, o uso de energia gerada a partir de fontes como o sol e o vento tem aumentado no mundo. C) na última década, as fontes de energia renováveis demonstraram que consomem muitos recur- sos naturais e capital. D) ultimamente, constatou-se que a produção de gás natural é suficiente para manter em funciona- mento as turbinas e gerar energia. SIMULADO SARESP – 9o ANO Língua POrtugueSa Questão 34 a deSmemória. uma crônica de eduardO gaLeanO um registro do escritor uruguaio sobre o “esquecimento” das origens e do significado do 1º demaio nos estados unidos Chicago está cheia de fábricas. Existem fábricas até no centro da cidade, ao redor de um dos edifícios mais altos do mundo. Chicago está cheia de fábricas, Chicago está cheia de operários. Ao chegar ao bairro de Heymarket, peço aos meus amigos que me mostrem o lugar onde foram enforcados, em 1886, aqueles operários que o mundo inteiro saúda a cada primeiro de maio. — Deve ser por aqui – me dizem. Mas ninguém sabe. Não foi erguida nenhuma estátua em me- mória dos mártires de Chicago nem na cidade de Chicago. Nem estátua, nem monolito, nem placa de bronze, nem nada. O primeiro de maio é o único dia verdadeiramente universal da humanidade inteira, o único dia no qual coincidem todas as histórias e todas as geografias, todas as línguas e as religiões e as cultu- ras do mundo; mas nos Estados Unidos o primeiro de maio é um dia como qualquer outro. Nesse dia, as pessoas trabalham normalmente, e ninguém, ou quase ninguém, recorda que os direitos da classe operária não brotaram do vento, ou da mão de Deus ou do amo. Crônica publicada originalmente em O Livro dos Abraços (Editora L&PM, 1989), de Eduardo Galeano (3/9/1940-13/4/2015). Direito de publicação cedido exclusivamente para esta edição. Disponível em: <http://www.redebrasilatual.com.br/revistas/106/a-desmemoria- uma-cronica-de-eduardo-galeano-5452.html>. Acesso em: 18 jan. 2016. A partir das informações explícitas no texto, é possível inferir que o autor A) constata que alguns acontecimentos históricos que ele considerava importantes não são tão relevantes como ele pensava. B) compreende que os Estados Unidos consideram a conquista pelos direitos trabalhistas algo já consolidado e que não requer lembranças. C) denuncia que fatos importantes nas lutas trabalhistas caíram no esquecimento, tanto do poder público quanto da população. D) relembra que o dia do trabalho não é uma data importante nos Estados Unidos, como é para os outros países do mundo. Questão 35 Era de fato a sua filha, mas qualquer coisa havia nela que era contra ele. O mestre José Amaro viu-a no passo lerdo, no andar de pernas abertas e quis falar-lhe também, dizer qualquer coisa que lhe doesse. ... Era a sua família. Uma filha solteira, sem casamento em vista, sem noivo, sem vida de gente. [...] O mestre José Amaro não quis ver a saída da filha. Emocionado, entrou em casa e o soluço da mulher cortou-lhe o coração. […] O mestre não pensava em nada. Havia dentro dele um vazio es- quisito. Teve medo de voltar para dentro de casa. E ali mesmo, por debaixo da pitombeira, baixou a cabeça e chorou como um menino. REGO, J. L. do. Fogo Morto. 16. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1976. p. 15 e 133. (Adaptado) Analisando o excerto acima, infere-se que parte do conflito do pai em relação à filha pode se referir ao fato de que a moça A) era rebelde demais e planejou uma fuga de casa porque não vivia bem com a família. B) tinha algum problema que a impedia de levar uma vida normal para os padrões da época. C) deixou a casa dos pais por não conseguir conviver com as brigas do pai com a mãe. D) vivia os seus próprios sonhos, e esses sonhos eram diferentes daqueles que o pai tinha para ela. SIMULADO SARESP – 9o ANO Língua POrtugueSa Questão 36 SOja O Brasil aumentou sua produção de soja em 250 vezes nos últimos 20 anos graças à introdução de técnicas agrícolas sustentáveis, melhor uso da terra e mecanização. Isso fez com que aumen- tasse a exportação de soja do país, e o Brasil é hoje um dos líderes mundiais na produção de soja. Ela não só traz muitas receitas para o país, mas ainda é acessível para os brasileiros. A mecanização é um dos principais fatores para tornar a indústria agrícola mais rentável. Máqui- nas pesadas, como tratores, têm ajudado a reduzir os custos do cultivo, mantendo baixos custos para os consumidores locais. O sistema de plantio direto usado em muitas fazendas de soja tem sido aclamado como um dos sistemas agrícolas disponíveis mais sustentáveis. Com este sistema, o solo não é arado antes da sementeira, o que ajuda a manter a estrutura e a ecologia do solo. Como resultado, o solo fica efetivamente fertilizado com a matéria orgânica da planta ao longo do ano, permitindo uma melhor retenção da umidade e dos nutrientes suplementares que serão adicionados novamente ao solo. Além disso, a rotação de culturas é praticada de modo que o solo tenha tempo para se recuperar entre as plantações. Este método torna possível plantar uma segunda colheita, como milho, no mesmo ano, o que maximiza o uso da terra e reduz ainda mais os custos. PACKER. D. Culturas ecologicamente responsáveis e técnicas para cultivá-las. Disponível em: <http://www.responsabilidadesocial. com/artigo/culturas-ecologicamente-responsaveis-e-tecnicas-para-cultiva-las/>. Acesso em:18 jan. 2015. Sobre o setor agrícola brasileiro, o artigo traz um conjunto de A) medidas desejadas para que a produção brasileira de soja possa aumentar e se tornar susten- tável. B) medidas tomadas pelos agricultores brasileiros para garantir uma produção crescente e susten- tável de soja. C) medidas sugeridas para que a produção de soja seja suficiente para atender às demandas de exportação. D) medidas necessárias para que a produção de soja no país possa aumentar o suficiente para atender às demandas externas. Questão 37 Só Neném existia para ele. […] Seu Lula só vivia para a filha. […] Depois Neném, a bela Neném de olhos azuis, tranças louras, toda sua, fazendo tudo o que ele quisesse, enchendo a casa-grande com o piano que com suas mãos era mais humano que nas mãos da mãe. Era Neném. Era a sua filha. E queria tomá-la, embalá-la nos seus braços. […] Tudo lhe dera, tudo arrancara de si para que a filha fosse o que fosse. REGO, J. L. do. Fogo Morto. 16. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1976. p. 177 e 189. (Adaptado) No excerto, observa-se que o sentimento do pai em relação à filha constrói entre ambos uma rela- ção pautada A) na admiração do pai pela beleza da filha. B) no fanatismo do pai pela posse da filha. C) na cobrança do pai pelo amor da filha. D) no respeito do pai pelos talentos da filha. SIMULADO SARESP – 9o ANO Língua POrtugueSa Questão 38 um rOteirO SegurO Para nOSSaS ÁguaS É preocupante que a maior parte das discussões sobre a crise no abastecimento de água em vá- rias regiões do País continue a admitir – explícita ou implicitamente – que a solução virá, neste fim de ano, apenas com a “normalização” do regime de chuvas, principalmente em São Paulo, Minas Gerais e no Cerrado. Será preciso muito mais. Vai-se de susto em São Paulo. Pela primeira vez na história, a nascente do Rio São Francisco, na Serra da Canastra (MG), está “completamente seca” – e o rio também quase não recebe mais, ao longo de seus 2 700 quilômetros, água de seus tributários que nascem no Cerrado ou nele estão. NOvAES, W. Um roteiro seguro para nossas águas. O Estado de S.Paulo, São Paulo. out. 2014. Disponível em: <http://opiniao. estadao.com.br/noticias/geral,um-roteiro-seguro-para-nossas-aguas-imp-,1574514>. Acesso em: 14 jan. 2016. Podemos afirmar que o parágrafo apresentado é parte de um artigo de opinião, pois o autor A) informa sobre o problema da falta de água em várias regiões do Brasil e faz um alerta à popula- ção de que não poderá contar somente com o regime de chuvas. B) expõe o problema da falta de água em várias regiões do Brasil e argumenta que será preciso muito mais que o regime de chuvas para solucionar o problema. C) relata o problema da falta de água em várias regiões do Brasil e apela à população para que faça algo mais do que somente esperar que o regime de chuvas solucione o problema. D) narra o problema sobre a falta de água em várias regiões do Brasil e determina que há a neces- sidade de outras medidas além de aguardar o regime de chuvas. Questão 39 cOmO é meSmO? – Quem vende leite é leiteiro. Quem vende livro é livreiro, e sorvete, sorveteiro. Quem vende carne é carneiro? – Não é não! É açougueiro.– Quem vende pão é padeiro, e pipoca, pipoqueiro, e verdura, verdureiro. Quem vende sal é saleiro? – É comerciante, vendeiro. NORONHA, Teresa. Cavalinho-do-mar. São Paulo. Salesiana Dom Bosco, 1982. O raciocínio do enunciador do poema não deu certo com as palavras CARNE e SAL, que não se- guem a regra das demais profissões apresentadas no poema. O raciocínio de derivação de substan- tivos aplicado no poema só daria certo com as palavras A) mensagem e carta. B) cozinha e quitanda. C) fazenda e banco. D) pastel e dólar. SIMULADO SARESP – 9o ANO Língua POrtugueSa Questão 40 O cânticO da terra Eu sou a terra, eu sou a vida. Do meu barro primeiro veio o homem. De mim veio a mulher e veio o amor. Veio a árvore, veio a fonte. Vem o fruto e vem a flor. Eu sou a fonte original de toda vida. Sou o chão que se prende à tua casa. Sou a telha da coberta de teu lar. A mina constante de teu poço. Sou a espiga generosa de teu gado e certeza tranquila ao teu esforço. Sou a razão de tua vida. De mim vieste pela mão do Criador, e a mim tu voltarás no fim da lida. Só em mim acharás descanso e Paz. CORALINA, Cora. Melhores Poemas; seleção e apresentação Darcy França Denófrio. São Paulo: Global, 3. ed. 2008. 4a reimpressão, 2011. (Adaptado) No poema de Cora Coralina, a figura de linguagem que predomina no texto é a A) prosopopeia, a própria terra nos fala como se fosse uma pessoa. B) metáfora, pois temos o emprego de uma palavra significando outra. C) antítese, porque existe o uso de palavras com sentidos opostos. D) pleonasmo, uma vez que existe repetição de termos reforçando seu significado. SIMULADO SARESP – 9o ANO Língua POrtugueSa Questão 41 Algumas pessoas prejudicam outras e pedem perdão, que pode ser aceito ou não; mas há algu- mas atitudes em que o único prejudicado é você mesmo. Se você vive apontando seu dedo indica- dor constantemente para seu próprio nariz, cuidado! A culpa varia de acordo com crenças e valores que cada um traz consigo desde a infância, e que muitas vezes não corresponde mais aos valores e crenças atuais. Culpa, remorso, arrependimento, são inimigos constantes de algumas pessoas e trazem junto humilhação, vergonha, o medo e a maior consequência: a autopunição. Perdoar a si mesmo talvez seja um dos maiores desafios, pois está relacionado com a capaci- dade – e leia-se também dificuldade – que cada um tem de se amar e se aceitar. As pessoas não se amam por acreditarem terem feito algo muito terrível, às vezes isso até corresponde à verdade, mas muitas vezes não. Disponível em: <http://www.maisequilibrio.com.br/bem-estar/aprendendo -a-perdoar-a-si-mesmo-7-1-6-474.html>. Acesso em: 16 fev. 2016. No texto, o autor enfatiza que a falta de perdão gera culpa e a culpa gera autopunição. Para enfati- zar a necessidade de superar a culpa, o autor utiliza algumas formas verbais na A) voz ativa, porque o sujeito pratica a ação indicada pelo verbo. B) voz passiva sintética, porque o agente não costuma vir expresso. C) voz reflexiva, porque o sujeito pratica e recebe a ação indicada pelo verbo. D) voz recíproca, porque há dois sujeitos que são agentes e pacientes um do outro. Questão 42 textO 1 Atelectasia é um colapso total ou parcial do pulmão ou do lóbulo pulmonar, que acontece quando os alvéolos (pequenos sacos pulmonares) se esvaziam. Esta é uma das complicações respiratórias mais comuns após cirurgias. Ela também pode surgir em decorrência de outros problemas na respiração, tais como inalação de objetos estranhos, tumo- res pulmonares, água no pulmão, asma severa e ferimentos no peito. Disponível em: <http://www.minhavida.com.br/saude/temas/atelectasia>. Acesso em: 16 fev. 2016. (Adaptado) textO 2 Ao contrário do que alguns possam pensar, o colapso do socialismo reformista na Grécia não é um caso único na Europa e vale a pena tirar algumas ilações desse afundamento em alguns paí- ses. Por outro lado, a democracia na Europa está gravemente doente, e a vitória do Syriza abriu uma janela de oportunidade para se mudar o status quo. Disponível em: <http://www.publico.pt/mundo/noticia/o-colapso-socialista-a- democracia-doente-e-as-licoes-gregas-1686438>. Acesso em: 16 fev. 2016. Adaptado) Analisando os sentidos da palavra “colapso” nos dois textos, constata-se que A) na área médica, o termo é usado significando uma espécie de depressão, enquanto que na so- ciologia significa uma espécie de proibição. B) na área médica, o termo pode ser substituído pela palavra queda, enquanto que na sociologia ele pode ser substituído pela palavra bloqueio. C) tanto na área médica quanto na sociologia, a palavra em foco pode ser substituída pela palavra queda, sem alterar o sentido original de cada sentença. D) tanto na área médica quando na sociologia, o sentido da palavra em foco está relacionado à ideia de um mal funcionamento que gera uma crise ou falência. SIMULADO SARESP – 9o ANO Língua POrtugueSa Questão 43 TAXA DE FECUNDIDADE NO BRASIL – 1940/2000 7 6 5 4 3 2 1 0 1940 1960 19801950 1970 1990 2000 2,3 2,9 4,4 5,8 6,36,26,2 Fonte: Censo Demográfico 2000. Fecundidade e Mortalidade Infantil. Resultados Preliminares da Amostra. IBGE, 2002. Disponível em:<http://teen.ibge.gov.br/biblioteca/274-teen/mao-na-roda/1726- fecundidade-natalidade-e-mortalidade.html>. Acesso em: 16 jan. 2016. De acordo com o gráfi co do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística), a mulher brasileira, em 1970, tinha em média A) 5,8 fi lhos. Trinta anos depois a taxa decresce para 2,3 fi lhos. B) 6 fi lhos. Trinta anos depois decresce para 2,9 fi lhos. C) 5,8 fi lhos. Trinta anos depois cresce para 6,2 fi lhos. D) 6,2 fi lhos. Trinta anos depois cresce para 6,3 fi lhos. Questão 44 textO i Pablo Picasso. Mulher chorando, 1937. Disponível em: <http://artefontedeconhecimento. blogspot.com.br/2010/07/tragica-marca-de-guernica- multiplica-se.html>. Acesso em: 10 jan. 2016. textO 2 caStigO Dolores Duran A gente briga, diz tanta coisa que não quer dizer Briga pensando que não vai sofrer Que não faz mal se tudo terminar Um belo dia a gente entende que fi cou sozinha Vem a vontade de chorar baixinho Vem o desejo triste de voltar Você se lembra, foi isso mesmo que se deu comigo Eu tive orgulho e tenho por castigo A vida inteira para me arrepender Se eu soubesse Naquele dia o que sei agora Eu não seria esse ser que chora Disponível em: <https://www.letras.mus.br/dolores-duran/373468/>. Acesso em: 10 jan. 2016. O quadro de Picasso e a canção de Dolores Duran retratam o sofrimento da mulher, que pode ser identifi cado em ambos os textos A) pela angustiante lembrança de um amor distante. B) pela resignada atitude das mulheres. C) pelo intenso confl ito interno das mulheres. D) pelo triste choro das mulheres. SIMULADO SARESP – 9o AnO LÍNGUA PORTUGUESA Questão 45 [...] Por que insistimos em penalizar os consumidores pela questão ambiental quando sabemos que eles apenas compram o que é produzido? Por que colocamos sobre as costas dos indiví- duos todo o peso de um trabalho que deveria estar sendo feito pelos grandes conglomerados industriais? Por que culpamos os cidadãos quando deveria ser o Estado brasileiro o verdadeiro fiscalizador e regulador de linhas de produção que agridem o meio ambiente dia e noite? São os consumistas os culpados? [...] Apesar disso, concordo com os ambientalistas que nossa sociedade está criando um sério problema ambiental para si. Não há como continuar no mesmo ritmo. Falta Planeta. Mas será que a solução é incentivar a diminuição do consumo, em geral, sempre do Outro? Afinal, como construir um discurso legítimo e eficaz que convença milhares de brasileiros que só agora, depois de sécu- los, puderam comprar o primeiro carro que o legal é andar de bicicleta? Enfim, enquanto os culpados forem os Outros, vai faltar brejo para tanta vaca. ALCOFORADO. M. Somos consumistas ou é o país que produz demais? Disponível em: <http://www.responsabilidadesocial.com/ artigo/somos-consumistas-ou-e-o-pais-que-produz-demais/>.Acesso em: 17 jan. 2016. O texto afirma que cada vez mais o homem destrói o planeta, mas defende que a causa principal desse problema é o fato de que A) os consumidores estão mantendo um ritmo de consumo que não pode ser mantido sem causar problemas ainda mais sérios para o planeta. B) os modelos de produção precisam ser repensados e o Estado brasileiro precisa atuar como um fiscalizador e regulador das linhas de produção. C) os produtores estão produzindo apenas para suprir a demanda dos consumidores, e o Estado é incapaz de interromper esse ciclo. D) os ambientalistas não têm sido capazes de promover ações eficazes no combate ao consumis- mo que destrói o meio ambiente. cadernO de reSPOStaS Língua POrtugueSa CADERNO DE RESPOSTAS SARESP – 9o ANO Questão 1 – fácil t6. h40. Justificar o efeito de humor ou ironia produzido no texto literário pelo uso intencio- nal de palavras ou expressões. Gabarito: a justificativas A) correta. A expressão “dar cabo” de alguém é que constrói o efeito de humor no texto. Dar cabo, ou matar alguém, não é algo que se es- pera de um médico, especialmente de um que caminha tão satisfeito. B) incorreta. O poema realmente é construído por um par de rimas perfeitas, mas o humor não está nas rimas, e sim no uso da expressão “dar cabo de alguém”. Um médico que cami- nha sorridente e satisfeito, teoricamente não caminha para dar cabo de uma pessoa. C) incorreta. A expressão que provoca humor é a expressão “dar cabo” de uma pessoa. Não há duplo sentido na expressão. Significa matar alguém. D) incorreta. A construção intertextual é aquela que tem um texto remetendo a outro, e isso pode ser um efeito de humor. Mas no poema em foco, o humor é causado pelo fato de que o médico caminha feliz e satisfeito e vai “dar cabo de algum sujeito”, ou seja, matar algum sujeito. Não há relação intertextual, mas sim o uso de uma expressão idiomática que provoca o humor. comentário É importante observar no verso que a alegria do doutor contrasta com a intenção de alguém que segue seu caminho para “dar cabo de algum su- jeito”. A expressão “dar cabo” é uma expressão idiomática. Questão 2 – fácil t6. h38. Justificar os efeitos de sentido produ- zidos em um texto literário pelo uso de pala- vras ou expressões de sentido figurado. Gabarito: c justificativas A) incorreta. Não há indícios no poema de que o homem tinha transtornos mentais. O fato de “catar comida” no lixo, entre os detritos e en- golir com voracidade demonstra um homem faminto. Comia como um bicho. B) incorreta. O homem mencionado provavelmen- te era um morador de rua. Era certamente um homem esfomeado. Comia como um bicho, vorazmente procurando comida no lixo. Mas não há indícios no poema de que ele vivesse com os bichos. C) correta. O poema fala de um homem que pro- curava comida no lixo e a comia vorazmente. Comia como um bicho. D) incorreta. O poema certamente fala de um homem pobre. Mas não fala de sua agressi- vidade. Fala de sua voracidade ao comer, por estar faminto e procurando comida no lixo. comentário É preciso que o estudante compreenda o que é o uso de uma palavra em seu sentido figurado. A partir dessa informação em seu repertório pes- soal, pode então analisar a comparação que o poema faz entre o homem descrito e o comporta- mento de um bicho. Um bicho come vorazmente. Muitos procuram comida no lixo. No poema, o ho- mem se porta como um bicho, procurando deses- peradamente alimento no lixo e devorando o que encontra, como se fosse um bicho. Questão 3 – fácil t1. h03. Identificar os interlocutores prováveis de um texto, considerando o uso de formas verbais flexionadas no modo imperativo ou de determinado pronome de tratamento. Gabarito: B justificativas A) incorreta. O estudante confundiu os modos verbais. O modo indicativo segue a forma “Eu coloco a máscara”. Os verbos estão no modo imperativo, orientando o que deve ser feito: “coloque a máscara”. B) correta. O estudante identificou corretamente o modo verbal imperativo e observou que os verbos declaram o que os passageiros devem fazer em caso de emergência: puxe, ajuste, coloque... C) incorreta. O estudante não percebeu que os verbos utilizados para dar instruções de como agir em situação de emergência estão no Língua POrtugueSa CADERNO DE RESPOSTAS SARESP – 9o ANO modo imperativo, porque declaram o que os passageiros devem fazer em caso de emer- gência: “coloque a máscara...”. D) incorreta. O estudante não identificou a quem está destinado o trecho do texto no qual apa- recem os verbos destacados, destina-se a todo passageiro de um avião, uma vez que é parte da gravação transmitida em todos os aviões antes de iniciar um voo para que os passageiros tomem conhecimento das nor- mas básicas de segurança. Os verbos estão conjugados de fato, segundo a norma padrão, na terceira pessoa do singular. comentário Os verbos do texto estão conjugados no Modo Imperativo Afirmativo, segundo a norma padrão, em terceira pessoa do singular, no texto refere- -se a você. O texto trata sobre quais são os pro- cedimentos básicos de segurança num voo e se dirige a todo aquele que for passageiro de um avião, especialmente aqueles que nunca voaram antes e desconhecem os ditos procedimentos. A parte do texto em que os verbos estão em Im- perativo Afirmativo, é a transcrição da gravação que é passada no avião antes de iniciar o voo, para que todos os passageiros tomem conheci- mento dos procedimentos de segurança, portanto os verbos destacados dirigem-se aos passagei- ros de um avião. Questão 4 – fácil t2. h04. Identificar o sentido restrito a deter- minada área de conhecimento (técnica, tecno- lógica ou científica) de vocábulo ou expressão utilizados em um segmento de texto, selecio- nando aquele que pode substituí-lo por sinoní- mia no contexto em que se insere. Gabarito: c justificativas A) incorreta. O estudante não observou que substituir a palavra “coprodutores” por autores principais muda o sentido da expressão. O co- autor não é um autor principal. A expressão que melhor substitui a palavra “coprodutores” é criadores em conjunto. Qualquer cidadão pode documentar uma situação, enviá-la para um jornal e se tornar criador da notícia em con- junto com a redação do jornal. B) incorreta. O estudante não observou que a no- tícia não foi construída por sócios. Não notou que qualquer cidadão pode flagrar um momento importante na rua, documenta-lo e enviá-lo para um jornal, tornando-se coautor de uma notícia. A expressão que melhor substitui a palavra “co- produtores” é criadores em conjunto. Qualquer cidadão pode documentar uma situação, enviá- -la para um jornal e se tornar criador da notícia em conjunto com a redação do jornal. C) correta. O estudante observou corretamente que a expressão que melhor substitui a palavra “coprodutores” é criadores em conjunto. Qual- quer cidadão pode documentar uma situação, enviá-la para um jornal e se tornar criador da notícia em conjunto com a redação do jornal. D) incorreta. O estudante não observou que o co- autor, no texto, é um cidadão comum que fla- gra um momento, registra-o e envia-o para a redação de um jornal, revista, mídia eletrônica, etc. A expressão que melhor substitui a palavra “coprodutores” é criadores em conjunto. Qual- quer cidadão pode documentar uma situação, enviá-la para um jornal e se tornar criador da notícia em conjunto com a redação do jornal. comentário Para responder à questão, o estudante precisa identificar o sentido da palavra “coprodutor” inserida no texto, e identificar seu sentido. O conhecimento prévio da formação de palavras a partir de deriva- ção prefixal ajudará o estudante a chegar à respos- ta correta. “Coprodutor” é uma palavra é formada a partir do acréscimo do prefixo “co” que, somado a um substantivo, significa “com”. O prefixo utilizado é de origem latina e significa companhia, simultanei- dade, união. Portanto, o sentido de coprodutores, o qualo estudante deve identificar no texto, significa uma produção realizada em conjunto. Questão 5 – fácil t3. h13. Localizar um argumento utilizado pelo autor para defender sua tese, em um tex- to argumentativo. Gabarito: c justificativas A) incorreta. De fato, o autor afirma que a prisão perpétua é injusta. Mas essa é a sua tese e não um de seus argumentos. Para sustentar Língua POrtugueSa CADERNO DE RESPOSTAS SARESP – 9o ANO a tese de que a prisão perpétua é injusta, ele então argumenta que a prisão perpétua priva o condenado tanto da liberdade quanto da espe- rança de rever a liberdade um dia, tira o objeti- vo da pena que é o reajustamento social, etc. B) incorreta. De fato, o autor define a prisão per- pétua como uma pena de segurança. Mas este não é um dos argumentos para defender sua tese de que a prisão perpétua é injusta e cruel. Para sustentar sua tese, ele argumenta que a prisão perpétua priva o condenado tan- to da liberdade quanto da esperança de rever a liberdade um dia, tira o objetivo da pena que é o reajustamento social, etc. C) correta. O autor utiliza como um de seus argu- mentos o ato de que o objetivo de uma pena é possibilitar o reajustamento social do con- denado, e que a prisão perpétua impossibilita que esse objetivo se cumpra. D) incorreta. O autor, de fato, lembra que a prisão perpétua não tem data para terminar, uma vez que dura enquanto o condenado viver. Mas esse é um fato, e não um argumento. Para sustentar a tese de que a prisão perpétua é injusta, ele então argumenta que a prisão per- pétua priva o condenado tanto da liberdade quanto da esperança de rever a liberdade um dia, tira o objetivo da pena que é o reajusta- mento social, etc. comentário É importante identificar, primeiramente, a tese defendida pelo autor: a prisão perpétua é cruel e injusta. Partindo desta tese, fica mais fácil iden- tificar os argumentos que a sustentam: é uma punição que priva o condenado do sonho com a liberdade futura, e é uma punição que invalida o próprio objetivo de uma punição, que é reabilitar o condenado para uma futura vida social. Os verbos que iniciam as respostas A, B e C são muito importantes para identificar a resposta cor- reta. Um argumento não afirma. Uma afirmação é geralmente uma tese, um ponto de vista. Um ar- gumento não define, a menos que uma definição seja necessária para sustentar o ponto de vista. E, geralmente, não lembra simplesmente algo. É preciso argumentar, defender algo, comprovar algo. Quando se ressalta uma informação, ela tem um peso maior e pode ser um argumento para aquilo que se defende. Questão 6 – fácil t5. h22. Identificar o uso adequado da con- cordância nominal ou verbal, com base na correlação entre definição/exemplo. Gabarito: a justificativas A) correta. De acordo com a norma padrão, tería- mos trazem (as redes sociais trazem riscos), concordando no plural com o sujeito da oração. B) incorreta. O sintagma uso indiscriminado do celular tem todos os seus elementos em con- cordância na forma singular. Não há nada que incorra em problema de concordância. C) incorreta. O substantivo polêmica poderia con- cordar tanto no singular quanto no plural com a expressão dentro das empresas goianas. Poderia ser uma única polêmica, no sentido generalizado do termo, ou polêmicas diversas, concordando no plural. D) incorreta. Mesmo que o objeto vantagens tam- bém estivesse no singular, não haveria con- cordância entre a primeira e segunda parte do período. O conflito está na palavra traz, que de- veria concordar no plural. Todo o restante está de acordo com as regras de concordância. comentário É necessário identificar o problema de concor- dância, analisando as concordâncias singular/ plural no texto. Há poucas construções verbais, o que facilita a identificação da discordância. De acordo com a norma padrão, teríamos trazem (as redes sociais trazem riscos), concordando no plu- ral com o sujeito da oração. Questão 7 – fácil t2. h07. Localizar informações explícitas no texto, com o objetivo de solucionar um proble- ma proposto. Gabarito: d justificativas A) incorreta. O texto informa que o cidadão deve encostar o bilhete, esperar a luz verde e o si- nal sonoro, retirar o bilhete e só então passar pela catraca. Língua POrtugueSa CADERNO DE RESPOSTAS SARESP – 9o ANO B) incorreta. O texto informa os vários locais onde é possível fazer o carregamento que não é preciso que seja especificamente na SPTrans. C) incorreta. O estudante não observou que uma das vantagens do novo Bilhete Único é o fato de poder ter em um mesmo cartão todos os tipos de crédito. D) correta. O estudante localizou corretamente a informação sobre como adquirir seu novo Bi- lhete Único. O texto traz a informação de que é necessário fazer seu cadastro para obtê-lo. comentário É preciso observar que o texto informa que o cartão SPTrans é um único cartão que dá acesso a diversos meios de transporte. Isso já o ajuda a eliminar algumas das respostas. Além disso, se o bilhete vale em todos os meios de transporte listados, não há motorista para liberar a catraca em todos eles. Sobre o carregamento do cartão, o texto também informa que há diversas possibilida- des para o carregamento, até mesmo no comér- cio, bancas de jornais, etc. Portanto, fica como resposta correta a letra D: é necessário fazer cadastro para adquirir o cartão. Essa informação aparece logo no primeiro parágrafo do texto. Questão 8 – fácil t6. h36. Inferir a perspectiva do narrador em uma narrativa literária, justificando conceitual- mente essa perspectiva. Gabarito: c A) incorreta. Os textos demonstram como Macha- do provocava os leitores, desafiando-os: “se gostarem, que bom. Se não gostarem, não me importo nem um pouco!”. B) incorreta. A linguagem machadiana exposta no excerto, bem como em sua obra como um todo, tende à formalidade. C) correta. Os narradores de Machado provo- cavam o leitor, desafiava-os a ler a obra, até mesmo questionavam a inteligência do leitor. D) incorreta. A segunda parte do texto demons- tra que o narrador não tem a menor modéstia: “sou o primeiro a relatar meu próprio delírio e a ciência me agradecerá”. comentário É importante observar que o narrador está falando diretamente com o leitor, e que a mensagem é: “se você gostar, que bom. Mas, se não gostar, não dou a menor importância!”. Questão 9 – fácil t2. h09. Organizar em sequência lógica itens de informação explícita, distribuídos ao longo de um texto. Gabarito: B justificativas A) incorreta. O estudante não observou que a ex- posição termina no Rio de Janeiro no dia 15 e só começa em São Paulo no dia 17. Portanto, não acontece simultaneamente nos dois estados. B) correta. O estudante localizou e ordenou cor- retamente as informações sobre o início e o término da 23ª edição do Anima Mundi nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Ob- servou que o festival só vem para o estado de São Paulo (dia 17) após ter sido encerrado no Rio de Janeiro (dia 15). C) incorreta. O estudante não observou que o festival ocorre no Rio de Janeiro entre os dias 10 e 15 de julho e só depois vem para São Paulo, onde ocorre entre 17 e 22 de julho. D) incorreta. O estudante não observou que o fes- tival termina no Rio de Janeiro no dia 15 de julho e só começa em São Paulo no dia 17. Portanto, quando começa em São Paulo, já terminou no Rio de Janeiro. comentário Para responder à questão, o estudante precisa localizar informações temporais específicas rela- cionadas à localização das cidades, ordenando-as cronologicamente de acordo com o início e tér- mino da 23ª edição do Anima Mundi nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. De acordo com o texto, o Anima Mundi começa no Rio de Janeiro dia 10 de julho e encerra dia 15 de julho. Em se- guida vai para a cidade de São Paulo, tendo início no dia 17 de julho e encerrando dia 22 de julho. Questão 10 – fácil t2. h10. Estabelecer relações entre imagens, (fotos, ilustrações),gráficos, tabelas, infográ- ficos e o corpo do texto, comparando informa- ções pressupostas ou subentendidas. LÍNGUA PORTUGUESA CADERNO DE RESPOSTAS SARESP – 9o ANO Gabarito: a justificativas A) correta. O estudante fez corretamente a leitura do texto como um todo (verbal e não verbal) para concluir que o cartaz faz um apelo a to- dos os cidadãos para que economizem água, e que essa economia é fundamental para ga- rantir a continuidade do abastecimento. B) incorreta. O estudante não observou que o cartaz não restringe o público. Ele se destina a todas as pessoas: é preciso que todos eco- nomizem, e não que aqueles que já economi- zam continuem economizando. C) incorreta. O cartaz não fala em racionamen- to. Apenas ressalta que é preciso economizar. Não faz ameaças e nem trata de punições. D) incorreta. O cartaz não fala em punições. Ape- nas adverte que o abastecimento depende da colaboração de todos no ato de economizar. comentário Para responder à questão, o estudante precisa fa- zer a leitura verbal e não verbal do texto, para ter uma mensagem completa. Precisa observar que o texto não faz ameaças, não fala em punições. Mas lembra a todos que, se não houver econo- mia, pode ser necessário ficar sem água, o que seria pior. Portanto economizar é melhor do que ficar sem. E isso vale para todos. Questão 11 – fácil t6. h34. Organizar os episódios principais de uma narrativa literária em sequência lógica. Gabarito: B justificativas A) incorreta. Galileu já era um homem rico quan- do a mãe de Betinho deu o menino a Galileu. Essa informação fica clara no primeiro pará- grafo, quando a mãe espera que, se o menino agradasse ao Tio Galileu, poderia se tornar herdeiro dele, que já estava nas últimas, ou seja, prestes a morrer. B) correta. A mãe de Betinho deu o menino a Ga- lileu, esperando que, se o menino agradasse a Galileu, seria herdeiro dele. Portanto, Galileu já era um homem rico. C) incorreta. Betinho ou a negra empregada lim- pavam o quarto de Galileu. Este entrava, sen- tava na cama e ficava observando a limpeza. Ninguém arrumava seu colchão. Somente ele. E ele só contava o dinheiro quando estava so- zinho no quarto. D) incorreta. Quando limpavam seu quarto, tanto a negra empregada quanto Betinho, Galileu abria a porta e se colocava na cama, observando tudo. Não contava o dinheiro nem assobiava. comentário É necessário observar a sequência dos fatos para solucionar a questão. É necessário partir do fato de que a mãe de Betinho deu o menino esperando que ele agradasse a Galileu, pois assim poderia se tornar herdeiro dele. Então Galileu já era um homem rico quando Betinho foi doado para ele. Questão 12 – fácil t2. h12. Inferir opiniões ou conceitos pressu- postos ou subentendidos de um texto. Gabarito: d justificativas A) incorreta. O estudante não observou que a personagem deseja que Papai Noel o conheça pouco. Partindo do imaginário comum de que Papai Noel só entrega presentes para bons meninos, infere-se pela leitura do texto que a personagem sabe que não foi um bom menino. B) incorreta. O estudante não observou o último quadro da mensagem: “quanto menos ele me conhecer melhor”. Partindo do imaginário co- mum de que Papai Noel só entrega presentes para bons meninos, infere-se pela leitura do texto que a personagem sabe que não foi um bom menino. C) incorreta. O estudante não leu com atenção a mudança de opinião da personagem: melhor que Papai Noel não o conheça bem precisa ser associado ao que se diz sobre Papai Noel. Partindo do imaginário comum de que Papai Noel só entrega presentes para bons meninos, infere-se pela leitura do texto que a persona- gem sabe que não foi um bom menino. D) correta. O estudante relacionou corretamente a informação que faz parte do imaginário coletivo de que Papai Noel entrega presentes a todos que se comportam bem. Portanto, a personagem sabe que não se comportou bem e afirma que é melhor não ser reconhecido pelo Papai Noel. LÍNGUA PORTUGUESA Caderno de reSPoSTaS SareSP – 9o ano comentário Para responder à questão, é necessário consi- derar o que se sabe culturalmente sobre o Pa- pai Noel: os presentes são dados àqueles que se comportaram bem ao longo do ano. Quando a personagem se arrepende de se apresentar e diz que é melhor que o Papai Noel não o conheça bem, deixa subentendido que ele não teve bom comportamento ao longo do ano. Então, quanto menos ele for conhecido, melhor! Questão 13 – fácil t6. h33. Distinguir o discurso direto da perso- nagem do discurso do narrador, em uma nar- rativa literária. Gabarito: a justificativas A) correta. O narrador descreve a cena e, de fato, não lê o pensamento da personagem. É, por- tanto, um narrador observador, não participante. B) incorreta. Exceto na primeira narrativa, quan- do diz “coitado”, referindo-se ao burro, o nar- rador não emite sua opinião. Apenas narra o ocorrido. Todas as opiniões são emitidas pe- las personagens. C) incorreta. Um narrador onisciente lê o pen- samento das personagens de uma narrativa. Nesse caso, o narrador limita-se a descrever cenas concretas, não emitindo leituras de pen- samento. Portanto, não é onisciente. É um nar- rador observador, não participante. D) incorreta. O narrador não participa da histó- ria. Ele apenas narra. Não se mistura com as personagens. As personagens são o burro, o cavalo e os tropeiros. O narrador observa e narra, sem participar. comentário É necessário distinguir a fala do narrador das fa- las das personagens. Nesse texto, o burro e o ca- valo têm suas falas introduzidas por discurso di- reto, começando, portanto, por travessão. Apenas os tropeiros têm sua fala narrada pelo narrador. Ainda assim, o narrador narra a cena dos tropei- ros sem participar dela. Narra como observador. Questão 14 – fácil t6. h28. Identificar o efeito de sentido produ- zido em um texto literário pela exploração de recursos ortográficos ou morfossintáticos. Gabarito: c justificativas A) incorreta. A pergunta “Como pôde fazer isso com o seu pai?”, seguida da informação de que o enunciador berrou com o seu interlocu- tor, deixa claro que a pergunta não se refere a uma dúvida. B) incorreta. Não há surpresa no enunciado, mas sim revolta, não aceitação, indignação em relação à atitude cometida pela filha em relação ao pai. C) correta. Os enunciados evidenciam indignação e desaprovação dos interlocutores em relação à atitude da moça a quem criticam. D) incorreta. Os interlocutores não estão sendo irônicos. Não há jogo de palavras que carac- terizem ironia, mas sim críticas explícitas e condenação à atitude da moça em relação ao seu pai. comentário Os três enunciadores começam suas falas expon- do críticas explícitas à moça: Como pôde fazer isso com seu pai? Filha ingrata! O castigo vem à cavalo, menina. Todos os enunciados evidenciam revolta, falta de aceitação. Portanto, indignação em relação à ati- tude da moça para com seu pai. Questão 15 – fácil t5. h24. Justificar a presença, em um texto, de marcas de variação linguística, no que diz respeito aos fatores geográficos, históricos, sociológicos ou técnicos, do ponto de vista da fonética, do léxico, da morfologia ou da sintaxe. Gabarito: c justificativa A) incorreta. Embora marcas lexicais realmente sejam aquelas que diferem de região para re- gião, não é o léxico que evidencia as marcas linguísticas nessa charge. As marcas evidentes são fonéticas, ou seja, a maneira pela qual as LÍNGUA PORTUGUESA Caderno de reSPoSTaS SareSP – 9o ano palavras são pronunciadas em diferentes re- giões do Brasil é que é evidenciada no texto. B) incorreta. Embora marcas morfológicas sejam aquelas que evidenciam mudanças na forma das palavras, no gênero ou na flexão, essa não é a marca evidente no texto. As marcas eviden- tes são fonéticas, ou seja, a maneira pela qual as palavras são pronunciadas em diferentes regiões do Brasil é que é evidenciada no texto. C) correta. As marcas evidentes são
Compartilhar