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teorias-criticas[616]

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Teorias do Currículo 
Teorias Críticas 
A essência do currículo: o professor como 
mais do que um técnico de ensino 
  As Teorias Críticas centradas na escola abordam o 
currículo como resultado de determinada selecção feita 
por quem detém o poder. 
  O facto de seleccionar, de entre um universo amplo, 
aqueles conhecimentos que constituirão o currículo é, 
por si só, uma operação de poder! 
  Para Tomaz Tadeu da Silva: 
  As Teorias Tradicionais eram teorias de aceitação, ajuste 
e adaptação. 
  As Teorias Críticas são teorias de desconfiança, 
questionamento e transformação radical. 
A ideologia e os “aparelhos 
ideológicos do Estado” 
  Louis Althusser (1918-1990): “Idéologie et appareils idéologiques 
d’Etat” (1970). 
  A Ideologia tem costumes, rituais, comportamentos-padrão, modos de 
pensamento que o Estado utiliza para a manutenção do poder, por parte 
das classes dominantes. 
  O controlo é exercido por: 
  Forças repressivas, ou seja, Aparelhos Repressivos do Estado: tribunais, polícia, 
prisões, forças armadas, etc.. 
  Aparelhos Ideológicos do Estado: a escola, os partidos políticos, a igreja, a 
família, a comunicação social, etc.. 
A reprodução social por via da 
escola 
  Pierre Bourdieu (1930 – 2002) e Jean-Claude Passeron (1930 
- ...) – estudam (também) o papel desempenhado pela escola 
na manutenção do “status quo”, centrando atenção na cultura 
que ela veicula. 
  “Les Héritiers, les étudiants et la culture” (1964). 
  Concluem, por exemplo, que a universidade francesa acolhia 
predominantemente os herdeiros dos privilégios sociais. 
  Herança cultural / capital cultural  meio familiar. 
  “La réproduction. Éléments pour une théorie du système 
d’enseignement” (1970). 
  Procuram demonstrar: 
  a relação entre sucesso escolar e situações sociais privilegiadas. 
  A relação entre o fracasso escolar e situações sociais 
desfavorecidas. 
  Concluem que a escola confirma e reforça a cultura de classes 
privilegiadas, dissimulando a selecção social sob as aparências 
duma pretensa objectividade técnica. 
Capital cultural e violência 
simbólica 
  A escola apesar de proclamar a sua função de 
instrumento democrático de mobilidade social, acaba 
por ter a função, talvez inconsciente, de legitimar e, em 
certa medida, perpetuar as desigualdades de 
oportunidades dos alunos. 
  Segundo os autores: “all pedagogic action is, 
objectively, symbolic violence insofar as it is the 
imposition of a cultural arbitrary by an arbitrary 
power”. 
Papéis de submissão e dominação 
veiculados pela Escola 
  Christian Baudelot (1938 - ...) e Roger Establet (1938 - ...): 
“L’école capitalist en France” (1971). 
  Consideram que a escola capitalista tem a função de 
reproduzir as relações sociais de classes da sociedade 
capitalista. 
  Samuel Bowles (1939 - ...) e Herbert Gintis (1939 - ...): 
“Schooling in capitalist America” (1976). 
  Para estes autores o sexo, a idade, a raça e a “personalidade” 
ligada à classe social têm, no seu conjunto, mais força do que 
os conhecimentos fornecidos pelas escolas. 
A educação problematizadora 
na libertação do oprimido 
  Paulo Freire (1921 – 1997)  encara a educação em geral 
mais como um processo político do que pedagógico. 
  “Pedagogy of the Oppressed” (1971). 
  É problematizadora e não bancária (transmissão em massa). 
Algumas ideias chave dos filmes 1 e 2. 
Para Moacir Gadotti, Freire definia o Homem como: 
1.  Um ser Curioso (por isso há que ler o mundo; Tematização - Problematização) 
2.  Um ser inacabado, precisa do outro. 
3.  Um sujeito que nasceu como um ser conectivo, compartilha com o outro o mundo; um mundo em 
transformação. Antropologia! 
Para mim o exílio foi profundamente pedagógico. A distancia do Brasil fez-me compreender 
aquele contexto. [A importância da distância no entendimento do objecto.] 
(continuação...) 
Pilares
da
Educação
segundo
a
UNESCO:
Aprender
a
aprender;
Aprender
a
conviver;
Aprender
a
fazer;

Aprender
a
ser

Freire
acrescenta:
Aprender
porquê?

Dados
filme
2

“Ensinar
não
é
transferir
conhecimento,
mas
criar
as
possibilidades
para
a
sua
produção
ou
a
sua

construção.
Quem
ensina
aprende
ao
ensinar
e
quem
aprende,
ensina
ao
aprender.”

“Nós
temos
que
educar
para
sermos
mais;
mais
humanos;
ter
mais
qualidade
enquanto
gente!”

Currículo como responsável 
pelas desigualdades sociais 
  Anos 70 – Inglaterra: 
  Movimento: “Nova Sociologia da 
Educação” (NSE), liderado por Michael Young. 
  Publica “Knowledge and Control: New directions in 
the Sociology of Education” (1971). 
  A NSE vira o seu foco de atenção para o próprio currículo, responsabilizando-o 
pela produção das desigualdades sociais. 
  Procura estudar os motivos por que determinados saberes são seleccionados e os 
processos por que estes passam até se escolarizarem. 
  A sociologia do currículo estudaria: 
  As relações de poder entre as diversas disciplinas e áreas de 
saber: 
  Porquê umas teriam mais prestígio do que outras? 
  Porquê umas teriam uma maior carga horária do que outras? 
  Porquê umas seriam objecto de avaliação formal e não outras? 
  Que interesses de classe, profissionais e institucionais, estariam 
envolvidos nesse jogo de poder? 
Reconceptualização curricular 
  I Conferência sobre o Currículo – Universidade de 
Rochester em Nova York (1973) 
  Resultou o livro organizado por William Pinar: 
  “Curriculum Studies: The Reconceptualization” 
  Põe em causa o entendimento do currículo como actividade 
meramente técnica e administrativa do ensino. 
  Destacam-se daqui, dois autores que se centraram na 
vertente política do currículo e conhecimento escolar: 
Michael Apple e Henry Giroux. 
O que é o conhecimento 
legítimo? 
  Michael Apple (1942 - ...): o mundo dentro e fora da educação 
não é apenas um texto! 
  “Ideology and Curriculum” (1979). 
  “Education and Power” (1985). 
  “Democratic Schools” (1995). 
  “Cultural Politics and Education” (1996). 
  São alguns dos livros de onde se pode extrair a sua preocupação 
por uma educação mais justa e democrática! 
  Michael Apple. A crítica: 
  Opunha-se à perspectiva neoliberal, que nos leva a pensar o mundo 
como um vasto supermercado, reduzindo a democracia à escolha 
livre do consumidor. 
  Alerta para o facto de que a selecção que constitui o currículo é o 
resultado de um processo que reflecte os interesses particulares das 
classes e dos grupos dominantes. 
  Contudo, como se dá uma luta em torno dos valores, símbolos, 
significados e propósitos sociais, o campo social não é feito só de 
domínio e subordinação, mas também de resistência e oposição. 
Currículo e Multiculturalismo 
  Henry Giroux (1943 - ...) – filho de trabalhadores imigrantes franco-
canadianos, desde cedo se preocupou com a questão da diversidade étnica , 
linguística, económica e cultural, que cada vez mais se impõe nas escolas 
públicas hodiernas. 
  A crítica: 
  Os estudos culturais alertam os professores para as questões do 
multiculturalismo, da raça, da identidade, do poder, do conhecimento, da 
ética e do trabalho, levando-os a repensar os fins últimos da 
escolarização. 
  Os trabalhos de Giroux vão no sentido de consciencializar os professores 
para a necessidade de encarar os seus alunos como portadores de diversas 
memórias sociais que também são legítimas, com direito a se exprimirem 
e representarem na busca de aprendizagem e autodeterminação. 
Conclusão 
  O currículo já não pode ser lido como aquela área simplesmente técnica, 
ateórica e apolítica. 
  O currículo do ponto de vista das teorias críticas é um artefacto político que 
interage com a ideologia, a estrutura social, a cultura e o poder. 
  Passamos de um currículo técnico, asséptico, fechado, descontextualizado, 
para um currículo que toma consciência crítica do seu território enquanto 
subsistema de um sistema mais amplo onde jogam múltiplas pressões de 
naturezapolítica, económica, social e cultural.

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