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ADO Semana 4 - Sistemas de Classificação (2)

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Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 
TÍTULO: ESTUDO DE CASO DA ANÁLISE DA GESTÃO DE ESTOQUES DE INSUMOS HOSPITALARES
COM FOCO NAS CLASSIFICAÇÕES
TÍTULO: 
CATEGORIA: CONCLUÍDOCATEGORIA: 
ÁREA: ENGENHARIAS E TECNOLOGIASÁREA: 
SUBÁREA: ENGENHARIASSUBÁREA: 
INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE BARRETOSINSTITUIÇÃO: 
AUTOR(ES): IVONE SILVA MURAKAMI, DRIELI DOS SANTOS FERREIRAAUTOR(ES): 
ORIENTADOR(ES): JADIS DE SANTIS JUNIORORIENTADOR(ES): 
COLABORADOR(ES): KARINA APARECIDA DA CRUZ PINTOCOLABORADOR(ES): 
ESTUDO DE CASO DA ANÁLISE DA GESTÃO DE ESTOQUES DE INSUMOS 
HOSPITALARES COM FOCO NAS CLASSIFICAÇÕES 
 
1. RESUMO 
A logística é necessária no dia-a-dia dos hospitais independente do porte 
sendo importante o controle e monitoramento dos estoques para que não haja falta, 
excesso e perdas por vencimento de validade dos insumos. Dessa forma o objetivo 
deste estudo é evidenciar a importância da efetiva gestão de estoque em um 
almoxarifado hospitalar através de um estudo de caso em um hospital filantrópico 
especializado em oncologia e propor métodos que aprimorem o desempenho dos 
processos logísticos através de técnicas e acompanhamento de sua aplicabilidade. 
Este estudo é realizado através de revisão de literatura e caracteriza-se como um 
estudo de caso e observacional descritivo. Os resultados apontam para efetiva 
aplicabilidade das curvas para análise do abastecimento de insumos. 
 
2. INTRODUÇÃO 
O conceito de logística em sua forma simples segundo Gasnier (2002) é 
abastecer os clientes internos ou externos de uma organização, sendo necessário o 
planejamento, a execução e controle do fluxo e a armazenagem de forma eficiente e 
eficaz no tempo, na qualidade e no menor custo. 
A logística é necessária no dia-a-dia dos hospitais, independente do porte, 
sendo importante o controle e monitoramento dos estoques para que não haja falta, 
excesso e perdas por vencimento de validade dos insumos, expõe Sbrocco (2001). 
De acordo com Moraes (2009) o controle de estoque competente é um dos 
fatores de maior importância para redução de custo e aumento de produtividade, 
sendo necessário o controle de reabastecimento de acordo com a necessidade, 
tempo e demanda que por consequência diminui o custo de armazenagem e/ou falta 
de insumo. 
Muitas empresas contraem custos desnecessários por falta da gestão de 
estoque eficiente. Observa-se que o hospital deste estudo enfrenta em sua gestão 
de estoque problemas na organização, comunicação entre setores de suprimentos e 
clientes finais, frequentes faltas de insumos, probabilidade de riscos de perdas por 
vencimento e falta de acuracidade nos saldos. 
Com isso faz necessário à inovação e a melhora na gestão de estoque 
contribuindo na redução de custos e maior desempenho no atendimento ao paciente 
através da adoção e aplicação de conceitos da literatura para segmentação e 
entendimento dos insumos. 
 
3. OBJETIVOS 
Evidenciar a importância da efetiva gestão de estoque em um almoxarifado 
hospitalar através de um estudo de caso no hospital filantrópico no interior do estado 
de São Paulo especializado em oncologia e propor métodos que aprimorem o 
desempenho da gestão de insumos através de técnicas de classificação e 
acompanhamento de sua aplicabilidade. Este estudo possui os seguintes objetivos 
específicos: 
 Levantar o atual modelo de gestão de estoque do hospital do estudo. 
 Aplicar as curvas ABC, PQR, XYZ e 123 no planejamento de 
abastecimento de insumos e verificar seu efeito no planejamento de 
compra. 
 
4. METODOLOGIA 
Este projeto é realizado através de revisão de literatura e caracteriza-se como 
um estudo de caso e observacional descritivo devido ao detalhamento dos 
fenômenos relacionados aos problemas internos do hospital. Com isso é avaliado o 
desempenho do estoque no decorrer do estudo até seu término. 
Para o levantamento das informações são realizadas entrevistas não 
estruturadas com os usuários do processo logístico e coleta de dados históricos do 
sistema. 
 
5. DESENVOLVIMENTO 
A definição de estoque segundo Slack (2008) é: 
Estoque é a acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema 
de transformação. Algumas vezes, estoque também é usado para descrever 
qualquer recurso armazenado. (Slack, 2008). 
 
Segundo Dias (1993, p. 24-31), alguns princípios e funções básicas para o 
controle de estoques são: 
 Determinar o quê, quando e quanto será necessário de estoque; 
 Receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as 
necessidades; 
 Controlar os estoques em termos de quantidades, valores e fornecer 
informações sobre a posição do estoque; 
 Manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos 
materiais estocados; 
 Identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados. 
A Tabela 1 apresenta as principais classificações de insumos de um estoque 
mais utilizadas, de acordo com Gasnier (2002). 
 
Tabela 1 Critério de classificação de insumos 
Classificação 
Ponto de vista 
contemplado 
Conceito 
ABC Econômico 
Consiste na separação dos itens em três grupos de acordo com 
o valor da demanda em determinado período de tempo, onde: 
A = alto valor B=valor intermediário C = valor baixo 
XYZ Cliente 
Classificação de criticidade. Baseada no critério do impacto 
resultante da falta, onde: 
X=baixa criticidade Y=média criticidade Z= alta criticidade 
PQR 
Processo 
operacional 
Classificação de popularidade. Baseada na frequência de 
utilização dos itens, sendo: 
P=elevada 
frequência de 
movimentação 
Q = frequência de 
movimentação 
intermediária 
R=baixa frequência 
de movimentação 
123 Fornecedor 
Classificação de aquisição. Baseada na dificuldade em adquirir 
determinado item, sendo: 
1 = obtenção muito 
difícil 
2 = obtenção 
relativamente difícil 
3 = obtenção fácil 
Fonte: Adaptado de Gasnier (2002) 
 
Segundo dados do hospital, o crescimento por serviços médico oncológico 
vêm aumentando, atualmente são mais de 4.000 atendimentos por dia, com um 
crescimento de mais de 40% comparado ao ano de 2008, que eram 2.800 
atendimentos por dia, e isso conseqüentemente acelera o giro de estoque. No 
hospital deste estudo o recebimento, armazenamento e distribuição interna de 
insumos são realizados em dois grandes almoxarifados – Almoxarifado Central e 
Almoxarifado Farmácia. 
Pode-se considerar que o hospital possui o estoque categorizado em três 
formas: estoque de materiais, estoque de produtos em processo e estoque de 
produtos acabados, pois são armazenados todos os itens do hospital que são 
utilizados em todo o processo até o atendimento ao paciente, sendo manipulados ou 
não e unitarizados ou não. 
Por se tratar de um hospital filantrópico são recebidas doações de diversos 
parceiros que logo irá influenciar no processo de planejamento de abastecimento 
dos insumos. 
 
5.1 PROCESSO DE ABASTECIMENTO DOS INSUMOS 
Segundo o Procedimento Operacional Padrão (POP) de solicitação de 
compras para abastecimento de almoxarifados do hospital deste estudo, o gestor ou 
responsável pelo estoque realiza a analise de itens a serem comprados e/ou recebe 
solicitações de alguns departamentos para compra de insumos sob encomenda. 
Posteriormente são analisados os itens padronizados e que devem ser 
mantidos em estoque, avaliando sua cobertura com parâmetro de analise de 40 dias 
aproximadamente, baseando-se no histórico da média de consumo dos últimos 6 
meses e atribuindo uma margem de segurança que varia de 8 a 30%. 
Com isso estima-se a quantidade por insumo a ser comprada e o valor total 
da compra baseando-se no valor de custo médio fiscal de cada produto. Os cálculos 
para tomadas de decisão são baseados na demanda mensal de consumo médio 
informado pelo sistema do hospital. 
Após o registro dos dados da solicitação de compra via sistema o setorde 
compras avalia o total da solicitação de compra de acordo com o saldo disponível do 
teto para compras do almoxarifado e caso seja ultrapassado o gestor ou responsável 
pelo estoque deve analisar o pedido ou justificar o valor excedido. 
Em seguida o setor de compras insere os dados em um portal de cotação de 
compras eletrônicas hospitalares que permanece disponível em um período de 2 a 3 
dias. Após a cotação os dados são importados para o sistema do hospital gerando 
automaticamente um pedido de compras com valor unitário do produto, quantidade 
total e data prevista para entrega. 
Sendo assim, a tomada de decisão para suprir a necessidade de demanda é 
através da revisão periódica, segundo Slack (2008), pois ao invés de realizar o 
pedido de insumos quando o nível de estoque predeterminado seja atingido, a 
abordagem periódica é em intervalo de tempo regular e fixo baseado em ciclos de 
compras mensais e de reabastecimento, no caso do hospital. 
5.2 PROPOSTA 
Com base no referencial teórico e no levantamento do atual modelo de gestão 
de estoque do hospital em estudo, verifica-se a necessidade de iniciar a 
remodelação da gestão através da qualificação de fornecedores e classificação dos 
insumos por curvas de criticidade, valorização, popularidade e aquisição. 
Neste trabalho o dado relevante em relação a fornecedores é o lead time, pois 
através do lead time é possível ter maiores chances de acertos na reposição de 
insumos. 
Segundo Slack (2008) lead time é o lapso de tempo entre o consumo que 
ativa a reposição e o encerramento do processo de reabastecimento, com o material 
liberado para uso. 
Deste modo, a primeira tarefa realizada foi solicitar ao setor de Compras a 
coleta da informação do lead time de cada fornecedor cadastrado na base de dados 
do hospital e em conjunto com os gestores responsáveis dos estoques, a realização 
da classificação dos insumos com o período histórico de um ano. 
Sugere-se também que através das classificações dos insumos por curva de 
criticidade, valor, aquisição e popularidade, os mesmos tenham diferentes formas de 
visão para o planejamento adequado das compras, ou seja, possíveis direções para 
tomadas de decisões na estratégia de reposição de insumos, também conhecida 
como árvore de encaminhamento, segundo Gasnier (2002). 
 
6. RESULTADOS 
O cálculo das curvas ABC e PQR foi realizado a princípio em uma planilha 
eletrônica que posteriormente serão inseridas e calculadas automaticamente no 
sistema do hospital. 
A Tabela 2 apresenta o modelo da planilha para cálculo da curva PQR do 
Almoxarifado Central, onde através do número de requisições do insumo no período 
de janeiro de 2012 a dezembro de 2013, realiza-se o percentual do valor total e 
posteriormente o percentual acumulado. O PQR é calculado sobre o percentual 
acumulado onde 0 a 70% é curva P, de 70,01 a 90% é curva Q e maior que 90% é 
curva R. Este parâmetro de percentual é utilizado também para a curva ABC, porém 
o cálculo é sobre a quantidade consumida multiplicado pelo valor unitário do 
produto. 
 
Tabela 2 Classificação PQR 
Cód.Produto Produto Requisições %Mov % Acum. Mov PQR
17268 ALCOOL ETILICO HIDRATADO 70% 1000 ML (SUPERFICIE) 3.002 13,6% 13,6% P
18587 PAPEL SULFITE A4 BRANCO 75G PACOTE COM 500 FOLHAS 2.543 11,5% 25,1% P
15689 CANETA ESFEROGRAFICA AZUL 2.107 9,6% 34,7% P
17270 PAPEL TOALHA FOLHA SIMPLES 3 DOBRAS 22 X 23 CM ETI00 1.689 7,7% 42,4% P
17242 HIPOCLORITO DE SODIO 1,0% 5000ML 1.530 6,9% 49,3% P
17291 SACO PLASTICO PARA LIXO PRETO 60 LITROS P6 1.275 5,8% 55,1% P
17290 SACO PLASTICO PARA LIXO PRETO 100 LITROS 75CMX105CM 10MICRAS 1.258 5,7% 60,8% P
15704 CANETA MARCA TEXTO AMARELO 1.195 5,4% 66,2% P
17464 RESPIRADOR 3M REF.8713 CARVAO ATIVADO 486 2,2% 68,4% P
19578 PAPEL LENCOL HOSPITALAR BRANCO 50X50 477 2,2% 70,6% Q
19566 COLETOR DE ARTIGO PERFUROCORTANTES 7 LITROS 461 2,1% 72,7% Q
15928 PILHA ALKALINE AA 458 2,1% 74,7% Q
17265 PAPEL HIGIENICO ROLAO 500 METROS BRANCO PACOTE COM 8 UNIDADES 425 1,9% 76,7% Q
19583 PAPEL LENCOL HOSPITALAR BRANCO 70X50 419 1,9% 78,6% Q
15763 LAPISEIRA 0,7MM 398 1,8% 80,4% Q
19565 COLETOR DE ARTIGO PERFUROCORTANTES 3 LITROS 390 1,8% 82,1% Q
16004 ENVELOPE MOD 579 KRAFT OURO TIMBRADO FUNDACAO 26 X 36 GRANDE 389 1,8% 83,9% Q
17121 COPO PLASTICO DESCARTAVEL ABNT C-50ML CRISTAL 382 1,7% 85,6% Q
19569 DESCARTEX BALDE 13 LITROS 288 1,3% 86,9% Q
16141 ETIQUETA BOPP 49X30 1 CARREIRA TUBETE PEQUENO 285 1,3% 88,2% Q
17206 BOBINA PLASTICA PICOTADA TRANSPARENTE 40 X 60 CM 283 1,3% 89,5% Q
15649 CANETA RETRO PROJETOR 1,0MM COR PRETA 280 1,3% 90,8% R
17225 DETERGENTE LAVA LOUCAS PAN CLEAN GALAO 5 LITROS D1 279 1,3% 92,1% R
15954 PLASTICO PARA PASTA CATALOGO - TAMANHO OFICIO 0,20 276 1,3% 93,3% R
17119 DETERGENTE AMONICADO PARA LIMPEZA PESADA PROFI E1F 270 1,2% 94,5% R
17219 LIMPADOR SACTIF MULTI-USO GALAO 5 LITROS 258 1,2% 95,7% R
17304 PANO PARA CHAO BRANCO 220 1,0% 96,7% R
15564 CLIPS PARA PAPEIS 8/0 PACOTE 218 1,0% 97,7% R
19556 PAPEL GRAU CIRURGICO 150 MM X 100 M 66 0,3% 98,0% R
15818 PASTA L OFICIO 230MM X 330MM 66 0,3% 98,3% R
17201 BOBINA PLASTICA PICOTADA TRANSPARENTE 23 X 35 CM 64 0,3% 98,6% R
15510 ELASTICO MARRON PARA DINHEIRO 64 0,3% 98,9% R
15737 ESTILETE LAMINA ESTREITA 64 0,3% 99,2% R
15849 ETIQUETA A4 349 126 POR FOLHA 64 0,3% 99,5% R
17474 ETIQUETA COUCHE 27X15 3 CARREIRA TUBETE GRANDE 64 0,3% 99,7% R
43436 MARMITEX N. 8 FECHAMENTO MANUAL CODIGO 306 CAIXA COM 100 UNIDADES 57 0,3% 100,0% R
22.050 Total 
Fonte: Dados do hospital. 
Através das curvas ABC, PQR, XYZ e 123 é possível dimensionar e priorizar 
os itens que são imprescindíveis na prestação de serviço do hospital. A Figura 1 
apresenta a árvore de encaminhamento. 
 
 
Figura 1 Critério de classificação de insumos 
 
Fonte: Gasnier (2002) 
Com as possíveis direções, a Tabela 3 mostra a aplicabilidade das curvas 
para o abastecimento do Almoxarifado da Farmácia de itens populares, não críticos, 
sem difícil aquisição, porém de alto valor, direcionando para uma compra com ponto 
de reposição com baixo nível de serviço, ou seja, por se tratar de itens sem muita 
rotatividade, sem criticidade vital, mas que elevam o valor do estoque, a forma de 
aquisição pode ser menos exigente. 
 
Tabela 3 Filtro dos itens P Z 1 A – Farmácia 
Categoria Cód. Descrição ABC PQR XYZ 123
MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 17990 ALCOOL 77°GL - 70° INPM EM SOLUCAO ALMOTOLIA 100ML A P X 2
MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 16807 CANULA DE HUBER 20G X 20MM / 20G X 19MM (REF: S02020-75) A P Y 2
MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 16789
CATETER OU CANULA PARA TERAPIA VENOSA PERIFERICA COM DISPOSITIVO DE 
SEGURANCA, 20G X 1 1/4 POL - REF: 4251644-04 - INTROCAN SAFETY.
A P X 2
MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 16790
CATETER OU CANULA PARA TERAPIA VENOSA PERIFERICA COM DISPOSITIVO DE 
SEGURANCA, 22G X 1 POL - REF: 4251628-04 - INTROCAN SAFETY
A P X 2
MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 16791
CATETER OU CANULA PARA TERAPIA VENOSA PERIFERICA COM DISPOSITIVO DE 
SEGURANCA, 24G X 3/4 POL -REF: 4251601-04 - INTROCAN SAFETY
A P X 2
MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 17991
COMPRESSA DE GAZE HIDROFILA ESTERIL MEDINDO 7,5 X 7,5CM FECHADA PACOTES COM 
10 UNIDADES
A P Y 2
MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 17871 EQUIPO GRAVITACIONAL SIMPLES, COM INJETOR LATERAL RIGIDO EM Y A P X 2
MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 17567
EQUIPO PARA BOMBA DE INFUSAO, COM INJETOR LATERAL (EUROFIX COMPACT AIR - 
B.BRAUN / EQL P - LIFEMED)
A P Y 2
MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 17877 EXTENSOR PARA EQUIPO 2 VIAS ADULTO A P Y 2
MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 18005 FITA TRANSPARENTE MICROPOROSA ROLO 100MM X 4,5M - TRANSPORE A P X 2
MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 17038
LUVA DE PROCEDIMENTO PEQUENA CAIXA C/ 100 UNID. 100% LATEX NATURAL, NAO 
ESTERIL, DESCARTAVEL, LUBRIFICADA COM PO BIOABSORVIVEL.
A P X 2
MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 27242
LUVA DE PROCEDIMENTO SEM TALCO EXTRA PEQUENA CAIXA C/ 100 UNID. 100% LATEX 
NATURAL, NAO ESTERIL, DESCARTAVEL.
A P X 2
MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 27239
LUVA DE PROCEDIMENTO SEM TALCO MEDIA CAIXA C/ 100 UNID. 100% LATEX NATURAL, 
NAO ESTERIL, DESCARTAVEL.
A P X 2
MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 27241
LUVA DE PROCEDIMENTO SEM TALCO PEQUENA CAIXA C/ 100 UNID. 100% LATEX 
NATURAL, NAO ESTERIL, DESCARTAVEL.
A P Y 2
MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 17052
SERINGA DESCARTAVEL, CAPACIDADE 10ML, SEM AGULHA, BICO CENTRALIZADO TIPO 
LUER LOCK, EMBALADO INDIVIDUALMENTE, ESTERIL.
A P X 2
MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 17055
SERINGA DESCARTAVEL, CAPACIDADE 20ML, SEM AGULHA, BICO CENTRALIZADO TIPO 
LUER SLIP, TRANSPARENTE, EMBALADO INDIVIDUALMENTE, ESTERIL.
A P X 2
MEDICAMENTOS 9422 CLORETO DE SODIO 0,9 % 100 ML SISTEMA FECHADO ISENTO PVC A P X 2
MEDICAMENTOS 9425 CLORETO DE SODIO 0,9 % 1000 ML SISTEMA FECHADO ISENTO PVC A P X 2
MEDICAMENTOS 9424 CLORETO DE SODIO 0,9 % 500 ML SISTEMA FECHADO ISENTO PVC A P X 2 
Fonte: Dados do hospital do ano de 2013. 
O Gráfico 1 apresenta o lead time dos duzentos e quarenta e um 
fornecedores ativos do hospital, onde destaca que 21% possuem um lead time de 2 
dias, seguido por 19% com lead time de 3 dias e 17% dos fornecedores com 5 dias 
de lead time. 
 
 
 
 
 
Gráfico 1 Lead time dos fornecedores 
 
Fonte: Dados do hospital do ano de 2013. 
Com base no lead time do fornecedor é possível definir o estoque de 
segurança para itens que são críticos e de difícil aquisição. Intenciona-se que a 
ocorrência por falta de insumo diminua dos itens altamente vitais. 
Com isso, obtêm-se como resultado a classificação dos itens das curvas Z e 1 
do Almoxarifado da Farmácia, conforme a Tabela 4 e do Almoxarifado Central, 
apresentado na Tabela 5, totalizando nos dois almoxarifados onze insumos críticos e 
de difícil aquisição. 
 
Tabela 4 Critério de classificação de insumos Almoxarifado Farmacia 
Categoria Cód. Descrição XYZ 123
MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 18113 COLETOR DE URINA SISTEMA FECHADO, TRANSPARENTE, ESTERIL 2000ML Z 1
MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 17769 APLICADOR VAGINAL GRADUADO DESCARTAVEL 5 G Z 1
MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 18112 COLETOR DE URINA, SISTEMA ABERTO, TRANSPARENTE C/ CORDAO, 2000ML PACOTE COM 100 UNIDADES Z 1
MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 18035 SERRA DE GIGLI 40CM ESTERIL Z 1
MEDICAMENTOS 9168 AMICACINA 250 MG/ML AMPOLA 2 ML (IM/IV) Z 1
MEDICAMENTOS 9172 ANFOTERICINA B LIPOSSOMAL 50 MG F/A (IV) - AMBISOME Z 1
MEDICAMENTOS 9492 CICLOSPORINA 100 MG CPS Z 1
MEDICAMENTOS 9490 CICLOSPORINA 25 MG CPS Z 1
MEDICAMENTOS 9491 CICLOSPORINA 50 MG CPS Z 1 
Fonte: Dados do hospital. 
 
Tabela 5 Critério de classificação de insumos Almoxarifado Central 
Categoria Cód.Produto Produto XYZ 123
MATERIAIS MEDICO 
HOSPITALARES / 
19551 TIRAS REAGENTES MULTISTICK FRASCO REF. 2300 Z 1
MATERIAIS DE LAB DE 
ANATOMIA PATOLOGICA
40994
LAMINA STARFROST GREEN REF 9546 TISSUE TEK AUTO WRITE 76MMX26MM CAIXA 50 
UNIDADES
Z 1
 
Fonte: Dados do hospital. 
 
Através desses dados é realizado o cálculo para o ponto de pedido com o 
estoque de segurança definido pelo gestor do estoque, conforme Gasnier (2002). 
 
Ponto de Pedido = (Média de saídas x Lead time) + Estoque de segurança (1) 
 
A aplicabilidade das curvas aponta para auxilio efetivo na análise do 
abastecimento de insumos. Segundo a Figura 2, em relação ao Almoxarifado da 
Farmácia percebe-se o balanceamento entre a compra e o consumo do período de 
janeiro a julho de 2013, observa-se que a partir de maio o valor de compra e saldo 
de estoque está diminuindo. Ressalta-se que o hospital recebe muitas doações de 
insumos hospitalares, que justifica o consumo maior que a compra mesmo o saldo 
de estoque diminuindo. 
 
Figura 2 Compra x Consumo x Estoque (Farmácia) 
 
Fonte: Dados do hospital do ano de 2013 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Devido à rotatividade dos insumos, a capacidade do hospital e a entrada de 
novos insumos e/ou inativação de outros, aconselha-se que as curvas sejam 
recalculadas e revistas trimestralmente, para que assim possa alcançar a gestão 
efetiva dos insumos através das classificações. 
As classificações através das curvas de popularidade, também podem ser 
usadas para gestão física dos estoques, onde os insumos podem ser organizados 
também por popularidade, o que consequentemente aumentaria a produtividade na 
separação dos insumos a serem dispensados. 
É visto que a classificação dos insumos é o primeiro passo para uma gestão 
de estoque mais assertiva e que outros conceitos e aplicabilidade certamente 
enriquecerão a gestão. 
 
8. FONTES CONSULTADAS 
DIAS, M. A. P. Administração de materiais: uma abordagem logística. 4. ed. São 
Paulo: Atlas, 1993. 
 
GASNIER, D. G. A dinâmica dos estoques: guia prático para planejamento, gestão de 
materiais e logística. São Paulo: IMAM, 2002. 
 
MORAES, G. V. Produção e Logística.2009. 44 f. Trabalho de Conclusão de Curso - Curso 
de Administração de Negócios, Universidade de Sorocaba, Sorocaba, 2009. Disponível em: 
<http://www.slideshare.net/guilherme.moraes/produo-e-logstica>. Acesso em: 09 jun. 2013. 
 
SBROCCO, E. (Ed.). Logística hospitalar: salvando vidas. 2001. Disponível em: 
<http://www.guialog.com.br/ARTIGO201.htm>. Acesso em: 30 abr. 2013. 
 
SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. São Paulo: 
Atlas, 2ª ed. 2008.

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