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Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: ESTUDO DE CASO DA ANÁLISE DA GESTÃO DE ESTOQUES DE INSUMOS HOSPITALARES COM FOCO NAS CLASSIFICAÇÕES TÍTULO: CATEGORIA: CONCLUÍDOCATEGORIA: ÁREA: ENGENHARIAS E TECNOLOGIASÁREA: SUBÁREA: ENGENHARIASSUBÁREA: INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE BARRETOSINSTITUIÇÃO: AUTOR(ES): IVONE SILVA MURAKAMI, DRIELI DOS SANTOS FERREIRAAUTOR(ES): ORIENTADOR(ES): JADIS DE SANTIS JUNIORORIENTADOR(ES): COLABORADOR(ES): KARINA APARECIDA DA CRUZ PINTOCOLABORADOR(ES): ESTUDO DE CASO DA ANÁLISE DA GESTÃO DE ESTOQUES DE INSUMOS HOSPITALARES COM FOCO NAS CLASSIFICAÇÕES 1. RESUMO A logística é necessária no dia-a-dia dos hospitais independente do porte sendo importante o controle e monitoramento dos estoques para que não haja falta, excesso e perdas por vencimento de validade dos insumos. Dessa forma o objetivo deste estudo é evidenciar a importância da efetiva gestão de estoque em um almoxarifado hospitalar através de um estudo de caso em um hospital filantrópico especializado em oncologia e propor métodos que aprimorem o desempenho dos processos logísticos através de técnicas e acompanhamento de sua aplicabilidade. Este estudo é realizado através de revisão de literatura e caracteriza-se como um estudo de caso e observacional descritivo. Os resultados apontam para efetiva aplicabilidade das curvas para análise do abastecimento de insumos. 2. INTRODUÇÃO O conceito de logística em sua forma simples segundo Gasnier (2002) é abastecer os clientes internos ou externos de uma organização, sendo necessário o planejamento, a execução e controle do fluxo e a armazenagem de forma eficiente e eficaz no tempo, na qualidade e no menor custo. A logística é necessária no dia-a-dia dos hospitais, independente do porte, sendo importante o controle e monitoramento dos estoques para que não haja falta, excesso e perdas por vencimento de validade dos insumos, expõe Sbrocco (2001). De acordo com Moraes (2009) o controle de estoque competente é um dos fatores de maior importância para redução de custo e aumento de produtividade, sendo necessário o controle de reabastecimento de acordo com a necessidade, tempo e demanda que por consequência diminui o custo de armazenagem e/ou falta de insumo. Muitas empresas contraem custos desnecessários por falta da gestão de estoque eficiente. Observa-se que o hospital deste estudo enfrenta em sua gestão de estoque problemas na organização, comunicação entre setores de suprimentos e clientes finais, frequentes faltas de insumos, probabilidade de riscos de perdas por vencimento e falta de acuracidade nos saldos. Com isso faz necessário à inovação e a melhora na gestão de estoque contribuindo na redução de custos e maior desempenho no atendimento ao paciente através da adoção e aplicação de conceitos da literatura para segmentação e entendimento dos insumos. 3. OBJETIVOS Evidenciar a importância da efetiva gestão de estoque em um almoxarifado hospitalar através de um estudo de caso no hospital filantrópico no interior do estado de São Paulo especializado em oncologia e propor métodos que aprimorem o desempenho da gestão de insumos através de técnicas de classificação e acompanhamento de sua aplicabilidade. Este estudo possui os seguintes objetivos específicos: Levantar o atual modelo de gestão de estoque do hospital do estudo. Aplicar as curvas ABC, PQR, XYZ e 123 no planejamento de abastecimento de insumos e verificar seu efeito no planejamento de compra. 4. METODOLOGIA Este projeto é realizado através de revisão de literatura e caracteriza-se como um estudo de caso e observacional descritivo devido ao detalhamento dos fenômenos relacionados aos problemas internos do hospital. Com isso é avaliado o desempenho do estoque no decorrer do estudo até seu término. Para o levantamento das informações são realizadas entrevistas não estruturadas com os usuários do processo logístico e coleta de dados históricos do sistema. 5. DESENVOLVIMENTO A definição de estoque segundo Slack (2008) é: Estoque é a acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema de transformação. Algumas vezes, estoque também é usado para descrever qualquer recurso armazenado. (Slack, 2008). Segundo Dias (1993, p. 24-31), alguns princípios e funções básicas para o controle de estoques são: Determinar o quê, quando e quanto será necessário de estoque; Receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as necessidades; Controlar os estoques em termos de quantidades, valores e fornecer informações sobre a posição do estoque; Manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos materiais estocados; Identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados. A Tabela 1 apresenta as principais classificações de insumos de um estoque mais utilizadas, de acordo com Gasnier (2002). Tabela 1 Critério de classificação de insumos Classificação Ponto de vista contemplado Conceito ABC Econômico Consiste na separação dos itens em três grupos de acordo com o valor da demanda em determinado período de tempo, onde: A = alto valor B=valor intermediário C = valor baixo XYZ Cliente Classificação de criticidade. Baseada no critério do impacto resultante da falta, onde: X=baixa criticidade Y=média criticidade Z= alta criticidade PQR Processo operacional Classificação de popularidade. Baseada na frequência de utilização dos itens, sendo: P=elevada frequência de movimentação Q = frequência de movimentação intermediária R=baixa frequência de movimentação 123 Fornecedor Classificação de aquisição. Baseada na dificuldade em adquirir determinado item, sendo: 1 = obtenção muito difícil 2 = obtenção relativamente difícil 3 = obtenção fácil Fonte: Adaptado de Gasnier (2002) Segundo dados do hospital, o crescimento por serviços médico oncológico vêm aumentando, atualmente são mais de 4.000 atendimentos por dia, com um crescimento de mais de 40% comparado ao ano de 2008, que eram 2.800 atendimentos por dia, e isso conseqüentemente acelera o giro de estoque. No hospital deste estudo o recebimento, armazenamento e distribuição interna de insumos são realizados em dois grandes almoxarifados – Almoxarifado Central e Almoxarifado Farmácia. Pode-se considerar que o hospital possui o estoque categorizado em três formas: estoque de materiais, estoque de produtos em processo e estoque de produtos acabados, pois são armazenados todos os itens do hospital que são utilizados em todo o processo até o atendimento ao paciente, sendo manipulados ou não e unitarizados ou não. Por se tratar de um hospital filantrópico são recebidas doações de diversos parceiros que logo irá influenciar no processo de planejamento de abastecimento dos insumos. 5.1 PROCESSO DE ABASTECIMENTO DOS INSUMOS Segundo o Procedimento Operacional Padrão (POP) de solicitação de compras para abastecimento de almoxarifados do hospital deste estudo, o gestor ou responsável pelo estoque realiza a analise de itens a serem comprados e/ou recebe solicitações de alguns departamentos para compra de insumos sob encomenda. Posteriormente são analisados os itens padronizados e que devem ser mantidos em estoque, avaliando sua cobertura com parâmetro de analise de 40 dias aproximadamente, baseando-se no histórico da média de consumo dos últimos 6 meses e atribuindo uma margem de segurança que varia de 8 a 30%. Com isso estima-se a quantidade por insumo a ser comprada e o valor total da compra baseando-se no valor de custo médio fiscal de cada produto. Os cálculos para tomadas de decisão são baseados na demanda mensal de consumo médio informado pelo sistema do hospital. Após o registro dos dados da solicitação de compra via sistema o setorde compras avalia o total da solicitação de compra de acordo com o saldo disponível do teto para compras do almoxarifado e caso seja ultrapassado o gestor ou responsável pelo estoque deve analisar o pedido ou justificar o valor excedido. Em seguida o setor de compras insere os dados em um portal de cotação de compras eletrônicas hospitalares que permanece disponível em um período de 2 a 3 dias. Após a cotação os dados são importados para o sistema do hospital gerando automaticamente um pedido de compras com valor unitário do produto, quantidade total e data prevista para entrega. Sendo assim, a tomada de decisão para suprir a necessidade de demanda é através da revisão periódica, segundo Slack (2008), pois ao invés de realizar o pedido de insumos quando o nível de estoque predeterminado seja atingido, a abordagem periódica é em intervalo de tempo regular e fixo baseado em ciclos de compras mensais e de reabastecimento, no caso do hospital. 5.2 PROPOSTA Com base no referencial teórico e no levantamento do atual modelo de gestão de estoque do hospital em estudo, verifica-se a necessidade de iniciar a remodelação da gestão através da qualificação de fornecedores e classificação dos insumos por curvas de criticidade, valorização, popularidade e aquisição. Neste trabalho o dado relevante em relação a fornecedores é o lead time, pois através do lead time é possível ter maiores chances de acertos na reposição de insumos. Segundo Slack (2008) lead time é o lapso de tempo entre o consumo que ativa a reposição e o encerramento do processo de reabastecimento, com o material liberado para uso. Deste modo, a primeira tarefa realizada foi solicitar ao setor de Compras a coleta da informação do lead time de cada fornecedor cadastrado na base de dados do hospital e em conjunto com os gestores responsáveis dos estoques, a realização da classificação dos insumos com o período histórico de um ano. Sugere-se também que através das classificações dos insumos por curva de criticidade, valor, aquisição e popularidade, os mesmos tenham diferentes formas de visão para o planejamento adequado das compras, ou seja, possíveis direções para tomadas de decisões na estratégia de reposição de insumos, também conhecida como árvore de encaminhamento, segundo Gasnier (2002). 6. RESULTADOS O cálculo das curvas ABC e PQR foi realizado a princípio em uma planilha eletrônica que posteriormente serão inseridas e calculadas automaticamente no sistema do hospital. A Tabela 2 apresenta o modelo da planilha para cálculo da curva PQR do Almoxarifado Central, onde através do número de requisições do insumo no período de janeiro de 2012 a dezembro de 2013, realiza-se o percentual do valor total e posteriormente o percentual acumulado. O PQR é calculado sobre o percentual acumulado onde 0 a 70% é curva P, de 70,01 a 90% é curva Q e maior que 90% é curva R. Este parâmetro de percentual é utilizado também para a curva ABC, porém o cálculo é sobre a quantidade consumida multiplicado pelo valor unitário do produto. Tabela 2 Classificação PQR Cód.Produto Produto Requisições %Mov % Acum. Mov PQR 17268 ALCOOL ETILICO HIDRATADO 70% 1000 ML (SUPERFICIE) 3.002 13,6% 13,6% P 18587 PAPEL SULFITE A4 BRANCO 75G PACOTE COM 500 FOLHAS 2.543 11,5% 25,1% P 15689 CANETA ESFEROGRAFICA AZUL 2.107 9,6% 34,7% P 17270 PAPEL TOALHA FOLHA SIMPLES 3 DOBRAS 22 X 23 CM ETI00 1.689 7,7% 42,4% P 17242 HIPOCLORITO DE SODIO 1,0% 5000ML 1.530 6,9% 49,3% P 17291 SACO PLASTICO PARA LIXO PRETO 60 LITROS P6 1.275 5,8% 55,1% P 17290 SACO PLASTICO PARA LIXO PRETO 100 LITROS 75CMX105CM 10MICRAS 1.258 5,7% 60,8% P 15704 CANETA MARCA TEXTO AMARELO 1.195 5,4% 66,2% P 17464 RESPIRADOR 3M REF.8713 CARVAO ATIVADO 486 2,2% 68,4% P 19578 PAPEL LENCOL HOSPITALAR BRANCO 50X50 477 2,2% 70,6% Q 19566 COLETOR DE ARTIGO PERFUROCORTANTES 7 LITROS 461 2,1% 72,7% Q 15928 PILHA ALKALINE AA 458 2,1% 74,7% Q 17265 PAPEL HIGIENICO ROLAO 500 METROS BRANCO PACOTE COM 8 UNIDADES 425 1,9% 76,7% Q 19583 PAPEL LENCOL HOSPITALAR BRANCO 70X50 419 1,9% 78,6% Q 15763 LAPISEIRA 0,7MM 398 1,8% 80,4% Q 19565 COLETOR DE ARTIGO PERFUROCORTANTES 3 LITROS 390 1,8% 82,1% Q 16004 ENVELOPE MOD 579 KRAFT OURO TIMBRADO FUNDACAO 26 X 36 GRANDE 389 1,8% 83,9% Q 17121 COPO PLASTICO DESCARTAVEL ABNT C-50ML CRISTAL 382 1,7% 85,6% Q 19569 DESCARTEX BALDE 13 LITROS 288 1,3% 86,9% Q 16141 ETIQUETA BOPP 49X30 1 CARREIRA TUBETE PEQUENO 285 1,3% 88,2% Q 17206 BOBINA PLASTICA PICOTADA TRANSPARENTE 40 X 60 CM 283 1,3% 89,5% Q 15649 CANETA RETRO PROJETOR 1,0MM COR PRETA 280 1,3% 90,8% R 17225 DETERGENTE LAVA LOUCAS PAN CLEAN GALAO 5 LITROS D1 279 1,3% 92,1% R 15954 PLASTICO PARA PASTA CATALOGO - TAMANHO OFICIO 0,20 276 1,3% 93,3% R 17119 DETERGENTE AMONICADO PARA LIMPEZA PESADA PROFI E1F 270 1,2% 94,5% R 17219 LIMPADOR SACTIF MULTI-USO GALAO 5 LITROS 258 1,2% 95,7% R 17304 PANO PARA CHAO BRANCO 220 1,0% 96,7% R 15564 CLIPS PARA PAPEIS 8/0 PACOTE 218 1,0% 97,7% R 19556 PAPEL GRAU CIRURGICO 150 MM X 100 M 66 0,3% 98,0% R 15818 PASTA L OFICIO 230MM X 330MM 66 0,3% 98,3% R 17201 BOBINA PLASTICA PICOTADA TRANSPARENTE 23 X 35 CM 64 0,3% 98,6% R 15510 ELASTICO MARRON PARA DINHEIRO 64 0,3% 98,9% R 15737 ESTILETE LAMINA ESTREITA 64 0,3% 99,2% R 15849 ETIQUETA A4 349 126 POR FOLHA 64 0,3% 99,5% R 17474 ETIQUETA COUCHE 27X15 3 CARREIRA TUBETE GRANDE 64 0,3% 99,7% R 43436 MARMITEX N. 8 FECHAMENTO MANUAL CODIGO 306 CAIXA COM 100 UNIDADES 57 0,3% 100,0% R 22.050 Total Fonte: Dados do hospital. Através das curvas ABC, PQR, XYZ e 123 é possível dimensionar e priorizar os itens que são imprescindíveis na prestação de serviço do hospital. A Figura 1 apresenta a árvore de encaminhamento. Figura 1 Critério de classificação de insumos Fonte: Gasnier (2002) Com as possíveis direções, a Tabela 3 mostra a aplicabilidade das curvas para o abastecimento do Almoxarifado da Farmácia de itens populares, não críticos, sem difícil aquisição, porém de alto valor, direcionando para uma compra com ponto de reposição com baixo nível de serviço, ou seja, por se tratar de itens sem muita rotatividade, sem criticidade vital, mas que elevam o valor do estoque, a forma de aquisição pode ser menos exigente. Tabela 3 Filtro dos itens P Z 1 A – Farmácia Categoria Cód. Descrição ABC PQR XYZ 123 MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 17990 ALCOOL 77°GL - 70° INPM EM SOLUCAO ALMOTOLIA 100ML A P X 2 MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 16807 CANULA DE HUBER 20G X 20MM / 20G X 19MM (REF: S02020-75) A P Y 2 MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 16789 CATETER OU CANULA PARA TERAPIA VENOSA PERIFERICA COM DISPOSITIVO DE SEGURANCA, 20G X 1 1/4 POL - REF: 4251644-04 - INTROCAN SAFETY. A P X 2 MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 16790 CATETER OU CANULA PARA TERAPIA VENOSA PERIFERICA COM DISPOSITIVO DE SEGURANCA, 22G X 1 POL - REF: 4251628-04 - INTROCAN SAFETY A P X 2 MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 16791 CATETER OU CANULA PARA TERAPIA VENOSA PERIFERICA COM DISPOSITIVO DE SEGURANCA, 24G X 3/4 POL -REF: 4251601-04 - INTROCAN SAFETY A P X 2 MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 17991 COMPRESSA DE GAZE HIDROFILA ESTERIL MEDINDO 7,5 X 7,5CM FECHADA PACOTES COM 10 UNIDADES A P Y 2 MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 17871 EQUIPO GRAVITACIONAL SIMPLES, COM INJETOR LATERAL RIGIDO EM Y A P X 2 MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 17567 EQUIPO PARA BOMBA DE INFUSAO, COM INJETOR LATERAL (EUROFIX COMPACT AIR - B.BRAUN / EQL P - LIFEMED) A P Y 2 MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 17877 EXTENSOR PARA EQUIPO 2 VIAS ADULTO A P Y 2 MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 18005 FITA TRANSPARENTE MICROPOROSA ROLO 100MM X 4,5M - TRANSPORE A P X 2 MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 17038 LUVA DE PROCEDIMENTO PEQUENA CAIXA C/ 100 UNID. 100% LATEX NATURAL, NAO ESTERIL, DESCARTAVEL, LUBRIFICADA COM PO BIOABSORVIVEL. A P X 2 MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 27242 LUVA DE PROCEDIMENTO SEM TALCO EXTRA PEQUENA CAIXA C/ 100 UNID. 100% LATEX NATURAL, NAO ESTERIL, DESCARTAVEL. A P X 2 MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 27239 LUVA DE PROCEDIMENTO SEM TALCO MEDIA CAIXA C/ 100 UNID. 100% LATEX NATURAL, NAO ESTERIL, DESCARTAVEL. A P X 2 MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 27241 LUVA DE PROCEDIMENTO SEM TALCO PEQUENA CAIXA C/ 100 UNID. 100% LATEX NATURAL, NAO ESTERIL, DESCARTAVEL. A P Y 2 MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 17052 SERINGA DESCARTAVEL, CAPACIDADE 10ML, SEM AGULHA, BICO CENTRALIZADO TIPO LUER LOCK, EMBALADO INDIVIDUALMENTE, ESTERIL. A P X 2 MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 17055 SERINGA DESCARTAVEL, CAPACIDADE 20ML, SEM AGULHA, BICO CENTRALIZADO TIPO LUER SLIP, TRANSPARENTE, EMBALADO INDIVIDUALMENTE, ESTERIL. A P X 2 MEDICAMENTOS 9422 CLORETO DE SODIO 0,9 % 100 ML SISTEMA FECHADO ISENTO PVC A P X 2 MEDICAMENTOS 9425 CLORETO DE SODIO 0,9 % 1000 ML SISTEMA FECHADO ISENTO PVC A P X 2 MEDICAMENTOS 9424 CLORETO DE SODIO 0,9 % 500 ML SISTEMA FECHADO ISENTO PVC A P X 2 Fonte: Dados do hospital do ano de 2013. O Gráfico 1 apresenta o lead time dos duzentos e quarenta e um fornecedores ativos do hospital, onde destaca que 21% possuem um lead time de 2 dias, seguido por 19% com lead time de 3 dias e 17% dos fornecedores com 5 dias de lead time. Gráfico 1 Lead time dos fornecedores Fonte: Dados do hospital do ano de 2013. Com base no lead time do fornecedor é possível definir o estoque de segurança para itens que são críticos e de difícil aquisição. Intenciona-se que a ocorrência por falta de insumo diminua dos itens altamente vitais. Com isso, obtêm-se como resultado a classificação dos itens das curvas Z e 1 do Almoxarifado da Farmácia, conforme a Tabela 4 e do Almoxarifado Central, apresentado na Tabela 5, totalizando nos dois almoxarifados onze insumos críticos e de difícil aquisição. Tabela 4 Critério de classificação de insumos Almoxarifado Farmacia Categoria Cód. Descrição XYZ 123 MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 18113 COLETOR DE URINA SISTEMA FECHADO, TRANSPARENTE, ESTERIL 2000ML Z 1 MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 17769 APLICADOR VAGINAL GRADUADO DESCARTAVEL 5 G Z 1 MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 18112 COLETOR DE URINA, SISTEMA ABERTO, TRANSPARENTE C/ CORDAO, 2000ML PACOTE COM 100 UNIDADES Z 1 MATERIAIS MEDICO-HOSPITALARES 18035 SERRA DE GIGLI 40CM ESTERIL Z 1 MEDICAMENTOS 9168 AMICACINA 250 MG/ML AMPOLA 2 ML (IM/IV) Z 1 MEDICAMENTOS 9172 ANFOTERICINA B LIPOSSOMAL 50 MG F/A (IV) - AMBISOME Z 1 MEDICAMENTOS 9492 CICLOSPORINA 100 MG CPS Z 1 MEDICAMENTOS 9490 CICLOSPORINA 25 MG CPS Z 1 MEDICAMENTOS 9491 CICLOSPORINA 50 MG CPS Z 1 Fonte: Dados do hospital. Tabela 5 Critério de classificação de insumos Almoxarifado Central Categoria Cód.Produto Produto XYZ 123 MATERIAIS MEDICO HOSPITALARES / 19551 TIRAS REAGENTES MULTISTICK FRASCO REF. 2300 Z 1 MATERIAIS DE LAB DE ANATOMIA PATOLOGICA 40994 LAMINA STARFROST GREEN REF 9546 TISSUE TEK AUTO WRITE 76MMX26MM CAIXA 50 UNIDADES Z 1 Fonte: Dados do hospital. Através desses dados é realizado o cálculo para o ponto de pedido com o estoque de segurança definido pelo gestor do estoque, conforme Gasnier (2002). Ponto de Pedido = (Média de saídas x Lead time) + Estoque de segurança (1) A aplicabilidade das curvas aponta para auxilio efetivo na análise do abastecimento de insumos. Segundo a Figura 2, em relação ao Almoxarifado da Farmácia percebe-se o balanceamento entre a compra e o consumo do período de janeiro a julho de 2013, observa-se que a partir de maio o valor de compra e saldo de estoque está diminuindo. Ressalta-se que o hospital recebe muitas doações de insumos hospitalares, que justifica o consumo maior que a compra mesmo o saldo de estoque diminuindo. Figura 2 Compra x Consumo x Estoque (Farmácia) Fonte: Dados do hospital do ano de 2013 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS Devido à rotatividade dos insumos, a capacidade do hospital e a entrada de novos insumos e/ou inativação de outros, aconselha-se que as curvas sejam recalculadas e revistas trimestralmente, para que assim possa alcançar a gestão efetiva dos insumos através das classificações. As classificações através das curvas de popularidade, também podem ser usadas para gestão física dos estoques, onde os insumos podem ser organizados também por popularidade, o que consequentemente aumentaria a produtividade na separação dos insumos a serem dispensados. É visto que a classificação dos insumos é o primeiro passo para uma gestão de estoque mais assertiva e que outros conceitos e aplicabilidade certamente enriquecerão a gestão. 8. FONTES CONSULTADAS DIAS, M. A. P. Administração de materiais: uma abordagem logística. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1993. GASNIER, D. G. A dinâmica dos estoques: guia prático para planejamento, gestão de materiais e logística. São Paulo: IMAM, 2002. MORAES, G. V. Produção e Logística.2009. 44 f. Trabalho de Conclusão de Curso - Curso de Administração de Negócios, Universidade de Sorocaba, Sorocaba, 2009. Disponível em: <http://www.slideshare.net/guilherme.moraes/produo-e-logstica>. Acesso em: 09 jun. 2013. SBROCCO, E. (Ed.). Logística hospitalar: salvando vidas. 2001. Disponível em: <http://www.guialog.com.br/ARTIGO201.htm>. Acesso em: 30 abr. 2013. SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 2ª ed. 2008.
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