Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Seja bem-vindo(a)! O objetivo deste curso é transmitir os conceitos fundamentais sobre a previdência no Brasil, com ênfase na previdência complementar fechada. Ao concluir sua leitura, acesse e responda o questionário. Para obtenção do certificado, você precisa acertar ao menos 70% das questões. “ ” Em caso de dúvida, entre contato conosco: Tel.: (11) 3043.8783/84/87 E-mail: uniabrapp@abrapp.org.br 1. Visão Geral da Previdência no Brasil 2. Regime de Previdência Complementar Aberta: Características Gerais e Funcionamento Regime de Previdência Complementar Fechada 3. Características, Histórico e Perfil do Setor no Brasil 4. Aspectos Legais 5. Governança e Gestão 6. Planos de Benefícios 7. Financiamento do Custo Previdenciário e Equilíbrio dos Planos 8. Tributação dos Planos de Previdência 9. Gestão Financeira e de Investimentos 10. Instituidores 11. Dos Servidores Públicos 12. Importância dos Fundos de Pensão ESTRUTURA DO CURSO Segundo o Dicionário Michaelis: pre.vi.dên.cia sf (lat praevidentia) 1 Previsão conjetural do futuro. 2 Ato ou qualidade do que é previdente. 3 Faculdade de ver antecipadamente; antevidência. P. divina: conhecimento certo que Deus tem do futuro. (...)” Sr. Precavido O CONCEITO PREVIDÊNCIA •Proteção que o indivíduo adquire no presente... •... na expectativa de garantir um futuro de qualidade Acidente •Busca minimizar o impacto de quando parar de trabalhar, seja por: Problemas de saúde Aposentadoria Condição natural da vida humana 1. Visão Geral da Previdência no Brasil QUAIS TIPOS DE PREVIDÊNCIA EXISTEM NO BRASIL? SISTEMA PREVIDENCIÁRIO BRASILEIRO BASE: ARTIGO 194 DA CF/88 Regimes Próprios Contribuintes: 6,3 milhões Assistidos: 3,7 milhões Déficit: R$ 176 bilhões* Regime Geral Previdência Social Contribuintes: 58,1 milhões Assistidos: 34,5 milhões Déficit: R$ 182 bilhões Regime de Previdência Complementar Contribuintes: 15,8 milhões Assistidos: 0,82 milhão Patrimônio: R$ 1.594 bilhões Fonte: Secretaria de Previdência – 2017 e *FIEMS – 2016 Fonte: *Fenaprevi **Abrapp ENTIDADES ABERTAS*: • acessível a todos • finalidade lucrativa • sociedade anônima • contribuintes: 13,3 milhões (dez/17) • assistidos: 81,5 mil (nov/16) • patrimônio: R$ 756 bilhões (dez/17) ENTIDADES FECHADAS**: • identidade de grupo • finalidade não lucrativa • fundação / sociedade civil • contribuintes: 2,5 milhões (dez/14) • assistidos: 735 mil (dez/14) • patrimônio: R$ 838 bilhões (dez/17) REGIME DE PREVIDÊNCIA: •Criado na Alemanha em 1880 •Parte integrante da Política estatal de Bismarck de Instituição de Programas Sociais BRASIL: •Primeira experiência ocorreu em 1923 a partir da Lei Eloy Chaves •Estabelecia fundo específico para cada Companhia Ferroviária •Oferecia aos trabalhadores a possibilidade de ajuda mensal, em momentos de necessidade REGIME DE PREVIDÊNCIA SOCIAL HOJE NO BRASIL •Obrigatória para todo trabalhador com vínculo formal empregatício (caráter universal) •Facultativa aos trabalhadores sem vínculo empregatício (contribuinte individual, trabalhador avulso e segurado especial) •Financiamento do sistema se dá por meio de contribuição dos atuais ativos (trabalhadores contribuintes) – repartição DINÂMICA •Difere de acordo com o salário do trabalhador, havendo um teto máximo •Pela sua cobertura e sistema de financiamento, a previdência social constitui importante mecanismo de distribuição de renda e assistência social BASE DE CONTRIBUIÇÃO 2018 REGIMES PRÓPRIOS HOJE NO BRASIL Previdência pertinente aos servidores públicos (funcionários vinculados aos órgãos da Administração Pública dos 3 níveis, por meio de concursos públicos), estabelecido nas normas constitucionais e legais de acordo com o tipo específico do vínculo empregatício. OLHANDO PARA A EVOLUÇÃO POPULACIONAL NO BRASIL Fonte: IBGE Com o envelhecimento da população, há cada vez mais dificuldade de financiamento das aposentadorias sob a dinâmica do regime de repartição. Assim, a previdência complementar é a opção disponibilizada com a finalidade de ampliar a cobertura insuficiente do regime geral de previdência social. É uma decisão INDIVIDUAL ou CONJUNTA COM A EMPRESA PATROCINADORA e que complementa um benefício do cidadão Possibilita a manutenção da qualidade de vida e bem-estar dele, e da família, no futuro PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR Regime de Previdência Complementar •Tem caráter complementar e facultativo (voluntário), organizado de forma autônoma em relação aos regimes de previdência social e próprios. •É operado pelas Entidades Fechadas ou Abertas de previdência complementar. •Baseado na constituição de reservas (poupança) que garantem o benefício contratado. Regime de Previdência Complementar – Objetivo Principal Recompor o nível de renda em casos de: Aposentadoria Invalidez Morte (por meio de pensão aos dependentes) Ao se aposentar pela previdência social, os indivíduos percebem uma queda no nível de renda... FINALIDADE DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ...os que possuíam nível de renda entre 20 e 100 salários mínimos quando se aposentaram, tiveram perda variável entre 40% a 95 %. O teto do benefício do INSS: 17,7 salários mínimos – 1979 5,9 salários mínimo - 2018 Fonte: www.previdencia.gov.br (acesso em 2017) FINALIDADE DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR 1009080706050403020100 Faixas Salariais em Salário Mínimo Com a previdência complementar, em média, o indivíduo recompõe seu nível de renda em 60% mantendo seu poder aquisitivo. 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 % S a lá ri o Agora que você já viu os tipos de regimes de previdência e a importância da previdência complementar, vamos conhecer os dois tipos, começando pelo aberto... 2. Regime de Previdência Complementar Aberta: Características Gerais e Funcionamento PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA – O QUE É? A pessoa física contribui individualmente, para a instituição financeira (Entidade Aberta de Previdência Complementar – EAPC) que administra seu plano e investe essa contribuição acumulando um saldo para ser recebido mensalmente (renda continuada) ou em pagamento único, quando o indivíduo se aposentar. É oferecida por bancos e seguradoras independentes, constituídos sob a forma de sociedade anônima, a qualquer pessoa física (PF) ou jurídica (PJ), por meio de planos individuais ou empresariais As EAPC arrecadam duas taxas: É um produto comercializado, ou seja, os planos são padronizados (com pouca flexibilidade de alteração nos modelos) e há pouca interferência do contratante na gestão – processos padronizados. • de administração: percentual sobre o patrimônio total acumulado • de carregamento: aplicada sobre as contribuições que a pessoa faz ao plano PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA – COMO SE ESTRUTURA No passado, as EAPC podiam ter ou não finalidade lucrativa. Hoje, toda nova EAPC deve ter fim lucrativo*. (*) As EAPC sem fins lucrativos, ainda em funcionamento, normalmente só comercializam produtos de previdência semelhantes à coberturas de seguros de vida. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA RESPONSABILIDADES GERAIS DAS EAPC 1. Formatação de produto (específico para pessoa física ou jurídica) e pedido de aprovação* à SUSEP – Superintendência Nacional de Seguros Privados, acompanhado do Regulamento e Nota Técnica Atuarial do plano. 2. Preparação e assinatura de contratos no caso de implantaçãode plano coletivo. 3. Implantação do Plano: divulgação e comercialização. 4. Realização de Reavaliações Atuariais (em geral) (*) O plano aprovado pode ser comercializado para várias empresas – o desenho do plano é especificado em contrato, sendo o regulamento parte integrante. Os recursos financeiros dos participantes, em geral, são depositados em Fundo de Investimento que pode receber contribuições de planos individuais e empresariais. A gestão dos investimentos pode ser realizada pela própria EAPC ou por terceiros. E, há também, a possibilidade de criação de Fundos de Investimentos Exclusivos. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA ADMINISTRAÇÃO DOS INVESTIMENTOS PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA ADESÃO/CONTRATAÇÃO Adesão à EAPC = coleção de contratos individuais Um plano individual ou empresarial* pode ser contratado por meio de um corretor de seguros, em uma agência bancária ou diretamente nas EAPC. A intermediação da compra dos planos individuais por corretor é opcional (a compra pode ser feita pela internet). Já, para os planos empresariais, há necessidade de especialista. *Desde 2001 (Lei Complementar 108, as EAPC não podem mais celebrar novos contratos para empresas públicas. Cada participante, seja individual ou vinculado a um plano empresarial, deve preencher e assinar uma proposta de inscrição, a qual será submetida para avaliação da seguradora. • Plano Tradicional; • PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre; • VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre; • Benefícios de Risco, como pensão por morte, renda por invalidez, entre outros. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA TIPOS DE PLANOS A EAPC é caracterizada em função do tipo de plano que oferece: Em geral são do tipo Contribuição Definida, onde o valor do benefício é calculado ao final do período de contribuição, sendo resultado dos seguintes fatores: • Saldo acumulado na data escolhida para aposentadoria; • Idade da aposentadoria; • Tipo de renda escolhida; •Condições técnicas asseguradas (tábua de mortalidade + garantia mínima de indexador + juros + possibilidade de distribuição de % da rentabilidade à título de excedente financeiro). PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA TIPOS DE PLANOS Plano Tradicional Durante o período de contribuição há garantia de Rentabilidade sobre as contribuições efetuadas, conforme condições técnicas asseguradas. E, a aplicação dos recursos financeiros deve ser determinada pela EAPC, utilizando um fundo de investimentos, como referência. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA PLANO TRADICIONAL – FLUXO DE CONTRIBUIÇÃO Contribuição Mensal do Participante Contribuição Mensal Líquida Carregamento do Plano O valor é investido pela EAPC (Carteira Administrada ou Fundo de Investimento) Compra de títulos no mercado financeiro Vende títulos no mercado financeiro quando há resgates ou rendas São do tipo Contribuição Definida, onde o valor do benefício é calculado ao final do período de contribuição, sendo resultado dos seguintes fatores: • Saldo acumulado na data escolhida para aposentadoria; • Idade da aposentadoria; • Tipo de renda escolhida; • Condições técnicas asseguradas (tábua de mortalidade + garantia mínima de indexador + juros + possibilidade de distribuição de % da rentabilidade à título de excedente financeiro). PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA TIPOS DE PLANOS PGBL E VGBL São os principais produtos comercializados pelas EAPC Durante o período de contribuição NÃO há garantia de Rentabilidade sobre as contribuições efetuadas, conforme condições técnicas asseguradas. E, a aplicação dos recursos geralmente é feita pelo participante, que tem opções de Fundos de Investimentos. PÚBLICO ALVO PGBL • Declara Imposto de Renda (IR) na versão completa. PÚBLICO ALVO VGBL • Não declara IR; • Declara IR em versão simplificada; • Declara IR em versão completa e deseja investimento adicional. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA TIPOS DE PLANOS PGBL E VGBL Aspectos Mercadológicos RESGATES • Primeiro Resgate: entre 60 dias e 24 meses • Demais Resgates: mínimo de 60 dias após o último resgate efetuado TRANSFERÊNCIA ENTRE PGBL (OU VGBL) • Entre 60 dias e 06 meses; • Entre planos de mesma seguradora: carência pode ser excluída. Nos planos empresariais, observadas às restrições legais, as condições são estabelecidas pelas Empresas. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA TIPOS DE PLANOS PGBL E VGBL Prazos de Carência PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA PGBL E VGBL – FLUXO DE CONTRIBUIÇÃO Contribuição Mensal do Participante Contribuição Mensal Líquida Carregamento do Plano O valor é investido pela EAPC em um Fundo de Investimento escolhido pelo Participante O Fundo compra títulos no mercado financeiro Venda de títulos para pagamento de resgates Os produtos PGBL e VGBL são muito semelhantes em sua constituição. Embora ambos visem acumulação de capital para a aposentadoria, o primeiro segue a legislação de previdência e o segundo, a de seguros de vida. Assim, diferenças existem. Vejamos as nomenclaturas: PGBL VGBL - Instituidora - Estipulante-Instituidora - Averbadora - Estipulante-Averbadora - Contribuição - Prêmio - Certificado - Apólice - Participante - Segurado - Renda - Indenização PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA TIPOS DE PLANOS PGBL E VGBL Principais Diferenças A maior diferença refere-se ao tratamento tributário: PGBL: participante pode deduzir suas contribuições do IR e, na ocasião de resgate ou recebimento de renda – tribulação será sobre o valor integral. VGBL: segurado NÃO pode deduzir os prêmios do IR e, na ocasião de resgate ou indenização – tributação será sobre os rendimentos recebidos. • Carregamento; • Taxa de Saída (proibição de cobrança); • Taxa de Gestão Financeira; • Excedentes Financeiros não distribuídos; • Superávit Técnico nos Benefícios de Risco. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA FONTES DE RECEITAS DAS EAPC As principais receitas com o plano de previdência são: • Carregamento: na entrada e na saída – limites máximos de 10% para planos CV*e de 30% para planos BD*. • Taxa de Saída – sobre resgates/transferências; limite de 0,38% sobre os ativos. Proibida desde 2008. • Taxa de Gestão Financeira - % saldo acumulado Fase de recebimento da renda Fase de Pagamento das Contribuições • Taxa de Gestão Financeira; • Excedentes Financeiros não Distribuídos; • Superávit Técnico no Pagamento das Rendas Mensais (*) CV = contribuição variável e BD = benefício definido. São tipos de planos, detalhadamente explicados no capítulo específico, a frente. E, agora, detalharemos o Regime de Previdência Complementar Fechada em partes. Na primeira, abordaremos: 3. Regime de Previdência Complementar Fechada: Características, Histórico e Perfil do Setor no Brasil É oferecida e administrada pelas entidades fechadas de previdência complementar - EFPC (ou fundos de pensão), instituições privadas sem fins lucrativos. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA – O QUE É? Acesso é condicionado ao vínculo empregatício ou associativo à empresa/entidade de classe que a constituiu. Apesar da condição do vínculo empregatício, a previdência complementar fechada é facultativa. Trabalhador (participante) e empresa ao qual está vinculado (patrocinadora) contribuem para o plano de benefício. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA – O QUE É? Participante não paga sozinho a taxa de administração(*) do plano – o valor é dividido com a patrocinadora, ou até mesmo assumido por esta. Uma das PRINCIPAIS VANTAGENS em relação a previdência complementar aberta (*) Exceção feita aos planos de Instituidores,onde o participante assume o pagamento da taxa de administração – ver detalhes na unidade 10. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA – O QUE É? Se a gestão dos recursos obtiver resultado acima do necessário para honrar a expectativa de compromissos futuros, realizados os procedimentos estabelecidos na regulamentação vigente, a entidade poderá revertê-lo favoravelmente aos participantes e patrocinador(es). Participante tem relação de proprietário dos recursos do fundo de pensão junto com a empresa patrocinadora. REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA Assim como o regime de previdência complementar aberta, teve seu início a partir da Lei 6.435, de julho de 1977. Evolução em 3,5 décadas... • Final de 70 / Início 80: Desafio do Novo – a maior parte das EFPC foram estabelecidas por empresas estatais; • Década 80: expressivo aumento no número de fundos de pensão, especialmente das empresas privadas (política de RH); • Década 90: tentativa de implantar modelo chileno de pensões e privatizar toda a previdência – Agenda menos Positiva; • Anos 2000: Novos Patamares – Leis Complementares 108 e 109/2001; profissionalização das EFPC; Nova Expansão via Instituidores – Previdência Complementar como instrumento de formação interna de poupança; Tratamento Tributário Incentivado; Regulamentação do Arcabouço Legal com adoção das melhores práticas internacionais. REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA EXPRESSÃO NO BRASIL E NO MUNDO (% DO PIB) Ativos dos Fundos de Pensão por Países e PIB – Produto Interno Bruto (em US$ bilhões) 25.127 2.404 2.274 1.523 1.355 1.335 904 264 174 135 118 EUA (135%) Canadá (159%) Reino Unido (95%) Austrália (124%) Japão (29%) Holanda (180%) Suíça (142%) Brasil (13%) Chile (70%) Finlândia (59%) Irlanda (41%) Fonte: OCDE, 2016 ABRAPP, 2017 Organização no Brasil Os stakeholders dos Fundos de Pensão Com quem as EFPC se relacionam? Conselho deliberativo Conselho fiscal Mídia Opinião pública Funcionários/ dependentes Fornecedores Prestadores de serviços Meio Ambiente Stakeholders participadas Empresas participadas Associado/ Cooperado Dependentes/ Beneficiários INSTITUIDOR (Sindicatos, Federações, Cooperativas e Órgãos de Classe) E F P C PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA • Ministério da Fazenda • Banco Central • Conselho Monetário Nacional • Comissão de Valores Mobiliários • Secretaria da Receita Federal • Conselho de Controle de Atividades Financeiras CNPC Conselho Nacional de Previdência Complementar PREVIC Superintendência Nacional de Previdência Complementar SRPC Subsecretaria do Regime de Previdência Complementar CRPC Câmara de Recursos da Previdência Complementar SINDAPP ABRAPP ICSS Agentes do Mercado de Valores Mobiliários, Imobiliário e Financeiro Dependentes/ Beneficiários Participante ativo PATROCINADORA Participante assistido Dependentes/ Beneficiários ANAPAR REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA PAPEL DO ESTADO Cabe ao Estado: • Formular a política de previdência complementar, com o objetivo de compatibilizá-la com o desenvolvimento social e econômico do País; • Determinar padrões mínimos de segurança para preservar a liquidez, solvência e equilíbrio dos planos; • Fiscalizar e aplicar penalidades; • Assegurar a transparência dos planos em favor dos participantes e assistidos, e proteger seus interesses. Tem Políticas Formuladas pela SRPC - Subsecretaria do Regime de Previdência Complementar do Ministério da Fazenda; É Supervisionado pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC), autarquia autônoma administrativa e financeiramente, também ligada ao Ministério da Fazenda, que possui orçamento próprio (arrecadação TAFIC) e pessoal especializado (contratação por meio de concurso público). Por essa razão, o Regime: REGULAÇÃO E INSTÂNCIA RECURSAL DOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS Câmara de Recursos da Previdência Complementar (CRPC), órgão colegiado que atua como instância recursal aos autos de infração deliberados pela Previc. É composta por representantes: • Poder Público: 4 servidores federais; • Iniciativa Privada: Entidades(ABRAPP); Patrocinadores/Instituidores e Participantes e Assistidos (ANAPAR) Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), órgão colegiado vinculado ao Ministério da Fazenda, responsável pela regulação do regime. É composto por representantes: • Poder Público: PREVIC, Subsecretaria do Regime de Previdência Complementar; Casa Civil, Fazenda; Planejamento, Orçamento e Gestão; • Iniciativa Privada: Entidades(ABRAPP); Patrocinadores/Instituidores e Participantes e Assistidos (ANAPAR) REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA PAPEL DO ESTADO REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA NO BRASIL - PERFIL • 306 Entidades Fechadas de Previdência Complementar • 1.108 Planos de Benefícios Previdenciários • 7,1 milhões de pessoas(dez/2014) • 2,5 milhões de participantes • 0,7 mil aposentados e pensionistas • 3,9 milhões de dependentes • 2.697 empresas patrocinadoras • 413 entidades de classe instituidoras • R$ 48,5 bilhões em Pagamentos de Benefícios Previdenciários • R$ 838 bilhões de ativo total Fonte: PREVIC - Estatística Trimestral dez/2017; ABRAPP – dez/2017 AS PRINCIPAIS ESTATÍSTICAS DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA Acesse http://www.abrapp.org.br/SitePages/ConsolidadoEstatistico.aspx E confira as informações em destaque no quadro, atualizadas: •Demonstrativo de benefícios •Estatísticas de população •Carteira consolidada por tipo de aplicação e plano •Evolução dos ativos por tipo de investimento •Ativos EFPC X PIB •Rentabilidade estimada por tipo de plano e consolidada 4. Regime de Previdência Complementar Fechada: Aspectos Legais REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA BASE LEGAL – CONSTITUIÇÃO FEDERAL A Proteção Social consta na Constituição Federal de 1988 (CF/88): Título VIII DA ORDEM SOCIAL Capítulo II DA SEGURIDADE SOCIAL Seção III DA PREVIDÊNCIA SOCIAL O Art. 202 da CF/88 prevê: • Independência do regime geral; • Adesão facultativa e natureza contratual; • Constituição de Reservas (capitalização); • Regulamentação por Lei Complementar; • Transparência para o participante/assistido; •Autonomia em relação ao contrato de trabalho. A base normativa do Regime de Previdência Complementar Fechada é composta por Leis, Decretos, Resoluções e Recomendações (CNPC e CMN) e Instruções e Portarias da Previc. A previdência complementar foi inserida no âmbito da “Ordem Social” a partir da Emenda Constitucional n° 20/1998, que alterou o Art. 202 da CF/88 DECRETO Nº 4.942, de 2003 • Regime disciplinar que regulamenta o processo administrativo para apuração de responsabilidade por infração e aplicação de penalidades. REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA PRINCIPAIS MARCOS REGULATÓRIOS Leis • Lei Complementar nº 108, de 29/05/01 (EFPC patrocinadas por empresas/órgãos públicos); • Lei Complementar nº 109, de 29/05/01 (normas gerais aplicáveis às EFPC); • Leis ns. 11.053, de 2004, e 11.196, de 2005 (regime tributário); • Lei nº 12.154, de 2009 (criação da Previc); CMN: Conselho Monetário Nacional CGPC: Conselho de Gestão de Previdência Complementar (atual CNPC: Conselho Nacional de Previdência Complementar) RESOLUÇÕES CGPC (atual CNPC) GOVERNANÇA E GESTÃO nº 13 – 01/10/04 Gestão e Controles Internos nº 8 – 31/10/11 Normas contábeis nº 17 – 30/03/15 Compartilhamento de riscos nº 19 – 30/03/15 e nº 21 – 18/06/15Certificação PROTEÇÃO AOS PARTIICPANTES nº 06 – 30/10/03 Portabilidade nº 10 – 30/03/04 Seguro riscos atuariais – planos CD nº 12 – 27/05/04 Transferência de empregados nº 18 – 29/03/06 e nº 15 – 19/11/14 Parâmetros atuariais REGRAS DE SOLVÊNCIA nº 17 – 11/07/96 Dívida de Patrocinadoras nº 16 – 22/11/05 Modalidade de Planos nº 28 – 26/01/09 Plano de Contas nº 11 – 13/05/13 Retirada de patrocínio nº 26 – 01/10/08, nº 14 – 24/02/14, nº 16 – 19/11/14 e nº 22 – 25/11/15 Superávit / Déficit LICENCIAMENTO CONTRATOS nº 27 – 29/09/08 EDUCAÇÃO PREVIDENCIÁRIA • Recomendação CGPC nº 01 – 28/04/08 ENEF (www.vidaedinheiro.gov.br) • Instrução MPS/SPC nº 32 – 04/09/09 Procedimentos para liberação do envio de Relatório Anual impresso RESOLUÇÕES E RECOMENDAÇÕES CGPC (atual CNPC) DESPESAS ADMINISTRATIVAS • nº 29 – 31/08/09 CADASTRO (CNPB) • nº 14 – 06/10/04 TRANSPARÊNCIA • nº 23 – 06/12/06 Procedimentos de Divulgação de Informações e Relatório Anual SUPERVISÃO • nº 02 – 27/04/09 Supervisão Baseada em Riscos • Instrução SPC 26 – 01/09/08 Combate à lavagem de dinheiro REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA PRINCIPAIS MARCOS REGULATÓRIOS INVESTIMENTOS • Resolução CMN n° 4.661, de 25/05/18 dispõe das diretrizes de aplicação dos investimentos das EFPC • Resolução CGPC n° 04, de 30/01/02 estabelece critérios para a precificação de ativos CMN: Conselho Monetário Nacional CGPC: Conselho de Gestão de Previdência Complementar (atual CNPC: Conselho Nacional de Previdência Complementar) OS CONTRATOS PREVIDENCIÁRIOS DOS FUNDOS DE PENSÃO Sendo o fundo de pensão uma instituição privada, todas as regras pertinentes a adesão, contribuição e recebimento de benefícios, devem constar nos contratos previdenciários dos planos de benefícios São eles: • Estatuto da entidade • Convênio de adesão • Regulamento do plano OS CONTRATOS PREVIDENCIÁRIOS DOS FUNDOS DE PENSÃO Estatuto da Entidade Instrumento jurídico que dispõe sobre a criação e organização da pessoa jurídica responsável por gerir e administrar os planos de benefícios OS CONTRATOS PREVIDENCIÁRIOS DOS FUNDOS DE PENSÃO Convênio de Adesão Termo firmado entre o patrocinador (ou instituidor) e a entidade, formalizando o compromisso de atuação daquele, na condição de patrocinador e mantenedor do plano, e da entidade, na condição de gestora; e imbuindo- se mutuamente das obrigações decorrentes do plano de benefício OS CONTRATOS PREVIDENCIÁRIOS DOS FUNDOS DE PENSÃO Regulamento do Plano Contrato previdenciário que define e determina, aos participantes ativos e assistidos, as condições de adesão, espécies de benefício, critérios para auferir a complementação e de exigibilidades aos benefícios, além das regras de custeio Chegamos a tópico de extrema importância e que constitui um dos grandes diferenciais em relação ao regime de previdência complementar aberta.... 5. Regime de Previdência Complementar Fechada: Governança e Gestão O QUE É GOVERNANÇA? Conjunto de regras, procedimentos e ações interligadas, difundidas e praticadas em todos os níveis da administração, que asseguram que os gestores empreguem princípios baseados em valor e controle de riscos GOVERNANÇA NA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA Envolve o relacionamento entre participantes, conselhos, diretoria, auditores e consultores na: Adoção de boas práticas Identificação e monitoramento de riscos Aperfeiçoamento de controles Competência técnica: Os gestores têm o dever de se manter constantemente preparados e atualizados nas matérias sobre as quais irão atuar e decidir. Prestação de contas: Dever de prestar contas e atestar a qualidade da informação. PRINCÍPIOS DE GOVERNANÇA NAS ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR PRINCÍPIOS DE GOVERVANÇA NAS ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR Cumprimento das leis: Dever de observar a Lei, o estatuto e os regulamentos Ética: Dever de adotar padrões elevados de conduta e de integridade para todas as partes do contrato Previdenciário •Conselho Deliberativo - Órgão máximo da EFPC •Conselho Fiscal - Órgão de Controle Interno •Diretoria Executiva - Órgão de Administração (*) Também pode comportar assembléia de participantes e comitês ESTRUTURA MÍNIMA* DE ADMINISTRAÇÃO NAS EFPC: GESTÃO NAS ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR GESTÃO COMPARTILHADA Conselho Deliberativo Conselho Fiscal Diretoria Executiva Órgão máximo da EFPC Órgão de Controle Interno Órgão de Administração LC 109/2001 Não há limitação para o número máximo de integrantes, entretanto, pelo menos 1/3 das vagas nos conselhos deliberativo e fiscal é preenchida por representantes dos participantes. LC 109/2001 Diretoria Executiva: Não há limitação para o número máximo de integrantes. GESTÃO NAS ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ESTRUTURA DE ADMINISTRAÇÃO LC 108/2001 Em entidades patrocinadas por empresas estatais, há paridade nos conselhos deliberativo e fiscal, sendo o voto de minerva do representante da patrocinadora no caso do conselho deliberativo e no conselho fiscal, o voto do representante do participante CONSELHO DELIBERATIVO Máximo de 6 membros – composição paritária CONSELHO FISCAL Máximo de 4 membros – composição paritária DIRETORIA EXECUTIVA Máximo de 6 membros GESTÃO NAS ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO Estão estabelecidas: • Lei (LC 108/01 e 109/01, Resolução CMN 4.661/18) • Estatuto • Regulamentos • Regimentos internos GESTÃO NAS EFPC CONSELHO DELIBERATIVO REQUISITOS MÍNIMOS • Comprovação de experiência nas áreas financeira, administrativa, contábil, jurídica, de fiscalização ou de auditoria, aferida segundo critérios objetivos; • Competência técnica e gerencial (art. 4° Res. CGPC 13/2004); • Certificação (Res. CNPC 19/2015 e Res. CNPC 21/2015 Instrução PREVIC nº 6/2017 e nº 5/2017) IMPEDIMENTOS • Condenação criminal transitada em julgado; • Penalidade administrativa por infração da legislação da seguridade social ou como servidor público. ATRIBUIÇÕES • Leis Complementares 108 e 109/01 - Responsável pela definição da política geral de administração da EFPC e seus planos. O Conselho Deliberativo deve se pautar por postura ativa e acompanhar de perto as atividades da Diretoria. GESTÃO NAS EFPCs CONSELHO FISCAL REQUISITOS MÍNIMOS • Os mesmos do Conselho Deliberativo. IMPEDIMENTOS • Os mesmos do Conselho Deliberativo ATRIBUIÇÕES • Verificar a aderência da gestão dos recursos garantidores às normas e à política de investimentos; • Verificar a aderência das premissas e hipóteses atuariais; • Acompanhar a execução orçamentária; • Aferir a adequação dos controles internos e avaliação de risco. O Conselho Fiscal, cada vez mais, tem atuação substancial na gestão, na medida em que valida os controles internos da EFPC. GESTÃO NAS EFPCs DIRETORIA EXECUTIVA REQUISITOS MÍNIMOS • Além da experiência exigida nas Leis Complementares para os Conselhos, os Diretores devem ter nível superior e também, a competência técnica e gerencial prevista no art. 4° Resolução CGPC n° 13. IMPEDIMENTOS • Mesmos dos Conselhos Deliberativo e Fiscal. - Nas EFPCs de patrocínio público, os Diretores são nomeados e exonerados pelo Conselho Deliberativo. Nas de patrocínio privado, a matéria deve constar no Estatuto. Dentre os Diretores deve ser indicado o Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado, que respondepelas aplicações dos recursos (os demais respondem solidariamente). Indenizar na hipótese de ação ou omissão, por imperícia, negligência ou imprudência, que viole direito ou cause dano, ainda que exclusivamente moral (arts. 186 c/c 927, do código civil) RESPONSABILIDADE DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR Responsabilidade civil Dano ou violação de direito Agente da ação ou omissão Nexo causal Ato ilícito Solidariedade dos coautores REGIME DISCIPLINAR Lei Complementar n° 109/2001 ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR Responsabilidade dos Gestores Responsabilidade Penal – art. 64 Responsabilidade Civil – art. 63 Responsabilidade administrativa – art. 65 Penalidades Administrativas • Advertência; • Suspensão por até 180 dias; • Inabilitação por 2 a 10 anos para atuar em EFPC, instituição financeira, seguradora ou serviço público; • Multa de R$ 29.148,25 a R$ 2.914.825,51 (Decreto nº 4.942, de 30/12/2003 e Portaria Previc 1.169, de 18/12/2017). FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO DA ADMINISTRAÇÃO • Desenvolvimento de uma cultura interna e adesão das pessoas • Sensibilização dos gestores sobre a importância do gerenciamento efetivo de riscos e controles • Eliminação de situações de conflitos de interesse / ausência de segregação de funções FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO DA ADMINISTRAÇÃO • Melhoria no processo de comunicação, tanto interna como externa • Exercício da governança e qualidade pelos conselhos fiscal e deliberativo, e demais órgãos estatutários FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO DA ADMINISTRAÇÃO A qualidade e a governança: • Movimento permanente e contínuo (não é um modismo) • Tem na resolução CGPC nº 13/04, o seu marco histórico, não se restringindo a ela • Não se sustenta apenas nos manuais e normas - depende das pessoas FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO DA ADMINISTRAÇÃO • Riscos são inerentes aos negócios e podem comprometer objetivos • Controles internos têm a capacidade de reduzir riscos aos níveis desejados pela administração • A qualificação e certificação da administração é fundamental O próximo item abordará o produto das EFPCs 6. Regime de Previdência Complementar Fechada: Planos de Benefícios PAPEL DO ATUÁRIO Com base no cenário futuro e incertezas, estabelece as premissas para o plano de benefícios INCERTEZAS CENÁRIO FUTURO PLANO PREVIDENCIÁRIO • Experiência Estatística • Política de Recursos Humanos • Expectativas Econômicas e Financeiras • Os fundos de pensão podem administrar um ou mais planos previdenciários, de tipos iguais ou distintos e ainda de um mesmo patrocinador/instituidor ou de vários • Assim, quando o trabalhador (participante) adere ao fundo de pensão, o faz por meio de um plano previdenciário específico Os planos de benefícios possuem independência patrimonial, contábil e financeira Conjunto de regras definidoras de benefícios de caráter previdenciário, bem como das relações jurídicas estabelecidas entre: • Participantes e patrocinadores • Instituidores e entre eles • Entidade comum à totalidade das pessoas que a ele aderem PLANO DE BENEFÍCIOS DEFINIÇÃO ONDE O PLANO DE BENEFÍCIO SE ESTABELECE? Todo plano de previdência tem um regulamento, que é o contrato de natureza civil, onde constam os direitos e obrigações da entidade, patrocinadores, participantes e assistidos. Cada regulamento define: • Regras de contribuição • Benefícios oferecidos • Condições de acesso aos benefícios FLUXO DE CONTRIBUIÇÃO DOS PLANOS Define Benefícios Define Contribuição Patrocinadora Participante Contribuição das Duas Partes Despesas Administrativas (Fundos de Pensão) Receitas de Investimentos Fundo Previdenciário Benefícios Onde o benefício complementar é estabelecido no momento da adesão do participante com base em valores pré-fixados ou em fórmulas de cálculo previstas em regulamento TIPOS DE PLANOS Benefício definido - BD Para propiciar o benefício acordado, o plano recolhe contribuições que podem variar no curso do tempo. TIPOS DE PLANOS Benefício definido - BD Principais características: • Mutualismo: avaliação dos riscos em função da coletividade • Conta coletiva • Incógnita quanto à contribuição necessária • Benefícios independem das variações das reservas • “Superávits” ou “déficits” do plano são de responsabilidade coletiva. TIPOS DE PLANOS Contribuição definida - CD Valor do benefício complementar é estabelecido apenas no momento da sua concessão, com base no saldo acumulado resultante das contribuições vertidas ao plano e da rentabilidade das aplicações durante a fase contributiva. TIPOS DE PLANOS Contribuição definida - CD O benefício não é definido e as contribuições não necessariamente precisam ser revistas. O valor do benefício, portanto, será proporcional ao saldo existente na data da concessão Contribuição definida - CD TIPOS DE PLANOS •Conta individual • Incógnita quanto ao valor do benefício •Benefício é função das reservas •Não há “superávits” nem “déficits” Principais características: TIPOS DE PLANOS Apresenta características de benefício definido (BD) e de contribuição definida (CD). Existem várias modelagens de planos, e a mais comum é aquela em que os benefícios programados, na fase de acumulação ou na fase da atividade, tenham características de CD (contas individuais) e na fase de inatividade tenham características de BD (renda vitalícia). Contribuição variável - CV TIPOS DE PLANOS Podem também oferecer para os casos de benefícios de riscos (não previsíveis como morte, invalidez, doença ou reclusão) um benefício definido. Contribuição variável - CV REGRAS DOS PLANOS Todos os planos devem ter em seu regulamento as regras para concessão e elegibilidade dos: • Benefícios programáveis • Benefícios não programáveis (de risco) REGRAS DOS PLANOS Portabilidade: Instituto pelo qual o participante, após a cessação de seu vínculo empregatício com o patrocinador, ou associativo com o instituidor, antes da aquisição do direito a benefício pleno e desde que cumpridos os requisitos regulamentares, desliga-se do plano de benefícios, transferindo os recursos financeiros correspondentes ao seu direito acumulado para outro plano operado por entidade fechada ou aberta de previdência complementar. Devem contemplar os seguintes institutos: REGRAS DOS PLANOS Devem contemplar os seguintes institutos: Benefício Proporcional Diferido (BPD): Instituto pelo qual o participante, após a cessação de seu vínculo empregatício com o patrocinador, ou associativo com o instituidor, e tendo cumprido a carência, opta por receber o benefício, em valor proporcional ao tempo em que permaneceu contribuindo para o plano, na data prevista para início do recebimento, ou seja, a partir do momento em que se tornar elegível, conforme previsto originalmente no regulamento. O participante continua vinculado ao plano, sem que esse recepcione novas contribuições. REGRAS DOS PLANOS Devem contemplar os seguintes institutos: Autopatrocínio: Instituto que faculta ao participante, em caso de perda parcial ou total da contribuição de seu patrocinador, manter a contribuição ao plano e assumir a contribuição do patrocinador em relação à parcela reduzida. Desse modo, o participante terá assegurado o recebimento futuro do benefício nos níveis anteriormente pactuados. REGRAS DOS PLANOS Devem contemplar os seguintesinstitutos: Instituto que faculta ao participante receber, quando do seu desligamento do plano, o valor das reservas constituídas. No mínimo, o valor do resgate deverá corresponder à totalidade das contribuições vertidas pelo participante ao plano, descontadas as parcelas de custeio administrativo que, na forma do regulamento e do plano de custeio, sejam de sua responsabilidade Resgate: DE ADMINISTRAÇÃO DOS PLANOS • Referem-se a todas as despesas que envolvam a gestão frente aos participantes e aos órgãos fiscalizadores • Estão divididos entre a administração do plano e a gestão financeira (taxas que as instituições financeiras, contratadas diretamente pelas entidades fechadas de previdência complementar, cobram para investir os recursos dos plano) CUSTO DE ADMINISTRAÇÃO DOS PLANOS CUSTO Caberá ao conselho deliberativo, ou outra instância estatutária competente, fixar os critérios quantitativos e qualitativos das despesas administrativas, bem como as metas para os indicadores de gestão para avaliação objetiva das despesas administrativas, inclusive gastos com pessoal Os critérios devem constar no regulamento do plano de gestão administrativa da entidade DE ADMINISTRAÇÃO DOS PLANOS No caso das entidades e/ou planos, de patrocínio público e portanto disciplinadas, pela Lei complementar 108/2001, a deliberação do conselho deverá ser pautada sobre um dos seguintes limites anuais: • De até 1% sobre os recursos garantidores • De até 9% sobre as somas das contribuições e benefícios do plano Resolução CGPC nº 29, 31/08/2009 CUSTO 7. Regime de Previdência Complementar Fechada: Financiamento do Custo Previdenciário e Equilíbrio dos Planos O financiamento é feito para: • Benefícios por invalidez, morte, doença ou por reclusão (na forma de pagamento único); • Renda Temporária para benefícios por doença ou reclusão. • Não há formação de reservas; • Impacto entre gerações; • Sensível à fatores demográficos; • Melhor exemplo: INSS. FINANCIAMENTO DO CUSTO PREVIDENCIÁRIO REGIME FINANCEIRO DE REPARTIÇÃO SIMPLES ATIVOS GERAÇÃO ATUAL CONTRIBUIÇÕES SÃO PARA PAGAR AS PARCELAS DOS BENEFÍCIOS DAS GERAÇÕES PASSADAS APOSENTADOS GERAÇÃO “PASSADA” O financiamento é: • Obrigatório para benefícios programados e continuados; • Facultativo para os demais (na forma de renda ou pagamento único) • Há formação de reservas; • É sensível há longevidade; • É sensível ao mercado. FINANCIAMENTO DO CUSTO PREVIDENCIÁRIO REGIME FINANCEIRO DE CAPITALIZAÇÃO ATIVOS GERAÇÃO ATUAL AS CONTRIBUIÇÕES SÃO PARA CONSTITUIR RESERVAS DOS PRÓPRIOS CONTRIBUINTES O financiamento é feito para: Benefícios por invalidez, morte, doença ou por reclusão, na forma de renda. Calcula-se o custo total dos benefícios que se iniciam num determinado período, no ano por exemplo, e divide-se. Então, esse total passa para a massa de trabalhadores ativos. • Há formação de reservas somente para os inativos; • Há um pacto entre gerações; • Sensível à fatores demográficos. FINANCIAMENTO DO CUSTO PREVIDENCIÁRIO REGIME FINANCEIRO DE CAPITAL DE COBERTURA ATIVOS GERAÇÃO ATUAL CONTRIBUIÇÕES SÃO PARA PAGAR AS RESERVAS NECESSÁRIAS APOSENTADOS GERAÇÃO “PASSADA” EQUILÍBRIO DOS PLANOS DE BENEFÍCIOS FONTES DE DESEQUILÍBRIO Mais Comuns • Mudanças nas hipóteses econômicas e atuariais; • Alteração no Regulamento do Plano. Imprevistas • Reajuste dos benefícios acima dos índices previstos no regulamento; • Incorporação ao valor do benefício de componentes não previstos nos regulamentos dos planos (ex.: valor da cesta básica); • Incorporação de expurgos inflacionários.PATRIMÔNIO + CONTRIBUIÇÕES BENEFÍCIOS + DESPESAS ADMINISTRATIVAS PATRIMÔNIO + CONTRIBUIÇÕES = BENEFÍCIOS + DESPESAS ADMINISTRATIVAS EQUILÍBRIO DOS PLANOS DE BENEFÍCIOS - EQUACIONAMENTO Os eventuais desequilíbrios dos planos (situações de superávits ou déficits) devem ser equacionados, conforme a legislação vigente prever (as regras atuais constam na Resolução CGPC nº 26 – 29/09/08). Patrocinadora(s), Participante Ativo e Participante Assistido podem ser impactados com as soluções de equacionamento. INSTRUÇÃO PREVIC Nº 29/16 Regras para instituição e funcionamento de planos de benefícios setoriais. INSTRUÇÃO PREVIC Nº 32/16 Estabelece procedimentos para a elaboração, aprovação e execução de planos de equacionamento de déficit. ADICIONALMENTE: 8. Regime de Previdência Complementar Fechada: Tributação dos Planos de Previdência PLANOS BD • Aplicação de “Tabela Progressiva Pura” para resgates e benefícios pagos PLANOS CD ou CV • “Regime Progressivo” • Tabela progressiva para benefícios; • Alíquota de 15% para resgates. • “Regime Regressivo” • Tabela regressiva para benefícios e resgates – alíquotas variam de acordo com o prazo de acumulação. REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA TRIBUTAÇÃO DOS PLANOS DE PREVIDÊNCIA DEDUÇÕES E ISENÇÕES 1) Faculdade de Dedução das Contribuições: ▪ Pessoa Física: limite de 12% dos rendimentos tributáveis anuais e necessidade de contribuição para o INSS ou RPPS para maiores de 16 anos; ▪ Patrocinadora: limite de 20% da remuneração dos empregados participantes do plano. 2) Isenções asseguradas por Lei: ▪ Exemplo: pecúlio, maiores de 65 anos, auxílio-doença, contribuições de 1989 a 1995, etc. REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA TRIBUTAÇÃO DOS PLANOS DE PREVIDÊNCIA • É necessário que o participante opte pelo Regime de Tributação – Progressivo ou Regressivo. • Válida para todos os benefícios e resgates por plano (e não por CPF). • A opção é definitiva (irretratável): O participante que não fizer/entregar o termo de opção será tributado pelo Regime Progressivo. • Prazo para opção: último dia útil do mês subsequente ao do ingresso no plano. REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA TRIBUTAÇÃO DOS PLANOS DE PREVIDÊNCIA RESGATES • IR Fonte à alíquota de 15%, independente do valor a ser resgatado. BENEFÍCIOS • IR Fonte segundo às alíquotas da tabela progressiva. REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA TRIBUTAÇÃO DOS PLANOS DE PREVIDÊNCIA – Regime Progressivo Base de cálculo Alíquota % Parcela a deduzir mensal em R$ do imposto em R$ Até 1.903,98 – – De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80 De 2.826,66 até 3.751,05 15,0 354,80 De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13 Acima de 4.664,68 27,5 869,36 Fonte: Receita Federal, a partir do mês de abril do ano-calendário de 2015, sem alterações vigentes. CONCEITO DE RESGATE • Saque da totalidade das contribuições vertidas ao plano pelo participante, descontadas as parcelas do custeio administrativo, na forma regulamentada (art. 14, III, Lei Complementar n° 109/2001). • “Entende-se por resgate o instituto que faculta ao participante o recebimento do valor decorrente do seu desligamento do plano de benefícios”. (art. 14, III, Lei Complementar n° 109/2001) • Demais valores pagos serão considerados benefícios. REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA TRIBUTAÇÃO DOS PLANOS DE PREVIDÊNCIA – Regime Progressivo RESGATES E BENEFÍCIOS São tributados à alíquotas regressivas, conforme o prazo de acumulação dos recursos do plano. REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA TRIBUTAÇÃO DOS PLANOS DE PREVIDÊNCIA – Regime Regressivo Prazo de Acumulação Alíquota % Igual ou inferior a 2 anos 35% Superior a 2 anos e igual ou inferior a 4 anos 30% Superior a 4 anos e igual ou inferior a 6 anos 25% Superior a 6 anos e igual ou inferior a 8 anos 20% Superior a 8 anos e igual ou inferior a 10 anos 15% Superior a 10 anos 10%9. Regime de Previdência Complementar Fechada: Gestão Financeira e de Investimentos Objetivo fundamental Obtenção da rentabilidade necessária para o pagamento dos benefícios contratados, conforme as características de cada plano de benefícios. Para aplicação dos recursos, conforme estabelecido pela resolução CMN 3.792/2009, os administradores devem seguir as seguintes diretrizes: • Princípios de segurança, rentabilidade, solvência e transparência • Atividades de boa fé, lealdade e diligência • Padrões éticos • Cumprimento do dever fiduciário GESTÃO FINANCEIRA NOS FUNDOS DE PENSÃO Diretrizes para aplicação dos recursos pelos administradores: GESTÃO FINANCEIRA NOS FUNDOS DE PENSÃO Objetiva manutenção do equilíbrio entre ativo x passivo e deve observar: • Modalidade do plano (BD, CD ou CV) • Características das obrigações do plano • Especificidades GESTÃO FINANCEIRA NAS EFPC Diretrizes para aplicação dos recursos pelos administradores: Para cada segmento de aplicação pode ser definido um administrador estatutário tecnicamente qualificado (AETQ). Exigida a certificação e habilitação do AETQ e demais envolvidos no processo decisório dos investimentos: Cargo/Função Certificação Habilitação AETQ Necessária a obtenção previamente à posse Para dirigentes empossados até 30/06/2016: necessária obtenção da habilitação até o final de 2016; Para dirigentes empossados a partir de 01/07/2016: necessária a obtenção previamente à posse Diretoria Executiva, exceto AETQ (titulares e suplentes) Necessária a obtenção em até um ano a partir da posse para todos os membros Conselho Deliberativo (titulares e suplentes) Necessária a obtenção em até um ano a partir da posse para todos os membros, em EFPC regidas pela LC 108, e para a maioria dos membros, em EFPC não regidas pela LC 108 Conselho Fiscal (titulares e suplentes) Membro dos comitês de assessoramento que atuem na avaliação e aprovação de investimentos Necessária a obtenção em até um ano a partir da posse para todos os membros Não é necessária Demais empregados da EFPC diretamente responsáveis pela aplicação dos recursos garantidores dos planos. Necessária a obtenção previamente à posse Fonte: Mercer Gama – artigo 17 de maio de 2016 ‘Novidades na certificação, habilitação e qualificação de conselheiros e dirigentes’. A partir da leitura da Instrução nº 28, conjuntamente à Resolução nº 19, alterada pela Resolução nº 21. Renda fixa Renda variável Investimentos estruturados Investimentos no exterior Imobiliário Operações com participantes GESTÃO FINANCEIRA NOS FUNDOS DE PENSÃO É permitido aos fundos de pensão aplicação dos recursos nos seguinte segmentos: GESTÃO FINANCEIRA NOS FUNDOS DE PENSÃO 1009080706050403020100 A LEGISLAÇÃO PREVÊ AINDA, LIMITES DE ALOCAÇÃO POR: • Segmento de aplicação • Emissor • Concentração por emissor • Concentração por investimento 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 INVESTIMENTOS POLÍTICA DE Documento elaborado e aprovado no âmbito da entidade fechada de previdência complementar, observando a legislação e os compromissos atuariais do plano de benefícios, com o intuito de definir a estratégia de alocação dos recursos garantidores do plano no horizonte de, no mínimo, cinco anos, com previsões anuais. INVESTIMENTOS POLÍTICA DE Define as regras de administração de um determinado fundo de investimento e de sua forma de atuação. INVESTIMENTOS POLÍTICA DE Deverá conter no mínimo: Alocação dos recursos e os limites, por segmento de aplicação Meta de rentabilidade para cada segmento de aplicação Limites por modalidade de investimentos¹ Metodologia ou fontes de referência adotadas para o apreçamento dos ativos financeiros Utilização de instrumentos de derivativos Metodologia e critérios para avaliação dos riscos: de crédito / mercado / liquidez / operacional / legal / sistêmico Taxa mínima atuarial / Índices de referência Observância ou não de princípios de responsabilidade socioambiental ¹ Se mais restritivos que os estabelecidos na Resolução REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA CARTEIRA DE INVESTIMENTOS E RENTABILIDADE Acesse http://www.abrapp.org.br/SitePa ges/ConsolidadoEstatistico.aspx E confira a composição dos investimentos dos fundos de pensão, por segmento de aplicação e o quadro da evolução da rentabilidade do setor, entre outras informações! 10. Regime de Previdência Complementar Fechada: Instituidores PREVIDÊNCIA ASSOCIATIVA INSTITUIDORES Como vimos, a constituição de planos de previdência complementar fechada se deu, por iniciativa das empresas que tinham o objetivo de usar os fundos de pensão como instrumento de sua política de Recursos Humanos. Em 2003, a inovação trazida pela Previdência Associativa se deu em razão do interesse das lideranças e dos próprios trabalhadores em buscar melhores benefícios previdenciários. A modalidade, não possui a figura da empresa patrocinadora. PREVIDÊNCIA ASSOCIATIVA INSTITUIDORES QUEM PODE INSTITUIR UMA EFPC OU UM PLANO DE BENEFÍCIOS EM ENTIDADES JÁ EXISTENTES NESSA MODALIDADE? • Sindicatos; • Cooperativas; • Associações; • Órgãos de classe; • Outras entidades de caráter classista, profissional e setorial. FORTALECIMENTO DA ENTIDADE INSTIUIDORA PREVIDÊNCIA ASSOCIATIVA INSTITUIDORES REQUISITOS ESPECÍFICOS (diferenciado das demais EFPCs) • O Instituidor deve existir, formalmente, há no mínimo 3 anos; • Para constituir uma EFPC, o instituidor deve congregar mínimo de 1.000 participantes; • Para instituir plano de benefício em EFPC já existente, há exigência mínima de 50 participantes; • O plano de benefício oferecido deve ser, obrigatoriamente, do tipo Contribuição Definida (CD)*; • A gestão dos recursos deve ser terceirizada. (*) Ver Tipos de Planos – Unidade 6. PREVIDÊNCIA ASSOCIATIVA INSTITUIDORES EXEMPLOS DE INSTITUIDORES • Ordem dos Advogados do Brasil – OAB (SP, MG, PR, SC, RS, RJ, GO e Nordeste) • Fecomércio / SP • Unicred / Sul • Unimed / MG • Conselho Regional de Odontologia - CRO / RJ • Associação Comercial do Paraná • Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil - ANABB 11. Regime de Previdência Complementar Fechada do Servidor Público O QUE É? Regime instituído pela União com a finalidade de possibilitar recebimento de um benefício adicional, tendo em vista que o valor da aposentadoria não poderá exceder o limite do teto do benefício pago pelo Regime Geral de Previdência Social. REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA DOS SERVIDORES PÚBLICOS QUEM PODE PARTICIPAR? • Os futuros servidores públicos titulares de cargo efetivo da União, suas autarquias e fundações – inclusive membros do Poder Judiciário, do Ministério Público da União e do Tribunal de Contas da União; • Atuais servidores que optarem por aderir ao Regime. PLANO DE BENEFÍCIOS Conforme comando institucional (art. 40 § 15 da CF/88), o regime deve oferecer plano de contribuição definida, com contas individuais para os participantes. O participante é quem decide o valor de sua contribuição, sendo que o valor do benefício dependerá do montante de recursos acumulado pelo servidor, incluídas as contribuições paritárias da União (até 8,5% da base de cálculo) e acrescido da rentabilidade dos investimentos. REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA DOS SERVIDORES PÚBLICOS BENEFÍCIOS OFERECIDOS Aposentadoria programada e, no mínimo, os benefícios de risco para o caso de invalidez e de falecimentodo participante, cuja elegibilidade deve ser definida no regulamento do plano. ADMINISTRAÇÃO DO PLANO DE BENEFÍCIOS Composição da Diretoria e Conselhos (LC 108/2001): • Conselho Deliberativo – integrado por 6 membros, sendo 3 escolhidos pela patrocinadora e 3 eleitos pelos participantes e assistidos. A presidência deve ser exercida pelo membro indicado pela patrocinadora. • Conselho Fiscal – integrado por membros, sendo 2 escolhidos pela patrocinadora e 2 eleitos pelos participantes e assistidos. A presidência deve ser exercida pelo membro indicado pelos participantes e assistidos. • Diretoria – integrada por 4 membros nomeados pelo conselho deliberativo e 2 eleitos, diretamente, pelos participantes e assistidos. REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA DOS SERVIDORES PÚBLICOS VANTAGENS Para a Sociedade: • Incentivo à formação de poupança de longo prazo; • Impacto fiscal e orçamentário nas contas da União. REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA DOS SERVIDORES PÚBLICOS Fonte da Unidade: Funpresp – Perguntas e Respostas, Secretaria de Políticas de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social, 2012 ADMINISTRAÇÃO DO PLANO DE BENEFÍCIOS Lei nº 12.618, de 30/04/2012 - criação de três EFPC: • Funpresp-Exe – Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo; • Funpresp-Leg – Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Legislativo; • Funpresp-Jud - Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Judiciário. REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA DOS SERVIDORES PÚBLICOS Cada Funpresp: • Estabelecida na forma de Fundação, de natureza pública, com personalidade jurídica de direito privado e sem fins lucrativos; • Regida pelas Leis Complementares n° 108 e 109, de 2001, além da lei específica que instituiu o Regime; • Tem autonomia administrativa, financeira e gerencial; • Deve observar a legislação federal sobre licitação e contratos administrativos e contratar empregados por meio de concurso público e sob o regime da CLT; • Deve observar os princípios da administração pública, em especial, os da eficiência e da economicidade. 12. Regime de Previdência Complementar Fechada: Importância dos Fundos de Pensão Para os participantes: •Manutenção, na aposentadoria, de padrão de renda próximo ao do período em atividade •Garantia de formação de uma poupança de longo prazo, com a participação da empresa •Segurança, mesmo na ocorrência de eventos futuros adversos •Possibilidade de obtenção de empréstimos e financiamentos com taxas mais atrativas PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA Qual a sua importância? Para os empresas patrocinadoras: PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA Qual a sua importância? •Importante ferramenta de RH •Melhorar as relações empregado/empresa •Atrair e manter mão-de-obra qualificada •Aumentar a fidelização do empregado Para os empresas patrocinadoras: PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA Qual a sua importância? •Complementar a renda da aposentadoria pública para empregados que recebem mais do que o teto da previdência social •Tratar como despesas operacionais as contribuições para o Fundo de Pensão •Transmitir sentimento de segurança ao empregado e familiares (ocasião de invalidez e morte) •Ter boa imagem junto a sociedade Para a sociedade: PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA Qual a sua importância? •Capitalização de empresas, através dos investimentos no mercado de ações •Financiamentos de projetos de médio e longo prazos •Formação de postos de trabalho •Arrecadação direta e indireta de impostos •Manutenção do poder de compra no mercado de consumo, ativando a economia •Possibilitar melhor qualidade de vida aos milhares de beneficiários e seus dependentes INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS Acesse a Biblioteca Digital do Centro de Documentação e Informação Oswaldo Herbster de Gusmão e conheça ainda mais a matéria: http://biblioteca.abrapp.org.br/index.html CONCLUSÃO Parabéns! Você chegou ao final desse curso e já conhece um pouco mais sobre os Fundamentos da Previdência Complementar. Agora, feche o curso e responda ao questionário para obter seu certificado de conclusão.
Compartilhar