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ÉTICA APLICADA AO INSTRUMENTADOR CIRÚRGICO THAMARA XIBILI Enfermeira Especialista Em Cardiologia E Hemodinâmica Instrumentador Cirúrgico COMPORTAMENTO HUMANO Dado como um conjunto de procedimentos ou reações do indivíduo ao ambiente que o cerca em determinadas circunstâncias, o meio; Pode designar um grupo de atividades ou limitar-se a uma só, o comportamento singular (CONDUTA) , isto é, ações observáveis do ser humano e dos animais ou também os sentimentos e pensamentos; COMPORTAMENTO HUMANO Dentre psicólogos renomados, como Édouard Claparède propõe que o conceito de conduta, é o comportamento ou modo de agir do ser humano perante o seu ambiente – Quando uma pessoa possui um tipo de padrão estável, falamos então que esta pessoa apresenta uma conduta; Comportamento Organizacional – comportamentos e atitudes praticadas pelos funcionários + ambiente de trabalho = influencia no clima da empresa; https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89douard_Clapar%C3%A8de ÉTICA É a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade, ou seja, é o estudo do comportamento humano embasado no conjunto de normas e princípios que regem os atos humanos. OBJETIVO: - indicar o que é certo, correto e justo - responsabilidade dos indivíduos pelos seus atos. MORAL Origem no latim morales, cujo significado é “relativo aos costumes”; Moral é o conjunto de regras adquiridas através da cultura, da educação, da tradição e do cotidiano, e que orientam o comportamento humano dentro de uma sociedade; PRINCÍPIOS MORAIS: honestidade, bondade, respeito, a virtude – determinam o sentido moral de cada indivíduo; A moral orienta o comportamento do homem diante das normas instituídas pela sociedade ou por determinado grupo social. A ética no sentido de que esta tende a julgar o comportamento moral de cada indivíduo no seu meio. no entanto, ambas buscam o bem-estar social. OCORRÊNCIAS ÉTICAS Trabalhar sobretudo, numa prestação de cuidados com garantia de maior qualidade no atendimento e segurança. Falhas no relacionamento entre os profissionais de enfermagem e de outras categorias; Falhas de relacionamento entre os profissionais de enfermagem; Falhas de conduta; Dificuldades na relação profissional e cliente; Desrespeito à autonomia da vontade do cliente; Desrespeito à privacidade do cliente por parte dos profissionais de saúde; RECONHECER valores pessoais (relações sociais e familiares) e valores profissionais (diretrizes do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem – Direitos, Deveres ,Responsabilidades, Proibições , Infrações, Penalidades) “Não se limitam aos erros técnicos ou falhas na realização de procedimentos” INSTRUMENTADOR CIRÚRGICO A existência da figura do instrumentador cirúrgico tem previsão legal na Lei nº 7498/86. Em 2014 – reconhecimento da profissão, um projeto de lei regulamenta a profissão de instrumentador cirúrgico. Justificação: descreve a importância dos instrumentadores cirúrgicos no alcance da qualidade e segurança dos pacientes, na diminuição do risco de infecções hospitalares e na maximização do sucesso das intervenções cirúrgicas. PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 75 de 2014 onde o CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º regulamentação da profissão de instrumentador cirúrgico; Art. 2° Poderão exercer a profissão de instrumentador cirúrgico no País: I - técnicos de enfermagem [...] O INSTRUMENTADOR CIRÚRGICO SÓ PODERÁ EXERCER SUA PROFISSÃO SE DEVIDAMENTE INSCRITO NO CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM da base territorial onde atue; ANIC – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE INSTRUMENTAÇÃO CIRURGICA CÓDIGO DE ÉTICA DO PROFISSIONAL EM INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA Art. 1º. – O Instrumentador Cirúrgico defenderá com todas as suas forças e em todas as circunstâncias o direito fundamental da vida humana. Art. 2º. – O Instrumentador Cirúrgico dedicará atenção especial ao doente, prescindindo de raça, nacionalidade e religião. Art. 3º. – O Instrumentador Cirúrgico procurará familiarizar-se com os vários aspectos organizacionais e administrativos do hospital e com dinâmica do bloco operatório, objetivando uma integração adequada no seu ambiente de trabalho. Art. 4º. – O Instrumentador Cirúrgico, ciente de que o desempenho de sua função requer formação aprimorada, procurará ampliar e atualizar seus conhecimentos técnicos, científicos e do desenvolvimento da própria profissão. Art. 5º. – O Instrumentador Cirúrgico executará com rigor e presteza as orientações do cirurgião, com vistas ao pleno sucesso do ato cirúrgico. Art. 6º. – O Instrumentador Cirúrgico, evitará abandonar o paciente em meio ao ato operatório sem causa justa e sem garantia de solução de continuidade de sua atividade. Art. 7º. – O Instrumentador Cirúrgico negará sua participação em pesquisas que violem os direitos inalienáveis da pessoa humana. Art. 8º. – O Instrumentador Cirúrgico procurará manter relações cordiais, espírito de colaboração e integração com todos os membros da equipe cirúrgica. Art. 9º. – O Instrumentador Cirúrgico guardará segredo sobre fatos que tenha conhecimento no exercício de sua profissão. Art. 10. – O Instrumentador Cirúrgico fará valer seu direito, à remuneração compatível com o trabalho realizado e com dignidade da profissão. Art. 11. – O Instrumentador Cirúrgico colocará seus serviços profissionais à disposição da comunidade em casos de urgência, independentemente de qualquer proveito pessoal. Código aprovado em Assembléia Geral Ordinária da ANIC, em São Paulo, no dia 26 de Setembro de 1986); CEPE - CÓDIGO DE ÉTICA DA ENFERMAGEM Alguns questionamentos frequentes a cerca das atividades exercidas pelo instrumentador cirúrgico Considerando a Resolução COFEN N° 280/2003 Dispõe sobre a PROIBIÇÃO de Profissional de Enfermagem em auxiliar procedimentos cirúrgicos. Art. 1º – É vedado a qualquer Profissional de Enfermagem a FUNÇÃO DE AUXILIAR de Cirurgia. Parágrafo único: Não se aplica ao previsto no caput deste artigo as situações de urgência, na qual, efetivamente haja iminente e grave risco de vida, não podendo tal exceção aplicar-se a situações previsíveis e rotineiras. Considerando a RESOLUÇÃO COFEN-278/2003 Dispõe SOBRE SUTURA efetuada por Profissional de Enfermagem. Art. 1º – É VEDADO ao Profissional de Enfermagem a realização de suturas. Parágrafo único: Não se aplica ao disposto no caput deste artigo as situações de urgência, na qual, efetivamente haja iminente e grave risco de vida, não podendo tal exceção aplicar-se a situações previsíveis e rotineiras. Descumprir ao CEPE, o instrumentador cirúrgico sofrerá implicações legais conforme a Legislação vigente expressa. HABILIDADES DO INSTRUMENTADOR CIRÚRGICO O instrumentador cirúrgico compõe a equipe cirúrgica assim como o cirurgião (médicos ou dentistas) – chefe da equipe, cirurgião-assistente, anestesiologista, e o circulante de sala de operação; O instrumentador cirúrgico se responsabiliza pelo preparo da mesa; O instrumentador cirúrgico fornece com segurança e precisão os instrumentais ao cirurgião, acompanhando a seqüência lógica de cada tempo cirúrgico durante o ato operatório; O instrumentador cirúrgico atua de forma integrada e harmônica, visando a segurança do paciente e a eficiência do ato cirúrgico; O instrumentador cirúrgico atua junto à equipe tendo como responsabilidade e zelo pelo perfeito funcionamento do instrumental e equipamentos; O instrumentador cirúrgico atua ordenando e controlando o instrumental; O instrumentador cirúrgico atua no preparo material a ser utilizado na cirurgia; Compete ao instrumentador monitorar o material usado e fazer a solicitação de reposição de material de consumo; Resolução COFEN N° 214 10 de novembro de 1998 - “Dispõe sobre INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA”: Art. 1º – A Instrumentação Cirúrgica é uma atividade de Enfermagem, não sendo entretanto, ato privativo da mesma. Art. 2º – O Profissional de Enfermagem, atuando como Instrumentador Cirúrgico, por força de Lei, subordina-se exclusivamenteao Enfermeiro Responsável Técnico pela Unidade. O instrumentador cirúrgico deve compactuar com o sigilo profissional OBRIGADA!
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