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Alunos: :Amarildo Pereira de Moura Filho Igor Fernando Silva Araújo Igor Miguel Muniz Ondumar Fernandes de F Júnior Rafael Alves Marcelino Uilson Douglas Matos Victor Espíndula da Silva Withiner Faria Pacheco COLHEITA E PÓS COLHEITA DO CAFÉ INTRODUÇÃO O café, originário da África e com uma história de mais de mil anos, sempre foi marcado por lendas, grandiosidade, religiosidade, muito trabalho, ciência, interações, ciclos, sonhos, ambições, progresso, frustações, orgulho, alegria e prazer. E uma bebida que a cada ano surpreende, ganha adeptos, tem sua produção incrementada e sua qualidade melhorada (FERRÃO, 2017). INTRODUÇÃO Destaca-se como um produto agrícola, dentre os mais importantes, nos aspectos sociais e econômicos para mais de 60 países produtores (OIC, 2012) e para centenas de outros mercados consumidores, constituindo-se em uma das cinco potencialidades agrícolas mais comercializadas no mundo (FAO, 2010). Os cuidados nas fases de colheita e preparo do café completam todas as atividades realizadas na lavoura. Cafés cultivados de forma adequada, mas manejados de forma incorreta durante as fases de colheita e preparo irão produzir cafés de baixa qualidade (MEDEIROS, 2003). PRÉ - COLHEITA O planejamento da colheita contribui para um bom trabalho e para a qualidade final do produto, sendo, portanto, de grande importância. Um bom momento de começar a planejar a colheita é no começo de novembro do ano anterior, assim o produtor terá sete meses para se preparar para a colheita (MEDEIROS, 2003). Derriça; Arruação; COLHEITA Segundo MONTEIRO (2003), a colheita representa metade do emprego da mão-de-obra da lavoura de café e de 25 a 30% dos custos diretos da produção. 0 método e a época de fazer a colheita podem ter grande influência na qualidade do café. Apesar de existirem dois métodos de colheita (a seletiva e derriça), no Brasil praticamente só é utilizado o método de colheita por derriça, misturando frutos em diferentes fases de amadurecimento. COLHEITA No Brasil a colheita começa, geralmente em abril ou maio e vai até setembro ou outubro. A maior dificuldade encontrada na prática está na determinação do ponto de início da colheita. Isto porque a colheita deve ser iniciada quando houver uma quantidade mínima de frutos verdes e sem que uma grande quantidade de frutos secos já tenha caído. Devido ao grande problema de se conseguir mão-de-obra suficiente para a colheita há uma tendência de realizá-la com uma quantidade de frutos verdes acima do recomendado. Se a colheita for realizada com mais de 5% de frutos verdes já começa a ocorrer prejuízo sobre a qualidade do café (MONTEIRO, 2003). MÉTODO E TIPOS DE COLHEITA Segundo ALVES (2015), tão importante quanto a época da colheita é o tipo e os procedimentos do método a ser utilizado, os quais exercem influência determinante sobre a qualidade do café. Pode-se, de maneira geral, enquadrar os métodos de colheita na seguinte classificação: a) Manual; b) Semi mecanizada; c) Mecanizada; PÓS COLHEITA Segundo MEDEIROS (2003), O café pode passar por duas formas de preparo de preparo: via seca e via úmida. O preparo por via seca é o mais comum no Brasil sendo que os frutos secos ficam com a casca, enquanto através da via úmida o café é descascado e despolpado. PÓS COLHEITA Segundo MONTEIRO, (2003) para ser beneficiado o café deve estar com 12 a 11,5% de umidade. A máquina de beneficiamento deve ser bem regulada para não quebrar os grãos. A sacaria deve ser limpa e de boa qualidade e os armazéns devem ser credenciados para não correr o risco do café ser roubado. A classificação é determinada por 4 critérios: - Tipo (defeitos); - Aspecto visual (cor); - Tamanho do grão (teste da peneira); - Qualidade da bebida. PÓS COLHEITA Fonte: EMBRAPA, 2015 (adaptado). PÓS COLHEITA Fonte: EMBRAPA, 2015 (adaptado). Defeito Causa Como Evitar Como Eliminar Prejudicial Preto Colheita atrasada e contato dos frutos com o chão Colheita do fruto maduro Catação eletrônica (máquina própria) Aspecto, cor, torração e bebida Ardido Colheita de frutos verdes, atrasada, e contato dos frutos com o chão Colheita dos frutos maduros Catação eletrônica (máquina própria) Aspecto, cor, torração e bebida Verde Colheita de frutos verdes Colheita dos frutos maduros Separação dos frutos verdes e catação eletrônica Aspecto, cor, torração e bebida Mal granado Característica genética (interna) da planta ou falta de adubo Adubar o solo Separação no beneficiamento e catação mecânica Aspecto e torração Brocado Ataque da broca do café Repasse nas lavouras Catação mecânica Aspecto Quebrado Seca exagerada dos frutos e má regulagem do descascador Secagem adequada e regular o descascador de forma correta Regulagem dos ventiladores e catação mecânica Aspecto e torração Marinheiro Má regulagem do descascador Regular o descascador de forma correta Separação na sururuca (parte da máquina de beneficiamento) e catação manual Aspecto e torração Pau, pedra, torrão, casca Colheita por derriça no chão e abanação malfeita Colheita no pano Regulagem do catador e do ventilador no beneficiamento. Catação mecânica. Aspecto e torração CONSEDIRAÇÕES FINAIS O mercado exige atualmente café de qualidade superior, portanto, os cuidados na pré-colheita, colheita, preparo, secagem, armazenamento e beneficiamento, são muito importantes pois estas complementam todas as demais atividades realizadas durante o ciclo produtivo da cultura, buscando a obtenção de um café de qualidade superior, e uma remuneração justa para o cafeicultor. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FERRÃO, Romário Gava; FONSECA, Aymbire Francisco Almeida; FERRÃO, Maria Amélia Gava; MUNER, Lucio Herzog. CAFÉ CONILON; INCAPER-ES; 2 ed.; 784 p; Vitória-ES; 2017. MARCOLAN, Alaerto Luiz; ESPINDULA, Marcelo Curitiba. CAFÉ NA AMAZÔNIA; EMBRAPA-RO; 474 p.; Brasília– F; 2015. MEDEIROS, Jenifer; MONTEIRO, Fernanda. PRÉ-COLHEITA E PÓS-COLHEITA / FAZENDO CAFÉ DE QUALIDADE. CTA - Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata – MG; 28 p.; Viçosa-MG; jul. 2003. MESQUITA, Carlos Magno. MANUAL DO CAFÉ: COLHEITA E PREPARO (COFFEA ARÁBICA L.); EMATER-MG; 52 p.; Belo Horizonte - MG; abr. 2016. MESQUITA, Carlos Magno. MANUAL DO CAFÉ: IMPLANTAÇÃO DE CAFEZAIS (COFFEA ARÁBICA L.); EMATER-MG; 50 p.; Belo Horizonte-MG; abr. 2016. SILVA, Fábio Moreira; SILVA, Flávio Castro; SILVA, Felipe Oliveira; SILVA, Davi Hipólito. VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA DA COLHEITA MECANIZADA DO CAFÉ. ESALQ/USP-SP; Revista Visão Agrícola; nº12; pag. 98 a 101; Piracicaba-SP; jan. / jul. 2013. Obrigada!