Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CONTABILIDADE SOCIETÁRIA I AULA 03 – Combinação de negócios CONTEÚDO DESTA AULA 2 Escopo da norma Combinação de negócios Identificação de combinação de negócios Método de aquisição ou compra Identificação do adquirente Determinação da data de aquisição Reconhecimento e mensuração do goodwill Reconhecimento e mensuração do ganho por compra vantajosa. ESCOPO DA NORMA 3 A combinação de negócios é disciplinada pelo CPC 15 (R1), que tem como objetivo: Aprimorar a relevância, a confiabilidade e a comparabilidade das informações que a entidade fornece, em suas demonstrações contábeis, sobre combinação de negócios e seus efeitos. ESCOPO DA NORMA 4 Correlação com a IFRS 3. CPC 15 (R1) Se aplica às transações que atendem à definição de combinação de negócios. ESCOPO DA NORMA 5 A norma não se aplica: Na contabilização da formação de negócios em conjunto em suas demonstrações contábeis Na aquisição de um grupo de ativos ou de um ativo isolado que não se constitua em um negócio Em uma combinação de negócios envolvendo atividades sob controle comum ESCOPO DA NORMA 6 O CPC 15 estabelece princípios e exigências da forma como o adquirente: (a) reconhece e mensura, em suas demonstrações contábeis, os ativos identificáveis adquiridos, os passivos assumidos e as participações societárias de não controladores na adquirida; (b) reconhece e mensura o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill adquirido) advindo da combinação de negócios ou o ganho proveniente de compra vantajosa; ESCOPO DA NORMA 7 O CPC 15 estabelece princípios e exigências da forma como o adquirente: (c) determina quais as informações que devem ser divulgadas para possibilitar que os usuários das demonstrações contábeis avaliem a natureza e os efeitos financeiros da combinação de negócios. ESCOPO DA NORMA 8 A norma não se aplica: Na contabilização da formação de negócios em conjunto em suas demonstrações contábeis Na aquisição de um grupo de ativos ou de um ativo isolado que não se constitua em um negócio Em uma combinação de negócios envolvendo atividades sob controle comum COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS 9 COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS: Obtenção de controle de um ou mais negócios Independe da forma jurídica da operação Prevalece a essência da transação. COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS 10 NEGÓCIO: Conjunto integrado de ativos e atividades capaz de gerar benefícios econômicos futuros na forma de dividendos ou de baixos custos aos seus proprietários ou detentores O importante é que de alguma forma esteja gerando renda ou benefícios como baixos custos COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS 11 NEGÓCIO: Pode ser uma divisão de uma determinada empresa que está efetivamente com um processo Um negócio consiste de inputs (entradas de recursos) e processos que têm a capacidade de gerar outputs (saída de recursos) Isso caracteriza um negócio, não apenas o conjunto líquido de ativos ou um ativo específico COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS 12 Uma empresa faz aquisição de ações junto a seus detentores que podem ser PF ou PJ A entidade A compra ações da Cia B que estão em poder um acionista Considerando que a A e o acionista de B não são partes relacionadas e que B é um negócio de acordo com o CPC 15 (R1).... ... Essa aquisição está dentro do escopo da norma, devendo ser contabilizada dentro dos procedimentos previstos na norma. COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS 13 Para caracterizar a combinação de negócios, o importante é haver a obtenção de controle do negócio, e não se isso ocorreu em virtude da aquisição de ações. A incorporação de uma companhia controlada por sua controladora se caracteriza como uma combinação de negócios? E a aquisição da controladora pela controlada é uma combinação de negócios? COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS 14 COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS 15 Para os fins da combinação de negócios, o adquirente pode obter controle da adquirida de diversas formas, como por exemplo: a) Pela transferência de caixa, equivalentes de caixa ou outros ativos; b) Pela assunção de passivos; c) Pela emissão de ações; d) Por mais de um tipo de contraprestações acima, ou; e) Sem a transferência de nenhuma contraprestação, inclusive por meio de acordos puramente contratuais. COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS 16 A adquirida recompra um número tal de suas próprias ações de forma que um tal investidor (o adquirente) obtenha um controle sobre ela. COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS 17 Uma combinação de negócios, por razões legais, fiscais ou outras, pode ser estruturada de diversas formas, como, por exemplo: Um ou mais negócios tornam-se controladas de um adquirente; Ocorre a fusão entre o adquirente e os ativos líquidos de um ou mais negócios; Um grupo de ex-proprietários de uma das entidades da combinação obtém o controle da entidade combinada. IDENTIFICAÇÃO DE COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS 18 Para uma operação ser identificada com uma combinação de negócios, é necessário que os ativos adquiridos e os passivos assumidos constituam um negócio. Negócio é um conjunto integrado de atividades e ativos capazes de ser conduzido e gerenciado para gerar retorno, na forma de dividendos, redução de custos ou outros benefícios econômicos, diretamente a seus investidores ou outros proprietários, membros ou participantes. 19 Se os ativos líquidos não constituem um negócio, a entidade deve contabilizar a operação ou evento como aquisição de ativos. Nesse caso, o adquirente deve reconhecer os ativos identificáveis adquiridos individualmente (incluindo aqueles que atendam à definição de ativo intangível) e os passivos assumidos. IDENTIFICAÇÃO DE COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS 20 O custo do grupo deve ser alocado individualmente aos ativos identificáveis e aos passivos que o compõem, com base em seus respectivos valores justos na data da compra. Operações que não se caracterizam como negócio não geram ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill). IDENTIFICAÇÃO DE COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS 21 O CPC 15 (R1) estabelece princípios e exigências da forma como o adquirente deve: Reconhecer e mensurar, em suas demonstrações contábeis, os ativos identificáveis adquiridos, os passivos assumidos e as participações societárias de não controladores na adquirida; Reconhecer e mensurar o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill adquirido) proveniente da combinação de negócios ou o ganho proveniente de compra vantajosa (deságio), e; Divulgar informações que possibilitem aos usuários das demonstrações a avaliação da natureza e dos efeitos financeiros da combinação de negócios. IDENTIFICAÇÃO DE COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS 22 A entidade deve contabilizar cada combinação de negócios pela aplicação do método de aquisição, que envolve: 1. A identificação do adquirente; 2. A determinação da data de aquisição; 3. O reconhecimento e mensuração pelos respectivos valores justos, dos ativos identificáveis adquiridos, dos passivos assumidos e das participações societárias de não controladores na adquirida, e; 4. Reconhecimento e mensuração do goodwill ou do ganho proveniente de compra vantajosa. MÉTODO DE AQUISIÇÃO OU COMPRA 23 MÉTODO DE AQUISIÇÃO OU COMPRA Adquirente: É a entidade que obtém o controle da adquirida Valor justo: preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração. Ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill): É um ativo que representa benefícios econômicos futuros resultantes de outros ativos adquiridos em uma combinação de negócios, os quais não são individualmente identificados e separadamente reconhecidos. 24 EXEMPLO 01: Ativos identificáveis adquiridos 1.000 Passivos assumidos600 Valor de aquisição 500 MÉTODO DE AQUISIÇÃO OU COMPRA Registro no adquirente: D – Ativos Identificáveis Adquiridos 1.000 D – Ágio (goodwill) 100 C – Caixa 500 C – Passivos Assumidos 600 25 O adquirente deve mensurar os ativos identificáveis adquiridos e os passivos assumidos pelos respectivos valores justos da data da aquisição. Ativos identificáveis adquiridos e passivos assumidos podem incluir bens e obrigações que não estavam reconhecidos na contabilidade do alienante. MÉTODO DE AQUISIÇÃO OU COMPRA 26 EXEMPLO 02: Ativos identificáveis adquiridos 5.000 Passivos assumidos 4.000 Valor de aquisição 1.200 Participação dos não controladores 500 MÉTODO DE AQUISIÇÃO OU COMPRA Registro no adquirente: D – Ativos Identificáveis Adquiridos 5.000 D – Ágio (goodwill) 700 C – Participação de Não Controladores 500 C – Caixa 1.200 C – Passivos Assumidos 4.000 27 MÉTODO DE AQUISIÇÃO OU COMPRA • Em cada combinação de negócios, o adquirente deve avaliar, na data de aquisição, as ações dos não controladores por um dos seguintes critérios: 1. Valor justo, ou; 2. Participação proporcional atual conferida pelos instrumentos patrimoniais nos montantes reconhecidos dos ativos líquidos identificáveis da adquirida. 28 EXEMPLO 03: Ativos identificáveis adquiridos 500 Passivos assumidos 300 Valor de aquisição 120 Participação dos não controladores 50 MÉTODO DE AQUISIÇÃO OU COMPRA Registro no adquirente: D – Ativos Identificáveis Adquiridos 500 C – Caixa 120 C – Passivos Assumidos 300 C – Participação de Não Controladores 50 C – Ganho por compra vantajosa 30 IDENTIFICAÇÃO DO ADQUIRENTE 29 Para cada combinação de negócios, uma das entidades envolvidas na combinação deve ser identificada como adquirente, ou seja, a entidade que obtém o controle da adquirida. Em combinação de negócios efetivada principalmente pela transferência de dinheiro (ou outros ativos) ou pela assunção de passivos, o adquirente normalmente é a entidade que transfere caixa ou incorre em passivos. IDENTIFICAÇÃO DO ADQUIRENTE 30 Em combinação de negócios efetivada fundamentalmente pela troca de ações, o adquirente, em geral, é a entidade que emite os títulos. Contudo, na combinação de negócios denominada aquisição reversa, a entidade emissora é a adquirida. IDENTIFICAÇÃO DO ADQUIRENTE 31 Considerando que a essência econômica deve prevalecer sobre a forma jurídica das transações, a aquisição reversa ocorre quando a entidade que emite os títulos (adquirente legal) é identificada como adquirida para fins contábeis. A entidade cuja participação societária tiver sido adquirida (adquirida legal) deve ser considerada, para fins contábeis, como a adquirente para que a operação seja considerada uma aquisição reversa. IDENTIFICAÇÃO DO ADQUIRENTE 32 Uma entidade X obtém o controle de uma entidade Y Ao observar a relação entre a empresa X e Y, somos levados a crer que X obteve o controle de Y... ...Porém, os ex-proprietários de Y é que se tornaram os novos controladores da entidade X IDENTIFICAÇÃO DO ADQUIRENTE 33 Às vezes, a aquisição reversa ocorre quando uma entidade fechada (sem ações listadas em mercado) quer tornar-se uma empresa listada, mas sem fazer o processo de abertura de seu capital, ou seja, sem obter o registro de companhia aberta. Para esse fim, a entidade fechada promove um acordo contratual com uma companhia aberta (a combinação propriamente) por meio da qual a entidade fechada – passa a ser uma investida da companhia aberta e os ex-sócios da entidade fechada recebem participações no capital da companhia. IDENTIFICAÇÃO DO ADQUIRENTE 34 A entidade A (entidade fechada) gostaria de poder utilizar o mercado de capitais sem ter que abrir o capital. Então, ela fez um acordo com a entidade B (companhia aberta). Nesse acordo, a Cia B entregou ações para o ex-proprietário da Cia A em troca de 80% das ações da Cia B. Contudo, a Cia B emite um número tal de ações que o ex- proprietário de A passa a ter controle da Cia B. Dessa forma, ele continua controlando a Cia A, mas indiretamente. A Cia B (entidade aberta) é detentora da maior parte do capital votante de A (entidade fechada), portanto, é a adquirente legal IDENTIFICAÇÃO DO ADQUIRENTE 35 Nessa situação, a companhia aberta é a adquirente legal, porque ela emitiu instrumentos de participação societária e a entidade fechada é a adquirida legal, porque seus instrumentos de capital foram adquiridos. Contudo, o resultado da identificação do adquirente revela que: A companhia aberta é a adquirida para fins contábeis (adquirida contábil); A entidade fechada é o adquirente para fins contábeis (adquirente contábil). IDENTIFICAÇÃO DO ADQUIRENTE 36 O adquirente é, normalmente, a entidade da combinação cujo tamanho relativo (mensurado, por exemplo, em ativos, receitas ou lucros) é significativamente maior em relação às demais entidades da combinação. IDENTIFICAÇÃO DO ADQUIRENTE 37 Outros fatos e circunstâncias devem ser considerados na identificação do adquirente na combinação de negócios efetivada pela troca de ações, inclusive: 1 - Direito de voto relativo na entidade combinada após a combinação. Normalmente o adquirente é a entidade cujo grupo de proprietários recebe a maior parte dos direitos de voto na entidade combinada. 2 – Existência de grande participação minoritária de capital votante. Normalmente, o adquirente é a entidade cujo único proprietário (ou grupo) é detentor da maior parte do direito de voto minoritário na entidade combinada. 3 – Composição do Conselho de Administração da entidade combinada. Normalmente, o adquirente é a entidade cujos proprietários têm a capacidade ou poder para eleger ou destituir a maioria dos membros do CA. 4 – Composição da Alta Administração. Normalmente, o adquirente é a entidade cuja Alta Administração (anterior à combinação) comanda a gestão da entidade combinada. DETERMINAÇÃO DA DATA DE AQUISIÇÃO 38 O adquirente deve determinar a data de aquisição, que é aquela em que o controle da adquirida é obtido. Em regra, a aquisição do controle ocorre na data em que o adquirente legalmente transfere a contraprestação pelo controle da adquirida, adquire os ativos e assume os passivos da adquirida – a data de fechamento do negócio. DETERMINAÇÃO DA DATA DE AQUISIÇÃO 39 Contudo, o adquirente pode obter o controle em data anterior ou posterior à data de fechamento. Por exemplo, a data de aquisição antecede a data de fechamento se o contrato escrito determinar que o adquirente venha a obter o controle da adquirida em data anterior à data do fechamento. RECONHECIMENTO 40 A partir da data de aquisição, o adquirente deve reconhecer os ativos identificáveis adquiridos, os passivos assumidos e quaisquer participações de não controladores na adquirida. Para fins de reconhecimento como parte da aplicação do método de aquisição, os ativos identificáveis adquiridos e os passivos assumidos devem atender, na data de aquisição, às definições de ativo e de passivo dispostas no CPC 00 (R1). RECONHECIMENTO 41 Por exemplo, os custos que o adquirente espera, porém não está obrigado a incorrer no futuro para efetivar um plano para encerrar uma atividade da adquirida, ou os custos para realocar ou desligar funcionários da adquirida não constituem um passivo na data de aquisição. Portanto, o adquirente não deve reconhecer tais custos como parte de aplicação do método de aquisição, e sim em demonstrações contábeis pós- combinação. RECONHECIMENTO 42 O adquirente pode ter que reconhecer ativos e passivos não registrados nas demonstrações contábeis da adquirida. O adquirente deve reconhecer os ativos intangíveis identificáveis adquiridos,com uma marca ou uma patente ou um relacionamento com clientes, que não foram reconhecidos como ativos das demonstrações contábeis da adquirida por terem sido desenvolvidos internamente. RECONHECIMENTO 43 Na data de aquisição, o adquirente deve classificar ou designar os ativos identificáveis adquiridos e os passivos assumidos com base nos termos contratuais, nas condições econômicas, nas políticas contábeis ou operacionais e em outras condições pertinentes que existiam nessa data. MENSURAÇÃO 44 O adquirente deve mensurar os ativos identificáveis adquiridos e os passivos assumidos pelos respectivos valores justos da data de aquisição. RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DO GOODWILL 45 O adquirente deve reconhecer goodwill, na data de aquisição, apurado pela diferença positiva entre os itens 1 e 2 abaixo: Da contraprestação transferida em troca do controle da adquirida (em dinheiro, ações, créditos, etc.); Do montante das participações dos não controladores na adquirida, e; No caso de combinação de negócios realizada em estágios, o valor justo, na data de aquisição, da participação do adquirente na adquirida imediatamente antes da combinação 1 - SOMA 2 O valor líquido, na data de aquisição, dos ativos identificáveis adquiridos e dos passivos assumidos. RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DO GOODWILL 46 Sem considerar a existência de combinação de negócios em etapas, a fórmula básica do goodwill é: Goodwill = Contraprestação + Participação dos Não Controladores (-) Valor dos Ativos Líquidos 47 EXEMPLO 04: A investidora paga 1.200 para adquirir 100% das ações de uma controlada com goodwill. Qual o valor do goodwill? Itens avaliados Valor justo Valor contábil Ajuste Ativos 1.500 1.200 300 Passivos 500 500 - PL 1.000 700 300 Contraprestação transferida 1.200 (-) Valor justo dos ativos líquidos (1.000) = Ágio pela rentabilidade futura 200 RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DO GOODWILL RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DO GOODWILL 48 Tratando-se de combinação de negócios em estágios, o valor justo, na data de aquisição, da participação do adquirente na adquirida imediatamente antes da combinação deve fazer parte da soma da contraprestação transferida com o valor justo dos ativos líquidos. Nessa hipótese, é como se o valor que o adquirente já possuía antes da combinação representasse parte do pagamento na aquisição. RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DO GOODWILL 49 Por exemplo, em 31/12/X1, a entidade “A” possui 35% de participação no capital (votante e total) da entidade “B”, sem controlá-la. Nessa data, a entidade “A” compra mais 40% de participação de capital (votante e total) na entidade “B”, obtendo o controle sobre ela. Na combinação de negócios realizada em estágios, o adquirente deve mensurar novamente sua participação anterior na adquirida pelo valor justo na data de aquisição e deve reconhecer no resultado do período o ganho ou perda resultante, se houver, ou em outros resultados abrangentes, conforme apropriado. RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DO GOODWILL 50 Na combinação de negócios em que o adquirente e a adquirida trocam somente ações, o valor do ágio deve ser determinado com base: No valor justo, na data de aquisição, da participação societária na adquirida, obtido por meio da técnica de avaliação. (em vez do valor justo da participação societária transferida), 51 EXEMPLO 05: A Cia. Investidora adquiriu 90% das ações da Cia. Gama por R$ 5.000.000. Na data de aquisição, o patrimônio líquido da Cia. Gama era de R$ 3.500.000 e o valor justo dos ativos líquidos era de R$ 4.500.000. Com base nessas informações e sabendo que a participação dos não controladores é avaliada pela parte que lhes cabe no valor justo dos ativos líquidos da adquirida, qual o valor do ágio pago pela Cia. Investidora em função de rentabilidade futura? RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DO GOODWILL 52 EXEMPLO 05 (RESOLUÇÃO): Contraprestação transferida 5.000.000 + Participação dos não controladores (4.500.000 x 10%) 450.000 = Soma 5.450.000 (-) Valor justo dos ativos líquidos (4.500.000) = Ágio pela rentabilidade futura (goodwill) 950.000 RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DO GOODWILL RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DO GANHO POR COMPRA VANTAJOSA 54 Compra vantajosa é uma combinação de negócios cujo valor é determinado pela diferença negativa entre os itens 1 e 2: Da contraprestação transferida em troca do controle da adquirida (em dinheiro, ações, créditos, etc.); Do montante das participações dos não controladores na adquirida, e; No caso de combinação de negócios realizada em estágios, o valor justo, na data de aquisição, da participação do adquirente na adquirida imediatamente antes da combinação 1 - SOMA 2 O valor líquido, na data de aquisição, dos ativos identificáveis adquiridos e dos passivos assumidos. 55 EXEMPLO 05: A investidora paga 600 para adquirir 100% das ações de uma controlada. Qual o valor do ganho por compra vantajosa? RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DO GANHO POR COMPRA VANTAJOSA Contraprestação transferida 600 (-) Valor justo dos ativos líquidos 1.000 = Ganho por compra vantajosa (400) Itens avaliados Valor justo Valor contábil Ajuste Ativos 1.500 1.200 300 Passivos 500 500 - PL 1.000 700 300 RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DO GANHO POR COMPRA VANTAJOSA 56 Na data de aquisição, o adquirente deve reconhecer o ganho por compra vantajosa como receita. Uma compra vantajosa pode acontecer, por exemplo, em combinação de negócios que resulte de uma venda forçada, na qual o vendedor é obrigado a agir dessa forma. Estácio. Há 45 anos nossa vida é transformar a sua. Obrigado.
Compartilhar