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ARTIGO MBA INTELIGENCIA EMOCIONAL E COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL: OS 
BENEFICIOS DA INTELIGENCIA EMOCIONAL PARA O SUCESSO 
ORGANIZACIONAL 
Pires, Laura 1 
MBA em Gestão de Recursos Humanos 
Faculdades Metropolitanas Unidas 
Orientador: José Roberto 
 
INTRODUÇÃO 
Atualmente constantes transformações sociais têm retratado uma sociedade 
volátil, cuja mudança é um novo comportamento, no qual a tecnologia vem 
contribuindo para o aceleramento dos sistemas de comunicação e globalização. O 
trabalho exerce um papel fundamental nestas transformações, sendo inexorável 
para a realização humana, manutenção financeira, dignificação da vida, além de 
influenciar na saúde psicológica e no bem-estar. 
Em meio ao avanço tecnológico surgiram novas compreensões sobre o 
funcionamento das organizações e os comportamentos organizacionais, como por 
exemplo, a área do departamento pessoal, que operava mecanicamente, sem 
contato com os demais colaboradores, e que encontrou novos métodos e formas 
mais precisas de se trabalhar, como a área de recursos humanos. Nesse contexto 
iniciaram-se diversos estudos que analisam o ambiente organizacional sob novas 
perspectivas, na qual o indivíduo se torna ferramenta indispensável para o alcance 
de resultados. (MAXIMIANO, 2004). 
Nos anos 90 os colaboradores passam a ser vistos como parceiros e não 
somente como ferramentas, são indivíduos que contribuem com conhecimentos e 
habilidades, contribuindo como ponto chave das organizações: o capital intelectual. 
(CHIAVENATO apud GIL, 2007). 
As organizações tem buscado ferramentas para melhorar seus processos, 
principalmente na hora de contratar e treinar seus colaboradores. Entretanto, as 
exigências tem se tornado extremas e acabam por não considerar as questões 
subjetivas do ser humano. Um estudo feito pela Page Personnel aponta que 90% 
das pessoas são contratadas pelas competências técnicas e demitidas pelo 
comportamento. Isto mostra a importância de avaliar melhor as questões subjetivas 
numa contratação e habilitar os profissionais com treinamentos técnicos e 
comportamentais, visto que seria um desafio alguém se encaixar perfeitamente, 
contudo a eficácia virá de uma competência emocional. 
. A relevância deste estudo está em fomentar (o debate, a visão e ideias) 
sobre a influência das emoções nos relacionamentos interpessoais e no 
desenvolvimento dos comportamentos individuais dentro das organizações, 
agregando novos conhecimentos para estudantes e profissionais auxiliando-os a 
ter uma nova percepção de atuação através da inteligência emocional e como ela 
influi no comportamento organizacional. 
Compreender as emoções contribui para que as organizações possuam um 
ambiente agradável, no qual as pessoas tenham a compreensão de si e 
consequentemente tenham respeito mútuo, visando contribuir para a conciliação 
dos interesses individuais, organizacionais e sociais. REIS (2009) 
 
1 Pós-Graduada em Neuropsicopedagogia Clinica e Institucional da Faculdade Gaúcha – Porto Alegre RS, 
Graduada em Psicologia pela Universidade Paulista - UNIP; e-mail: lauraluiza19@hotmail.com 
O tema apresentado em questão é: Inteligência Emocional e 
Comportamento Organizacional: os benefícios da inteligência emocional para 
sucesso organizacional. E busca responder o problema: O desenvolvimento das 
aptidões emocionais proporciona melhorias no comportamento organizacional? De 
que forma isso pode contribuir para o sucesso da organização? 
Em analise ao comportamento organizacional, precisamos observar como a 
satisfação no trabalho é proveniente das perspectivas que cada indivíduo possui 
em relação ao meio que está inserido, dentre eles a relação com seu empregador, 
com os colegas de trabalho, a satisfação com o ambiente e sua remuneração, e 
principalmente quais sentimentos isso gera: positivos ou negativos. 
O comportamento organizacional surge da necessidade de compreender o 
impacto que o comportamento dos indivíduos tem dentro da estrutura 
organizacional. Este campo busca aprimorar o conhecimento através de estudos 
sistemáticos acerca do comportamento organizacional para melhorar a 
previsibilidade dos comportamentos e a eficácia dos processos organizacionais, 
avaliando todos os fatores essenciais dentro das organizações: função, 
absenteísmo, rotatividade, produtividade, desempenho e administração, 
motivação, comunicação interpessoal, aprendizado, gestão, resolução de conflitos, 
planejamento, diversidade e as competências. (ROBBINS,2014) 
De acordo com Fleury e Fleury (2001), utilizamos a palavra competência 
para indicar alguém que possua qualificação para realizar alguma atividade. Nos 
últimos anos esse tema tem sido pauta de diversos estudiosos principalmente nos 
Estados Unidos. 
O termo competência é associado a capacidade de solucionar problemas, 
aplicar conhecimentos e possuir habilidades para realizar tarefas. Este conceito é 
tido como um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes (representado 
pela sigla CHA), justificando um alto desempenho baseado na inteligência e 
personalidade dos indivíduos. Por outro lado, os estudos dessa área focam mais 
nas organizações priorizando as competências essenciais alinhadas as 
necessidades de cada cargo. 
Entretanto, conscientes da atuação de cada colaborador para contribuição e 
alcance de resultados Fleury e Fleury (2001) pontua que as competências agregam 
valor econômico para a organização, mas além disso, deve agregar valor social 
para os indivíduos. 
O termo Inteligência Emocional é objeto de estudo desde a década de 30, 
com a menção da inteligência social declarada pelo psicometrista Robert 
Thorndike. Mas, é na década de 90 que esse termo ganha força com o jornalista e 
psicólogo Daniel Goleman e a publicação do seu livro intitulado Inteligência 
Emocional. Em seus estudos ele divide a inteligência emocional em cinco domínios: 
a) autoconhecimento – capacidade em reconhecer suas próprias emoções; 
b) controle emocional – habilidade para lidar com seus sentimentos, 
adequando-os para a situação; 
c) automotivação - dirigir as emoções para estabelecer metas e alcançar 
objetivos; 
d) empatia – capacidade de reconhecer emoções em outras pessoas; 
e) relacionamentos interpessoais – capacidade de se relacionar de maneira 
saudável com outras pessoas. 
Para compreendermos o objetivo dessa pesquisa identificada como a 
inteligência emocional impacta no ambiente organizacional, devemos nos 
concentrar em aspectos dinâmicos e individuais dos fenômenos, coletando e 
analisando os materiais subjetivos, explorando-os permitindo obtenção de 
conhecimento, proporcionando novas perspectivas para realização de pesquisas 
mais precisas. (MINAYO, 1996). Esta pesquisa é caracterizada como qualitativa, 
possuindo como base a descrição da experiência humana e buscando 
compreender as experiências na sua totalidade. 
Neste estudo, foi realizado um levantamento bibliográfico da literatura 
pertinente ao tema e para a coleta de dados utilizou-se dois questionários com 
perguntas semiestruturadas, sendo um de Avaliação da inteligência Emocional pela 
escala de Schutte e um de Avaliação do Comportamento Organizacional baseado 
nas competências comportamentais mais relevantes ao ambiente organizacional. 
Esses questionários foram construídos no Google Forms e disponibilizados para 
profissionais de diversas áreas atuantes no mercado de trabalho por meio de da 
ferramenta social LinkedIn. 
Em seguida foi realizado a tabulação dos dados obtidos relacionando os dois 
questionários: Quem possui maior nível de inteligência emocional demonstra 
melhor comportamento organizacional? 
 
RESULTADOS 
Participaram deste estudo 30 profissionais atuantes em empresas de 
diversos segmentos, de pequeno, médio e grande porte, situadas no estado de São 
Paulo. Da amostra 67% eram do sexo masculino e 33% do feminino, com idade 
variando entre 25 e 50 anos, numa média de 35 anos; sendo analistas, 
supervisores, coordenadores e gerentes. 
A respeito dos procedimentose estruturas utilizadas para realização dos 
cálculos, os resultados foram tratados com base na escala tipo Likert (1-5 pontos) 
para Avaliação de Inteligência Emocional que é dividida em 3 dimensões: 
Percepção das próprias emoções, Componentes Socioemocionais e Percepção 
das emoções dos outros; e de (1-10 pontos) para Avaliação de Comportamento 
Organizacional, com pontuação mínima de 32 pontos e máxima de 137 pontos e 
retirada a mediana dessa pontuação. Considerando estes fatores para melhor 
visualização, os gráficos foram divididos com notas regulares, boas e excelentes. 
Resultados do Comportamento Organizacional
 
Fonte: a autora (2019) 
Resultados da Avaliação de Inteligência Emocional
 
Fonte: a autora (2019) 
No eixo Preparo e Qualificação foram avaliados os itens: Capacidade 
Analítica; Conhecimento Técnico; Organização; Autodesenvolvimento; Busca de 
Orientação. 
No eixo Capacidade de Trabalho em Equipe foram avaliados os itens: 
Interação; Interlocução; Cooperação; Motivação. 
No eixo Características Comportamentais foram avaliados os itens: 
Equilíbrio; Relacionamento Interpessoal; Iniciativa; Automotivação; Empatia; 
Disciplina Capacidade de Concentração; Tomada de Decisão. 
Para maior clareza na observação dos resultados, vemos na tabela abaixo que 
existe uma correlação significativa ao consideramos os elementos de nível BOM 
com média de 41% a 48% , e algumas discrepâncias nos níveis considerados 
EXCELENTES, entre comportamento organizacional e inteligência emocional, mas 
devemos considerar que existe uma boa demonstração de que pessoas com maior 
inteligência emocional tendem a apresentar competências mais elevadas. 
Eixos CO Bom Excelente Eixos IE Bom Excelente 
Características 
comportamentais 
46% 50% Percepção das 
próprias emoções 
47% 29% 
Preparo e Qualificação 48% 44% Componente 
socioemocionais 
41% 35% 
Capacidade de Trabalho 
em Equipe 
29% 63% Percepção das 
emoções dos 
outros 
41% 23% 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Considerando os dados apresentados neste artigo e o objetivo da pesquisa, 
verificou-se que os indivíduos que apresentam maior nível de inteligência 
emocional, demonstram favoravelmente possuírem a capacidade de controlar 
impulsos negativos (raiva, ansiedade, frustração, tristeza) colaborando para que 
apresentem foco e incorporem características comportamentais como empatia, 
autoconsciência, autoconhecimento, propiciando benefícios mensuráveis para a 
qualidade de vida e produtividade. Demonstrar controle emocional, autoestima e 
autoconfiança revela pessoas que possuem capacidade de identificar soluções 
para os problemas enfrentados rotineiramente. Uma das competências mais 
requeridas é a tomada de decisão, principalmente quando se trata de administrar 
conflitos, no qual exige grande capacidade e habilidade de cunho emocional, visto 
que em uma negociação ou mediação o indivíduo deve demonstrar equilíbrio entre 
razão e emoção. 
A inteligência lógica, ao contrario das afirmações cientificas, não pode ser 
considerada a única responsável pelo sucesso ou insucesso dos indivíduos nas 
organizações. Para que o profissional possa alcançar o sucesso, necessita dosar 
razão e emoção, criando condições que o faça se sentir seguro, motivado e 
satisfeito, com ele mesmo, com as pessoas ao seu redor e com sua posição 
profissional. 
 Esta pesquisa teve como objetivo estudar como a inteligência emocional 
interfere no comportamento organizacional, e demonstrar através de um breve 
estudo de campo que as organizações podem utilizar-se destas informações para 
beneficiar-se em elevar seus resultados, investindo em mais estudos, capacitações 
comportamentais e valorizando a subjetividade de cada indivíduo. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
Bueno, J. M. H. (2002). Inteligência emocional: um estudo de validade da 
capacidade de perceber emoções. Dissertação de Mestrado, Universidade São 
Francisco, Itatiba. 
 
Bueno, J. M. H., & Primi, R. (2003). Inteligência Emocional: um estudo de validade 
sobre a capacidade de perceber emoções. Psicologia Reflexão e Crítica,16 (2), 
279-291. 
 
Fleury, Afonso & Fleury, Maria Tereza (2001). Construindo o conceito de 
competência. Revista de Administração Contemporânea, Rio de Janeiro, 2 
(Especial), 183-196. 
 
Goleman, D. (1998). Trabalhando com a Inteligência Emocional. (Trad. M. H. C. 
Cortês). Rio de Janeiro: Objetiva. 
 
JOHN A.G. McCLELLAND Técnica de Questionário para Pesquisa Disponível em: 
http://sbfisica.org.br/bjp/download/v06e/v06a06.pdf. Acesso em: 20 Out 2019 
 
Schutte, N.S., Malouff, J.M., & Bhullar, N. (2009). The Assessing Emotions Scale. 
C. Stough, D. Saklofske & J. Parker (Eds.), The Assessment of Emotional 
Intelligence. New York: Springer Publishing, p. 119-135. 
 
GIL, Antonio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São 
Paulo: Atlas,2007. 
 
Maximiano, Antonio Amaru. Introdução a Administração. 6 ed. São Paulo, Atlas, 
2004. 
 
http://sbfisica.org.br/bjp/download/v06e/v06a06.pdf
MINAYO, MCS. (org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: 
Vozes, 1996. 
 
REIS, Homero. A Partir das Emoções. Disponível em: www.homeroreis.com.br. 
Acessado em: 25.08.2009 
 
ROBBINS, Stephen. Comportamento organizacional. 11ª.edição. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2006 
 
Robbins Stephen P., Judge Timothy A. Fundamentos do Comportamento 
Organizacional. 12 ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014 
 
9 em cada 10 profissionais são contratados pelo perfil técnico e demitidos pelo 
comportamental. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/concursos-e-
emprego/noticia/2018/09/18/9-em-cada-10-profissionais-sao-contratados-pelo-
perfil-tecnico-e-demitidos-pelo-comportamental.ghtml. Acesso em: 20 Out 2019 
 
https://g1.globo.com/economia/concursos-e-emprego/noticia/2018/09/18/9-em-cada-10-profissionais-sao-contratados-pelo-perfil-tecnico-e-demitidos-pelo-comportamental.ghtml
https://g1.globo.com/economia/concursos-e-emprego/noticia/2018/09/18/9-em-cada-10-profissionais-sao-contratados-pelo-perfil-tecnico-e-demitidos-pelo-comportamental.ghtml
https://g1.globo.com/economia/concursos-e-emprego/noticia/2018/09/18/9-em-cada-10-profissionais-sao-contratados-pelo-perfil-tecnico-e-demitidos-pelo-comportamental.ghtml

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