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ANATOMIA TOPOGRÁFICA DO MEMBRO TORÁCICO - TEÓRICA

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ANATOMIA TOPOGRÁFICA – MEMBRO TORÁCICO
Qual a importância clínica/cirúrgica da anatomia topográfica do membro torácico?
Ao fazer o exame físico do animal, precisamos palpar os linfonodos. Nesta região, há o linfonodo cervical superficial (pré escapular) e o linfonodo axilar (na literatura consta que só é palpável em gatos, e em outros pequenos animais só é possível se ele estiver aumentado).
	A irrigação do membro torácico é mais periférica. A artéria que leva a irrigação para o MT é a artéria subclávia D/E (apenas a esquerda sai diretamente do arco aórtico). O ramo da artéria subclávia é a artéria axilar (é preciso tomar muito cuidado com ela, pois possui muito calibre e o animal pode perder muito sangue caso ela seja rompida). Possui veias satélites e uma não satélite – veia cefálica, que se localiza dorsalmente ao membro e bem superficial. Essa é a veia que é utilizada para retirada se sangue em animais de médio e grande porte (pequenos animais utiliza-se a v. jugular), canular veia, etc. O garrote dessa veia é sempre feito no terço proximal do antebraço (isso mobiliza o membro).
	A inervação é composta pelo plexo braquial que possui vários nervinhos onde pode dar problema ao fazer uma amputação alta. No plexo destacam-se os nervos radial e o mediano (que é importante em equinos uma vez que é muito difícil palpar o MT para saber onde o animal sente dor, por isso é feito um bloqueio local[footnoteRef:1]). [1: Colocar um anestésico no nervo local.] 
	É importante também para as cirurgias ortopédicas onde precisa-se de conhecimento de ossos. Quais os ossos do membro torácico? Escápula, úmero, radio, ulna, carpo, metacarpo, falange proximal, media e distal.
PONTOS DE REFERÊNCIA ÓSSEOS
São pontos palpáveis e por vezes visuais. 
· Tuberosidade lateral e acrômio – ESCÁPULA
· Tubérculo maior (é lateral) e epicôndilos lateral e medial – ÚMERO
CIRURGIA DE OMBRO: É preciso ter aceso a parte distal da escápula e proximal do úmero. A incisão na pele é feita baseada no acrômio e tubérculo maior. A incisão é sempre no sentido longitudinal, pois as vezes não é possível fechar a ferida cirúrgica ou os pontos podem se abrir, uma vez que o corte está contra as forças de ação que agem naquela região do corpo do animal. Após a incisão, a porção braquial e cervical do musculo braquicefálico aparece e é feita a incisão no músculo redondo maior e no músculo infra-espinhoso que se inserem no úmero afim de obter acesso na parte proximal ou distal do úmero.
CIRURGIA DE COTOVELO: Se tem como ponto de referência para começar a incisão o epicôndilo lateral, dependendo da cirurgia pode ser utilizado o medial. Após a incisão, aparecem os músculos extensor radial do carpo e extensor comum dos dedos[footnoteRef:2]. Assim, eu pego um afastador e passo pelo m. extensor radial do carpo, faço uma tenotomia[footnoteRef:3] nele e também no m. ancôneo. [2: A parte lateral do membro é composta pelos músculos extensores e a parte medial é composta pelos músculos flexores.] [3: Cortar tendão.] 
CIRURGIA LATERAL DE ANTEBRAÇO: * Possui uma musculatura extensora. 
Fratura diafisária é uma fratura na parte mais longa do osso. Na cirurgia de fratura diafisária há um fácil acesso à região e pode-se colocar um pino intramedular, um fixador externo, placas, pinos, etc. Quais os cuidados que se devem ter em uma fratura diafisária? Deve-se ter cuidado com o nervo radial que emerge na cabeça lateral do tríceps. O ramo superficial do n. radial fica superficialmente ao membro e se subdivide em um ramo lateral e medial que passam lateral e medialmente pela veia cefálica. O ramo profundo do n. radial fica profundamente ao membro. O ramo superficial pode ser lesionado quando o animal pode sofrer acidentes. E essas lesões podem ser altas ou baixas que são facilmente identificadas na análise clínica do animal. 
	O ramo superficial do n. radial está invernando o cotovelo, o carpo e os dedos. Quando há uma lesão alta, o animal não consegue mexer o cotovelo e a sua mão fica caída. Na lesão baixa, o animal tem a mão caída, mas ele consegue mexer o cotovelo. Mas independente da lesão alta ou baixa, o animal não irá conseguir mexer a mão. Se a lesão é alta deve ser realizada a amputação em razão do animal não conseguir mexer o cotovelo. Mas não se pode realizar a amputação até metade do rádio, pois o animal pode tentar apoiar a pata no chão e lesioná-la, assim deve-se manter a escápula e um pouco do úmero e o resto vai amputar. Em casos de lesão baixa, é aberto a articulação do carpo, destrói-se a articulação dos ossos do carpo formando uma anquilose[footnoteRef:4], conseguindo apoiar o coxim no chão e imobilizando a mão. [4: Perda da mobilidade articular em função de uma rigidez.] 
CIRURGIA MEDIAL DO ANTEBRAÇO: * Possui uma musculatura flexora. Deve-se ter cuidado com o nervo mediano que vem do plexo braquial e vai profundamente até a musculatura flexora e com a artéria mediana que e muito importante uma vez que no equino é útil para sentir a pulsação na altura do cotovelo.
ESTRUTURAS ANATÔMICAS IMPORTANTES
Veterinários acabam criando nomes diferentes para estruturas anatômicas.
ARTICULAÇÃO DO BOLETO: É a articulação metacarpofalangeana.
QUARTELA: É a falange proximal.
TENDÕES: Há o tendão do m. flexor digital profundo que se insere na superfície palmar da falange distal (3ª falange) e o tendão do m. flexor digital superficial que se insere superficialmente ao tendão do m. flexor digital profundo na altura da face palmar da quartela (falange proximal – 1ª falange). Isso serve como ponto de referência anatômica para a realização dos bloqueios. 
BLOQUEIOS
Um bloqueio é quando se coloca um anestésico no nervo local. É feito na hora de colocar um curativo, na hora de colocar alguns pontos em animais idosos, fechar diagnóstico (em grandes animais). O nervo mediano é o nervo usado para fazer bloqueios em equinos. O nervo mediano é chamado assim quando está em rádio e ulna, passou pelo carpo passa a se chamar nervo palmar lateral e medial. Quando chega ao dedo passa a se chamar nervo digital palmar.
Na altura do carpo, ele se subdivide em nervo palmar lateral e medial. Na articulação metacarpofalangeana o nervo palmar lateral passa a se chamar n. digital palmar lateral e emite um ramo dorsal do n. digital palmar lateral. Junto com esse nervo estão passando a artéria e veia digital lateral. É essa artéria que irá guiar o veterinário na hora de fazer o bloqueio local. O mesmo acontece com o n. palmar medial, que emite um ramo dorsal e está junto da artéria e veia digital medial.
BLOQUEIO BAIXO - CASCO: Serão bloqueados o casco e as estruturas dele. Bloqueia-se o n. digital palmar lateral ou medial. Usa-se como ponto de referência anatômico o bulbo da ranilha onde está a cartilagem ungueal e próxima a ela está a artéria digital palmar, sente-se a pulsação da artéria e insere a agulha no nervo que está ao lado da artéria. O bloqueio irá dessensibilizar todo o casco com exceção da parte dorsal da faixa da coroa.
BLOQUEIO BAIXO – DÍGITO: Será bloqueado o n. digital lateral ou medial ou os dois. O ponto de referência anatômico é o osso sesamóide[footnoteRef:5] lateral ou medial. Coloca-se a agulha lateralmente ou medialmente ao osso, sente-se a pulsação da artéria e logo ao seu lado está o nervo. O bloqueio irá dessensibilizar o dedo com exceção da face dorsal da quartela. [5: Para cada dedo desenvolvido, há dois sesamóides.] 
BLOQUEIO DIGITAL – BOLETO: Será bloqueado os nervos palmar lateral e medial e o nervo metacárpico lateral e medial. Usa-se como ponto de referência o tendão o m. flexor digital profundo e superficial. Faz-se proximalmente a articulação do boleto, palpa-se o tendão e lateralmente ou medialmente a ele finca-se a agulha para bloquear o n. palmar lateral ou medial. Para os n. metacárpicos lateral e medial, usa-se como ponto de referência os vestígios do segundo e do quarto metacárpico onde se consegue palpar a cabeça do segundo (vista medial) e quarto metacárpico (vista lateral) e abaixo delas estão passando os nervos. O bloqueio irá dessensibilizaro dígito, incluindo a articulação do boleto.
BLOQUEIO ALTO: Irá bloquear os nervos palmar lateral e medial e os nervos metacárpicos lateral e medial. O bloqueio irá dessensibilizar o dígito, incluindo a articulação do boleto e a maioria das estruturas caudais do metacarpo. Usa-se como ponto de referência a depressão ou sulcos que existe entre os 2º e 3º ossos metacarpianos (para bloquear o n. palmar medial) ou entre os 3º e 4º ossos metacarpianos (para bloquear o n. palmar lateral). Para bloquear os n. metacárpicos lateral e medial, usa-se como ponto de referência um sulco no meio dos ossos metacarpianos.

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