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Acessibilidade e Tecnologia Assistiva

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2018
AcessibilidAde e 
TecnologiA AssisTivA
Profª. Danice Betania de Almeida
Profª. Greisse Moser Badalotti
Copyright © UNIASSELVI 2018
Elaboração:
Profª. Danice Betania de Almeida
Profª. Greisse Moser Badalotti
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
AL477a
 Almeida, Danice Betania de
Acessibilidade e tecnologias assistivas. / Danice Betania de Almeida; 
Greisse Moser Badalotti. – Indaial: UNIASSELVI, 2018.
 
186 p.; il.
 
 
ISBN 978-85-515-0244-0
1.Educação especial - Brasil. 2.Educação inclusiva – Brasil. 3.Inclusão 
escolar – Brasil. I. Badalotti, Greisse Moser. II. Centro Universitário Leonardo 
Da Vinci.
CDD 371.9
III
Estimado acadêmico, iniciamos a disciplina de Tecnologia Assistiva 
com uma conversa que pretende debater a importância de você saber o que 
está fazendo dentro da proposta de educação que poderá ir além do ensino. 
No ponto de vista da educação inclusiva, a educação tem um foco desafiador, 
pois amplia substancialmente a responsabilidade de todos os envolvidos, 
assim, conhecer novos horizontes e romper fronteiras de qualquer tipo de 
preconceito passa a ser responsabilidade e empenho de cada estudante e de 
cada professor. Veja, estamos aqui escrevendo para um estudante imaginário 
falando de coisas não imaginárias, esperando que estas palavras alcancem 
pessoas que buscam alternativas, para que deem ao seu fazer uma nova 
possibilidade de atuação como docente e como pessoa.
A perspectiva de uma educação inclusiva deve atender às dificuldades 
de aprendizagem de qualquer aluno no sistema educacional é como um 
meio de favorecer que os alunos que apresentam algum tipo de deficiência 
tenham os mesmos direitos que os outros alunos com participação plena 
na sociedade. Neste livro de estudos, vamos discutir a Acessibilidade e 
Tecnologia Assistiva (TA) como facilitadora da inclusão escolar de alunos 
com necessidades especiais, considerando que os recursos de softwares e 
hardwares, em especial na tecnologia assistiva, agem como uma das áreas 
de crescimento nos últimos anos, tendo em vista que estudos apontam, 
especificamente no campo da Educação Especial, que muitos alunos se 
beneficiariam em muito se lhes fossem proporcionados tais recursos.
É importante lembrar que a Tecnologia Assistiva não compreende 
apenas objetos ou aparelhos tecnológicos, mas pode estar presente até mesmo 
em adaptações simples feitas pelo professor. Ao criar técnicas a fim de alcançar 
o desenvolvimento de habilidades e aprendizagem do aluno em sua totalidade 
estará proporcionando a ele autonomia, rompendo barreiras práticas e intelectuais 
para a construção da sua autoconfiança, na certeza de que ele é capaz de ir além.
Aproveite este material, ele foi escrito com muito carinho para você. 
Boa leitura!
Vários termos foram usados ao longo do tempo para se referir às pessoas 
com deficiência (deficientes, pessoa portadora de deficiência, portadores de deficiência, 
portadores de necessidades especiais etc.). Sendo assim, dependendo da concepção que 
se tinha na época que o texto foi escrito, é possível encontrar bibliografias com os diferentes 
termos, porém o termo correto é “pessoa com deficiência”.
NOTA
ApresenTAção
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Olá acadêmico! Para melhorar a qualidade dos 
materiais ofertados a você e dinamizar ainda 
mais os seus estudos, a Uniasselvi disponibiliza 
materiais que possuem o código QR Code, que 
é um código que permite que você acesse um 
conteúdo interativo relacionado ao tema que 
você está estudando. Para utilizar essa ferramenta, 
acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor 
de QR Code. Depois, é só aproveitar mais essa 
facilidade para aprimorar seus estudos!
UNI
V
VI
VII
UNIDADE 1 - ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA ..............................................1
TÓPICO 1 - FALANDO SOBRE AS TECNOLOGIAS ...................................................................3
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................3
2 TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS ................................................................................................4
3 TERMOLOGIAS – TECNOLOGIA ASSISTIVA ..........................................................................7
3.1 COMPREENDENDO CONCEITOS ............................................................................................10
3.2 CLASSIFICAÇÃO DAS TECNOLOGIA ASSISTIVA ...............................................................10
3.2.1 Auxílio para a vida prática diária .......................................................................................11
3.2.2 Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) .............................................................12
3.2.3 Recursos de acessibilidade ao computador ......................................................................15
3.2.4 Sistemas de controle de ambiente ......................................................................................17
3.2.5 Acessibilidade arquitetônica ...............................................................................................17
3.2.6 Órteses e próteses .................................................................................................................17
3.2.7 Adequação Postural .............................................................................................................19
3.2.8 Auxílios de mobilidade ........................................................................................................19
3.2.8 Auxílios para cegos ou com visão subnormal ..................................................................20
3.2.9 Auxílios para surdos ou com déficit auditivo ...................................................................21
3.2.10 Adaptações em veículos .....................................................................................................21
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................23
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................25
TÓPICO 2 - A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA -
 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO ...........................................................271 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................27
2 CAMINHOS EM DIREÇÃO AO ATENDIMENTO EDUCACIONAL 
 ESPECIALIZADO ..........................................................................................................................28
3 TECNOLOGIA ASSISTIVAS NO BRASIL ...................................................................................30
3.1 COMITÊ DE AJUDAS TÉCNICAS (CAT) ..................................................................................31
4 TECNOLOGIA ASSISTIVAS NO CONTEXTO EDUCACIONAL .........................................33
4.1 PROGRAMA IMPLANTAÇÃO DE SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS ............34
5 FATORES QUE PREJUDICAM A OPERACIONALIZAÇÃO DA TA NA ESCOLA ............36
6 A FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA O USO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA.........38
7 TECNOLOGIA ASSISTIVA – INSTRUMENTOS CULTURAIS
 NA MEDIAÇÃO DA APRENDIZADO ..........................................................................................39
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................42
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................43
TÓPICO 3 - TIPOS DE DEFICIÊNCIA..............................................................................................45
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................45
2 PESSOAS COM DEFEFICIÊNCIA ..................................................................................................46
2.1 PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL E O USO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA .........49
2.2 PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA E O USO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA ...........50
sumário
VIII
2.3 PESSOAS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA E O USO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA ....52
3 PROCESSO DE AVALIAÇÃO EM TECNOLOGIA ASSISTIVA ..............................................53
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................57
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................64
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................65
UNIDADE 2 - ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL....................................................67
TÓPICO 1 - ACESSIBILIDADE FÍSICA ...........................................................................................69
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................69
2 PASSEIOS PÚBLICOS OU CALÇADAS .......................................................................................69
3 ENTRADA DA ESCOLA ...................................................................................................................70
4 RAMPAS .............................................................................................................................................70
5 ESCADAS .............................................................................................................................................72
6 ELEVADORES .....................................................................................................................................72
7 SALA DE AULA ..................................................................................................................................73
8 BIBLIOTECA .......................................................................................................................................74
9 AUDITÓRIOS, TEATROS, CINEMAS E SIMILARES ...............................................................75
10 SANITÁRIOS ....................................................................................................................................76
11 LOCAIS DE ESPORTE ....................................................................................................................78
12 ESTACIONAMENTO ......................................................................................................................78
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................79
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................80
TÓPICO 2 - DESENHO UNIVERSAL ...............................................................................................81
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................81
2 O QUE É O DESENHO UNIVERSAL? ...........................................................................................81
2.1 PRINCÍPIOS DO DESENHO UNIVERSAL ...............................................................................82
2.2 BENEFÍCIOS ...................................................................................................................................89
2.2.1 Benefícios para o indivíduo .................................................................................................89
2.2.2 Os benefícios sociais do desenho universal para um mundo em mudança ................90
2.2.3 Benefícios empresariais para um mercado em mudança ...............................................91
2.3 O QUE PRECISAMOS SABER SOBRE DESENHO UNIVERSAL ..........................................92
2.4 DESENHO UNIVERSAL PARA TECNOLOGIA ......................................................................94
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................96
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................97
TÓPICO 3 - DESENHO UNIVERSAL PARA A APRENDIZAGEM ...........................................99
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................99
2 ENTENDENDO O DESENHO UNIVERSAL NO APRENDIZADO .......................................99
2.1 BENEFÍCIOS E FORMAS DE APLICAR O DESENHO UNIVERSAL
 PARA A APRENDIZAGEM .........................................................................................................100
2.2 PRINCÍPIOS DO DESENHO UNIVERSAL PARA APRENDIZAGEM .................................101
2.2.1 Múltiplos Meios de Representação ....................................................................................104
2.2.2 Múltiplos Meios de Ação e Expressão ...............................................................................105
2.2.3 Múltiplos Meios de Envolvimento .....................................................................................105
2.3 IMPLANTANDO O DESENHO UNIVERSAL PARA APRENDIZAGEM ..........................105
2.4 O PAPEL DA MÍDIA DIGITAL ...................................................................................................107
2.5 TECNOLOGIA ASSISTIVA ..........................................................................................................108
2.6 APLICANDO O DESENHO UNIVERSAL PARA APRENDIZAGEM:
 REPENSANDO NOSSA PRÁTICA .............................................................................................109
IX
2.7 DESENHO UNIVERSAL PARA APRENDIZAGEM, ESTUDO DE CASO:
 LENDO DESAFIOS NOS ESTUDOS SOCIAIS .........................................................................111
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................117RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................119
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................120
UNIDADE 3 - TECNOLOGIA ASSISTIVA COMO INSTRUMENTO
 DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO ....................................................................121
TÓPICO 1 - TECNOLOGIA ASSISTIVA ..........................................................................................123
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................123
2 CONCEITOS DE TECNOLOGIA ASSISTIVA .............................................................................123
3 CLASSIFICAÇÃO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA ...................................................................125
3.1 ISO 9999 ...........................................................................................................................................125
3.2 CLASSIFICAÇÃO HEART ...........................................................................................................127
3.2.1 Componentes técnicos .........................................................................................................127
3.2.2 Componentes humanos .......................................................................................................129
3.2.3 Componentes socioeconômicos ..........................................................................................130
3.3 CLASSIFICAÇÃO NACIONAL DE TECNOLOGIA ASSISTIVA, DO INSTITUTO 
NACIONAL DE PESQUISAS EM DEFICIÊNCIAS E REABILITAÇÃO, DOS PROGRAMAS 
DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL – DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO 
DOS ESTADOS UNIDOS ..............................................................................................................131
4 CONCEITUAÇÃO E TERMINOLOGIA NO BRASIL ................................................................133
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................134
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................135
TÓPICO 2 - RECURSOS E SOFTWARES ADAPTADOS ..............................................................137
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................137
2 TECNOLOGIA ASSISTIVA PARA DEFICIENTES VISUAIS ..................................................137
2.1 INTERFACES PARA DEFICIENTES COM BAIXA VISÃO .....................................................137
2.2 INTERFACES PARA USUÁRIOS CEGOS .................................................................................141
3 TECNOLOGIA ASSISTIVA PARA USUÁRIOS DEFICIENTES
 AUDITIVOS E SURDOS...................................................................................................................145
4 TECNOLOGIA ASSISTIVA PARA USUÁRIOS COM LIMITAÇÕES MOTORAS ............147
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................153
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................154
TÓPICO 3 - COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA .............................................................................155
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................155
2 ENTENDENDO COMUNICAÇÃO ................................................................................................155
3 COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA .................................................................................................156
3.1 FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA .......................................................160
3.1.1 Símbolos .................................................................................................................................160
3.1.2 Recursos .................................................................................................................................163
3.1.3 Técnicas ..................................................................................................................................165
3.1.4 Estratégias ..............................................................................................................................166
3.1.5 Procedimentos para Implementação da Comunicação Alternativa ..............................166
4 FLUXOGRAMA PARA DESENVOLVIMENTO DE AJUDAS TÉCNICAS ............................169
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................171
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................177
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................178
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................181
X
1
UNIDADE 1
ACESSIBILIDADE E 
TECNOLOGIA ASSISTIVA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• definir a Tecnologia Assistiva por meio de uma abordagem interdiscipli-
nar, a fim de ter ciência de seus fins, dos meios com que pode ser empre-
gada e dos recursos de que se utiliza; 
• estabelecer correlação entre determinada deficiência e os recursos de Tec-
nologia Assistiva correspondentes; 
• identificar o papel da Tecnologia Assistiva na perspectiva da Educação 
Inclusiva;
• desenvolver uma opinião crítica a respeito do papel da Tecnologia Assis-
tiva no âmbito de ações mais amplas, relativas à inclusão e a superação do 
estigma da deficiência.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você 
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – FALANDO SOBRE TECNOLOGIAS
TÓPICO 2 – A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA – ATENDI-
MENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
TÓPICO 3 – TIPOS DE DEFICIÊNCIA
2
3
TÓPICO 1UNIDADE 1
FALANDO SOBRE AS TECNOLOGIAS
1 INTRODUÇÃO
As tecnologias são linguagens, pois lidam com signos que têm diferentes 
significados e diversas representações. São manifestações de diversas nuances 
comunicativas que se modificam e se superam a todo momento e podem mostrar-
se como agentes objetivos ou subjetivos. Uma tecnologia se mostra objetiva 
quando se caracteriza como ferramenta e processo mecânico ou eletrônico para 
a produção. É considerada subjetiva quando se caracteriza como metodologia 
utilizada em processos investigativos e de pesquisa e ao indicar o nível alcançado 
por determinado processo (KEIM; LOPES, 2012).
A tecnologia, para Keim e Lopes (2012), é, então, uma interação entre o 
pensar, saber e fazer que sempre está em debate, pelo fato da tecnologia interferir 
diretamente na atividade dos humanos como a automação que gera desempregos, 
por exemplo, ou como a intervenção nas estruturas planetárias que ocasiona 
consequências, muitas vezes imprevisíveis, sendo por isso criticada, às vezes.
Ainda que estejamos falando em tecnologias, convém especificar essa 
discussão para um tipo de tecnologia, a assistiva. A Tecnologia Assistiva (TA) 
é todo o arsenal de recursos e serviços que cooperam para proporcionar ou 
ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência, e por conseguinte, 
causar vida independente e inclusão. A Tecnologia Assistiva (TA) permite ao seu 
usuário: falar, escrever, locomover, acessar conhecimentos e utilizar ferramentas 
específicas para objetivosclaros. Assim, caro acadêmico, é possível compreender 
que os serviços de tecnologia assistiva “auxiliam na identificação da necessidade, 
da habilidade, na opção do recurso ou estratégia apropriada, na ampliação de 
produtos, na formação, na concessão e na sua implantação no contexto de vida 
do aluno” (BERSCH, 2017, p. 31).
Conforme Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa 
com Deficiência (2012 apud BERSCH, 2017) se pode constar em literaturas 
especializadas, a Tecnologia Assistiva (TA) é interdisciplinar. Não é uma área 
de domínio dos profissionais de saúde, como se entendia antigamente, mas 
sim uma área que abarca diferentes profissionais, engloba distintos métodos, 
recursos, estratégias, produtos, práticas e serviços que têm como papel principal 
o desenvolvimento da funcionalidade do indivíduo com deficiências, limitações 
ou mobilidade reduzida. O objetivo principal da TA é promover qualidade de 
vida e inclusão social. Será melhor compreendido este e outros conceitos nos 
subtópicos que seguem.
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
4
2 TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
As tecnologias educativas são compreendidas como recursos que 
colaboram com o processo de ensino-aprendizagem; por meio delas, é possível 
gerar uma troca de informações que beneficiam a aquisição de habilidades e a 
(re)elaboração de conhecimentos (BARROS et al., 2012). No viés das tecnologias 
educativas, o processo de escolarização, ressalta-se, não deve ser orientado para 
a simples transferência de informações de forma vertical, mas sim uma ação de 
espiral, para que possa, neste movimento, ser capaz de gerar independência, 
favorecendo a transformação de educandos e educadores.
Para pessoas com deficiências motoras, sensoriais ou cognitivas, o 
computador pode contribuir para sua autonomia e acesso à informação. Já, 
para fins de ensino-aprendizagem, segundo Valente (2001), há uma quantidade 
significativa de softwares educacionais disponíveis no mercado. Esses são 
aplicativos que colaboram para o desenvolvimento cognitivo do aluno, facilitando 
a exposição dos conteúdos informativos e tornando a ação pedagógica dinâmica 
e interessante. Ainda concernente aos que apresentam alguma deficiência, 
sabe-se que, atualmente, por meio dos computadores, até pessoas com sérios 
comprometimentos têm conseguido realizar atividades ou desempenhar tarefas 
que, até bem recentemente, lhes eram inalcançáveis. 
Não convém designar o computador, por si só, como tecnologia assistiva. 
Há a necessidade de adaptações nos hardwares, no uso de softwares e mecanismos 
que promovem facilidades aos acessos já mencionados, como sendo um recurso 
de tecnologia assistiva (TA) que é acessível às necessidades de distintos públicos. 
Galvão Filho (2013) explica que caso o computador fosse classificado como um 
recurso de TA, a qualidade de TA estaria dependente à pessoa que manipula o 
recurso, ou melhor, designado à condição de deficiência, o que compreende como 
um grande engano.
O teórico Bersh (2007) alerta que no âmbito educacional é comum 
confundir as tecnologias educacionais como sendo de tecnologia assistiva (TA). 
Tal confusão se dá pelo simples fato de um determinado recurso computacional 
ou software educativo, que é vastamente utilizado, oferece funcionalmente seu 
acesso também, por parte de pessoas que possuem deficiência. Exemplificando 
esse evento, pode-se ter uma pessoa que faça uso de uma cadeira de rodas, 
sem qualquer comprometimento nos seus membros superiores, utilizando 
um computador para fins pedagógicos. Nesse caso, o computador será, para 
essa pessoa, como para muitas outras, uma ferramenta tecnológica aplicada ao 
contexto educacional.
A fim de se entender melhor quando a tecnologia pode ser considerada 
“assistiva” no contexto educacional, apresentamos a seguinte afirmação:
TÓPICO 1 | FALANDO SOBRE AS TECNOLOGIAS
5
Quando ela é utilizada por um aluno com deficiência e tem por 
objetivo romper barreiras sensoriais, motoras ou cognitivas que 
limitam/impedem seu acesso às informações ou limitam/impedem 
o registro e expressão sobre os conhecimentos adquiridos por ele; 
quando favorecem seu acesso e participação ativa e autônoma em 
projetos pedagógicos; quando possibilita a manipulação de objetos 
de estudos; quando percebemos que sem este recurso tecnológico a 
participação ativa do aluno no desafio de aprendizagem seria restrito 
ou inexistente (BERSCH, 2013, p. 12).
A autora alerta que, atualmente, controlar um computador por meio de 
sopros ou mesmo com o movimento voluntário de apenas um músculo do corpo 
já é fato e trata-se de uma possibilidade real para pessoas com comprometimentos 
até bastante severos. Por isso, o acesso dessas pessoas a recursos tecnológicos, 
como o computador e a internet, deve deixar de ser percebido como algo apenas 
alternativo ou de segundo plano. Para a pessoa com deficiência esse acesso, 
muitas vezes, constitui um direito essencial que favorece o exercício pleno da 
cidadania e o acesso a outros direitos básicos como: aprender, comunicar-se, 
trabalhar, divertir-se etc. 
FIGURA 1 – TECNOLOGIA ASSISTIVA (TA)
FONTE: <https://moodle.ead.unb.br/course/view.php?id=605&section=5>. Acesso em: 22 ago. 2018.
Caro acadêmico, existe um número incontável de tecnologias, focaremos 
na Tecnologia Assistiva, conforme ilustra a Figura 1, aquela que favorece a 
acessibilidade e a ampliação de habilidades para aprendizagem do aluno com 
necessidade educacional especial. Muitas vezes, recursos tecnológicos com as 
características anteriormente descritas estão presentes em nosso dia a dia como 
educadores e passam quase despercebidos, enquanto muitos outros, devido à 
tecnologia avançada, nos causam impacto (GALVÃO FILHO, 2013). 
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
6
Como um exemplo desses recursos tecnológicos, Galvão Filho (2009) 
explica que há os que auxiliam uma pessoa com deficiência no contexto 
educacional, tais como: softwares de comunicação alternativa e aumentativa, 
recursos de mobilidade pessoal, teclados virtuais com varreduras e acionadores, 
mouses diferenciados, textos ampliados, textos em Braille, textos com símbolos, 
mobiliário acessível, lupas manuais etc.
O ser humano tem se beneficiado com o desenvolvimento tecnológico, que 
diariamente propõe novas ferramentas para favorecer e agilizar a comunicação 
das pessoas, proporcionando mobilidade, afazeres, lazer, cuidados pessoais e 
de saúde. Quando o desenvolvimento tecnológico traz respostas aos problemas 
funcionais encontrados por pessoas com deficiência e desenvolve para elas 
ferramentas ou práticas que agilizem, estendam ou promovam habilidades 
indispensáveis do cotidiano estamos falando do conceito de Tecnologia Assistiva 
(BERSCH, 2013).
Conforme é abordado pelo Comitê de Ajudas Técnicas (CAT) “a aplicação 
de Tecnologia Assistiva abrange todas as ordens do desempenho humano, desde 
as tarefas básicas de autocuidado até o desempenho de atividades profissionais” 
(CAT, 2007, p. 11). Ela visa melhorar a funcionalidade de pessoas com deficiência. 
O termo funcionalidade deve ser entendido num sentido maior do que 
habilidade em realizar tarefa de interesse objetivamente ou a virtude de se 
proporcionar que um indivíduo com capacidades reduzidas consiga satisfazer 
suas necessidades da vida diária o mais próximo do ideal possível (COOK; 
HUSSEY, 2002). Os autores complementam que a Tecnologia Assistiva é, na 
verdade, um campo amplo (um conjunto) de serviços, estratégias, equipamentos 
e práticas usados para aumentar, manter ou aperfeiçoar capacidades funcionais 
desse indivíduo. 
Copley e Ziviani (2004) salientam os benefícios trazidos pelo uso da 
Tecnologia Assistiva. Para eles, os tais recursos são meios de permitir o domínio ou 
o controle sobre seu ambiente, incluindo o brincar e a independência exploratória 
realçados nas atividades da vida diária. 
Outros benefícios citados pelos autores Copley e Ziviani (2004) foram: a 
contribuição à autodeterminaçãoe à habilidade de fazer escolhas; e comandar sua 
própria vontade através do uso de uma comunicação suplementar ou alternativa; 
contribuições às interações sociais, à motivação, à autoestima e à aquisição e realce 
da habilidade, tal como a escrita manual, habilidades motoras, leitura, atenção e 
percepção visual, e habilidades lógicas. Os benefícios cognitivos associados ao 
uso da tecnologia assistiva incluem a compreensão da linguagem, como também 
operá-la como mecanismo imprescindível na aquisição de conhecimentos, 
melhora na atenção e na habilidade de resolver problemas.
TÓPICO 1 | FALANDO SOBRE AS TECNOLOGIAS
7
Quem faz uso da CA?
• Indivíduos que não possuem fala e/ou escrita funcional em consequência de: paralisia 
cerebral; deficiência mental; autismo; traumatismo crânio-encefálico; distrofia muscular 
progressiva; lesão medular; deficiência estrutural ... entre outros.
IMPORTANT
E
Assista ao vídeo no link: <https://www.youtube.com/watch?v=-i9Av0gfzFI>.
3 TERMOLOGIAS – TECNOLOGIA ASSISTIVA
Com o avanço da tecnologia surgem soluções que permitem a concepção 
de sistemas embarcados e/ou inteligentes que possibilitam melhorar a qualidade 
de vida, por meio da acessibilidade, de pessoas com deficiência. Segundo Mello 
(2006), esses sistemas ampliam habilidades através de uma gama de recursos 
e serviços. Conhecida como assistiva, essa tecnologia é estudada como uma 
ampla variedade de equipamentos, serviços, estratégias e práticas que permitem 
monitorar e/ou interagir com sistemas e/ou dispositivos eletroeletrônicos. A 
Tecnologia Assistiva (TA) é uma parte da ciência que pesquisa, desenvolve e 
aplica aparelhos, instrumentos ou procedimentos que acrescentam ou restauram 
a função humana.
Tecnologia assistiva refere-se a todo o arsenal técnico utilizado para 
compensar ou substituir funções quando as técnicas reabilitadoras 
não são suficientes para resgatar a função em sua totalidade, além 
do desenvolvimento e da aplicação de aparelhos/instrumentos ou 
procedimentos que aumentam ou restauram a função humana. O 
objetivo maior da TA é proporcionar à pessoa com deficiência maior 
independência, qualidade de vida e inclusão social, através da 
ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, 
habilidades de seu aprendizado e trabalho (MELLO, 2006, p. 7).
A Tecnologia Assistiva (TA) é um termo ainda recente, por isso, convido 
você acadêmico a adentrar na discussão. A TA é utilizada para definir todo o 
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
8
arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar 
habilidades funcionais de pessoas com deficiência e por conseguinte, promover 
vida autônoma e inclusão. Para aprofundamento desse estudo, é interessante 
salientar que “Tecnologia Assistiva” é a tradução para o português do termo 
inglês “Assistive Technology”. O novo vocábulo, que não consta nos dicionários 
de nenhuma das duas línguas, foi criado pela urgência de nomear algo como 
“que assiste, ajuda, auxilia” (BERSH, 2017).
Teóricos afirmam que no Brasil muitas termologias são utilizadas para 
caracterizar o recurso de apoio ao indivíduo com deficiência ou necessidades 
especiais. Os termos como tecnologia de assistência, ajudas técnicas, tecnologia 
de apoio e Tecnologia Assistiva, muitas vezes utilizados como sinônimos, 
são firmados em modelos teóricos desiguais que buscam determinar sua 
especialidade e função. O termo tecnologia de assistência, por exemplo, é definido 
pela classificação internacional de funcionalidades como qualquer produto, 
instrumento, equipamento ou tecnologia, adaptado ou especialmente projetado 
para melhorar a funcionalidade de uma pessoa incapacitada (BERSH, 2017). Para 
a autora, ‘ajudas técnicas’ podem ser definidas como os elementos que permitem 
reparar uma ou mais limitações funcionais motoras, sensoriais ou mentais da 
pessoa com deficiência, com a finalidade de permitir-lhe avançar as barreiras da 
comunicação e da mobilidade e de permitir sua plena inclusão social.
O Empowering Users Through Assistive Technology (EUSTAT, 1999 apud 
GALVÃO FILHO, 2009) faz referência à Terminologia Tecnologia de Apoio e 
define a palavra “tecnologia” não apenas como objetos físicos, dispositivos 
ou equipamentos, mas também como produtos, contextos organizacionais 
ou “modos de agir” que encerram uma série de princípios e componentes 
técnicos. Veja, o termo “apoio” é aplicado a uma tecnologia, quando é usada 
por idosos e pessoas com deficiência para equilibrar uma limitação funcional, 
facilitar um modo de vida independente e ajudar a concretizarem todas as suas 
potencialidades. Complementarmente, a tecnologia de apoio refere-se, ainda, à 
adequação individual entre a pessoa e o meio e, como tal, às tecnologias que 
admitem superar obstáculos aos serviços normais ou compensar limitações 
funcionais específicas, de forma a facilitar ou possibilitar as atividades da vida 
cotidiana. 
Para Mello (2006, p. 18), a definição do termo Tecnologia Assistiva, 
como qualquer item, tais como peça de equipamento ou sistema de produtos, 
obtido comercialmente ou desenvolvido artesanalmente, produzido em série, 
modificado ou feito sob medida, é usado para acrescentar, manter ou melhorar 
habilidades de pessoas com limitações funcionais, sejam físicas ou sensoriais. A 
autora também define as principais áreas de atuação da tecnologia assistiva como 
“atividades da vida diária; controle ambiental; adequação da postura sentada; 
adaptações para déficits visuais e auditivos; equipamentos para a mobilidade; 
adaptações em veículos; comunicação alternativa e/ou ampliada; e dispositivos 
para uso de computadores”. 
TÓPICO 1 | FALANDO SOBRE AS TECNOLOGIAS
9
Segundo as autoras Rocha e Castiglioni (2005), o termo tecnologia assistiva 
tem uma linha centralizadora, que é a relação indivíduo e tecnologia, enquanto 
o conceito de tecnologia de assistência tem um enfoque ampliado à saúde e seus 
componentes inter-relacionados como aspectos pessoais e culturais. As autoras 
discutem que o profissional, ao optar por dispositivos de tecnologia de apoio, deve 
avaliar, além dos fatores individuais, o contexto no qual o usuário está inserido. 
O profissional que atua nessa perspectiva é designado para realizar a avaliação 
da eficácia do dispositivo, bem como a disposição de seu uso no ambiente do 
usuário, a relação com o modo de vida do aluno usuário e a personalidade da 
pessoa que vai utilizá-lo.
Aprofundando o conceito de ajudas técnicas, os recursos tecnológicos 
são problematizados a partir da inclusão, onde os equipamentos devem facilitar 
a inclusão social apresentando-se com um caráter mais político (ROCHA; 
CASTIGLIONI, 2005). Dando continuidade a tal discussão, as autoras atentam 
que o uso dos recursos deve ser discutido em relação à qualidade de inclusão 
que promovem e, para isso, ela deve estar contextualizada em discussões sobre 
as particularidades, cidadania, políticas e satisfação do usuário. Resumidamente, 
não há diferenças terminantes entre esses termos, pois todos eles intuem à mesma 
área a partir de uma compreensão que vai além da dimensão exclusiva do recurso, 
englobando também uma preocupação com os serviços, estratégias e metodologias. 
Assista ao vídeo indicado no link para conhecer e compreender a tecnologia 
que faz diferença substancial no processo de desenvolvimento global do aluno.
É importante que o professor se aperfeiçoe, constantemente, para trabalhar de forma 
significativa com seus alunos, aprimorando cada vez mais seu processo de ensino.
DICAS
Acesse: <https://www.youtube.com/watch?v=K0ahTIt6wBE&feature=youtu.be>.
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
10
3.1 COMPREENDENDO CONCEITOS
A abrangência do conceito garante que TA não se restringe somente 
a recursos em sala de aula, mas estende-se a todos os ambientes da escola, 
propiciando o acesso e a participação efetiva de todos os alunos e durante todo 
o tempo. Assim, é possível entender que o professor e toda equipeda escola 
têm responsabilidade com a construção de um ambiente acessível e inclusivo 
(BERSCH, 2008).
A tecnologia assistiva é composta não somente por recursos, mas também 
serviços e estratégias que dão suporte ao uso dos recursos. As definições de 
recursos, serviços e estratégias estão apoiadas no estudo de Rocha e Castiglioni 
(2005, p. 26) descritas a seguir:
Recursos: são objetos, materiais, dispositivos, produtos e equipamentos 
utilizados com o objetivo de favorecer as habilidades do indivíduo e 
ampliar os seus desempenho e participação em uma determinada 
atividade. O recurso é um material concreto com atributos que podem 
ser modificados de acordo com a especificidade do indivíduo;
Recurso tecnologia assistiva: material concreto modificado e adequado 
segundo as necessidades do indivíduo, podendo sofrer modificações 
em relação a sua estrutura, forma, tamanho, peso, textura, conteúdo, 
entre outros. Desta forma, mesmo sem modificar a sua condição 
orgânica o uso de um recurso de tecnologia assistiva é capaz de ampliar 
as habilidades do indivíduo em uma determinada atividade;
Serviços: trabalho oferecido por profissionais de diversas áreas como 
a terapia ocupacional, fisioterapia, fonoaudiologia, engenheiros, 
professores, psicólogos, arquitetos, entre outros;
Procedimento: são os atos ou efeitos de realizar as tarefas de uma 
atividade, ou seja, são os métodos e técnicas utilizados durante a 
realização da atividade;
Estratégias: são procedimentos de execução a fim de mediar o uso dos 
recursos da tecnologia assistiva para a realização de uma atividade. As 
estratégias na tecnologia assistiva podem modificar ou ajustar a técnica 
utilizada para a realização da atividade para contornar as dificuldades 
do indivíduo e melhorar o seu desempenho e participação.
 
Manzini (2011) esclarece que a estratégia de ensino utilizada durante as 
intervenções deve ser previamente planejada a fim de atender às características 
dos alunos, levando em consideração suas habilidades e as características físicas, 
cognitivas, motoras e sociais. Apesar de demandar planejamento, a estratégia 
deve ser flexível para garantir, na situação de ensino, que ela seja funcional para 
o aluno, ou seja, pode ser passível de execução e avaliação no momento em que a 
mediação entre o profissional e o aluno ocorre.
3.2 CLASSIFICAÇÃO DAS TECNOLOGIA ASSISTIVA
A tecnologia assistiva se constitui em modalidades que se caracterizam 
em distintas especializações. Os recursos e serviços de tecnologia assistiva 
são organizados ou classificados de acordo com objetivos funcionais a que se 
TÓPICO 1 | FALANDO SOBRE AS TECNOLOGIAS
11
destinam, tais como: mobilidade, adequação postural, comunicação, recursos 
para cegos ou pessoas de baixa visão, para surdos ou pessoas com perdas 
auditivas. E ainda, instrumentos que promovam independência em atividades 
da vida diária, recursos para educação, recreação, acessibilidade arquitetônica, 
adaptações de veículos, recursos para acesso ao computador, órteses, próteses e 
outros (BERSCH, 2017).
Foram enfatizados também aspectos da Associação Brasileira de Normas 
Técnicas, da Pesquisa Nacional de Tecnologia Assistiva, as classificações da ISO 
9999 em onze categorias. Na literatura é apontado que a utilização de tecnologia 
permite ampliar e enriquecer o desenvolvimento socioafetivo e cognitivo em 
pessoas com deficiência, favorecendo, dessa forma, um maior grau de autonomia, 
perpassando as dificuldades oriundas de suas limitações. 
Para Bersch (2017), a importância das classificações no âmbito da tecnologia 
assistiva se dá pela necessidade de se promover a organização dessa área de 
conhecimento que virá a servir como objeto de estudo, pesquisa, ampliação, 
acesso de políticas públicas, disposição de serviços, catalogação e formação de 
banco de dados para identificação dos recursos mais adequados ao atendimento 
de uma necessidade funcional do usuário.
3.2.1 Auxílio para a vida prática diária
Existem recursos que facilitam as atividades da vida prática diária, 
proporcionando maior independência para pessoas com limitações de 
coordenação motora fina em tarefas rotineiras. O manuseio desses suportes 
possibilita autonomia e liberdade na realização das tarefas da rotina diária como: 
comer, pentear-se, barbear-se, escrever entre outras atividades que envolvem a 
vida cotidiana de um indivíduo com deficiência (BERSCH, 2017). 
FIGURA 2 – ESCOVA ADAPTADA
FONTE: <http://www.ssglobal.com.br/detalhes.asp?cod=1083>. Acesso em: 29 jul. 2018.
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
12
3.2.2 Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA)
São recursos da Tecnologia Assistiva propostos a atender às necessidades 
de comunicação e aprendizagem de alunos com limitações cognitivas. A 
comunicação Aumentativa e Alternativa é:
 
[...] um conjunto de procedimentos técnicos e metodológicos 
direcionados a pessoas acometidas por alguma doença, deficiência, ou 
alguma outra situação momentânea que impede a comunicação com 
as demais pessoas por meio de recursos usualmente utilizados, mais 
especificamente a fala (MANZINI; DELIBERATO, 2004, p. 16).
Rector e Trinta (1985) afirmam que a comunicação pode ser tanto uma 
função social como um fenômeno, ou seja, comunicar-se é uma necessidade, pois 
abarca a ideia de transferir e receber informações, (re)elaborar conhecimentos e 
compartilhar aprendizagem. Desta forma, as TAs abrangem tal modalidade no 
sentido de ajudar e promover a real atuação do indivíduo em busca de sua efetiva 
participação no contexto comunicativo.
FIGURA 3 - Vocalizador de mensagens gravadas
FONTE: <http://www.assistiva.com.br/ca.html>. Acesso em: 29 jul. 2018.
A maioria dos vocalizadores grava as mensagens de forma digital e a 
capacidade de gravação apresenta alteração, dependendo do aparelho. Existem 
vocalizadores de apenas uma única mensagem enquanto outros podem gravar 
muitas delas. Outra variante do aparelho é o tempo de gravação que na maioria 
das vezes é distribuído entre as teclas de mensagem oferecidas no equipamento 
(PELOSI, 2008).
TÓPICO 1 | FALANDO SOBRE AS TECNOLOGIAS
13
Veja, no caso da figura anterior, ao acionar uma tecla de comunicação, 
sobre a qual terá uma imagem, logo será reproduzida uma mensagem pré-
gravada referente à figura. Perceba na área da TA, a Comunicação Aumentativa 
e Alternativa (CAA) ajuda na construção de novos caminhos de comunicação, 
ao valorizar todas as formas expressivas já existentes para pessoas que 
apresentam dificuldade na escrita ou leitura. Pelosi (2008, p. 50) nos esclarece 
que a Tecnologia Assistiva abrange áreas como a “Comunicação Alternativa e 
Ampliada; a mobilidade alternativa; o acesso ao computador; aos ambientes e as 
adequações às atividades de vida diária, ao transporte, aos equipamentos de lazer 
e aos recursos pedagógicos”. Para melhor compreensão, acompanhe algumas 
figuras explicativas.
FIGURA 4 – RECURSOS DE COMUNICAÇÃO
 FONTE: <http://www.assistiva.com.br/index.html>. Acesso em: 29 jul. 2018.
A Comunicação Aumentativa Alternativa permite que as pessoas 
impossibilitadas de comunicação por deficiências congênitas ou adquiridas 
consigam transformar seus pensamentos em fala, podendo, assim, expressarem-
se, serem ouvidos e compreendidos. Com o intuito de expandir o leque de 
comunicação que abarca habilidades de expressão e entendimento são ordenados 
e elaborados reforços externos, como cartões de comunicação, pranchas 
alfabéticas, vocalizadores, como também o recurso e/ou ferramenta o computador 
que, por meio de software exclusivo, poderá assistir esse aluno (PELOSI, 
2008). Percebendo que para cada pessoa são construídos de forma totalmente 
personalizada e levam em consideração várias características que atendem às 
necessidades deste usuário.
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
14
FIGURA 5 - CARTÕES DE COMUNICAÇÃO
FONTE: <http://www.assistiva.com.br/ca.html>. Acesso em: 29 jul. 2018.
A imagem apresenta cartões de comunicação com símbolos gráficosrepresentativos de mensagens. Os cartões estão organizados por 
categorias de símbolos e cada categoria se distingue por apresentar 
uma cor de moldura diferente: cor de rosa são os cumprimentos e 
demais expressões sociais, (visualiza-se o símbolo "tchau"); amarelo 
são os sujeitos, (visualiza-se o símbolo "mãe"); verde são os verbos 
(visualiza-se o símbolo "desenhar"); laranja são os substantivos 
(visualiza-se o símbolo "perna"), azuis são os adjetivos (visualiza-
se o símbolo "gostoso") e branco são símbolos diversos que não se 
enquadram nas categorias anteriormente citadas (visualiza-se o 
símbolo "fora") (SARTORETTO; BERSCH, 2018, s.p.).
FIGURA 6 - PRANCHA DE COMUNICAÇÃO COM SÍMBOLOS, FOTOS OU FIGURAS
FONTE: <http://www.assistiva.com.br/ca.html>. Acesso em: 29 jul. 2018.
As pranchas de comunicação das imagens anteriores apresentam um 
conjunto de símbolos, de forma organizada, que possibilita a comunicação entre 
o aluno e o professor, ou com a família. Cada prancha é organizada de acordo 
com um tema, o qual será importante para que se mantenha uma comunicação 
clara e objetiva. Através de software específico de comunicação alternativa é 
TÓPICO 1 | FALANDO SOBRE AS TECNOLOGIAS
15
possível construir pranchas de comunicação que podem ser utilizadas no 
próprio computador com a função de um vocalizador ou em vocalizadores 
específicos (BERSCH, 2017).
Para os estudantes que apresentam alterações motoras e que dificultam a 
utilização do mouse convencional, existem os modelos alternativos como joystick, 
mouse de membrana ou de esfera e, dispositivos apontadores que direcionam o 
cursor do mouse seguindo o movimento da cabeça ou dos olhos. A mensagem a 
ser falada poderá ser feita também por varredura, nesse modo de acesso um sinal 
visual ou auditivo seleciona automaticamente os símbolos e o usuário realiza a 
escolha ativando uma chave acionadora que é colocada em qualquer parte do 
corpo em que ele tenha controle. Na Comunicação Aumentativa e Alternativa 
existe também o teclado virtual, em que as teclas de letras, de números e outros 
sinais ficam visíveis no monitor e são selecionadas, uma a uma, produzindo a 
escrita e a voz (SARTORETTO; BERSCH, 2010). 
Para saber mais assista o vídeo
DICAS
 Acesse: <https://www.youtube.com/watch?v=dC3aBEgndzE>.
3.2.3 Recursos de acessibilidade ao computador
São recursos para a recepção e emissão de mensagens, acesso alternativo, 
teclados e mouse adaptados, que permitem às pessoas com restrição física 
operar em computador. Para acessar o computador com o aluno que tiver 
limitações sensoriais, visuais, auditivas, intelectuais e motoras, com o auxílio 
de um conjunto de hardware e softwares especiais, podem ser utilizados 
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
16
dispositivos de entrada e saída. Estes dispositivos podem ser com síntese de 
voz, ajudas alternativas de acesso, como ponteiras de cabeça, de luz, teclados 
modificados ou alternativos, acionadores, softwares especiais que aceitam as 
pessoas com deficiência a utilizarem o computador. Galvão Filho (2009, p. 33) 
exemplifica que com a movimentação dos olhos ou com um único músculo que 
se contraia “uma pessoa com graves paralisias pode realizar qualquer atividade 
no computador, por meio de softwares especiais de acessibilidade, acionadores 
manuais e outros recursos de fácil acesso”.
FIGURA 7 - TECLADO ADAPTADOS (COLMEIA E ÓRTESE MOLDÁVEL)
FONTE: <http://www.assistiva.com.br/ca.html>. Acesso em: 29 jul. 2018.
FIGURA 8 - Acionadores com mouse adaptado
FONTE: <http://aeeufc-2013.blogspot.com.br/2013/09/tecnologia-assistiva_7.html>. Acesso em: 
29 jul. 2018.
O teclado colmeia nada mais é que um teclado comum, revestido por 
uma capa acrílica com orifícios, que permite ao usuário digitar uma tecla por 
vez. Para tanto, pode-se utilizar uma órtese moldável, a qual é ajustável e fixada 
à mão. Assim, na ponta dessa órtese há uma ventosa, que possibilita a aderência 
da mesma ao teclado. Já o mouse adaptado permite seu manuseio através do 
movimento dos lábios. O clique da tecla esquerda é feito pela sucção e o da tecla 
direita, pelo sopro (BERSCH, 2017).
TÓPICO 1 | FALANDO SOBRE AS TECNOLOGIAS
17
3.2.4 Sistemas de controle de ambiente
São unidades computadorizados que possibilitam o controle de 
equipamentos eletrodomésticos, sistema de segurança, de comunicação, de 
iluminação etc. Os sistemas eletrônicos deixam as pessoas com limitações moto-
locomotoras, controlar remotamente aparelhos eletroeletrônicos, sistemas de 
segurança, situados na sala, escritório, casa e arredores onde mora o usuário 
compreende conquistar um pouco mais de autonomia (GALVÃO FILHO, 2009).
3.2.5 Acessibilidade arquitetônica
De acordo com a Lei nº 10.098 (BRASIL, 2000), toda escola deve oferecer 
ambiente acessível, extinguindo barreiras arquitetônicas e adequando os espaços 
que atendam à diversidade humana. Sabe-se que muitas escolas ainda não 
contemplam esta realidade por diversos motivos, porém buscam avançar mesmo 
que lentamente em busca da acessibilidade necessária.
A acessibilidade arquitetônica engloba adaptações na estrutura física que 
possibilitam o acesso, mobilidade e funcionalidade das pessoas com limitações 
físicas ou sensoriais (BERSCH, 2017).
FIGURA 9 - Acessibilidade física em calçadas e locais públicos
FONTE: <http://www.assistiva.com.br/ca.html>. Acesso em: 29 jul. 2018.
A acessibilidade arquitetônica configura-se nas adaptações estruturais 
e reformas na casa e/ou ambiente de trabalho, através de rampas, elevadores, 
adaptações em banheiros, entre outras, que retiram ou reduzem as barreiras 
físicas, facilitando a locomoção da pessoa com deficiência (BERSCH, 2017).
3.2.6 Órteses e próteses
As órteses e próteses são tecnologias que substituem partes do corpo 
através de próteses, ou seja, são peças que substituem partes ausentes do 
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
18
corpo, como podemos observar na figura a seguir, portanto, essas próteses 
de membros superiores e as órteses são fixadas ao seguimento do corpo, para 
melhor posicionamento, estabilidade ou função. É importante perceber, como 
futuro docente, que essas TAs possibilitam não só a mobilidade, como também 
imobilizar, prevenir ou corrigir deformidades, bem como proteger, auxiliar ou 
maximizar alguma função que tenha sido prejudicada por lesão temporal ou 
permanentemente do aluno e ou usuário (BERSCH, 2013).
FIGURA 10 - ÓRTESE
FONTE: <http://www.assistiva.com.br/ca.html>. Acesso em: 29 jul. 2018.
FIGURA 11 - PRÓTESE
FONTE: <http://www.assistiva.com.br/ca.html>. Acesso em: 29 jul. 2018.
Para reforçar tal discurso Bersch (2017, p. 2) defende que a tecnologia 
assistiva deverá ser entendida como “[...] um auxílio que promoverá a ampliação 
de uma habilidade funcional ou deficitária, ou ainda, que possibilitará a 
realização de uma função desejada e que se encontra impedida [...]”, devido às 
condições limitantes do aluno. O desenvolvimento de recursos que proporcionem 
acessibilidade também pode significar o combate a preconceitos vividos pelos 
sujeitos com deficiência, pois, no momento em que lhes são dadas as condições 
para interagir, aprender e expressar seu pensamento, eles serão vistos mais 
facilmente como “diferentes-iguais”.
TÓPICO 1 | FALANDO SOBRE AS TECNOLOGIAS
19
3.2.7 Adequação Postural
A adequação postural é uma das modalidades da TA que se ocupa da 
avaliações, indicações e confecções de recursos que melhorem a postura e 
consequentemente a condição funcional de pessoas com deficiência. Adaptações 
para cadeira de rodas ou outro sistema de sentar, por exemplo, visam o 
conforto e distribuição adequada da pressão na superfície da pele, como 
almofadas específicas, assentos e encostos anatômicos, ou então, posicionadores 
e contentores que propiciam maior estabilidade e postura adequada do corpo 
através do suporte e posicionamento de tronco, cabeça e membros. Esses recursos 
garantem a distribuição do peso corporal, bem como mantêm a posturaalinhada 
providenciando maior estabilidade ao usuário (BERSCH, 2017).
FIGURA 12 - Mesa escolar com adequação postural
FONTE: <http://terapiaocupacionaleparalisiacerebral.blogspot.com.br/>. Acesso em: 29 jul. 2018.
Perceba, na figura anterior, quais são os recursos direcionados que irão 
atender às necessidades de cada indivíduo, de forma a permitir-lhe uma postura 
conveniente e que não agrida, ainda mais, a sua deficiência ou lesão. 
3.2.8 Auxílios de mobilidade
Vasconcellos (1996, p. 30) conceitua mobilidade como “habilidade de 
movimentar-se, em decorrência de condições físicas e econômicas”. Assim, as 
TAs assumem sua importância, de forma a permitir ao indivíduo com mobilidade 
reduzida o acesso e permanência aos locais por ele almejados. Equipamentos 
como cadeiras de rodas, bases móveis, andadores, triciclos etc. auxiliam na 
melhoria da mobilidade pessoal.
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
20
FIGURA 13 - VEÍCULO COM CADEIRA ADAPTADA PARA TRANSPORTE
FONTE: <http://2016gratis.com.br/isencao-de-ipva-para-deficientes-e-transporte-escolar-2016>. 
Acesso em: 29 jul. 2018.
A figura anterior traz o uso das TAs auxiliares à mobilidade, que não 
só permitirá auxílio e suporte ao indivíduo com mobilidade reduzida, como 
promoverá sua atuação e participação na sociedade.
3.2.8 Auxílios para cegos ou com visão subnormal
São recursos que permitem o uso da audição e outros de auxílio óptico, 
de forma a ampliar a baixa visão, inclui lupas e lentes, braille para equipamentos 
com síntese de voz, grandes telas de impressão, sistema de TV com aumento para 
leitura de notícias etc. (BERSCH, 2017).
FIGURA 15 - Relógio falado e em Braille
FONTE: <http://2016gratis.com.br/isencao-de-ipva-para-deficientes-e-transporte-escolar-2016>. 
Acesso em: 29 jul. 2018.
O relógio, além de ter em sua interface a numeração em Braille, ao ser 
acionado um botão, será falada a hora, possibilitando assim a pessoa com baixa 
visão ou cega ter acesso ao horário local.
TÓPICO 1 | FALANDO SOBRE AS TECNOLOGIAS
21
3.2.9 Auxílios para surdos ou com déficit auditivo
Os recursos de auxílios para surdos ou com déficit auditivo possibilitam 
autonomia, incluindo sistemas de alerta tátil e equipamentos com infravermelho 
(apresenta luz de infravermelho para transmitir o sinal de áudio); aparelhos 
para surdez, telefones com teclado, teletipo (TTY sigla em inglês), celular com 
mensagens escritas, entre outros. 
Só a título de curiosidade, o TTY é um dispositivo eletrônico de comunicação de 
texto usado através de uma linha telefônica, indicado quando uma ou mais das partes tem 
dificuldades de audição ou fala (BERSCH, 2017).
FIGURA 16 - Telefone com teclado
FONTE: <http://www.assistiva.com.br/ca.html>. Acesso em: 29 jul. 2018.
O telefone ilustrado na figura oferece à pessoa com deficiência auditiva 
a possibilidade de comunicação, através de um sistema baseado em textos em 
linhas telefônicas. Acontece da seguinte maneira: o usuário digita a mensagem a 
ser encaminhada e o telefone irá convertê-la em sinais, que irão passar pela linha 
telefônica e, ao chegar, será novamente convertido em letras que irão aparecer na 
tela do telefone (BERSCH, 2017).
3.2.10 Adaptações em veículos
Inclui acessórios e adaptações que possibilitam a condução do veículo 
dependendo do nível e do grau da lesão ou comprometimento, que podem ou 
não ser utilizados, compreende, também, adaptações em veículos elevadores 
para cadeiras de rodas, camionetas modificadas e outros veículos automotores 
usados no transporte pessoal (BERSCH, 2017).
NOTA
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
22
FIGURA 17 – VEÍCULO ADAPTADO
FONTE: <http://www.assistiva.com.br/ca.html>. Acesso em: 29 jul. 2018.
FIGURA 18 – VEÍCULO ADAPTADO
FONTE: <http://www.assistiva.com.br/tassistiva.html>. Acesso em: 29 jul. 2018.
Após conhecer as categorias das TAs, no próximo subtópico é possível 
observar e compreender de que forma as tecnologias estão presentes nas escolas 
e como atuam na educação e no processo de ensino e aprendizagem dos alunos 
com deficiência. Na perspectiva de Bersch (2013, p. 2), a tecnologia assistiva atua 
“como um auxílio que promoverá a ampliação de uma habilidade funcional 
deficitária ou possibilitará a realização da função desejada e que se encontra 
impedida por circunstância de deficiência ou por envelhecimento”.
 A partir das categorias estudadas, é possível considerar que há uma 
infinidade de possibilidades que podem ser pensadas para proporcionar maior 
autonomia e inclusão social da pessoa com deficiência, afinal, a TA tem o conceito 
amplo e que ainda se encontra em construção, em que se pode criar métodos 
e estratégias que auxiliem na aprendizagem e desenvolvimento do aluno com 
deficiência (SILVA; FERREIRA; MARTINS, 2016).
23
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você apendeu que:
• A Tecnologia Assistiva é um saber em construção, e vários são os esforços no 
sentido de bem delimitá-la. Abrange áreas como: a comunicação alternativa e 
ampliada; a mobilidade alternativa; o acesso ao computador; aos ambientes e 
as adequações às atividades de vida diária, ao transporte, aos equipamentos 
de lazer e aos recursos pedagógicos
• A Comunicação Aumentativa e Alternativa ajuda na construção de novos 
caminhos de comunicação, ao valorizar todas as formas expressivas já 
existentes para pessoas que apresentam dificuldade na escrita ou leitura. 
• É uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba 
produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam 
promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de pessoas 
com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, 
independência, qualidade de vida e inclusão social (BRASIL, 2009).
• A Tecnologia Assistiva é entendida como “um tipo de mediação instrumental, 
está relacionada com os processos que favorecem, compensam, potencializam 
ou auxiliam, também na escola, as habilidades ou funções pessoais 
comprometidas pela deficiência”. Essas funções são comumente relacionadas 
a algumas funções como: funções motoras, funções visuais, funções auditivas 
e/ou funções comunicativas”. (GALVÃO FILHO, 2013, p. 39).
• No contexto educacional, é utilizada por um aluno com deficiência e tem 
por objetivo romper barreiras sensoriais, motoras ou cognitivas que limitam/
impedem seu acesso às informações ou limitam/impedem o registro e expressão 
sobre os conhecimentos adquiridos por ele; quando favorecem seu acesso e 
participação ativa e autônoma em projetos pedagógicos; quando possibilitam 
a manipulação de objetos de estudos; quando percebemos que sem este recurso 
tecnológico a participação ativa do aluno no desafio de aprendizagem seria 
restrito ou inexistente (BERSCH, 2017).
• “Os mouses diferenciados, teclados virtuais com varreduras e acionadores, 
softwares de comunicação alternativa, leitores de texto, textos ampliados, 
textos em Braille, textos com símbolos, mobiliário acessível, recursos de 
mobilidade pessoal etc.” (BERSCH, 2017, p. 12).
24
• Os recursos de tecnologia assistiva são organizados ou classificados de acordo 
com objetivos funcionais a que se destinam, qual sejam: Auxílios para a vida 
diária e vida prática;
• CAA - Comunicação Aumentativa e Alternativa; Recursos de acessibilidade ao 
computador; Sistemas de controle de ambiente; Projetos arquitetônicos para 
acessibilidade; Órteses e próteses; Adequação Postural; Auxílios de mobilidade; 
Auxílios para ampliação da função visual e recursos que traduzem conteúdos 
visuais em áudio ou informação tátil; Auxílios para melhorar a função auditiva 
e recursos utilizados para traduzir os conteúdos de áudio em imagens, texto e 
língua de sinais; Mobilidade em veículos (BERSCH, 2017).
25
AUTOATIVIDADE
1 (Prefeitura de Pradópolis – SP/Big Advice - 2017) A Tecnologia Assistiva 
tem se consolidado como um campo de estudo direcionado a pessoas com 
deficiência ou mobilidade reduzida. Quais recursos engloba?FONTE: <https://goo.gl/yKtnWQ>. Acesso em: 6 dez. 2018.
a) ( ) Pulseira com chocalhos, lápis engrossador, jogos coloridos feitos de 
papelão.
b) ( ) Colher adaptada, cadeiras de rodas e softwares para computador, 
entre outros. 
c) ( ) Dosvox, Skype e Jaws.
d) ( ) Pulseira de peso, colher arredondada, cadeira de rodas e softwares 
para computador. 
2 (SEDUC-RO – 2010) A Tecnologia Assistiva é uma ferramenta utilizada para 
identificar:
FONTE:<https://goo.gl/c7TjZo>. Acesso em: 6 dez. 2018.
a) ( ) Serviços e hardware.
b) ( ) Recursos e memória.
c) ( ) Software e hardware.
d) ( ) Recursos e serviços.
e) ( ) Memória e placa mãe.
3 (UFRJ – 2017) A Tecnologia Assistiva pode ser definida como: 
FONTE:<https://goo.gl/hQvPZL>. Acesso em: 6 dez. 2018.
a) ( ) Uma área da saúde, de característica interdisciplinar, que visa à 
promoção da funcionalidade em pessoas com deficiência.
b) ( ) Uma abordagem voltada para a promoção de autonomia, da 
qualidade de vida e da inclusão social de qualquer pessoa com 
deficiência, incapacidade ou mobilidade reduzida.
c) ( ) Metodologias e práticas, que objetivam apenas promover a 
funcionalidade de qualquer pessoa com dificuldade.
d) ( ) Uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que 
engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e 
serviços.
e) ( ) Recursos de alto custo, que objetivam promover a funcionalidade, 
relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência, 
incapacidades ou mobilidade reduzida.
26
4 Quanto ao principal objetivo da Tecnologia Assistiva, assinale a alternativa 
CORRETA: 
a) ( ) A Tecnologia Assistiva diz respeito aos recursos necessários para que 
os alunos com deficiência possam ter qualificação adequada para 
inserção no mercado de trabalho.
b) ( ) A Tecnologia Assistiva preocupa-se em universalizar o acesso aos 
meios tecnológicos por parte dos alunos promovendo adequações 
necessárias ao seu uso por crianças com deficiência.
c) ( ) A Tecnologia Assistiva é uma área especial da educação que apregoa 
que as crianças com deficiências devem ser educadas de modo 
diferente das demais, em salas formadas exclusivamente de alunos 
com deficiência e recursos e métodos próprios. 
d) ( ) A Tecnologia Assistiva ocupa-se de desenvolver recursos para que os 
alunos com deficiência possam desenvolver as mesmas habilidades 
dos demais alunos, fazendo com que, por meio da tecnologia, possam 
ser capazes de remover as barreiras que a deficiência impõe.
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TÓPICO 2
A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA - 
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
O atendimento educacional especializado, embora diferenciado, não pode 
desenvolver-se isoladamente, mas deve fazer parte de uma estratégia global de 
educação e visar suas finalidades gerais. Sabendo que a educação escolarizada 
promove a tecnologia assistiva à medida que averigua necessidades e propõe 
alternativas que incentivem a participação do aluno com deficiência nos desafios 
do contexto escolar objetivando a promoção da inclusão e a aprendizagem. A 
atenção à diversidade deve se concretizar em medidas que levam em conta não 
só as capacidades intelectuais e os conhecimentos dos alunos, mas também seus 
interesses e motivações.
De acordo com alguns teóricos (KLEINA, 2012; FERNANDES, 2013; 
TESSARO, 2011), é possível constatar a crescente participação e promoção do 
slogan “inclusão” como também do público-alvo da Educação Especial em classes 
comuns do sistema regular de ensino. Decorrente, em grande parte, à política de 
Educação Especial, pautada no princípio de inclusão escolar, tornada prioridade 
no sistema de ensino brasileiro. É de consenso entre os autores que a elaboração 
de uma educação de fato inclusiva se torna eminente para aprendizagem dos 
alunos com necessidades educacionais especiais. 
Para que a educação inclusiva saia do discurso é preciso valorizar a 
individualidade de cada aluno e criar condições para que nada atrapalhe sua 
criatividade e desenvolvimento de habilidades. 
Falar em necessidades educacionais especiais deixa de ser pensar nas 
dificuldades específicas dos alunos e passa a significar o que a escola 
pode fazer para dar respostas as suas necessidades, de um modo 
geral, bem como aos que apresentam necessidades específicas muito 
diferentes dos demais. 
(COLUNISTA PORTAL EDUCAÇÃO, [201-?, S.p.]).
Apesar de vislumbrar um marco para a história da Educação Especial, 
não se pode afirmar que a inclusão escolar está se efetivando. Várias pesquisas 
indicam problemas nos sistemas de ensino, seja devido à inoperância dos órgãos 
diretivos, aos convencionalismos e marcas sociais, aos impedimentos estruturais 
e de informação, à ausência de formação e a precarização da atividade docente, 
à falta de profissionais e as más condições de trabalho. As dificuldades dantes 
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
28
descritas, em seus diferentes níveis de ensino, têm prejudicado qualquer tipo de 
inclusão escolar.
 
A presença da TA na escola, e sua correta utilização, para Galvão Filho 
(2004), irá proporcionar ao aluno com necessidades educativas especiais chances de 
inclusão, desde que sejam valorizadas suas potencialidades, bem como instigada 
sua participação a partir do estímulo e da motivação no processo de construção de 
seus conhecimentos. Vamos lá, com o intuito de acalentar tal discussão, você está 
convidado a envolver-se nesta leitura em direção ao atendimento educacional 
especializado.
2 CAMINHOS EM DIREÇÃO AO ATENDIMENTO 
EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
A Secretaria de Educação Especial lançou o primeiro livro da coleção 
Portal de Ajudas Técnicas em 2002, naquela época, o tema tecnologia assistiva, 
então denominadas ajudas técnicas, começou a ser conhecido e discutido pelos 
educadores como parte de uma ação educacional. Trata-se de um processo de 
intervenção que compreende o problema funcional vivenciado pelo aluno, 
gera ideias para solucionar o problema, escolhe alternativas, representa a ideia, 
cria/constrói recursos, implementa os recursos e avalia resultados, ajusta sua 
trajetória. Dá seguimento ao acompanhamento do aluno na utilização do recurso 
apropriado ao seu desenvolvimento educacional (MEC/SEESP, 2006).
1. Entender 
a situação
2. Gerar 
ideias
3. Escolher 
alternativa
4. Representar 
a ideia
5. Construir 
o objeto
6. Avaliar 
o uso
7. Acompanhar 
o uso
FIGURA 19 - FLUXOGRAMA PARA O DESENVOLVIMENTO DAS TECNOLOGIA ASSISTIVA NO 
CONTEXTO EDUCACIONAL
FONTE: (MEC/SEESP, 2006, s.p.)
TÓPICO 2 | A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA - ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
29
Os autores Manzini e Deliberato (2004, p. 36) estabeleceram as etapas para 
o processo de implementação da tecnologia assistiva por meio do fluxograma 
anterior e definiram cada etapa, descritas a seguir:
1) Entender a situação que envolve o estudante: para isto é necessário 
escutar seus desejos, identificar as características físicas, psicomotoras 
e comunicativas, observar a dinâmica do estudante no ambiente 
escolar e reconhecer o contexto social;
2) Gerar ideias: para isto é necessário conversar com os usuários, 
buscar soluções, pesquisar materiais que podem ser utilizados e 
pesquisar alternativas para a confecção do objeto;
3) Escolher a alternativa viável: devem-se considerar as necessidades 
a serem atendidas e a disponibilidade de recursos materiais e custos 
para a confecção do recurso;
4) Representar a ideia (desenhos, modelos e ilustrações): nesta etapa 
devem-se definir os materiais e as dimensões do objeto (forma, 
medida, peso, textura, cor);
5) Construir o objeto para experimentação: é necessário experimentar 
o recurso na situação real de uso, ou seja, observar o aluno utilizando 
o material no contexto proposto;
6) Avaliar o uso do objeto: deve-se avaliar se o recurso atendeu o desejo 
da pessoa no contexto determinado e verificar se facilitou a ação do 
aluno e do educador;
7) Acompanhar o uso: verificar se as condições do aluno mudam como 
passar do tempo e se a necessidades de alguma adaptação no recurso.
Em 2006, a Secretaria de Educação Especial publica um documento 
utilizando e conceituando o termo tecnologia assistiva. Esse conceito é apresentado 
no documento que norteia a implantação das Salas de Recursos Multifuncionais, 
adaptando esse espaço como sendo o indicado à organização de uma prática da 
tecnologia assistiva, que será dirigida pelo professor do atendimento educacional 
especializado. Nesse documento consta:
Tecnologia assistiva é um termo recentemente inserido na cultura 
educacional brasileira, utilizado para identificar todo arsenal de 
recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar 
habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente 
promover vida independente e inclusão (MEC/SEESP, 2006, p. 18)
Na conjuntura, a intervenção em tecnologia assistiva se realiza pela 
prática do atendimento educacional especializado, não se resumindo aos 
recursos tecnológicos em si, mas formaliza-se em uma ação educacional que 
promove a inclusão, o bem-estar no exercício de atividades e a inserção dos 
alunos com deficiência.
De acordo com esta política, o atendimento educacional especializado 
é um serviço da educação especial que identifica, elabora e organiza 
recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para 
a plena participação dos alunos, considerando as suas necessidades 
específicas. O atendimento educacional especializado complementa 
e/ou suplementa a formação do aluno com vistas à autonomia e 
independência na escola e fora dele; apoia o desenvolvimento do 
aluno; disponibiliza o ensino de linguagens e de códigos específicos 
de comunicação e sinalização; oferece tecnologia assistiva (TA); faz a 
adequação e produz materiais didáticos e pedagógicos, tendo em vista 
as necessidades específicas dos alunos; oportuniza o enriquecimento 
curricular para os alunos com altas habilidades (MEC/SEEP, 2006).
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
30
O Assistive Technology Guide for Macomb County Schools garante que 
no contexto educacional a tecnologia assistiva tem por desígnio promover as 
condições necessárias para que o aluno com deficiência alcance as metas de seu 
plano pedagógico. Conhecer os objetivos educacionais propostos ao aluno com 
deficiência será de basilar importância, para que se possa adaptar as ferramentas 
de tecnologia assistiva, que ajudará alcançar metas pretendidas no campo 
educacional (MACOMB, 2000). Esse conceito vai ao encontro da proposta de WATI 
(2009), quando afirma não ser possível determinar qual será a melhor tecnologia 
se não houver clareza sobre os objetivos educacionais que o seu usuário almeja 
alcançar a partir do seu emprego.
Para Galvão e Damasceno (2002), no contexto educacional, as tecnologias 
servirão ao aluno e ao professor de diferentes formas e medidas. Ao aluno, elas 
servirão como recurso específico, como ferramenta pedagógica, enquanto que 
para o professor será um suporte didático e uma ferramenta para produção de 
material formativo que servirá às necessidades de seu aluno.
3 TECNOLOGIA ASSISTIVAS NO BRASIL
Apesar de a legislação brasileira apontar o direito do cidadão com deficiência 
como sendo pleno no sentido de disponibilizar recursos de tecnologia assistiva. 
Sabe-se que ainda é recente o trabalho para reconhecimento e estruturação dessa 
área de conhecimento em nosso país. Incipiente também é o estágio de incentivos 
à pesquisa e à produção nacional de recursos de tecnologia assistiva que venham a 
atender a grande demanda existente (GALVÃO FILHO, 2013).
No entanto, Galvão Filho (2013) salienta que passos importantes advieram 
nos últimos anos. Entre eles, é importante mencionar a promulgação do Decreto 
3.298 de 1999, que, no artigo 19, fala do direito do cidadão brasileiro com deficiência 
a ajudas técnicas. Nele está escrito que serão avaliadas ajudas técnicas todos os 
elementos que permitam equilibrar uma ou mais limitações funcionais, motoras, 
sensoriais ou mentais para ultrapassar barreiras de comunicação e mobilidade 
dirigindo à inclusão social da pessoa com deficiência. O texto arrola, de forma 
clara, a seguinte lista de ajudas técnicas oferecidas como itens de direito:
Parágrafo único. São ajudas técnicas: I - próteses auditivas, visuais 
e físicas; II - órteses que favoreçam a adequação funcional; III - 
equipamentos e elementos necessários à terapia e reabilitação da 
pessoa portadora de deficiência; IV - equipamentos, maquinarias e 
utensílios de trabalho especialmente desenhados ou adaptados para 
uso por pessoa portadora de deficiência; V - meios de mobilidade, 
cuidado e higiene pessoal necessários para facilitar a autonomia e a 
segurança da pessoa portadora de deficiência; VI - meios especiais 
para facilitar a comunicação, a informação e a sinalização para pessoa 
portadora de deficiência; VII - equipamentos e material pedagógico 
especial para educação, capacitação e recreação da pessoa portadora 
de deficiência; VIII - adaptações ambientais e outras que avalizem 
o acesso, a melhoria funcional e a autonomia pessoal; e IX - bolsas 
coletoras para os portadores de ostomia (BRASIL, 1999, s.p.).
TÓPICO 2 | A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA - ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
31
Neste mesmo viés, o Decreto 5.296, de 2004, dá preferência de 
atendimento e institui normas comuns e critérios fundamentais para a ascensão 
da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade diminuída. 
Possui um capítulo exclusivo sobre as ajudas técnicas (VII), em que apresenta 
vários intentos governamentais na área da tecnologia assistiva. Embora o Decreto 
3.298 (BRASIL, 1999) e o Decreto 5.296 (BRASIL, 2004) predizem o favorecimento 
de informação social para as pessoas que possuem comprometimentos 
funcionais, por meio dos recursos assistivos. É importante salientar que essas 
definições não incluem as práticas, processos, métodos e serviços, que são 
aspectos essenciais e que, naquele período, já eram mencionadas por uma parte 
da literatura e legislação internacional (SNRIPD, 2018). 
De acordo com Brasil (2008 apud RODRIGUES; ALVES, 2013), as atuais 
políticas públicas brasileiras também têm fomentado ações de TA em grandes 
proporções, a exemplo da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva 
da Educação Inclusiva, que estabelece preceitos e nortes para a inclusão de 
alunos com deficiência nas escolas regulares. São iniciativas públicas de grande 
importância, pois definem fontes de investimento que visam garantir o acesso 
de todos esses alunos ao ambiente escolar e custear todas as suas necessidades 
no âmbito dos processos de aprendizagem, o que, em muitos casos, só pode ser 
alcançado com recursos específicos de TA (RODRIGUES; ALVES, 2013).
A vinda dos alunos com deficiência à escola regular forçou a elaboração 
de nova disposição do serviço educacional especializado, evidenciando a 
precisão de se formar educadores capazes de fazer tecnologia assistiva. Cabe 
a quem interessar, profissional ou alunos com deficiência, analisar e perceber 
a realidade vivenciada por eles, independentemente do tipo de deficiência que 
possuam, resgatar dela os problemas relativos às barreiras de participação 
nos desafios educacionais e, em colaboração com outros profissionais da rede 
de trabalho em uma perspectiva interdisciplinar, construir e/ou implementar 
opções tecnológicas para a solução dos problemas (BRASIL, 2004a).
Outra ajuda importante é a Política de Inclusão Digital, com atuações 
que permitem a implantação e a manutenção de telecentros públicos e 
comunitários em todo o território nacional. Mesmo que tal política não faça 
alusão diretamente à necessidade de recursos de TA nos telecentros, pode-
se presumir que isso é essencial diante da diversidade do público ao qual se 
propõe, e em consequência das leis brasileiras que garantem a acessibilidade 
em diversos espaços (BRASIL, 2009a).
3.1 COMITÊ DE AJUDAS TÉCNICAS (CAT)
No Brasil, em

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