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Artigo Educação Infantil

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FACULDADE DE ENSINO REGIONAL ALTERNATIVA – FERA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM: ENSINO INFANTIL
A IMPORTÂNCIA DA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NOS ANOS INICIAIS
RESUMO
A temática Alfabetização e Letramento há algumas décadas é debatida no cenário educacional brasileiro e ainda permite dúvidas ou equívocos em profissionais da educação que atuam nas séries iniciais do ensino fundamental, mas, principalmente, entre os acadêmicos das licenciaturas. Visando fomentar, ao mesmo tempo reforçar esse debate, este artigo faz uma abordagem história sobre a alfabetização e o letramento no Brasil, com o objetivo de apresentar uma revisão bibliográfica a partir de autores renomados no assunto. Um breve percurso da alfabetização desde o Brasil-Colônia até a República enfatizando os séculos XX e XXI, com a contribuição de autores como: Aranha (2006), Ferreiro e Teberosky (1985), Ferreiro (1996), Mortatti (2006), entre outros. Complementarmente, apresenta-se o letramento a partir da provável origem, conceitos, passando pela trajetória no Brasil nas ultimas décadas e a situação atual na estrutura educacional do país. Tudo isso alicerçado em Soares (2010), Tfouni (1995 e 2010), Kleiman (1995), além de outras fontes. No final, esboça-se uma ideia de aliar a alfabetização com o letramento no desenvolvimento da aprendizagem da criança no processo de aquisição do domínio do código escrito da língua materna e sua dimensão social.
Palavras-Chave: Alfabetização. Dimensão Social. Letramento. Trajetória Histórica. 
ABSTRACT
The theme Alphabetization and Literacy for some decades has been discussed in Brazilian educational scenario and still allows doubts or misunderstandings in education professionals that work on the first grades of the elementary school, but, mainly, between the academics of the licentiates. Aiming at foster, and at the same time reinforce this debate, this article makes an historical approach about the alphabetization and the literacy in Brazil, with the objective of introduce a bibliographic review from the renowned authors in the subject. A short course of the alphabetization from the colonial Brazil to the Republic emphasizing the 20th century and the 19th century, with the contribution of the authors like: Aranha (2006), Ferreiro e Teberosky (1985), Ferreiro (1996), Mortatti (2006), among others. In addition, it features the literacy from the probable origin, concepts, passing through the trajectory on Brazil in the last decades and the current situation on the educational structure from the country. Everything based in Soares (2010), Tfouni (1995 and 2010), Kleiman (1995), and others as well. In the end, it shows up an idea of ally an alphabetization with the literacy on the development of the children’s learning in the process of acquisition of the domain of the writing code, the native language, and its social size.
Keywords: Alphabetization. Social Size. Literacy. Historical Trajectory.
______________________________________
¹Pós-graduanda em Educação Infantil pela Faculdade de Ensino Regional Alternativa – FERA; Graduada em Pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional Alternativa – FERA.
² Professor Mestre da FERA.
INTRODUÇÃO
É sabido que uma das maiores riquezas de um país é a educação do seu povo e que uma boa educação começa nas séries iniciais com uma alfabetização de qualidade. Porém, processo de alfabetização inicial na maioria das escolas brasileiras muitas vezes tem tido como resultado o insucesso e uma defasagem muito grande, prejudicando a aprendizagem dos alunos que saem das séries iniciais do ensino fundamental. 
A realidade é que as escolas brasileiras, de modo geral, formam alunos que mal conseguem ler e escrever, que não sabem ao menos interpretar e produzir pequenos textos. 
Assim, tem-se constatado uma triste realidade: que as escolas brasileiras de ensino fundamental nas séries iniciais, de modo geral têm contribuído para a formação de analfabetos funcionais. Que não são poucos, e para comprovar isto, existem inúmeras pesquisas educacionais. E mesmo com tal constatação, pouco se tem feito para mudar os índices do analfabetismo funcional brasileiro. As taxas de analfabetismo funcional apresentam um índice muito alto em todos os estados brasileiros. 
A maior porcentagem de analfabetos funcionais encontra-se na região Nordeste. Porém, o Sul e o Sudeste também apresentam taxas significativas. Pensando nesse mal que atinge a população Brasileira em larga escala, este artigo visa conhecer a situação em que o Brasil se encontra em relação ao analfabetismo funcional e a proposta de uma alfabetização eficiente como um dos instrumentos para reduzir e evitar essa incômoda realidade presente em nossa sociedade. 
A hipótese com que os pesquisadores trabalharam é que ainda que o trabalho eficiente de alfabetização das séries iniciais do ensino fundamental não seja a única solução para o analfabetismo funcional, ajudará e muito a minorar o problema já descrito. Para que isto aconteça, é necessária a tomada de várias decisões, que passam pelo compromisso com a qualidade, com o conhecimento das necessidades dos alunos e a escolha de um método de alfabetização que melhor se adapte a elas.
Assim, o processo de ensino-aprendizagem deve ser organizado de modo que a leitura e a escrita sejam desenvolvidas numa linguagem real, natural e significativa. Ensinar a ler escrever e se expressar de maneira competente é o grande desafio dos professores.
Materiais e Métodos
O presente trabalho caracteriza-se uma pesquisa bibliográfica, a partir de uma abordagem qualitativa descritiva, partindo de estudos que defendem a importância da alfabetização e letramento na educação infantil, primeira etapa da educação básica, para o desenvolvimento do indivíduo, nos colocamos diante da necessidade de compreendermos como surgiu a Educação Infantil no Brasil e como se dá essa prática nas instituições escolares. Bem como qual o papel e importância da ludicidade nesse processo de ensino e aprendizagem. Assim, tomamos como suporte alguns documentos legais da educação, tais como; o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (RCNEI); Lei de Diretrizes e Bases (LDB); a Constituição Federal de 1988 e alguns artigos que abordam a educação infantil como assunto primordial de estudo. Desta forma, os materiais selecionados para o diálogo dessa pesquisa, nos possibilitou uma melhor compreensão dos dados referentes à problemática principal levantada para este estudo. 
CONCEITO E ANALISE SOBRE O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Sabe-se que alfabetização não é um processo baseado em perceber e memorizar, para aprender a ler e escrever, o aluno precisa construir um conhecimento de natureza conceitual, ele não só precisa saber o que é a escrita, mas também de que forma a ela representa graficamente a linguagem.
Alfabetização – processo de aquisição da “tecnologia da escrita”, isto é do conjunto de técnicas – procedimentos habilidades - necessárias para a prática de leitura e da escrita: as habilidades de codificação de fonemas em grafemas e de decodificação de grafemas em fonemas, isto é, o domínio do sistema de escrita (alfabético ortográfico) (MORAIS; ALBUQUERQUE, 2007, p. 15).
Considerando a alfabetização um processo de construção de hipóteses sobre o sistema alfabético de escrita, o aluno precisa participar de situações desafiadoras, que oportunizem a reflexão sobre a língua escrita.
É por meio da interação com o objeto de conhecimento que as crianças vão construindo hipóteses de forma progressiva. São essas especificidades do processo de alfabetização que não podem ser esquecidas. Não basta apenas o convívio com o material escrito, é necessário ter uma direção e uma sistematização por meio de uma reflexão metalinguística, partindo de textos reais de vários gêneros que circulam socialmente.
 Passamos a conceber a alfabetização como uma construção conceitual, contínua, desenvolvida simultaneamente dentro e fora da sala de aula, em processo interativo, que acontece desde os primeiros contatos da criança coma escrita. Tal compreensão enfatiza que o aprendizado da escrita alfabética não se reduz apenas a um processo de associação entre letras e sons. 
A convivência diária com rótulos de embalagens, símbolos, propagandas, cartazes, nomes de ruas, placas, avisos, bilhetes, receitas, cartas fichas, jornais, revistas, livros entre outros, faz com que o sujeito se familiarize com o texto escrito e estabeleça uma série de relações, levantando hipóteses e procurando compreender o significado. Mesmo antes de serem submetidas a um processo sistemático de alfabetização, as pessoas convivem com determinadas situações de leitura e escrita que contribuem para o aperfeiçoamento de seu processo de letramento. Ferreiro e Teberosky, ao pesquisarem a psicogênese da língua escrita, revelam a maneira pela qual a criança e o adulto constroem seu sistema interpretativo para compreender esse objeto social complexo que é a escrita.
 Mesmo quando ainda não escrevem ou lêem da forma convencionalmente aceita como correta, já estão percorrendo um processo que os coloca mais próximos ou mais distantes da formalização da leitura e da escrita. 
Ferreiro e Teberosky, ao pesquisarem a psicogênese da língua escrita, revelam a maneira pela qual a criança e o adulto constroem seu sistema interpretativo para compreender esse objeto social complexo que é a escrita. Mesmo quando ainda não escrevem ou lêem da forma convencionalmente aceita como correta, já estão percorrendo um processo que os coloca mais próximos ou mais distantes da formalização da leitura e da escrita (LIRA, 2006, p. 44).
O indivíduo, independentemente da classe social, percorre os caminhos para se apropriar da língua escrita, passando por níveis estruturais de pensamento. Esses níveis foram intitulados por Emília Ferreiro (1999) de nível pré-silábico, nível silábico, nível silábico-alfabético e nível alfabético. 
As primeiras ideias infantis sobre a escrita referem-se a variadas hipóteses que “reinventam” o sistema alfabético. Inicialmente, as crianças descobrem que escrever não é a mesma coisa que desenhar. Segundo Ferreiro(1999), essa diferenciação entre desenho e escrita geralmente já acontece mesmo antes da criança entrar na escola, pois ela está inserida em uma sociedade grafocêntrica. 
Para Ferreiro (2001, p.9) tradicionalmente, a alfabetização inicial é considerada em função da relação entre o método utilizado e o estado de “maturidade” da criança. Neste sentido, a criança tem o seu momento certo de aprender, isso nos leva a entender que nem sempre o momento de uma criança seja o mesmo momento de outra criança, é relativamente diferente o nível, pois cada criança tem o seu momento de aprender, dependendo do grau de maturidade que ela tenha. 
A criança e o adulto em fase de alfabetização usam a estratégia fonológica (escrever como se fala). Nesta fase, a leitura e a escrita apóiam-se em estratégias diferentes. 
De acordo com Soares citada por Morais e Albuquerque (2007, p. 47):
Alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas inseparáveis do contrario: o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja, ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o individuo se tornasse ao mesmo tempo alfabetizado e letrado. 
Para uma pessoa se tornar letrada, ela precisa ter experiências culturais com práticas de leitura e escrita, práticas estas que são adquiridas antes da educação formal. Porque se uma convive em ambiente letrado, com pessoas que lêem, que tem contato com revistas, jornais, gibis, qualquer coisa que a leve a pensar em leitura, certamente ela se motivará para ler e escrever, começando desde cedo a poder refletir sobre as características dos diferentes textos os quais tem acesso. 
De acordo com Soares (2011), o termo letramento é uma tentativa de tradução do inglês Literacy, significando “o estado ou a condição de se fazer usos sociais da leitura e da escrita”. O letramento difere da alfabetização, que é o processo formal de ensinar a ler e a escrever. Kleiman citado por Lira (2006), diz que o letramento ocasiona mudanças políticas, sociais, econômicas e cognitivas a partir da inserção dos indivíduos nas sociedades tecnológicas e, por isso, mesmo o analfabeto poderá ser letrado de acordo com seu convívio social. Portanto, o letramento extrapola o mundo da escrita. 
Letramento é um “conjunto de práticas que denotam a capacidade de uso de diferentes tipos de material escrito” (MORAIS; ALBUQUERQUE, 2007, p. 7). Ou seja, letramento é além de saber ler e escrever, entender o que se ler e se escreve, relacionando dessa forma com o contexto social, sua experiência cotidiana. 
O processo de ensino-aprendizagem da alfabetização deve ser organizado de modo que a leitura e a escrita sejam desenvolvidas em uma linguagem real, natural, significativa e de acordo com o cotidiano da criança. 
A alfabetização tem como objetivo criar situações para que a criança perceba o seu desenvolvimento e consequentemente adquira a sua autonomia, tornando-se fase adulta um ser crítico e conhecedor de seus direitos. 
Uma pessoa alfabetizada conhece o código alfabético, domina as relações grafônicas, em outras palavras, sabe que sons as letras representam, é capaz de ler palavras e textos simples, mas não necessariamente é usuário da leitura e da escrita na vida social (CARVALHO, 2010, p.66). 
Alfabetizar é muito mais do que codificar e decodificar o código alfabético, por isso letramento se soma com a alfabetização e, o educador precisa saber o momento certo para articular leitura e produção de texto, fazer as intervenções adequadas para o aluno progredir, pois é uma fase de libertação, aquisição da escrita e não pode ser entendida como um recurso memorativo, alfabetizar é oferecer ao aluno a oportunidade de se expressar dando a oportunidade do mesmo construir o seu próprio conhecimento. 
Hoje, os grandes objetivos da Educação são: ensinar a aprender, ensinar a fazer, ensinar a ser, ensinar a conviver em paz, desenvolver a inteligência e ensinar a transformar informações em conhecimento. Para atingir esses objetivos, o trabalho de alfabetização precisa desenvolver o letramento. O letramento é entendido como produto da participação em práticas sociais que usam a escrita como sistema simbólico e tecnologia (FERNANDES, 2010, p.19). 
Alfabetização e letramento apresentam uma relação muito forte, pois uma depende exclusivamente da outra, as duas ações são distintas, mas inseparáveis, não se pode alfabetizar sem letrar, o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja, ensinar a ler e escrever de modo que a criança se torne ao mesmo tempo, alfabetizada e letrada, saber interpretar o que lê. 
De acordo com Rios e Libânio (2009, p. 33) “a alfabetização e o letramento são processos que se mesclam e coexistem na experiência de leitura e escrita nas práticas sociais, apesar de serem conceitos distintos”. Depois que o conceito de letramento começou a se expandir, a alfabetização foi reduzida simplesmente a decodificação, ao simples ensinar a ler e escrever. Mas sabemos o quanto é importante ensinar a ler e escrever, porque o sistema alfabético é necessário para o individuo entrar no mundo da leitura e da escrita. Temos que valorizar a alfabetização relacionando a mesma com o letramento.
A LUDICIDADE E O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
Os termos Alfabetização e Letramento são conceitos que têm feito parte de inúmeros estudos e discursos sobre Educação na atualidade. Cada vez mais sentimos a necessidade de inseri-los nas práticas pedagógicas dos docentes de um modo geral, com foco na Educação de qualidade para todos. A alfabetização não se encontra mais sozinha. Hoje a proposta é alfabetizar letrando. 
Sobre isso, o Caderno Pedagógico do Pró-letramento (2008, pg.10 do fascículo 1) diz: 
"Passaram a utilizar o termo alfabetização em seu sentido restrito, para designar o aprendizado inicial da leitura e da escrita, da natureza e do funcionamento do sistema de escrita. Passaram, correspondentemente, a reservar os termos letramento ou, em alguns casos, analfabetismofuncional para designar os usos (e as competências de uso) da língua escrita." 
É impossível não perceber a importância que se vem concedendo, em escala cada vez mais crescente, ao mundo dos símbolos. Em todos os lugares, a todo instante, estamos rodeados por informações expressas por meio de letras, números, sinais, desenhos, mapas. 
Assim sendo, para desempenhar desde as mais simples atividades cotidianas às mais complexas, precisamos ler, interpretar, compreender, escrever com autonomia. Portanto, não nos resta dúvida de que na escola, importante agência de letramento, primeiramente 
"[...] é necessário reconhecer que alfabetização - entendida como a aquisição do sistema convencional de escrita - distingue-se de letramento - entendido como o desenvolvimento de comportamentos e habilidades de uso competente da leitura e da escrita em práticas sociais [.]" (SOARES, 2004, p.20). 
Além disso, é relevante compreender que temos que ir muito além do domínio do código escrito. Nosso desafio se constitui em "alfabetizar letrando, ou letrar alfabetizando, pela integração e articulação das várias facetas do processo de aprendizagem inicial da língua escrita [...]." (SOARES, 2004, p.22).
A alfabetização não deve ser feita separadamente do letramento, é necessário trabalhar com os dois em conjuntos, pois um completa o outro. E para que esse processo de aprendizagem aconteça naturalmente o lúdico é imprescindível, o caderno de Pró-Letramento (2008, pg.56 do fascículo 1) coloca que "as capacidades necessárias para se ter sucesso nessas circunstâncias também ser desenvolvidas na escola, a partir de propostas lúdicas, interessantes e envolventes".
A alfabetização e o lúdico são inseparáveis. O ambiente lúdico é o mais propício para a aprendizagem e produz verdadeira internalização da alfabetização e do letramento. O brincar pedagogicamente deve estar incluído no dia-a-dia das crianças. Dessa forma será proporcionado o desenvolvimento das capacidades cognitivas, motora, afetiva, ética, estética, de relação interpessoal e de inserção social e a aprendizagem específica da alfabetização. Ao brincar a criança tem a possibilidade de conhecer seu próprio corpo, o espaço físico e social.
Brincando a criança tem oportunidade de aprender conceitos, regras, normas, valores e também conteúdos conceituais, atitudinais e procedimentos nas mais diversas formas de conhecimento. O lúdico favorece a autoestima da criança e a interação de seus pares, propiciando situações de aprendizagem e desenvolvimento de suas capacidades cognitivas. É um caminho que leva as crianças para novas descobertas, revelando segredos escondidos, explorando assim um mundo desconhecido. A criança brinca o tempo todo e todo o tempo. Por isso que a comida, o lápis, os sapatos, tudo vira brinquedo. Quando está sem nenhum objeto, seu corpo torna-se um brinquedo. O brincar é uma atividade própria da criança, dessa forma ela se movimenta e se posiciona diante do mundo em que vive.
Na alfabetização e no letramento ela não brinca por brincar, ela brinca com propósitos e um olhar pedagógico. Com os desafios lúdicos, as professoras estimulam o pensamento, desenvolvem a inteligência, fazendo com que a criança alcance níveis de desenvolvimento que só o interesse pode provocar. A alfabetização e o letramento acontece de forma contínua na vida criança, quando o lúdico está presente nas práticas educativas, nas atividades de aprendizagem, nos momentos de atividades mais livres, desperta a criança para o prazer de estar na escola e de aprender. Assim elas criam um espaço de experimentação e descoberta de novos caminhos de forma alegre, dinâmica e criativa. Essa forma de aprender ajuda na preparação da vida adulta, pois desenvolve as funções intelectuais e desenvolve suas potencialidades.
Vygotsky (1987) afirma que na brincadeira "a criança se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário; no brinquedo, é como se ela fosse maior do que ela é na realidade" (p.117).
Enquanto a criança brinca, amplia sua capacidade corporal, explora as percepções e, sobretudo, desenvolve e estimulam o raciocínio e a concentração, fatores esses fundamentais para o aprendizado. O lúdico enriquece o vocabulário, aumenta o raciocínio lógico e os levam a avançar em suas hipóteses. Desenvolvem o processo de ensino aprendizagem, se alfabetizam e nem se dão conta disso. As atividades lúdicas são preciosas e fundamentais para uma aprendizagem divertida e de sucesso.
O caderno pedagógico do pró-letramento (2008, pg.34 do fascículo 5) coloca que: "alguns deles, como vimos, promovem especialmente as habilidades de reflexão fonológica. Outros se voltam para a exploração e domínio das relações som-grafia, proporcionando avanços tanto na fluência da leitura, como na escrita." Nas situações de jogar, brincar, os alunos partilham suas descobertas com os colegas e assim vão aprendendo a ler e a escrever. O papel do professor diante do desafio da ludicidade na alfabetização e no letramento. No dia-a-dia do professor em sala de aula é preciso buscar novas formas de tornar o ensino estimulante e eficaz.
No caderno do Pró-letramento (2008, pg. 6 do fascículo 5) "Uma das alternativas é aliar o prazer e o divertimento à aprendizagem". Diante disso é necessário criar situações de ensino-aprendizagem, possibilitando um trabalho com dimensões lúdicas dentro e fora da sala de aula. Quando a criança é motivada pelo prazer ela se envolve mais facilmente nas atividades e consequentemente fica à disposição para aprender. O caderno de Pró-letramento coloca que "os jogos e as brincadeiras promovem tanto a apropriação do Sistema de escrita alfabética quanto práticas de leitura, escrita e oralidades significativas" (2008, pg.6 da fascículo 1).
É preciso aplicar estratégicas que interagem com o lúdico, seja através das brincadeiras, do ritmo de uma música, das poesias, das rimas ou do envolvimento da turma nas elaborações de atividades. Os jogos precisam estar no planejamento do professor e o mesmo precisa motivar seus alunos na criação de novos jogos. As atividades lúdicas auxiliam na alfabetização e no letramento, mas precisam chegar aos alunos com planejamento e estratégias. Não vale o simples fato de dar o jogo e deixa-los jogar do "jeito" deles, diz o caderno pedagógico do pró-letramento que: "Os objetivos pedagógicos devem nortear o uso de atividades lúdicas no processo de alfabetização: brincar por brincar pode ser divertido, mas não necessariamente contribui para o processo de ensino-aprendizagem" (2008, p.35 do fascículo 5).
Assim, o professor precisa estar atento às perguntas e soluções que os alunos mesmo propõem, o momento da atividade lúdica é um espaço de grande aproveitamento. 
Dessa forma o professor visualiza melhor as estratégias e os progressos que cada um está fazendo. É necessário interagir com os alunos, direcionando-os para a aprendizagem, negociando com eles as regras e a familiarização do jogo. Cada criança possui um grande potencial para aprender, o que as levam a internalizar esse potencial são as oportunidades que lhes são oferecidas. Dessa forma elas vão construindo sua aprendizagem, criando e recriando. 
E para, além disso, que se proponham a repensar frequentemente sua prática, de modo a perseguir o objetivo de atingir a todos os alunos, nem que para isso tenham que lançar mão de métodos e estratégias variados, porém, com segurança e intencionalidades bem definidas. Leitor, escritor, mediador, observador, afetivo, pesquisador, flexível, estudioso, são, sem sombra de dúvida, algumas das características de um bom alfabetizador.
É importante ressaltar que a Lei de Diretrizes Básicas (LDB) garante o acesso de crianças, cada vez mais cedo, no ambiente escolar formal, representando um avanço na garantia de direitos. No entanto, é preciso que se reveja as práticas educativas, que na maioria das vezes, limita a criatividade, autoestima, autonomia e participação infantil, fundamentais para o desenvolvimento da criança.
Entendo que o processo de alfabetizaçãode crianças deva ser realizado com prazer e construção e que a estratégia lúdica vem se configurando como uma importante ferramenta para o desenvolvimento infantil e aquisições formais.
Para Piaget, os jogos são atividades que facilitam a trajetória interna da construção da inteligência e dos afetos, no instante em que se detiverem a seguinte indagação: “como o conhecimento é obtido, ou seja, como é construída a habilidade do conhecer?”. O mesmo ainda salienta que a atividade lúdica só poderá trazer a sensação de experiência plena para o todo do aluno quando da participação do mesmo, e como mais um recurso para a busca de um desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo.
O educador deve ser mediador e considerar as necessidades de seus alunos, a bagagem de conhecimento, as vivências que cada um traz para o ambiente escolar, utilizando o lúdico como uma atividade complementar à “atividade pedagógica”, e não apenas como um momento de entretenimento, de distração para as crianças no recreio e, portanto, de “descanso” para os docentes.
Se obtivermos como base pedagógica a compreensão dos jogos, podemos entender a sua acepção para a vida das crianças, na perspectiva de subsidiar o desenvolvimento integral.
LEITURA E ESCRITA: O LÚDICO NO ESPAÇO ESCOLAR 
Quando falamos em processo de alfabetização, estamos nos referindo a um processo longo, delicado e que implica em fazer uma criança compreender um processo de aquisição de mais de 23 caracteres diferentes e a sua ligação com a nossa língua materna. Logo, passa-se a ser considerada uma missão difícil, já que ao alfabetizar uma criança, em principio, seria a “grosso modo” fazer com que ela, sem saber o traçado de nenhuma letra, chegue a construção das mais diferentes e complexas palavras da nossa língua. Desse modo, o professor, com essa função de alfabetizar, na posição em que se encontra, deve estar ciente e conhecedor do perfil das crianças com as quais irá trabalhar, pois perceberá com êxito, ao longo desse processo, que aquela criança imersa em inúmeras dificuldades, avançará vagarosamente nesse caminho. 
Atualmente, tem-se falado muito sobre a importância dos jogos e brinquedos para estimular o processo de aquisição do conhecimento na criança: 
Os jogos e brinquedos são reconhecidos como meios de fornecer à criança um ambiente agradável, motivador, planejado e enriquecido, de forma a estimular, na criança, a curiosidade, a observação, a intuição, a atividade, favorecendo seu desenvolvimento pela experiência. Esse interesse e essa valorização do brincar na educação não são recentes; sua importância foi demonstrada já na educação greco-romana, com Aristóteles (384-322 a.C.) e Platão (427-348 a.C.). A partir de então, muitos teóricos, como Montaigne (1533-1592, Comênio (1592-1671), Jean-Jaques Rosseau (1712-1778), Pestalozzi (1746-1827) e outros, frisaram a importância do processo lúdico na educação das crianças. (FURTADO, 2008, p.56).
O papel do professor é de suma importância, pois é ele quem cria os espaços, disponibiliza materiais, participa das brincadeiras, ou seja, faz a mediação da construção do conhecimento e, para isso, precisa estar preparado. Dessa forma, o lúdico criará possibilidades de interagir com os alunos, de modo a contribuir no avanço da leitura e, mais especificamente, da escrita. O perfil do alunado confirmará a necessidade de um trabalho com atividades diferenciadas no que concerne à escrita desses alunos, pois a dificuldade só será superada quando se diminuírem as tensões e os bloqueios com relação ao ato da escrita, o que pode ser conseguidas mediante as atividades lúdicas propostas. Já a escola, entra como o principal canal de aprendizagem desses sujeitos para proporcionar o conhecimento mais especifica das letras em questão: seu traçado, som, correspondência com a fala e em que palavras podemos encontrá-las. 
Será na utilização do lúdico que as crianças promoverão a construção do conhecimento indo além de momentos para que brinquem e gostem, mas também, na construção de uma aprendizagem significativa mais prazerosa. 
Os jogos e as brincadeiras propiciam às crianças um aprendizado contínuo, a interação com o lúdico proporciona um aprendizado prazeroso dando mais estimulo as crianças, com essas práticas o professor enriquece seu trabalho didático. Tais práticas vão qualificar suas aulas possibilitando um melhor rendimento escolar. 
Para Ramos (2003) as atividades didáticas relacionadas com jogos proporcionou aos alunos uma melhor compreensão das atividades propostas, levando os mesmo ao interesse e desenvolvimento cognitivo e assim possibilitou a interação entre professor/ aluno e aluno/ aluno. 
PIAGET (1994:25) vê no jogo como “um processo de ajuda ao desenvolvimento da criança; acompanha-a, sendo, ao mesmo tempo, uma atividade consequente de seu próprio crescimento”. 
Um dos principais pontos para conhecimento do caminho da alfabetização é a passagem pelos níveis de construção de escrita, descobertos pela estudiosa Emília Ferreiro, após, com Ana Teberosky e Ester Grossi que foram acrescentando seus conhecimentos em relação a essa teoria. 
A alfabetização tem sido através dos tempos, motivo de estudos e pesquisas. Nas últimas três décadas maior atenção foi dedicada à construção do processo da escrita, a psicogênese da escrita e da leitura, baseado nos estudos de Emília Ferreiro e Ana Teberosky (1979). 
Sendo assim, as atividades lúdicas proporcionam às crianças o desenvolvimento motor, o da linguagem, da percepção, da representação, da memória, do equilíbrio afetivo, da apropriação de signos sociais e das transformações significativas da consciência infantil. 
Portanto, a presença do lúdico no desenvolvimento da criança é de suma importância para o seu aprendizado. De forma significativa, torna as aulas mais dinâmicas e atrativas, possibilitando à criança o desenvolvimento no processo de ensino e de aprendizado preparando-a para a alfabetização. 
JOGOS E BRINCADEIRAS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM 
No cotidiano da sala de aula, professores buscam formas de tornar o ensino mais eficaz e também mais estimulante. Uma das alternativas é aliar o prazer e o divertimento à aprendizagem. Porém nem sempre isso é fácil, mesmo porque os interesses e as solicitações das crianças são bem diversos, e não são todas as situações de ensino-aprendizagem que possibilitam um trabalho com dimensões lúdicas na escola. No caso específico de jogos e brincadeiras, quando direcionadas para a alfabetização e o ensino da língua materna, “isso é perfeitamente possível, por meio deles integram-se o prazer e o aprender, sabor e saber” (LEAL, 2006, p. 06). 
Relata que o uso de jogos e brincadeiras pode auxiliar o professor a promover um aprendizado, onde se integram o prazer e o aprender. Aprender de forma lúdica é perfeitamente possível no ensino da língua portuguesa. 
De fato nenhuma criança precisa que lhe ensinem a brincar, pois o jogo e a brincadeira fazem parte da vida da criança desde o seu nascimento. Podemos sim, como professores e professoras, apresentar novas facetas das brincadeiras, que escondem um imenso potencial. O de preciosas oportunidades de se envolver em práticas de letramento diversas, ao mesmo tempo em que se apropriam das convenções e regularidades do nosso sistema de escrita. Enfim, brincando também se aprende (LEAL, 2006, p. 35). 
Para LEAL (2006) os professores e professoras podem adaptar as brincadeiras em sala de aula de forma que os alunos possam aprender de forma lúdica. Os jogos e brincadeiras trás valiosas oportunidades de desenvolver práticas de letramento diversas, ou seja, ao mesmo tempo em que a criança está sendo estimulada a brincar ela está adquirindo conhecimento sobre a língua portuguesa. 
O uso de atividades lúdicas no processo de alfabetização pode ajudar muito o professor em sala de aula, mas para que isso ocorra com bons resultados é preciso que o docente planeje bem cada atividade a ser realizada, para que a aprendizagem se dê de forma positiva, contribuindo assim para o ensino-aprendizagem. Realizardeterminado jogo com atividades exigem reflexões do professor sobre a contribuição desse jogo no processo de alfabetização dos alunos que dela participarão. “A motivação pelo prazer é o principio de tudo, alunos motivados se envolvem mais facilmente nas atividades e, consequentemente estão mais dispostos a aprender” (op. cit., p. 35). 
De acordo com LEAL (2006) o desenvolvimento da leitura e da escrita nas séries iniciais é uma preocupação entre os professores dessa área que buscam diversos tipos de recursos que auxiliam no processo de aquisição do conhecimento. O uso jogos e brincadeiras infantis em sala de aula é um recurso bastante poderoso para aperfeiçoar o aprendizado das crianças, pois as brincadeiras fazem parte do mundo infantil, ou seja, o aspecto lúdico faz parte do cotidiano das crianças, brincar aprendendo e aprender brincando. Por isso o professor que trabalha nas séries iniciais tem que desenvolver atividades em sala de aula que despertem o interesse dos alunos de forma lúdica. 
Fantacholi (2011) aponta que na educação de modo geral, e principalmente na educação infantil o brincar é um potente vínculo de aprendizagem experimental, visto que permite, através do lúdico, vivenciar a aprendizagem como processo social. A proposta do lúdico é promover uma alfabetização significativa na prática educacional, é incorporar o conhecimento do mundo através das características do conhecimento do mundo. O lúdico promove o rendimento escolar além do conhecimento, oralidade, pensamento e o sentido. Entretanto, compreender a relevância do brincar possibilita aos professores intervir de maneira apropriada, não interferindo e descaracterizando o prazer que o lúdico propicia. 
Ainda segundo Fantacholi (2011, p. 14) “ao assumir a função lúdica e educativa, a brincadeira propicia diversão, prazer, potencializa a exploração, a criação, a imaginação e a construção do conhecimento”. Brincar é uma experiência fundamental para qualquer idade, principalmente par as crianças de Educação Infantil. Dessa forma, a brincadeira já não deve ser mais atividade utilizada pelo professor apenas para recrear as crianças, mas como atividade em se mesmo, que faça parte do plano de aula da escola. Portanto cabe ao educador criar um ambiente que reúna os elementos de motivação para as crianças. Criar atividades que proporcionam conceitos que preparam para a leitura, para os números, conceitos de lógica que envolve classificação, ordenação dentre outros motivos, os alunos a trabalhar em equipe na resolução de problemas, aprendendo assim, expressar seus próprios pontos de vista em relação ao outro. 
Ao usar a brincadeira como recurso pedagógico, deve-se ter presente que na expressão e construção do conhecimento, a criança apropria-se da realidade imediata, atribuindo-lhe significado. Assim, alunos com dificuldades de aprendizagem podem valer-se da brincadeira como recurso para facilitar a compreensão espontânea dos conteúdos pedagógicos, rompendo com velhos pré-conceitos em relação a uma disciplina ou outra. (MELO, 2009, p.2) 
Com isso se faz necessário ressalta a importância de se utilizar a brincadeira em sala de aula como recurso pedagógico, levando em consideração a aquisição do conhecimento. A autora também relata que o uso da brincadeira como recurso pedagógico pode ajudar e facilitar a aprendizagem de alunos com dificuldade na aprendizagem, fazendo com que o aluno compreenda os conteúdos pedagógicos (MELO, 2009). 
De acordo com Santos (1999) os jogos lúdicos despertam condições para o educando vivenciar situações-problema, a partir do desenvolvimento de jogos planejados e livres que permitam à criança uma vivência no tocante às experiências com lógica e raciocínio e permitindo atividades físicas e mentais que favorecem a sociabilidade e estimulando as relações afetivas, cognitivas, sociais, morais, culturais linguísticas. 
O educador deve oferecer formas didáticas diferenciadas, como atividades lúdicas para que a criança sinta desejo de pensar. Isso significa que ela pode não apresentar predisposição para gostar de uma disciplina e por isso não se interessa por ela. Daí a necessidade de programar atividades lúdicas na escola (SANTOS, 1999, p. 4). 
Sendo assim, o professor e o responsável que deve propiciar atividades diferenciadas em sala de aula, atividades essas que desperte na criança um bem estar, um interesse e o desejo de participar da aula. 
Para Santos (2011), o jogo lúdico e a educação de crianças tem uma relação muito próxima, pois a atividade lúdica favorece o ensino-aprendizagem de conteúdos escolares e pode ser utilizado como recurso para a motivação no ensino atendendo ás necessidades dos alunos. Através das atividades lúdicas os educandos se sentem mais vontade para participarem das aulas e se sentem mais abertos para realizar as atividades. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o que foi escrito até aqui, crê-se ser possível concluir que a alfabetização é um processo de ensino aprendizagem, que tem como objetivo levar à pessoa a aprendizagem inicial da leitura e escrita. Sendo assim, a pessoa alfabetizada é aquela que aprendeu habilidades básicas para fazer uso da leitura e da escrita.
Foi possível observar também que para tornar os alunos alfabetizados existem vários métodos que podem ser classificados como sintéticos e analíticos ou globais.
Os métodos sintéticos são aqueles em que o professor começa a ensinar do menor para maior, ou seja: das letras para os textos e orações. Já nos métodos analíticos ou globais o professor começa a ensinar pelo caminho inverso, do maior para o menor, ou seja, dos textos ou orações para as letras.
Foi enfatizado que na escolha do método de alfabetização é preciso levar em conta que cada criança tem seu ritmo e sua maneira própria de aprender. Assim, a forma de um professor ensinar para uma criança às vezes precisa ser diferente de outra, porque um método pode ser bom para alfabetizar uma criança, porém, pode não ser o melhor para a aprendizagem da outra. Sendo assim, não existe uma receita pronta de alfabetização, cabendo ao professor muito estudo e dedicação para fazer o melhor para alfabetizar a sua turma.
REFERÊNCIAS
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