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Apostila Orçamento Público

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Noções de AFO
Prof. Lucas Silva
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Noções de AFO
Professor Lucas Silva
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Conteúdo
NOÇÕES DE AFO: Orçamento Público: Conceito; Exercício Financeiro; Ciclo Orçamentário; Pla-
nejamento e Orçamento na CF: PPA, LDO e LOA; Prazos de Envio e Devolução: PPA, LDO e LOA; 
Vedações Constitucionais em Matéria Orçamentária; Princípios Orçamentários; Receitas Públi-
cas; Despesas Públicas; Créditos Adicionais; Restos a Pagar; Despesas de Exercícios Anteriores; 
Suprimentos de Fundos; Características do Orçamento Público (Orçamento Clássico, Por De-
sempenho, Orçamento Programa e Orçamento Base Zero)
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Noções de AFO
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público = Instrumento de Planejamento e Execução das Finanças Públicas.
Por que é importante?
 • Para evitar desequilíbrios nas finanças públicas;
 • Para que receitas e despesas estejam equilibradas. 
Pontos de Atenção em relação ao orçamento no Brasil:
 • Lei de iniciativa do Poder Executivo;
Onde Quem faz
Na União Presidente da República
Nos Estados Governador
Nos Municípios Prefeito
 • Aprovada pelo Legislativo;
Onde Quem aprova
Na União Congresso Nacional
Nos Estados Assembleia Legislativa Estadual
Nos Municípios Câmara Municipal de Vereadores
 • Estima receitas e fixa despesas a serem executadas em um exercício financeiro;
 • Exercício Financeiro = Período em que as receitas previstas serão arrecadadas e as 
despesas fixadas serão executadas pelo ente público;
 • Lei nº 4.320/1964: Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.
EXERCÍCIO FINANCEIRO = ANO CIVIL
Ou seja, a lei que irá instituir o “Orçamento” terá vigência de 1 ano (1 Exercício Financeiro).
Essa lei (que constitui o orçamento) é conhecida como “Lei Orçamentária Anual (LOA)”.
 
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PONTOS DE ATENÇÃO
ERRADO CORRETO
Fixa receitas e despesas Estima receitas e fixa despesas
ERRADO CORRETO
A LOA da União será executada 
por todos os entes da federação Cada ente da federação terá a sua LOA
ERRADO CORRETO
Orçamento Público é 
Ato Administrativo do Executivo Orçamento Público é uma LEI
CICLO ORÇAMENTÁRIO
O ciclo orçamentário é dividido em 4 diferentes etapas, conforme ilustração abaixo:
1. Elaboração do Projeto: Formalização da proposta de orçamento, que servirá de base para 
o projeto de lei.
2. Apreciação, Aprovação, Sanção e Publicação: Esse projeto de lei, anteriormente elabora-
do, será discutido, aprovado (talvez emendado) e aprovado pelo Legislativo. Após isso, o 
executivo sanciona e publica.
3. Execução: É o processo no qual as receitas são arrecadadas e as despesas são realizadas 
dentro de um exercício financeiro.
4. Acompanhamento e Avaliação: Exercício dos controles interno e externo.
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Questões
1. (37732) CESPE – 2008 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
O orçamento é o mais eficaz instrumento de 
verificação prévia da utilização dos recursos 
públicos visto que, além de passar pela apro-
vação dos representantes políticos da po-
pulação, fixa tetos para as despesas, que só 
podem ser realizadas mediante prévio em-
penho e, conforme o caso, após licitação.
( ) Certo   ( ) Errado
2. (49811) FCC – 2004 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
A elaboração da proposta orçamentária 
pública, segundo a Constituição Federal de 
1988, é de competência privativa do chefe 
do:
a) Ministério da Fazenda. 
b) Poder Legislativo. 
c) Poder Judiciário. 
d) Ministério do Planejamento. 
e) Poder Executivo.
3. (77192) FEPESE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Considere as seguintes afirmativas sobre as 
características do Orçamento Público:
1. Consiste no ato administrativo revestido 
de força legal que estabelece um conjunto 
de ações a serem realizadas.
2. É realizado durante um período de tempo 
determinado, estimando o montante das 
fontes de recursos a serem arrecadados pe-
los órgãos e pelas entidades públicas.
3. Fixa o montante dos recursos a serem 
aplicados por entidades privadas na conse-
cução dos seus programas de trabalho.
Assinale a alternativa que indica todas as 
afirmativas corretas.
a) É correta apenas a afirmativa 2.
b) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
c) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
d) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
e) São corretas as afirmativas 1, 2 e 3.
4. (86732) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
No que se refere ao ciclo orçamentário, jul-
gue o item.
A elaboração do orçamento inicia-se com a 
fixação da despesa. 
( ) Certo   ( ) Errado
5. (86737) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA 
Com relação ao orçamento público e às suas 
aplicações no cenário brasileiro, julgue o 
item a seguir.
No momento da promulgação da lei orça-
mentária anual, encerra-se a participação do 
Congresso Nacional no ciclo orçamentário. 
( ) Certo   ( ) Errado
 
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Gabarito: 1. (37732) Certo 2. (49811) E 3. (77192) B 4. (86732) Errado 5. (86737) Errado
Meu Primeiro Concurso – Noções de AFO – Prof. Lucas Silva
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INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO
A Constituição Federal define como instrumentos de planejamento do orçamento os abaixo 
descritos:
 • Plano Plurianual (PPA);
 • Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO);
 • Lei Orçamentária Anual (LOA).
CF – Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias; 
III – os orçamentos anuais.
Vamos entender a função de cada um desses instrumentos.
PLANO PLURIANUAL (PPA)
CF – Art. 165. § 1º – A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, 
as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e 
outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
 • O PPA é o instrumento de planejamento estratégico da Administração Pública.
 • NÃO coincide com o mandato do Chefe do Poder Executivo.
 • Possui vigência de 4 anos.
 • PPA = Macro-objetivos a serem alcançados no período de 4 anos.
ERRADO CORRETO
Forma Setorial Forma Regionalizada
Metas e Prioridades Diretrizes, Objetivos e Metas
Despesas Correntes Despesas de Capital
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO)
 • Faz o “meio de campo” entre a PPA e a LOA;
 • Com base nos objetivos traçados na PPA, orienta a elaboração da LOA;
CF – Art. 165. § 2º – A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades 
da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro 
subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na 
legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de 
fomento.
 
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 • A principal função da LDO é destacar o que é meta e prioridade para ser executado no 
exercício seguinte, orientando a elaboração da LOA;
 • Deverá dispor sobre alterações na legislação tributária;
 • Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)
CF – Art. 165 § 5º – A lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da 
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, 
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades eórgãos a ela 
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e 
mantidos pelo Poder Público.
 • A LOA é uma única peça legislativa, porém contempla 3 orçamentos:
 • ORÇAMENTO FISCAL
 • ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO
 • ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL
 • Orçamento Fiscal: Contempla todos os poderes da União, seus órgãos de 
administração direta, autarquias, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo 
poder público. Também estão nesse orçamento as empresas estatais dependentes.
 • Orçamento de Investimento: Contempla as empresas estatais NÃO dependentes.
 • Orçamento da Seguridade Social: Contempla a Previdência Social, Assistência 
Social e Saúde.
PRAZOS PARA ENVIO E DEVOLUÇÃO DOS PROJETOS DE LEI ORÇAMENTÁRIAS
Prazos para envio no âmbito da União:
Projeto ENVIO (Executivo para Legislativo) DEVOLUÇÃO (Legislativo para Executivo)
PPA Até 4 meses antes do encerramento do 1º exercício financeiro do Chefe do Executivo
Até encerramento da sessão legislativa 
(22/12)
LDO Até 8,5 meses antes do encerramento do exercício financeiro
Até encerramento do primeiro período da 
sessão legislativa (17/07)
LOA Até 4 meses antes do encerramento do exercício financeiro
Até encerramento da sessão legislativa 
(22/12)
Meu Primeiro Concurso – Noções de AFO – Prof. Lucas Silva
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VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS
Art. 167 da Constituição Federal São vedados:
I – o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual.
II – a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos 
orçamentários ou adicionais.
III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, 
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade 
precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição 
do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação 
de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento 
do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, 
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações 
de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º 
deste artigo.
V – a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem 
indicação dos recursos correspondentes.
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de 
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa.
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados.
VIII – a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da 
seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, 
inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º.
IX – a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.
X – a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por 
antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, 
para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios.
XI – a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, 
a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de 
previdência social de que trata o art. 201.
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado 
sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime 
de responsabilidade.
§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem 
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele 
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento 
do exercício financeiro subsequente.
 
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§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas 
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade 
pública, observado o disposto no art. 62.
§ 4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem 
os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a 
prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta.
§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de 
programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia 
e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções, 
mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa prevista no 
inciso VI deste artigo.
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Questões
1. (49765) FCC – 2011 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA 
A Constituição Federal dispõe que há uma 
espécie de orçamento que "compreenderá 
as metas e prioridades da administração pú-
blica federal, incluindo as despesas de capi-
tal para o exercício financeiro subsequente, 
orientará a elaboração da lei orçamentária 
anual, disporá sobre as alterações na legis-
lação tributária e estabelecerá a política de 
aplicação das agências financeiras oficiais 
de fomento".
A Constituição está se referindo
a) ao orçamento fiscal.
b) ao plano plurianual.
c) ao orçamento da seguridade social.
d) à lei de diretrizes orçamentárias.
e) ao orçamento de investimento das em-
presas estatais.
2. (49769) FCC – 2010 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Constará da Lei Orçamentária Anual
a) Anexo de Riscos Fiscais.
b) Relatório da Gestão Fiscal.
c) Orçamento da Seguridade Social.
d) Orçamento Monetário do Banco Central.
e) Anexo de Metas Fiscais.
3. (49774) FCC – 2004 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
O instrumento que contém a previsão de 
receita e a fixação da despesa para um de-
terminado exercício, elaborado em conso-
nância com a LDO – Lei de Diretrizes Orça-
mentárias, é denominado:
a) leverage financeiro. 
b) cash-flow.
c) orçamento público.
d) contabilidade pública.
e) programa de governo. 
4. (49777) FCC – 2006 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
O orçamento da seguridade social deve 
abranger, sem exceção, as seguintes fun-
ções: 
a) assistência social, saúde e saneamento. 
b) assistência social, saúde e previdência 
social.
c) saúde, saneamento e trabalho. 
d) saúde, educação e saneamento. 
e) assistência social, educação e previdên-
cia social. 
5. (49784) FCC – 2006 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
De acordo com o artigo 165, a Lei de Dire-
trizes Orçamentárias (LDO) compreenderá:
a) o orçamento fiscal referente aos pode-
res da União, seus fundos, órgãos e en-
tidades da administração direta e indi-
reta. 
b) o orçamento de investimento das em-
presas nas quais a União tenha a maio-
ria do capital social. 
c) as despesas de capital para o exercício 
financeiro subseqüente. 
d) as metas e prioridades da administra-
ção federal da União, dos Estados e dos 
Municípios.
e) o orçamento da seguridade social, 
abrangendo todos os órgãos e entida-
des a ela vinculados. 
6. (49785) FCC – 2004 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Os planos e orçamentos públicos previstos 
na legislação brasileira vigente são: 
 
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a) plano mestre da produção, das necessi-
dades de capacidade e de materiais. 
b) diretrizes orçamentárias, orçamentos 
anuais e plano plurianual. 
c) plano estratégico, plano tático, orçamen-
to mestre e orçamento operacional. 
d) orçamento estático, participativo e hie-
rárquico.e) orçamento fiscal, de investimentos pri-
vados e da seguridade social. 
7. (55013) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
A Constituição Federal de 1988 dispõe que 
a Lei Orçamentária Anual deve compreen-
der três orçamentos: o de Investimentos em 
Empresas, o Fiscal e o de Seguridade Social.
( ) Certo   ( ) Errado
8. (55078) FCC – 2010 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Nos termos da Constituição Federal de 
1988, o instrumento de planejamento que 
deve estabelecer as diretrizes relativas aos 
programas de duração continuada é:
a) a LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias; 
b) o Anexo de Metas Fiscais; 
c) a LOA – Lei Orçamentária Anual; 
d) o Anexo de Riscos Fiscais; 
e) o PPA – Plano Plurianual.
9. (55158) FCC – 2011 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Com relação ao Orçamento Público no Bra-
sil, considere ao afirmativas abaixo.
I – A Lei Orçamentária Anual inclui o orça-
mento fiscal, o orçamento da seguridade 
social e o orçamento de investimento das 
empresas estatais, direta ou indiretamente, 
controladas pela União.
II – A lei dos orçamentos anuais é o instru-
mento utilizado para a consequente mate-
rialização do conjunto de ações e objetivos 
que foram planejados visando ao atendi-
mento e bem-estar da coletividade.
III – A Lei de Diretrizes Orçamentárias com-
preenderá as metas e prioridades plurianu-
ais da administração pública.
IV – A Lei de Diretrizes Orçamentárias tem a 
finalidade de nortear a elaboração dos orça-
mentos anuais de forma a adequá-los às di-
retrizes, objetivos e metas da administração 
pública, estabelecidos no Plano Plurianual.
V – O Plano Plurianual é um plano de médio 
prazo, através do qual procura-se ordenar 
as ações do governo que levem à realização 
dos objetivos e metas fixadas para um perí-
odo de quatro anos.
Estão corretas SOMENTE:
a) II, III e IV. 
b) I e V. 
c) I, II, IV e V. 
d) I e III. 
e) II, III e IV e V.
10. (55157) ESAF – 2010 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
A respeito dos prazos relativos à elaboração 
e tramitação da lei que institui o Plano Plu-
rianual – PPA, da Lei de Diretrizes Orçamen-
tárias – LDO e da Lei Orçamentária Anual – 
LOA, é correto afirmar:
a) o projeto de PPA será encaminhado até 
cinco meses antes do término do exer-
cício em que inicia o mandato do Pre-
sidente da República, enquanto a LOA 
deve ser encaminhada até quatro me-
ses antes do término do exercício. 
b) a proposta de LOA deverá ser remetida ao 
Congresso Nacional até quatro meses an-
tes do término do exercício financeiro e o 
projeto aprovado da LDO deve ser devol-
vido para sanção até o encerramento do 
primeiro período da sessão legislativa. 
c) os projetos de PPA e de LDO devem ser 
encaminhados juntos até seis meses 
antes do término do exercício uma vez 
que há conexão entre eles. 
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Meu Primeiro Concurso – Noções de AFO – Prof. Lucas Silva
d) a Constituição Federal determina que 
esses projetos de lei são encaminhados 
ao Congresso Nacional de acordo com 
as necessidades do Poder Executivo, ex-
ceto no último ano de mandato do titu-
lar do executivo. 
e) os projetos de LDO e de LOA devem 
ser encaminhados ao Congresso Nacio-
nal até seis meses antes do término do 
exercício e devolvidos para sanção até o 
encerramento da sessão legislativa.
11. (55154) FCC – 2010 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
A lei que instituir o Plano Plurianual estabe-
lecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, 
objetivos e metas da administração pública 
federal para as despesas.
a) correntes e outras delas decorrentes e 
para as relativas aos programas de du-
ração continuada. 
b) de capital e outras delas decorrentes e 
para as relativas aos programas de du-
ração predeterminada. 
c) de capital e outras delas decorrentes e 
para as relativas aos programas de du-
ração continuada. 
d) correntes e outras delas decorrentes e 
para as relativas aos programas-meio 
do governo. 
e) de capital e outras delas decorrentes e 
para as relativas aos projetos de investi-
mentos.
12. (86721) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA 
No que se refere aos princípios de plane-
jamento e de orçamento público, julgue o 
item seguinte.
A Constituição Federal de 1988 determina 
que o orçamento fiscal inclua todos os po-
deres da União, seus fundos, órgãos e en-
tidades da administração direta e indireta. 
( ) Certo   ( ) Errado
13. (89402) ESAF – 2009 – ADMINISTRAÇÃO FI-
NANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Segundo disposição da Constituição Federal 
de 1988, as diretrizes e metas da adminis-
tração pública, para as despesas de capital, 
são definidas no seguinte instrumento:
a) em lei ordinária de ordenamento da ad-
ministração pública. 
b) na lei que institui o plano plurianual. 
c) na lei orçamentária anual. 
d) na lei de diretrizes orçamentárias. 
e) no decreto de programação fi nanceira 
do poder executivo.
14. (89420) ESAF – 2008 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
A Constituição Federal instituiu o Plano Plu-
rianual – PPA e a Lei de Responsabilidade 
Fiscal (Lei Complementar n. 101/2000) rati-
ficou sua obrigatoriedade para todos os en-
tes da federação. De acordo com a Consti-
tuição e os últimos planos aprovados para o 
governo federal, indique a opção incorreta.
a) Toda ação fi nalística do Governo Fede-
ral deverá ser estruturada em Progra-
mas orientados para a consecução dos 
objetivos estratégicos defi nidos para o 
período do Plano Plurianual. 
b) A regionalização prevista na Constitui-
ção Federal considera, na formulação, 
apresentação, implantação e avaliação 
do Plano Plurianual, as diferenças e de-
sigualdades existentes no território bra-
sileiro. 
c) Após a Constituição Federal, não há 
mais a possibilidade da existência de 
planos e programas nacionais, regionais 
e setoriais, devendo ser consolidado 
em um único instrumento de planeja-
mento que é o PPA. 
d) A Constituição Federal remete à lei com-
plementar a disposição sobre a vigência, 
os prazos, a elaboração e a organização 
do PPA e, enquanto não for editada a re-
ferida lei, segue-se o disposto no Ato das 
Disposições Constitucionais Transitórias. 
 
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e) Na estrutura dos últimos planos pluria-
nuais da União, as metas representam 
as parcelas de resultado que se preten-
de alcançar no período de vigência do 
PPA.
15. (94772) ESAF – 2012 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Assinale a opção incorreta a respeito da Lei 
Orçamentária Anual − LOA de que trata o 
art. 165 da Constituição Federal.
a) O efeito das remissões nas receitas das 
entidades deve constar de anexo ao 
projeto de LOA. 
b) O projeto da LOA é apreciado por co-
missão mista do Congresso Nacional.
c) Empresas em que a detenção da maio-
ria do capital pela União for de forma 
indireta não integra o orçamento. 
d) Autorização para a abertura de créditos 
suplementares contida na LOA não fere 
dispositivo constitucional. 
e) Entidades da administração indireta in-
tegram o orçamento fiscal
16. (94813) ESAF – 2009 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
O orçamento público pode ser entendi-
do como um conjunto de informações que 
evidenciam as ações governamentais, bem 
como um elo capaz de ligar os sistemas de 
planejamento e finanças. A elaboração da 
Lei Orçamentária Anual (LOA), segundo a 
Constituição Federal de 1988, deverá espe-
lhar:
a) exclusivamente os investimentos. 
b) as metas fiscais somente para as despesas. 
c) a autorização para a abertura de crédi-
tos adicionais extraordinários. 
d) as estimativas de receita e a fixação de 
despesas. 
e) a autorização para criação de novas taxas.
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Gabarito: 1. (49765) D 2. (49769) C 3. (49774) C 4. (49777) B 5. (49784)C 6. (49785) B 7. (55013) Errado 8. (55078) E 
9. (55158) C 10. (55157) B 11. (55154) C 12. (86721) Certo 13. (89402) B 14. (89420) C 15. (94772) C 16. (94813) D
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PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
Os princípios orçamentários são premissas a serem observadas na criação de cada proposta 
orçamentária.
UNIVERSALIDADE
Segundo esse princípio, a LOA de cada ente federado deverá conter todas as receitas e as 
despesas de todos os Poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas 
pelo poder público. Esse princípio é mencionado no caput do art. 2º da Lei nº 4.320, de 1964, 
recepcionado e normatizado pelo § 5º do art. 165 da CF.
ANUALIDADE OU PERIODICIDADE
Conforme esse princípio, o exercício financeiro é o período de tempo ao qual se referem a 
previsão das receitas e a fixação das despesas registradas na LOA. Este princípio é mencionado 
no caput do art. 2º da Lei nº 4.320, de 1964. Segundo o art. 34 dessa lei, o exercício financeiro 
coincidirá com o ano civil (1º de janeiro a 31 de dezembro).
EXCLUSIVIDADE
O princípio da exclusividade, previsto no § 8º do art. 165 da CF, estabelece que a LOA NÃO 
conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. Ressalvam-se dessa 
proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e a contratação de operações 
de crédito, ainda que por Antecipação de Receitas Orçamentárias (ARO), nos termos da lei.
ORÇAMENTO BRUTO
O princípio do orçamento bruto, previsto no art. 6º da Lei nº 4.320, de 1964, preconiza o regis-
tro das receitas e das despesas na LOA pelo valor total e bruto, vedadas quaisquer deduções.
LEGALIDADE
Não pode haver despesa pública sem antes ter ocorrido a autorização legislativa. O princípio da 
legalidade afirma que o orçamento deve ser instituído por lei, bem como eventuais créditos 
suplementares e especiais (tudo precisa ser aprovado pelo Legislativo).
PUBLICIDADE
Todos os atos relativos à atuação do Estado para a condução da “coisa pública” precisam ser 
publicados para a população.
 
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UNIDADE ou TOTALIDADE
Todas as receitas e despesas devem estar contidas em uma única peça legislativa. É um 
facilitador para a gestão pública, pois evita a criação de diversas leis para um mesmo tema 
(orçamento).
CLAREZA
O orçamento público, por tratar-se de matéria de interesse público, precisa ser claro e 
compreensível para qualquer indivíduo.
ESPECIFICIDADE
Está previsto no art. 5º da Lei nº 4.320/1964, a qual instrui que o orçamento não consignará 
dotações globais para atender às despesas.
QUANTIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS
Os créditos orçamentários não podem ser ilimitados. As autorizações de despesas contidas no 
orçamento devem obedecer a limites (devem ser quantificadas).
UNIDADE DE TESOURARIA
O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade de 
tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais. Ou seja, todo valor 
arrecadado deve ser recolhido à Conta Única do Tesouro.
NÃO VINCULAÇÃO DE IMPOSTOS
Estabelecido pelo inciso IV do art. 167 da CF, esse princípio veda a vinculação da receita de 
impostos a órgão, fundo ou despesa, salvo exceções estabelecidas pela própria CF:
Art. 167. São vedados:
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição 
do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação 
de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento 
do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, 
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações 
de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º 
deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional no 42, de 19.12.2003);
[...]
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§ 4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem 
os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a 
prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993).
EQUILÍBRIO
Estabelece que a despesa fixada NÃO pode ser superior à receita prevista.
Deve haver, portanto, equilíbrio entre receita e despesa.
PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO
Refere-se à obrigatoriedade da elaboração do Plano Plurianual (PPA) e de que todos os planos e 
programas sejam elaborados e aprovados sendo compatíveis com esse PPA.
Surgiu a partir da instituição do Orçamento Programa, em que todas as despesas são inseridas 
no orçamento sob a forma de um programa de trabalho.
NÃO ESTORNO
Também estabelecido pelo Art. 167, VI da CF, veda o remanejamento ou transferência de 
verbas de um órgão para o outro ou a alteração da categoria de programação sem prévia 
autorização legislativa.
Art. 167. São vedados:
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de 
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa
§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de 
programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia 
e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções, 
mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa prevista 
no inciso VI deste artigo.
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Questões
1. (37712) NCE – 2008 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
É vedado consignar na lei orçamentária cré-
dito com finalidade imprecisa ou com dota-
ção ilimitada. 
( ) Certo   ( ) Errado
2. (37692) CESPE – 2008 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
A lei orçamentária anual (LOA), a lei das 
diretrizes orçamentárias (LDO) e o plano 
plurianual (PPA) são instrumentos de plane-
jamento da ação governamental. Com rela-
ção às características desses instrumentos, 
julgue o item a seguir.
É vedado o início de programas ou projetos 
não incluídos na LOA.
( ) Certo   ( ) Errado
3. (37686) ESAF – 2009 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Assinale a opção verdadeira a respeito do 
princípio orçamentário do equilíbrio. 
a) É o princípio pelo qual as despesas fi-
xadas e as receitas estimadas são exe-
cutadas no exercício, cumprindo dessa 
forma a disposição da lei orçamentária 
anual.
b) O princípio do equilíbrio orçamentário 
se verifica pela suficiência das receitas 
correntes para cobrir as necessidades 
correntes e de capital.
c) Constitui equilíbrio orçamentário a 
coincidência dos valores estimados com 
os realizados da receita pública e os va-
lores fixados e realizados da despesa.
d) É a visão pela qual o orçamento de in-
vestimento não ultrapassa as receitas 
de capital dentro do exercício conside-
rado.
e) É o princípio pelo qual o montante da 
despesa autorizada em cada exercício 
financeiro não poderá ser superior ao 
total de receitas estimadas para o mes-
mo período.
4. (49836) FCC – 2009 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
A Lei nº 4.320/64, em seus artigos 3º e 4º, 
ao determinar que a lei de orçamento com-
preenderá todas as receitas, inclusive as 
operações de crédito autorizadas em lei, e 
todas as despesas próprias dos órgãos do 
governo e da administração centralizada, 
ou que por intermédio deles se devam rea-
lizar, incorpora às suas disposições o princí-
pio orçamentário da:
a) exclusividade. 
b) unidade. 
c) universalidade. 
d) anualidade. 
e) especificação.
5. (49844) FCC – 2010 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
O Princípio Orçamentário que estabelece 
que seja vedada a vinculação de impostos 
a órgão, fundo ou despesa é denominado 
Princípio da:
a) Unidade.b) Universalidade. 
c) Exclusividade. 
d) Não-afetação das receitas. 
e) Especificação ou da Discriminação.
 
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6. (35579) CESPE – 2012 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
A respeito do orçamento público brasileiro, 
julgue o item a seguir, com base nas disposi-
ções da Lei n.º 4.320/1964.
Segundo o princípio da unidade, cada ente 
da Federação está obrigado a incluir em seu 
orçamento todas as receitas e despesas dos 
poderes, órgãos, entidades, fundos e funda-
ções instituídas e mantidas pelo respectivo 
ente.
( ) Certo   ( ) Errado
7. (55014) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
O Principio da discriminação ou especializa-
ção trata da inserção de dotações globais na 
lei orçamentária, providência que propicia 
mais agilidade na aplicação dos recursos fi-
nanceiros.
( ) Certo   ( ) Errado
8. (55028) A CASA DAS QUESTÕES – 2011 – 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ORÇAMEN-
TÁRIA
O princípio orçamentário que estabelece 
que devam constar do orçamento todas 
as receitas e despesas do ente público é o 
princípio da especificação.
( ) Certo   ( ) Errado
9. (55041) FCC – 2010 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
O princípio orçamentário que define que 
nenhuma parcela da receita de impostos 
poderá ser posta em reserva para cobrir 
certos e específicos dispêndios, salvo as ex-
ceções previstas em lei, é denominado prin-
cípio da:
a) reserva legal; 
b) universalidade e unidade orçamentária; 
c) não afetação e quantificação dos crédi-
tos orçamentários; 
d) legalidade; 
e) vinculação dos créditos orçamentários.
10. (86757) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Caso uma prefeitura crie, por meio da vincu-
lação de receitas de impostos, uma garantia 
de recursos para a colocação de asfalto em 
todas as vias municipais, ela violará o princí-
pio da não afetação de receitas.
( ) Certo   ( ) Errado
11. (94056) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Acerca das noções básicas de orçamento 
público e de administração financeira e or-
çamentária, julgue o item a seguir.
De acordo com o princípio da universalida-
de, o orçamento deve englobar todas as re-
ceitas e despesas do Estado para que seja 
realizada a programação financeira de arre-
cadação de tributos necessários para custe-
ar as despesas projetadas pelo governo.
( ) Certo   ( ) Errado
12. (49857) FCC – 2003 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
“Todas as receitas e despesas constarão da 
Lei do Orçamento pelos seus totais, veda-
das quaisquer deduções”, constitui enuncia-
do do princípio orçamentário
a) da unidade. 
b) da universalidade. 
c) da não-afetação da receita. 
d) do orçamento bruto. 
e) da exclusividade.
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13. (49859) FCC – 2007 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
A determinação “cada entidade de Governo 
deve possuir um orçamento”, está contida 
no Princípio da
a) Unidade. 
b) Universalidade. 
c) Singularidade. 
d) Exclusividade. 
e) Competência.
14. (77148) FGV – 2008 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
A lei 4320/64 consagra princípios orçamen-
tários que cuidam de aspectos substanciais 
a serem observados na elaboração do orça-
mento. Em relação ao princípio da especifi-
cação assinale a afirmativa correta.
a) As receitas e despesas devem aparecer 
no orçamento de maneira discriminada 
de tal forma que se possa saber, porme-
norizadamente, a origem dos recursos, 
bem como a sua aplicação. 
b) O orçamento deve ser elaborado de 
maneira a conter todas as receitas e 
despesas públicas, sem quaisquer de-
duções ou compensações entre deve-
dores e credores. 
c) A lei orçamentária anual deverá conter 
apenas matéria pertinente ao orçamen-
to público, excluindo-se quaisquer dis-
positivos estranhos à previsão da recei-
ta e à fixação das despesas, ressalvados 
os casos previstos na legislação. 
d) O orçamento compreende uma unida-
de que abrange as receitas e despesas 
de todos os Poderes e Órgãos da Admi-
nistração Pública pelos seus totais, ob-
servada a discriminação quanto aos as-
pectos fiscais, sociais e previdenciários. 
e) As receitas não poderão ter vinculação 
com quaisquer despesas, órgãos ou 
fundos, ressalvada a vinculação prevista 
para as despesas com educação, saúde 
e assistência social.
15. (107506) FCC – 2015 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Todas as receitas previstas e despesas fixa-
das, em cada exercício financeiro, devem in-
tegrar um único documento legal dentro de 
cada esfera federativa. A afirmativa refere-
-se ao princípio orçamentário da
a) especificação ou especialização. 
b) exclusividade. 
c) anualidade ou periodicidade. 
d) unidade ou totalidade. 
e) independência e harmonia entre os Po-
deres.
 
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Questões, poderá assistir ao vídeo da explicação do professor.
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Gabarito: 1. (37712) Certo 2. (37692) Certo 3. (37686) E 4. (49836) C 5. (49844) D 6. (35579) Errado 7. (55014) Errado  
8. (55028) Errado 9. (55041) C 10. (86757) Certo 11. (94056) Certo 12. (49857) D 13. (49859) A 14. (77148) A  
15. (107506) D
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RECEITAS E DESPESAS PÚBLICAS
RECEITAS
Em sentido amplo, receitas públicas são ingressos de recursos financeiros nos cofres do 
Estado, que se desdobram em receitas orçamentárias, quando representam disponibilidades 
de recursos financeiros para o erário, e ingressos extraorçamentários, quando representam 
apenas entradas compensatórias.
RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS RECEITAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS
Ingressos de recursos financeiros que estão 
disponíveis para o ente público realizar suas 
despesas. Podem estar ou não previstas no 
orçamento
Ingressos de recursos financeiros que NÃO estão 
disponíveis para o ente público realizar suas 
despesas, pois o ente é apenas depositário do 
recurso. Não estão previstas no orçamento
Em sentido estrito, são públicas apenas as receitas orçamentárias.
RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS
Disponibilidades de recursos financeiros que ingressam durante o exercício e constituem 
elemento novo para o patrimônio público. Instrumento por meio do qual se viabiliza a 
execução das políticas públicas, a receita orçamentária é fonte de recursos utilizada pelo Estado 
em programas e ações cuja finalidade precípua é atender às necessidades públicas e demandas 
da sociedade.
Essas receitas pertencem ao Estado, integram o patrimônio do Poder Público, aumentam-lhe 
o saldo financeiro e, via de regra, por força do princípio da universalidade, estão previstas na 
LOA.
Nesse contexto, embora haja obrigatoriedade de a LOA registrar a previsão de arrecadação das 
receitas, a mera ausência formal desse registro não lhes retiram o caráter orçamentário, haja 
vista o art. 57 da Lei nº 4.320, de 1964, classificar como receita orçamentária toda receita 
arrecadada que represente ingresso financeiro orçamentário, inclusive a proveniente de 
operações de crédito.
CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA 
QUANTO À SUA CATEGORIA ECONOMICA
Quanto à categoria econômica, os §§ 1º e 2º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, classificam as 
receitas orçamentárias em Receitas Correntes e Receitas de Capital:
 
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RECEITAS CORRENTES
São arrecadadas dentro do exercício, aumentam as disponibilidades financeiras do Estado, em 
geral com efeito positivo sobre o Patrimônio Líquido, e constituem instrumento para financiar 
os objetivos definidos nos programas e ações correspondentes às políticas públicas.
Classificam-se em:
• Tributárias
Provenientes de impostos, taxas e contribuições de melhoria.
• Contribuições
Provenientes de Contribuições Sociais, Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico,Contribuição de Iluminação Pública, etc.
• Patrimoniais
Provenientes da fruição do patrimônio do ente público. Por exemplo: Aluguel recebido em 
função de locação de imóvel em que o Estado é proprietário, rendimento sobre aplicações 
financeiras, dividendos de participações acionárias, etc.
• Agropecuária
Exploração econômica, por parte do ente público, de atividades agropecuárias. Por exemplo: 
Venda de grãos.
• Industrial
Provenientes de atividade econômica industrial, por parte do ente público.
• Serviços
Provenientes da atividade econômica de prestação de serviços, por parte do ente público.
• Transferências Correntes
São provenientes do recebimento de recursos financeiros de outras pessoas de direito 
público ou privado destinados a atender despesas de manutenção ou funcionamento que não 
impliquem contraprestação direta em bens e serviços a quem efetuou essa transferência.
• Outras Receitas Correntes
Constituem-se pelas receitas cujas características não permitam o enquadramento nas demais 
classificações da receita corrente, tais como: multas, juros de mora, indenizações, restituições, 
receitas da dívida ativa, entre outras.
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RECEITA DE CAPITAL
Aumentam as disponibilidades financeiras do Estado. Porém, de forma diversa das Receitas 
Correntes, as Receitas de Capital NÃO provocam efeito sobre o Patrimônio Líquido.
De acordo com o § 2º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, com redação dada pelo Decreto-Lei 
nº 1.939, de 20 de maio de 1982, Receitas de Capital são as provenientes de: realização de 
recursos financeiros oriundos da constituição de dívidas; conversão, em espécie, de bens e 
direitos; recebimento de recursos de outras pessoas de direito público ou privado, quando 
destinados a atender Despesas de Capital; e, superávit do Orçamento Corrente.
Classificam-se em:
• Operações de Crédito
Recursos provenientes da venda de títulos públicos ou da contratação de operações de 
empréstimos obtidas junto a entidades públicas ou privadas.
• Alienação de Bens
Provenientes da venda (alienação) de bens móveis ou imóveis de propriedade do ente público.
•	 Amortização	de	Empréstimo
Representa o retorno dos recursos anteriormente emprestados pelo ente público.
• Transferências de Capital
São recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado destinados a atender 
“Despesas de Capital”.
• Outras Receitas de Capital
São despesas não classificadas nos demais grupos.
RECEITAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS
Receitas Extraorçamentárias = Ingressos Extraorçamentários
Recursos financeiros de caráter temporário e não integram a LOA. O Estado é mero depositário 
desses recursos, que constituem passivos exigíveis e cujas restituições não se sujeitam à 
autorização legislativa.
Exemplos:
 • Depósitos em Caução
 • Fianças
 
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 • Operações de Crédito por ARO
 • Emissão de moeda
 • Retenções em folha de pagamento
 • Consignações
 • Depósitos Judiciais 
ATENÇÃO:
Operações de Crédito Receita Orçamentária
Operações de 
Crédito por ARO 
Receita 
Extraorçamentária
ETAPAS/FASES DA RECEITA PÚBLICA
As etapas da receita seguem a ordem de ocorrência dos fenômenos econômicos, levando-se 
em consideração o modelo de orçamento existente no País.
Dessa forma, a ordem sistemática inicia-se com a etapa de previsão e termina com a de 
recolhimento.
• PREVISÃO
Efetuar a previsão implica planejar e estimar a arrecadação das receitas que constará na 
proposta orçamentária. Isso deverá ser realizado em conformidade com as normas técnicas e 
legais correlatas e, em especial, com as disposições constantes na LRF (Lei de Responsabilidade 
Fiscal).
Sobre o assunto, vale citar o art. 12 da referida norma:
Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, 
considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice 
de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante 
e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três 
anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da 
metodologia de cálculo e premissas utilizadas.
A previsão de receitas é a etapa que antecede a fixação do montante de despesas que 
irá constar nas leis de orçamento, além de ser base para se estimar as necessidades de 
financiamento do governo.
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• LANÇAMENTO
O art. 53 da Lei nº 4.320, de 1964, define o lançamento como ato da repartição competente, 
que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito 
desta. Por sua vez, conforme o art. 142 do CTN, lançamento é o procedimento administrativo 
que verifica a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determina a matéria 
tributável, calcula o montante do tributo devido, identifica o sujeito passivo e, sendo o caso, 
propõe a aplicação da penalidade cabível.
Observa-se que, segundo o disposto nos arts. 142 a 150 do CTN, a etapa de lançamento situa- 
se no contexto de constituição do crédito tributário, ou seja, aplica-se a impostos, taxas e 
contribuições de melhoria.
• ARRECADAÇÃO
Corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro Nacional pelos contribuintes ou 
devedores, por meio dos agentes arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas pelo 
ente.
Vale destacar que, segundo o art. 35 da Lei nº 4.320, de 1964, pertencem ao exercício financeiro 
as receitas nele arrecadadas, o que representa a adoção do regime de caixa para o ingresso das 
receitas públicas.
• RECOLHIMENTO
Consiste na transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro Nacional, 
responsável pela administração e controle da arrecadação e pela programação financeira, 
observando-se o princípio da unidade de tesouraria ou de caixa, conforme determina o art. 56 
da Lei nº 4.320, de 1964, a seguir transcrito:
Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância 
ao princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para 
criação de caixas especiais.
DESPESAS
Despesa pública é o conjunto de gastos realizados pelo ente público para o funcionamento e a 
manutenção dos serviços prestados à população.
Classificam-se em:
DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS
São gastos (dispêndios) que dependem 
de dotação orçamentária para serem 
executados.
São gastos (dispêndios) que NÃO dependem de dotação 
orçamentária. São as devoluções de recursos que ingres-
saram como receitas extraorçamentárias.
 
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DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS
MOMENTO 1 MOMENTO 2
Receita Extraorçamentária Despesa Extraorçamentária
Exemplos de despesa extraorçamentária:
 • Devolução da caução recebida;
 • Devolução de fianças;
 • Pagamento de operações de crédito por antecipação de receita orçamentária;
 • Repasse das retenções em folha de pagamento;
 • Repasse das consignações;
 • Devolução depósitos judiciais;
 • Pagamento dos restos a pagar.
Importante lembrar que as despesas extraorçamentárias NÃO dependem de dotação 
orçamentária e NÃO precisam de autorização legislativa.
DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS
São os gastos que visam atender à demanda da população. Apenas podem ser executadas se 
houver autorização na Lei do Orçamento.
CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA 
QUANTO À SUA CATEGORIA ECONÔMICA
• DESPESAS CORRENTES
São aquelas que NÃO contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de 
capital.
Exemplos:
 • Despesas com material de consumo (material de escritório, material de limpeza, etc);
 • Salários dos servidores;
 • Despesas com serviços de terceiros para manutenção e conservação do patrimônio 
público.
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DESPESAS DE CAPITAL
São aquelas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de 
capital.
Segundo a Leinº 4.320/1963 são despesas de capital as despesas com investimentos, inversões 
financeiras e transferências de capital.
Investimentos
São os créditos orçamentários voltados para o planejamento e a execução de obras, aquisição 
de imóveis, aquisição de instalações, equipamentos, material permanente e constituição ou 
aumento de capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro.
Inversões	financeiras
São os créditos orçamentários destinados a:
 • Aquisição de imóveis, ou bens de capital já em utilização;
 • Aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer 
espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento de capital;
 • Constituição ou aumento de capital de entidades ou empresas que visem a objetivos 
comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.
Transferências de Capital
São aquelas que outras pessoas do direito público ou privado devam realizar, independente 
de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou 
contribuições.
Exemplo: A União através de um convênio firmado com o Estado do Rio de Janeiro, transfere 
recursos para que o Governo do estado construa uma rodovia. É uma transferência de capital, 
pois o recurso será destinado para uma despesa de capital. Se fosse para uma despesa corrente, 
seria uma transferência corrente.
FASES/ETAPAS DA DESPESA PÚBLICA
São fases (etapas) da despesa pública:
 
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• FIXAÇÃO
Refere-se ao limite de gastos, incluídos na Lei do Orçamento com base na previsão de receitas, 
a serem efetuados pela administração pública.
A despesa da LOA não poderá ser ultrapassada (a não ser por adições de créditos na LOA – 
Créditos Adicionais).
• EMPENHO
É o ato emanado da autoridade competente que cria para o Estado a obrigação de pagamento 
pendente ou não de implemento de condição.
É o empenho que reserva dotação orçamentária para garantir o pagamento estabelecido. É no 
estágio do empenho que considera-se a despesa realizada.
Lei 4.320/1964 no seu Art. 60: “É vedada a realização de despesa sem prévio empenho....”
Tipos de empenho:
Ordinário Quando se sabe o valor exato do valor e o pagamento será realizado em uma única vez. Ex: compra de um automóvel.
Por estimativa Quando não se sabe exatamente o valor da despesa. Ex: Despesa com telefone e energia elétrica.
Global Quando se sabe o valor total da despesa, porém o pagamento é parcelado. Ex: Contrato de prestação de serviço de limpeza.
• LIQUIDAÇÃO
Lei 4.320/1964 – Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido 
pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
§ 1º Essa verificação tem por fim apurar:
I – a origem e o objeto do que se deve pagar; 
II – a importância exata a pagar;
III – a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.
§ 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá por base:
I – o contrato, ajuste ou acordo respectivo; 
II – a nota de empenho;
III – os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.
A liquidação é a fase que antecede o pagamento. Tem por objetivo verificar o direito do credor 
(fornecedor). Somente após essa verificação pode ocorrer o pagamento.
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• PAGAMENTO
Após a fase de liquidação (onde o credor prova o seu direito de receber) a autoridade 
competente ordena que o pagamento seja realizado.
ORDENADOR DE DESPESAS
Decreto-Lei nº 200/67:
“Art. 80. Os órgãos de contabilidade inscreverão como responsável todo o or-
denador da despesa, o qual só poderá ser exonerado de sua responsabilidade 
após julgadas regulares suas contas pelo Tribunal de Contas.
§ 1º Ordenador de despesas é toda e qualquer autoridade de cujos atos 
resultarem emissão de empenho, autorização de pagamento, suprimento 
ou dispêndio de recursos da União ou pela qual esta responda.
§ 2º O ordenador de despesa, salvo conivência, não é responsável por 
prejuízos causados à Fazenda Nacional decorrentes de atos praticados 
por agente subordinado que exorbitar das ordens recebidas.”
RESTOS A PAGAR 
São despesas empenhadas e não pagas até 31/12 de cada exercício. 
Conforme o Art. 36 da Lei nº 4.320/64:
“Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até 
o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não processadas.”
Prescrição dos RPG: 5 anos após a data de inscrição.
As despesas orçamentárias empenhadas e não pagas (Restos a Pagar) constituirão a dívida 
flutuante do ente público. 
 
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DESPESAS DO EXERCÍCIO ANTERIOR (DEA) 
São despesas que são quitadas no exercício vigente, porém, se referem a um exercício anterior. 
Na prática, estou utilizando o orçamento atual para quitar obrigações de outros exercícios que 
não foram empenhadas. 
Conforme Art. 37 da Lei nº 4.320/64:
“Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento 
respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, 
que não se tenham processado na época própria, bem como os Restos a 
Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após 
o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de 
dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, 
obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.”
Exemplo 1: Despesas que não se tenham processados na época própria, porém possuía saldo 
suficiente
Orçamento para 2017 possuía R$ 100.000 de crédito orçamentário para compra de computa-
dores. A despesa é empenhada, porém, os produtos não são entregues até 31/12. Nessa situa-
ção o administrador público tem duas alternativas:
a) Inscrever o fornecedor em Restos a Pagar, mantendo assim o empenho;
b) Cancelar o empenho.
Se optar pela opção “B” e o fornecedor reclamar o pagamento em um exercício posterior, 
poderá ser empenhada novamente, porém na conta de “Despesas de Exercícios Anteriores”.
Exemplo 2: Restos a Pagar com Prescrição Interrompida
Se o administrador optar pela opção “A” descrita anteriormente, porém o fornecedor não 
entregar mesmo assim os produtos no exercício seguinte. Supondo-se que o administrador 
cancele então a inscrição em Restos a Pagar e no futuro o fornecedor reclame o valor, o mesmo 
será empenhado novamente, porém na conta de “Despesas de Exercícios Anteriores”.
Exemplo 3: Compromissos Reconhecidos após o Encerramento do Exercício Correspondente
É quando ocorre o reconhecimento da despesa somente após o encerramento do exercício. 
Um servidor que tem seu filho nascido em Dezembro de 2016, porém solicita o benefício do 
auxílio-família somente em Janeiro de 2017 é um caso que seria utilizado a conta de “Despesas 
do Exercício Anterior”.
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SUPRIMENTO DE FUNDOS (Regime de Adiantamento a Servidores)
Conforme Art. 68 da Lei nº 4.320/64:
“Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas 
expressamente definidos em lei e consiste na entrega de numerário a 
servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria para o fim de 
realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de 
aplicação.
Art. 69. Não se fará adiantamento a servidor em alcance nem a responsável 
por dois adiantamentos.” 
Utilizado para atender:
a) Despesas eventuais (viagens e serviços especiais) que exijam pronto atendimento;
b) Despesas que necessitam de caráter sigiloso;
c) Despesas de pequeno vulto. 
O prazo máximo da aplicação é definido pelo ordenador da despesa, sempre respeitando o 
prazo máximo e não podendo ultrapassar 31/12. 
Na União o prazo máximo é de 90 dias para a aplicação. 
Prazo para prestação de contas é de 30 dias (após a aplicação).
Não se concederá suprimento de fundos a servidor que:
a) Esteja com 2 suprimentosem aberto;
b) Tenha a seu cargo a guarda ou utilização do material a adquirir (salvo quando for o único da 
repartição);
c) Que não tenha prestado contas da aplicação, após esgotado o prazo;
d) Seja declarado como em “alcance” (fez prestação de contas anteriormente não aprovada 
pelo ordenador de despesas).
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Questões
1. (55414) FCC – 2011 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Restos a Pagar processados são despesas 
ainda não pagas, mas que foram, no exercí-
cio corrente:
a) empenhadas e ainda não liquidadas; 
b) programadas e empenhadas; 
c) programadas, mas ainda não empenha-
das;
d) empenhadas e liquidadas; 
e) programadas e ainda não liquidadas.
2. (49946) FCC – 2005 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
São Receitas de Capital
a) as receitas tributarias.
b) o superávit do orçamento corrente.
c) as receitas de contribuições.
d) as provenientes de recursos financei-
ros recebidos de outras entidades para 
atender despesas com pessoal.
e) as receitas patrimonial, agropecuária, 
industrial, de serviços e outras.
3. (58531) FCC – 2001 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Consiste na verificação do direito adquirido 
pelo credor,
a) a liquidação. 
b) a licitação. 
c) o empenho. 
d) a ordem de pagamento. 
e) a ordem de serviço
4. (58525) FCC – 2006 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
O ato que cria para o Estado a obrigação de 
pagamento, pendente ou não de implemen-
to de condição, denomina-se
a) ordem de Pagamento.
b) liquidação da Despesa.
c) abertura de Crédito Orçamentário.
d) empenho da despesa.
e) contingenciamento da dotação.
5. (58521) FCC – 2007 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
A despesa pública é processada na seguinte 
ordem:
a) ordem de pagamento, empenho, paga-
mento e liquidação.
b) empenho, liquidação, ordem de paga-
mento e pagamento.
c) liquidação, empenho, pagamento e or-
dem de pagamento.
d) ordem de pagamento, liquidação, paga-
mento e empenho.
e) pagamento, liquidação, empenho e or-
dem de pagamento.
6. (58516) FCC – 2009 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
O servidor responsável quando empenha 
despesa pelo seu valor total e efetua o pa-
gamento de forma parcelada utiliza a moda-
lidade de empenho
a) por estimativa.
b) global.
c) ordinário.
d) específico.
e) total.
 
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7. (58514) FCC – 2012 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Considerando as fases de processamento 
da despesa pública, após o empenho have-
rá a fase de
a) pagamento.
b) licitação.
c) ordem de pagamento.
d) liquidação.
e) reserva de dotação
8. (58512) FCC – 2012 – ADMINISTRAÇÃO 
INANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Nas situações em que o Poder Público deva 
efetuar pagamentos de despesas contratu-
ais sujeitas a parcelamento pode ser utiliza-
do o empenho
a) normal.
b) global.
c) por estimativa.
d) ordinário.
e) extraordinário.
9. (91677) FCC – 2007 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
As despesas orçamentárias empenhadas e 
não pagas até o último dia do ano financei-
ro são denominadas
a) despesas de exercícios anteriores.
b) débitos de tesouraria.
c) resíduos ativos.
d) restos a pagar.
e) despesas não processadas.
10. (81403) FCC – 2013 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
O valor da inscrição de restos a pagar não 
processados é a diferença entre a despesa
a) empenhada e despesa paga.
b) liquidada e despesa paga.
c) empenhada e despesa inscrita em res-
tos a pagar processados.
d) empenhada e despesa liquidada.
e) liquidada e despesa empenhada não 
paga.
11. (81402) FCC – 2011 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Os restos a pagar processados correspon-
dem a despesas ainda não pagas, mas que 
foram
a) empenhadas e liquidadas.
b) programadas e empenhadas.
c) fixadas e empenhadas.
d) empenhadas e não liquidadas.
e) fixadas e programadas.
12. (81398) FCC – 2012 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
A dívida flutuante compreende os restos a 
pagar, os serviços da dívida a pagar, os de-
pósitos e os débitos de tesouraria. Restos a 
Pagar são despesas
a) empenhadas, mas não pagas até o dia 
31 de dezembro, distinguindo-se as li-
quidadas das não pagas.
b) empenhadas, mas não pagas até o dia 
31 de janeiro, distinguindo-se as pro-
cessadas das não processadas.
c) empenhadas, mas não pagas até o dia 
31 de dezembro, distinguindo-se as 
processadas das não processadas.
d) extraorçamentárias, mas não pagas até 
o dia 31 de dezembro, distinguindo-se 
as processadas das não processadas.
e) empenhadas, mas não pagas até o dia 
31 de janeiro, distinguindo-se as liqui-
dadas das não pagas.
13. (81397) FCC – 2012 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Consideram-se restos a pagar as despesas 
empenhadas, mas
a) não pagas até 31 de dezembro, distin-
guindo-se as processadas das não pro-
cessadas.
b) não pagas até 31 de março, distinguindo-
-se as processadas das não processadas.
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c) não pagas até 31 de dezembro, distin-
guindo-se apenas as despesas em fase 
de liquidação.
d) não pagas até 31 de março, distinguin-
do-se apenas as não processadas.
e) não pagas até 31 de março
14. (49945) FCC – 2007 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
É exemplo de receita de capital:
a) receita decorrente de prestação de ser-
viços.
b) receita industrial.
c) receita da venda de títulos da dívida pú-
blica.
d) receita decorrente da exploração de ati-
vidade agropecuária.
e) receita de aluguéis, foros e laudêmios. 
15. (55204) FCC – 2008 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
No âmbito de receita pública,
a) as receitas correntes nunca podem su-
perar as despesas correntes; 
b) as receitas de capital são integradas por 
operações de crédito, receitas patrimo-
niais e receitas agropecuárias; 
c) as receitas tributárias são compostas 
por impostos, taxas e contribuições a 
outros níveis de Governo; 
d) os rendimentos de aplicação financeira 
são classificados como receita patrimo-
nial; 
e) a receita da dívida ativa pode se desdo-
brar nas categorias tributárias e não tri-
butária.
16. (49943) FCC – 2007 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
É exemplo de receita de capital:
a) Receita de alienação de bens.
b) Receita Patrimonial.
c) Inscrição de dívida ativa do ente público.
d) Receita industrial.
e) Aluguéis de imóveis públicos.
17. (49941) FCC – 2007 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
A fonte de receita gerada por meio de recur-
sos financeiros recebidos de outras entida-
des de direito público ou privado e destina-
dos ao atendimento de gastos, classificáveis 
em despesas correntes denomina-se
a) receita de serviços.
b) receita de contribuições.
c) receita patrimonial.
d) transferências correntes.
e) receita industrial.
18. (49934) FCC – 2010 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Constitui exemplo de receita extraorçamen-
tária:
a) depósito judicial. 
b) multa relativa a tributo pago com atra-
so.
c) receita decorrente da alienação de imó-
veis do ente público. 
d) receita de aluguéis de imóveis de pro-
priedade do ente público. 
e) receita de serviços prestados pelo ente 
público.
19. (49930) FCC – 2012 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Instruções: Utilize os dados da Prefeitu-
ra ESD, em 31.12.2011, para responder à 
questão.
Em R$
Despesa com Pessoal − Horas Extras 80.000,00
Inscrição em Restos a Pagar 10.000,00
Receita da Dívida Ativa 100.000,00
Recebimento de Depósito − garantia 
contratual recebida em dinheiro 50.000,00
Devolução do Depósito − devolução 
da garantia contratual em dinheiro 5.000,00
A receita extraorçamentária em 31.12.2011, 
em reais, era:
 
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a) 50.000,00
b) 60.000,00
c) 100.000,00
d) 150.000,00
e) 160.000,00
20. (49928) FCC – 2012 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Instruções: Para responder à questão, con-
sidere os seguintes valores recebidos no pri-
meiro semestre de 2012 por uma entidade 
pública:
Valores recebidos Valor R$
Aluguel de imóvel900,00
Caução para garantia de contrato 
para execução de obras 100,00
Multas e juros de mora 300,00
Operações de crédito por Antecipa-
ção da Receita Orçamentária – ARO 200,00
Alienação de imóveis 1.000,00
Impostos inscritos na dívida ativa 600,00
Amortização de empréstimos 700,00
Contribuição de melhoria decor-
rente de obras públicas 400,00
O somatório dos ingressos extraorçamentá-
rios foi, em reais,
a) 600
b) 1.000
c) 700
d) 1.400
e) 300
21. (49994) FCC – 2007 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Do ponto de vista orçamentário, a compra 
de prédio usado é classificada tal qual
a) despesa corrente.
b) investimento.
c) transferência de capital.
d) inversão financeira.
e) fato independente da execução orça-
mentária.
22. (49974) FCC – 2012 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Ao término do contrato, se o contratado 
cumpriu com todas as obrigações, o valor 
depositado a título de caução será devol-
vido pela administração pública, gerando 
para a mesma uma
a) receita orçamentária.
b) receita extraorçamentária.
c) despesa orçamentária.
d) despesa de exercícios anteriores.
e) despesa extraorçamentária.
23. (49970) FCC – 2012 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
É um exemplo de despesa corrente:
a) amortização da dívida pública.
b) concessão de empréstimos.
c) aquisição de material permanente.
d) juros da dívida pública.
e) aquisição de imóveis.
24. (58543) FCC – 2013 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
De um governo municipal, considere os da-
dos referentes ao exercício financeiro de X1:
Em obediência ao art. 35 da Lei nº 4.320/64, 
o valor das receitas e das despesas que per-
tencem ao exercício financeiro de X1 são, 
respectivamente, em milhares de reais
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a) 9.000,00 e 9.000,00.
b) 8.900,00 e 8.600,00.
c) 8.700,00 e 8.600,00.
d) 8.700,00 e 8.350,00.
e) 8.650,00 e 8.000,00.
25. (55322) FCC – 2011 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Sobre os estágios da despesa pública, é cor-
reto afirmar: O empenho é o ato emanado 
de autoridade competente que cria para o 
Estado a obrigação de pagamento e somen-
te é válido quando não haja condição de 
pendência para a execução do serviço ou 
entrega do bem adquirido.
( ) Certo   ( ) Errado
26. (55332) FCC – 2010 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
É item classificado como despesa orçamen-
tária:
a) o aumento do valor dos imóveis por re-
avaliação. 
b) a depreciação dos móveis e utensílios. 
c) o pagamento de restos a pagar. 
d) o gasto com premiação de trabalhos. 
e) o cancelamento de dívida ativa.
27. (55206) FCC – 2008 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
A retenção das contribuições previdenciá-
rias, valores descontados da folha de paga-
mentos dos servidores públicos, correspon-
de a uma:
a) receita extraorçamentária. 
b) despesa extraorçamentária. 
c) receita orçamentária de contribuições. 
d) receita orçamentária tributária. 
e) despesa orçamentária de transferências 
a instituições privadas.
28. (58534) FCC – 2007 – ADMINISTRAÇÃO FI-
NANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Liquidar despesa pública é
a) pagá-la corretamente.
b) subtrair seu valor do saldo da dotação.
c) reservar orçamentariamente o valor 
correspondente.
d) verificar se o credor faz jus ao paga-
mento.
e) anular a correlata Nota de Empenho.
 
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Gabarito: 1. (55414) D 2. (49946) B 3. (58531) A 4. (58525) D 5. (58521) B 6. (58516) B 7. (58514) D 8. (58512) B 
9. (91677) D 10. (81403) D 11. (81402) A 12. (81398) C 13. (81397) A 14. (49945) C 15. (55204) D 16. (49943) A  
17. (49941) D 18. (49934) A 19. (49930) B 20. (49928) E 21. (49994) D 22. (49974) E 23. (49970) D 24. (58543) C  
25. (55322) Errado 26. (55332) D 27. (55206) A 28. (58534) D
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CRÉDITOS ADICIONAIS
Durante a execução do orçamento, as dotações inicialmente aprovadas na LOA podem revelar- 
se insuficientes para realização dos programas de trabalho, ou pode ocorrer a necessidade de 
realização de despesa não autorizada inicialmente.
Assim, a LOA poderá ser alterada no decorrer da sua execução por meio de créditos adicionais, 
que são autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na LOA.
Os créditos adicionais são classificados em:
 • Créditos especiais: destinados a despesas para as quais NÃO haja dotação orçamentária 
específica, devendo ser autorizados por lei. Note-se que sua abertura depende da 
existência de recursos disponíveis. Os créditos especiais não poderão ter vigência além 
do exercício em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado 
nos últimos quatro meses, caso em que, reabertos nos limites dos seus saldos, serão 
incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente;
 • Créditos extraordinários: destinados a despesas urgentes e imprevisíveis, como as 
decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, conforme art. 167 da CF. 
Na União, serão abertos por medida provisória. Os créditos extraordinários não poderão 
ter vigência além do exercício em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização 
for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos 
nos limites dos seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro 
subsequente;
 • Créditos suplementares: destinados a reforço de dotação orçamentária. A LOA poderá 
conter autorização para abertura de créditos suplementares, limitados a determinada 
importância ou percentual, sem a necessidade de submissão ao Poder Legislativo. Os 
créditos suplementares terão vigência no exercício em que forem abertos.
AUTORIZAÇÃO PARA ABERTURA DE CRÉDITOS ADICIONAIS
Para ajudar a lembrar:
Créditos Suplementares e Especiais
 • Dependem de prévia autorização legislativa
 • Dependem da indicação de recurso para cobrir 
essa nova despesa
Créditos Suplementares • Autorização pode estar contida na própria LOA
Créditos Extraordinários • NÃO dependem de autorização legislativa NEM de indicação de recursos.
 
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FONTE DE RECURSOS PARA ABERTURA DOS CRÉDITOS SUPLEMENTARES E ESPECIAIS:
Lei 4.320 – Art. 43: 
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos 
disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa. 
§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos: 
I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior; 
II – os provenientes de excesso de arrecadação; 
III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos 
adicionais, autorizados em Lei; 
IV – o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao 
poder executivo realiza-las. 
§ 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo 
financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações 
de credito a eles vinculadas.
§ 3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo, o saldo positivo das 
diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, 
ainda, a tendência do exercício. 
§ 4º Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação, 
deduzir-se-a a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício. 
Fontes de Recursos Possíveis
 • Superávit Financeiro em BP do exercício anterior
 • Excesso de Arrecadação
 • Operações de Crédito
 • Anulação de dotações ou créditos adicionais
VIGÊNCIA DOS CRÉDITOADICIONAIS
Créditos Suplementares • Somente dentro do exercício financeiro
Créditos Especiais • Se for promulgado nos últimos 4 meses do exercício, o saldo pode ser reaberto no próximo exercício
Créditos Extraordinários • Se for promulgado nos últimos 4 meses do exercício, o saldo pode ser reaberto no próximo exercício
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Questões
1. (35541) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Com relação ao disposto na Lei nº 
4.320/1964, julgue o item a seguir.
É possível que determinadas despesas não 
estejam contempladas na peça orçamentá-
ria, que constitui um plano, uma previsão. 
Quando autorizadas, essas despesas, não 
previstas no orçamento, ou as que tenham 
dotações insuficientes, são denominadas 
créditos adicionais.
( ) Certo   ( ) Errado
2. (55384) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Os créditos suplementares e especiais são 
autorizados por lei e abertos por decreto, 
dependendo da existência de recursos dis-
poníveis para ocorrerem as despesas, e re-
querem uma exposição justificada.
( ) Certo   ( ) Errado
3. (55345) ESAF – 2008 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Assinale a opção correta, a respeito dos cré-
ditos adicionais.
a) Os créditos suplementares somente po-
dem ser abertos em razão de excesso 
de arrecadação ou por cancelamento 
de créditos consignados na Lei Orça-
mentária Anual. 
b) Os créditos especiais podem ser reaber-
tos no exercício seguinte pelos saldos 
remanescentes, caso o ato de autoriza-
ção tenha sido promulgado nos últimos 
quatro meses do exercício. 
c) Na abertura de créditos extraordiná-
rios, a indicação da fonte dos recursos 
é dispensada, caso haja grave ameaça à 
ordem pública. 
d) Os créditos suplementares não necessi-
tam de autorização legislativa para se-
rem abertos, quando a abertura decor-
rer de calamidade pública. 
e) O cancelamento de restos a pagar é 
fonte para a abertura de créditos adi-
cionais.
4. (77187) FEPESE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Autorizações de despesa não computadas 
ou insuficientemente dotadas na Lei de Or-
çamento são denominados(as):
a) créditos adicionais.
b) débitos orçamentários.
c) emendas orçamentárias.
d) emendas constitucionais.
e) demandas extraorçamentárias.
5. (49909) FCC – 2010 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Se houver veto, emenda ou rejeição do pro-
jeto de lei orçamentária anual, os recursos 
que ficarem sem despesas correspondentes
a) poderão ser utilizados, conforme o 
caso, mediante créditos especiais ou 
suplementares, com prévia e específica 
autorização legislativa.
b) poderão ser utilizados na forma de cré-
ditos extraordinários, bastando que o 
mesmo se faça mediante medida provi-
sória.
c) somente poderão ser utilizados se tive-
rem previsão na lei de diretrizes orça-
mentárias e se basearão em suas dispo-
sições.
 
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d) não poderão ser utilizados, devendo 
ser depositados em conta especial do 
Tesouro Nacional para utilização com 
base em lei orçamentária para o exercí-
cio financeiro seguinte.
e) não poderão ser utilizados, salvo me-
diante transposição, remanejamento ou 
transferência de recursos, sempre com 
base naquilo que estiver previsto na lei 
de diretrizes orçamentárias, o que dis-
pensa autorização legislativa específica. 
6. (49872) FCC – 2013 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA 
Os créditos adicionais classificam-se em
a) Suplementares, Especiais e Extraordiná-
rios. 
b) Complementares, Suplementares e de 
Calamidade Pública. 
c) Suplementares, de Reforço e Extraordi-
nários. 
d) Complementares, Especiais e Extraordi-
nários. 
e) Suplementares, Extraordinários e de 
Calamidade Pública.
7. (49884) FCC – 2014 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA 
Existe a possibilidade de que o orçamento 
do TRF da 3ª Região não tenha computadas 
ou tenha insuficientemente dotadas autori-
zações para determinadas despesas. Nesse 
caso, a Lei nº 4.320/64 prevê como solução 
a abertura de créditos adicionais, que po-
dem ser classificados em suplementares, 
especiais e extraordinários. É regra atinente 
aos créditos adicionais:
a) são extraordinários os destinados a 
despesas para as quais não haja dota-
ção orçamentária específica. 
b) são especiais os destinados a reforço de 
dotação orçamentária. 
c) os créditos suplementares, especiais e 
extraordinários deverão ser autorizados 
por lei. 
d) consideram-se recursos disponíveis 
para a abertura de créditos suplemen-
tares os resultantes de anulação parcial 
de dotação orçamentária. 
e) a abertura de crédito adicional destina-
do à despesa urgente e imprevista em 
caso de calamidade pública independe 
de ciência ao Poder Legislativo.
8. (49892) FCC – 2002 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA 
Quanto aos créditos adicionais previstos 
na Lei nº 4.320, de 17/03/64, observa-se 
que, aqueles destinados a despesas, para as 
quais não haja dotação orçamentária espe-
cífica, classificam-se como
a) comuns. 
b) suplementares. 
c) extraordinários. 
d) especiais. 
e) empenhados. 
9. (49895) FCC – 2007 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA 
Os créditos suplementares e especiais, de 
acordo com o artigo 42, da Lei no 4.320/64, 
serão autorizados por lei e abertos por
a) Instrução Normativa. 
b) Resolução do Poder Legislativo. 
c) Portaria do Executivo. 
d) Decreto Executivo. 
e) Ato Administrativo. 
10. (49903) FCC – 2007 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA 
É uma das características dos créditos espe-
ciais:
a) independerem de autorização legal 
para sua consecução. 
b) serem destinados a reforço de dotação 
orçamentária já existente. 
c) abertura por decreto legislativo. 
d) dependerem de recursos disponíveis 
para financiar a despesa. 
e) serem previstos na lei orçamentária anual. 
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Meu Primeiro Concurso – Noções de AFO – Prof. Lucas Silva
11. (49904) FCC – 2007 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Os créditos extraordinários têm por carac-
terística
a) independerem de prestação de contas 
ao Poder Legislativo. 
b) serem destinados ao reforço de dota-
ção orçamentária já existente. 
c) atenderem a programas novos, não 
previstos na lei orçamentária anual. 
d) independerem de prévia autorização le-
gislativa. 
e) dependerem da existência de recursos 
disponíveis para seu financiamento.
12. (100114) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Julgue o item subsequente, relativo a con-
ceitos e mecanismos técnicos de gestão dos 
recursos orçamentários.
O único crédito adicional que pode ser aber-
to sem a indicação da fonte dos recursos a 
serem utilizados é o crédito extraordinário.
( ) Certo   ( ) Errado
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para ter acesso gratuito aos simulados on-line. E ainda, se for assinante da Casa das 
Questões, poderá assistir ao vídeo da explicação do professor.
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Gabarito: 1. (35541) Certo 2. (55384) Certo 3. (55345) B 4. (77187) A 5. (49909) A 6. (49872) A 7. (49884) D  
8. (49892) D 9. (49895) D 10. (49903) D 11. (49904) D 12. (100114) Certo
 
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TÉCNICAS DE ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO
ORÇAMENTO BASE ZERO OU POR ESTRATÉGIA
Tem como característica a não existência de direitos adquiridos da unidade orçamentária 
em relação àquilo que lhe foi autorizado no orçamento anterior, tornando-se necessária a 
justificativa de todas as atividades que desenvolverá no exercício corrente.
Principais características: Análise, revisão e avaliação de todas as despesas propostas e não 
apenas das solicitações que ultrapassam o nível de gasto já existente.
A cada ciclo orçamentário deve-se justificar os programas a serem realizados, além de haver a 
necessidade de uma revisão crítica dos gastos. A base para sua elaboração é zero.
Esta técnica é utilizada normalmente no Orçamento-Programa.
ORÇAMENTO INCREMENTAL
Tem como base os valores autorizados

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