Buscar

Resumo Trato Gastrointestinal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Trato Gastrointestinal 
 
Anatomia Funcional e Princípios Gerais da Regulação 
 
O trato gastrointestinal (GI) consiste em: 
▪Trato alimentar que se estende da boca até o ânus 
▪Órgãos glandulares acessórios que lançam seu conteúdo na luz desse trato. 
→ O trato GI corresponde ao maior órgão imune do corpo 
→ Muitas células do trato gastrointestinal são produtoras de hormônios importantes(ex: 
grelinas) 
→ Possui sistema nervoso próprio 
 
Processos fisiológicos do TGI: 
▪Motilidade(movimentos peristalticos) 
▪Secreção 
▪Digestão(quebra de moléculas maiores em moléculas pequenas) 
▪Absorção dos nutrientes pequenos(passagem do nutriente através das células epiteliais, 
chegando na lâmina própria e então nos vasos sanguíneos) 
 
Anatomia funcional 
As estruturas mais importantes do tubo são: 
▪Boca 
▪Faringe 
▪Esôfago 
▪Estômago 
▪Duodeno 
▪Jejuno 
▪Íleo 
▪Cólon 
▪Reto 
▪Ânus 
 
→ Esfíncteres: isolam uma região da seguinte e possibilitam a retenção seletiva do conteúdo 
do lúmen, ou impedem seu refluxo, ou ambos. 
→ Ao contrário do que ocorre nos outros sistemas de órgãos do corpo, o sangue venoso 
proveniente do trato Gl não segue diretamente para o coração. Ele entra primeiro na 
circulação porta que o conduz ao fígado. 
 
Principais funções dos segmentos do tubo digestório 
▪Cavidade Oral - Digestão mecânica e quimica, lubrificação e deglutição 
▪Faringe - Participa da deglutição 
▪Esôfago - Condução 
▪Estômago - Armazena e mistura alimentos às secreções gástricas, formando o quimo 
▪Intestino Delgado - Mistura conteúdo luminal com sucos digestivos(formando quilo), 
propulsiona o conteúdo, digestão e absorção de nutrientes - Reabsorção de maior parte dos 
líquidos 
▪Intestino Grosso - Reabsorção do resto dos líquidos 
 
Principais funções das glândulas anexas 
Glândulas salivares:​ Produz saliva que faz a digestão inicial do amido pela α-amilase 
(ptialina) e digestão inicial dos triglicerídios pela lipase lingual. Responsável pela 
lubrificação pelo muco do alimento ingerido. Proteção da boca e do esôfago pela diluição e 
tamponamento dos alimentos ingeridos 
Pâncreas: ​Produz e secreta suco pancreático alcalino que digere CD, PT, LP e AN. O suco 
pancreático neutraliza e protege o intestino. Isso ocorre porque o intestino precisa de 
proteção contra ácido e as enzimas só estão ativas em pH neutro. 
Fígado:​ Produz bile alcalina. Bile é um suco rico em sais minerais e tem ação emulsificante, 
portanto forma micelas em que a parte hidrofóbica do ácido biliar reage com a gordura e a 
parte hidrofilica reage com a água. É o 1° a receber todos os nutrientes, tudo que é 
absorvido pelo TGI passa pelo fígado e depois coração e pulmão. 
Vesícula biliar​: Armazena e secreta a bile. 
Mucosa 
Epitélio: consiste em uma camada única de células especializadas, que reveste o lúmen do 
trato GI. Forma camada contínua ao longo do tubo com as glândulas e os órgãos que 
drenam para o lúmen do tubo. 
No interior dessa camada de células, existem várias células epiteliais especializadas: 
Enterócitos absortivos, que expressam muitas proteínas importantes para a digestão e a 
absorção dos macronutrientes, sas mais abundantes. 
 
Células enteroendócrinas: ​contêm grânulos de secreção que liberam aminas e peptídios 
reguladores que ajudam a regular o funcionamento GI. Além disso, as células da mucosa 
gástrica são especializadas na produção de prótons, e as 
células produtoras de mucina, dispersas por todo o trato GI, produzem a mucina, que auxilia 
na proteção e lubrificação. 
A superfície do epitélio é formada por vilosidades e criptas. 
As vilosidades aumentam a área da mucosa e as criptas são invaginações ou pregas do 
epitélio. 
A lâmina própria, situada imediatamente abaixo do epitélio é rica em vários tipos de 
glândulas e contém vasos linfáticos, linfonodos, capilares e fibras nervosas. 
A lâmina muscular da mucosa é fina e é a camada de músculo liso mais interna do intestino. 
 
→ O epitélio de absorção tem apenas uma camada( epitélio simples colunar). Importante 
para absorção e secreção. 
→ Precisa de proteínas transportadoras específicas para cada nutriente. É um processo 
protetor, pois isso permite seleção do que entra no organismo. 
Submucosa:​ Em algumas regiões do trato GI, existem glândulas na submucosa. 
Os troncos nervosos, os vasos sanguíneos e os vasos linfáticos de maior calibre, da parede 
intestinal, estão na submucosa, juntamente com um dos plexos do sistema nervoso 
entérico. 
Camadas Musculares:​ A camada muscular externa consiste em duas camadas 
substanciais de células musculares lisas: camada circular interna e camada longitudinal 
externa. A parede do trato GI contém muitos neurônios interconectados. Essas duas 
camadas são responsáveis pelos movimentos peristálticos 
 
→ A submucosa contém densa rede de células nervosas, denominada plexo submucoso 
(plexo de Meissner). O importante plexo mioentérico (plexo de Auerbach) está localizado 
entre as camadas circular e longitudinal de músculo liso. Esses plexos intramurais 
constituem o SNE, que auxilia a integrar as atividades motora e secretora do sistema GI, 
muitas atividades são independentes do SNC. 
→ SNC próprio é formado pelo plexo mioentérico e submucoso. O TGI tem a mesma 
quantidade de neurônios que a medula espinhal. 
 
Epitélios nas diferentes porções do TGI 
▪Boca: Epitélio Estratificado pavimentoso queratinizado e não queratinizado ▪Orofaringe: 
Epitélio Estratificado pavimentoso 
▪Esôfago: Epitélio Estratificado pavimentoso 
▪Estômago: Epitélio simples colunar 
▪Intestino Delgado: Epitélio simples colunar com microvilosidades e criptas 
▪Intestino Grosso: Epitélio simples colunar com criptas apenas 
▪Reto: Epitélio simples colunar 
▪Ânus: Epitélio Estratificado pavimentoso altamente queratinizado 
 
MECANISMOS REGULADORES DO TRATO GASTROINTESTINAL 
▪O trato GI passa por períodos de quiescência relativa (o período entre as refeições) e por 
períodos de 
intensa atividade, após a ingestão de alimentos (período pós-prandial). Por isso, ele precisa 
detectar se houve ingestão de alimentos e responder a isso de modo apropriado. 
▪Além disso, a quantidade e tipo de macronutrientes pode variar, consideravelmente, de 
uma refeição para outra, e é preciso que existam mecanismos capazes de detectar essa 
variação e de preparar as respostas fisiológicas adequadas. Por isso, o trato GI precisa se 
comunicar com os órgãos associados, como o pâncreas. 
 ▪É preciso que existam mecanismos por meio dos quais os eventos que ocorrem em sua 
porção proximal sejam sinalizados para as partes mais distais e vice-versa. 
→ Há três mecanismos de controle principais envolvidos na regulação do funcionamento GI: 
o endócrino, o parácrino e o neural. 
 
Regulação Endócrina 
A regulação endócrina é o processo por meio do qual a célula sensora do trato GI, a célula 
enteroendócrina (CEE), responde a um estímulo secretando um peptídio ou hormônio 
regulador que viaja pela corrente sanguínea até células-alvo situadas em um local distante 
de onde ocorreu a secreção e também sobre estruturas glandulares associadas ao GI, 
como o pâncreas. 
Os hormônios GI têm efeitos sobre outros tecidos que não têm papel direto na digestão e na 
absorção, como células endócrinas do fígado e do cérebro. As CEEs podem ser 
estimuladas por impulsos neurais ou por outros fatores não associados à refeição. Elas 
podem ser do tipo: 
Aberto: ​essas células têm membrana apical, local onde ocorre a detecção dos estímulos, 
que está em contato com o lúmen do trato GI e a membrana basolateral pela qual ocorre a 
secreção. 
Fechado​: a membrana não entra em contato com a superfície luminal do intestino. 
Regulação Parácrina 
A regulação parácrina é o processo por meio do qual um mensageiro químico ou peptídio 
regulador é liberado por célula sensora, com frequência uma CEE da parede intestinal, se 
difunde pelo espaço intersticial e age sobre célula-alvo próxima.Os agentes parácrinos 
exercem suas ações sobre vários tipos diferentes decélulas da parede do trato GI, inclusive 
sobre as células musculares lisas, os enterócitos absortivos, as células secretoras das 
glândulas e, até mesmo, sobre outras CEEs 
Regulação neural 
A regulação neural ocorre quando um neurotransmissor é liberado por terminação nervosa, 
localizada no trato GI, e age sobre a célula inervada por esse neurônio. Entretanto, em 
alguns casos, não existem sinapses entre os nervos motores e as células efetoras do trato 
GI. A regulação neural do funcionamento do trato GI tem importância muito grande dentro 
dos órgãos, bem como entre partes distantes desse trato. O intestino é inervado por dois 
conjuntos de nervos: os sistemas nervosos 
intrínseco e extrínseco. 
 
→ O sistema nervoso extrínseco consiste nos nervos que inervam o intestino, mas que têm 
seus corpos celulares do lado de fora da parede do intestino. Esses nervos extrínsecos 
fazem parte do sistema nervoso autônomo (SNA). 
 → O sistema nervoso intrínseco, também chamado sistema nervoso entérico(SNE), é 
composto por neurônios cujos corpos celulares estão na parede do intestino (plexos 
submucoso e mioentérico). 
Algumas funções do trato GI são muito dependentes do sistema nervoso extrínseco, mas 
algumas funções que podem ser executadas de modo independente do sistema nervoso 
extrínseco são inteiramente mediadas pelo SNE. Entretanto, os nervos extrínsecos podem, 
com frequência, modular o funcionamento do sistema nervoso intrínseco. Existem reflexos 
intrínsecos e extrínsecos. 
 
Sistema Nervoso Extrínseco​:​ A inervação extrínseca que se dirige ao intestino é composta 
pelas duas principais subdivisões do SNA, a simpática e a parassimpática. 
 A inervação parassimpática que chega ao intestino é composta pelos nervos vago e 
pélvicos. 
Os axônios desses neurônios pré-ganglionares cursam por nervos (nervos vago e pélvicos, 
respectivamente) até o intestino, onde fazem sinapse com neurônios pós-ganglionares na 
parede do órgão que, neste caso, são neurônios entéricos da parede do intestino 
 
(As fibras parassimpáticas pré-ganglionares fazem sinapses nos plexos mioentérico e 
submucoso). Esses nervos eferentes não inervam, diretamente, as células efetoras, 
situadas na parede do intestino. A transmissão nervosa ocorre sempre por meio de 
neurônio do SNE. 
 
A sinapse existente entre os neurônios pré-ganglionar e pós-ganglionar é sempre do tipo 
nicotínico 
O nervo vago: inerva o esôfago, o estômago, a vesícula biliar, o pâncreas, a primeira parte 
do intestino, o ceco e a parte proximal do cólon. 
 
Os nervos pélvicos:​ inervam a parte distal do cólon e a região anorretal, além de outros 
órgãos pélvicos que não fazem parte do trato GI 
A inervação parassimpática inerva plexo mas não inerva diretamente células do TGI 
A inervação simpática é formada por corpos celulares situados na medula espinhal e fibras 
nervosas que terminam nos gânglios pré-vertebrais (gânglios celíaco e mesentéricos 
superior e inferior). 
Esses corpos celulares e suas fibras nervosas correspondem aos neurônios 
pré-ganglionares. Essas fibras nervosas fazem sinapse com neurônios pós-ganglionares 
localizados nos gânglios, e as fibras destes últimos saem dos gânglios e se dirigem ao 
órgão-alvo, acompanhando os principais vasos sanguíneos e seus ramos 
(As fibras adrenérgicas simpáticas pós-ganglionares saem dos gânglios prévertebrais e 
fazem sinapse nos plexos mioentérico e submucoso). 
 
Algumas ​fibras simpáticas vasoconstritoras​ inervam, diretamente, os vasos sanguíneos 
do trato GI (regula fluxo sanguíneo), e outras fibras simpáticas inervam estruturas 
glandulares da parede do intestino. ​O sistema nervoso simpático​ tende a inibir o 
funcionamento GI e, com frequência, é ativado em circunstâncias fisiopatológicas. No geral, 
a ativação do sistema simpático inibe a função da musculatura lisa, mas existe exceção: a 
ativação da inervação simpática dos esfíncteres GI tende a provocar a contração da 
musculatura lisa dessas estruturas. 
 
Existe via reflexa, cujos componentes — neurônios aferentes, interneurônios e neurônios 
eferentes — fazem parte da inervação extrínseca que se dirige ao trato GI. Os reflexos 
podem ser 
totalmente mediados pelo nervo vago (chamados reflexo vagovagal), que tem fibras 
aferentes e eferentes. Esses reflexos extrínsecos são muito importantes para a regulação 
do funcionamento GI, após a ingestão de refeição A inervação simpática inerva plexo e 
inerva diretamente as próprias células do TGI - como as células do músculo liso e vasos 
 
Sistema Nervoso Intrínseco​:​ O SNE é composto por dois plexos principais, O plexo 
mioentérico e o plexo submucoso, que consistem em grupos de corpos celulares (gânglios) 
e suas fibras, todas originadas na parede do intestino. 
Os neurônios dos dois plexos estão conectados por fibras interganglionares. De modo 
similar aos neurônios da parte extrínseca do SNA, os neurônios(plexos) do SNE são 
caracterizados, funcionalmente, como neurônios aferentes(sensitivo), interneurônios e 
neurônios eferentes(secretomotor). Assim, todos os componentes de uma via reflexa podem 
estar contidos no SNE. 
 
Os estímulos que chegam à parede do intestino são detectados por neurônios aferentes, 
que ativam interneurônios. Após serem ativados, os interneurônios ativam neurônios 
eferentes e, como consequência, ocorre alteração no funcionamento do órgão. Assim, o 
SNE é capaz de agir, de modo autônomo, em relação à inervação extrínseca. 
Os neurônios do SNE são inervados por neurônios extrínsecos e, portanto, o funcionamento 
dessas vias reflexas pode ser modulado pelo sistema nervoso extrínseco. 
É capaz de realizar suas próprias funções integrativas e vias reflexas complexas. 
 
Estima-se que existam no SNE tantos neurônios quantos existem na medula espinhal. 
Muitos hormônios GI também agem como neurotransmissores do SNE e do encéfalo em 
regiões envolvidas na eferência autônoma. Esses mediadores e peptídios reguladores são, 
por essa razão, denominados "peptídios cérebro-intestinais", e os componentes intrínsecos 
e extrínsecos que inervam o intestino são, às vezes, chamados de "eixo cérebro-intestinal". 
Plexo mioentérico ​(plexo de Auerbach) controla principalmente a motilidade do músculo 
liso gastrintestinal. 
Plexo submucoso​ (plexo de Meissner) controla principalmente a secreção e o fluxo 
sanguíneo recebe informações sensoriais dos quimiorreceptores e dos mecanorreceptores 
no GI. 
 
FASES CEFÁLICA, ORAL E ESOFÁGICA DA RESPOSTA INTEGRADA À REFEIÇÃO 
▪As respostas do trato GI para a presença de alimento são principalmente associadas ao 
preparo do trato GI para a digestão e absorção 
FASE CEFÁLICA 
▪A principal característica da fase cefálica é a ativação do trato GI em prontidão para a 
refeição. Os estímulos envolvidos são cognitivos e incluem a antecipação e o pensamento 
sobre o consumo da comida, o estímulo olfatório, o estímulo visual (ver e cheirar uma 
comida apetitosa, quando se está com fome) e estímulos auditivos. 
▪​Função:​ Preparar TGI para chegada de alimento 
▪​Estímulos​: som, pensamento, cheiro 
▪​Duração​: Curta 
▪Mecanismo: 
Neural Nervo Vago(parassimpático) e sinapses no plexo submucoso do TGI 
▪​Ações​: Estômago, intestino e órgãos glandulares iniciam secreção e aumentam motilidade 
 
→ As fibras eferentes ativam os neurônios motores pós-ganglionares (referidos como 
motores porque sua ativação resulta na alteração da função de célula efetora). O fluxo 
parassimpático aumentado melhora a secreção salivar, a secreção de ácido gástrico, a 
secreção enzimática do pâncreas, a contração da bexiga e o relaxamento do esfíncter de 
Oddi (o esfíncter entre o dueto comum da bile e o duodeno). A resposta salivar é mediada 
pelo nono nervo craniano; as respostas remanescentes são mediadas pelo nervo vago. 
 
FASE ORAL 
▪Em relação à fase cefálica, a única diferença é que a comida está em contato com a 
superfície do trato GI. Assim, existem estímulos adicionais gerados da boca, ambos 
mecânicos e químicos (sabor) 
▪A presença do alimentona boca gera os seguintes estímulos: 
- Estímulo da secreção salivar - Estímulo da secreção gástrica 
- Estímulo da secreção pancreática 
- Estímulo da contração da vesícula biliar 
→ O estímulo da cavidade oral inicia respostas mais distais do trato GI, incluindo a secreção 
de aumentada ácido gástrico, a secreção aumentadas de enzimas pancreáticas, a 
contração da vesícula biliar e o relaxamento do esfíncter de Oddi, mediado pela via eferente 
vagal. 
Secreções do TGI e das glândulas associadas 
▪Água: Importante para ação enzimática das proteínas que são estáveis na água 
▪Eletrólitos: Importante para formação de gradientes osmóticos 
▪Proteínas: Importantes para digestão, lubrificação e defesa. 
▪Agentes humorais: Anticorpos 
Secreção salivar 
▪Estimulada nas fases cefálica e oral 
▪Funções: - Formação do bolo alimentar para a deglutição - Início da digestão de 
carboidratos e lipídeos - Neutralização do refluxo gástrico no esôfago - Ação antibacteriana 
Glândulas salivares 
▪São estruturas tubuloalveolares 
▪Quando a produção de saliva é estimulada, as células mioepiteliais, que revestem os 
ácinos e ductos iniciais, contraem-se e ejetam a saliva na boca 
▪Conforme a saliva passa nos ductos, o bicarbonato é liberado 
A secreção primária é produzida pelas células acinares nas partes secretórias finais 
(ácinos) e é modificada pelas células dos ductos intercalares, quando a saliva passa por 
eles. 
A secreção primária​: 
- É isotônica 
- Concentração dos íons principais é similar à do plasma. 
As células do ducto excretor e as células do ducto estriado modificam a secreção primária, 
para produzir a secreção secundária. As células do ducto reabsorvem Na+ e Cl- e secretam 
K+ e HC03- no lúmen. No repouso, a secreção salivar final é: - Hipotônica - Levemente 
alcalina. 
▪Quando a secreção salivar é estimulada, ocorre diminuição no K+ (mas sempre permanece 
acima das concentrações plasmáticas), o Na+ aumenta em direção aos níveis plasmáticos, 
o Cl- e o HC03- aumentam e, assim, a secreção fica mais alcalina. 
Com o aumento da intensidade da secreção, há menos tempo para a modificação pelos 
duetos, e a saliva resultante se assemelha à secreção primária, portanto, ao plasma. 
Entretanto, a [HC03 ] permanece alta porque é secretada pelo dueto e, possivelmente, 
pelas células acinares, pela ação dos secretagogos 
 
 
 
Composição inorgânica da saliva 
▪A composição inorgânica é inteiramente dependente do estímulo e da intensidade do fluxo 
salivar. Nos humanos, a secreção salivar é sempre hipotônica. Os principais componentes 
são: Na+, K+, HC03-, Ca++, Mg++ e Cl-. 
Composição orgânica da saliva 
▪Amilase (uma enzima que inicia a digestão do amido), 
▪Lipase (importante para a digestão lipídica), 
▪Glicoproteína (mucina que forma muco quando hidratada) 
▪Lisozima (ataca as paredes de células bacterianas, para limitar a colonização bacteriana na 
boca 
Regulação da produção de saliva 
▪Estimulação salivar noradrenérgica(simpática) bifásica: 
1)Inicialmente: Eleva fluxo mucoso 
2)Posteriormente: Reduz fluxo (vasoconstrição) 
 
▪Estimulação salivar colinérgia(parassimpática) 
Tem efeito vasodilatador e aumenta fluxo salivar (serosa=aquosa) 
 
→ Embora a estimulação de ambos aumente as secreções, o componente simpático é 
transitório e produz menor volume de secreções do que o sistema parassimpático, que é 
mediado pelos núcleos salivares localizados no bulbo. Os neurônios dos núcleos 
salivatórios recebem estímulos(pensamentos,olfato, etc) que alteram atividade 
parassimpática. 
 
Deglutição 
▪A deglutição pode ser iniciada voluntariamente, mas em seguida fica quase totalmente sob 
o controle reflexo. O reflexo da deglutição é sequência rigidamente ordenada de eventos, 
que levam o alimento da boca para a faringe e de lá para o estômago. Esse reflexo também 
inibe a respiração e impede a entrada do alimento na traqueia durante a deglutição. 
Reflexo da deglutição 
▪A via aferente do reflexo da deglutição começa quando os receptores de estiramento, mais 
notadamente os próximos à abertura da faringe, são estimulados. Impulsos sensoriais 
desses receptores são transmitidos para uma área no bulbo e na ponte inferior, chamada 
centro da deglutição. Os impulsos motores passam do centro da deglutição para a 
musculatura da faringe e do esôfago superior, via vários nervos cranianos e para o restante 
do esôfago por neurônios motores vagais. 
→ A partir daí, o alimento move-se para baixo no interior do esôfago, propelido por ondas 
peristálticas e auxiliado pela gravidade. 
 
Deglutição infantil 
Língua e mm. faciais estabilizam a mandíbula. Para acontecer a deglutição no 
recém-nascido ele deve impulsionar a língua para a frente, para criar um vedamento e 
conseguir realizar a pressão necessária para deglutir. Assim, na deglutição normal infantil a 
língua empurra os rebordos das gengivas e os lábios. 
Mamadeira: libera quantidade de leite maior, assim a criança faz menos esforço, o que pode 
prejudicar o desenvolvimento dos músculos. Além disso ela propicia o aprendizado 
distorcido da deglutição. 
 
Deglutição Madura Normal 
A lingua fica atrás dos incisivos e a mandíbula é estabilizada pelos músculos mastigatórios. 
Com a irrupção dos primeiros dentes a criança é forçada a retruir a língua, iniciando o 
processo de deglutição sem sucção. 
Deglutição atípica 
A lingua fica entre os dentes durante a deglutição. Pode desencadear qualquer tipo de má 
oclusão. 
Causas prováveis da deglutição atípica: aleitamento artificial, macroglossia, tonsilas/ 
adenoide inflamada, desequilíbrio no controle nervoso, freio lingual anormal, perdas de 
dente precoces, diastemas anteriores 
 
FASE ESOFÁGICA 
Esôfago, esfíncter esofágico superior(EES) e esfíncter esofágico inferior(EEI) 
-funções: 
Funções propulsivas: 
- Faringe: Trasferencia do alimento para o esôfago 
- EES: Permite a entrada do alimento para o esôfago 
- Esôfago: Transporta o bolo da faringe para o estômago 
- EEI: Protege o esôfago do refluxo gástrico 
 
O EES e EEI são formados pelo espessamento do músculo estriado ou liso circular, 
respectivamente. O 1/3 inicial do esôfago é composto por músculo estriado, 1/3 médio por 
músculo estriado e liso, e o 1/3 final por músculo liso. 
O EEI não é um esfincter verdadeiro, mas uma região de tensão muscular relativamente 
alta que atua como uma barreira entre o esôfago e o estômago 
Efeitos protetores: 
- EES: Protege as vias aéreas do material deglutido e do refluxo gástrico - Esôfago: 
Limpeza do material de refluxo do estômago 
- EEI: Permite a entrada de comida no estômago 
 
Atividade motora durante a Fase Esofágica 
O EES, esôfago e o EEI atuam de modo coordenado para impulsionar o material da faringe 
para o estômago. 
 - Ao final da deglutição, o bolo passa pelo EES, e a presença do bolo, pela estimulação de 
mecanorreceptores e de vias reflexas, inicia a onda peristáltica (contração alternando com 
relaxamento do músculo) ao longo do esôfago, o que é chamado de peristaltismo primário. 
- Essa onda se desloca pelo esôfago para baixo, lentamente. 
A distensão do esôfago pelo movimento do bolo desencadeia outra onda, chamada 
peristaltismo secundário. 
- A estimulação da faringe pela deglutição do bolo também produz o relaxamento reflexo do 
EEI e da região mais proximal do estômago. 
- A contração tônica fraca do EEI está associada à doença do refluxo 
 
Estímulos que iniciam a atividade muscular do esôfago​: 
- Estímulo mecânico na laringe durante deglutição 
- Estímulo mecânico - distensão da parede esofágica 
Esses estímulos ativam vias neurais que geram reflexos extrínsecos e intrínsecos. 
Resultado dos reflexos extrínsecos e intrínsecos(a cada deglutição): 
- Peristaltismo do esôfago(músculo estriado e liso) 
(O músculo estriado é regulado pelo núcleo ambíguo no tronco cerebral e o músculo liso é 
regulado pelo efluxo parassimpático via nervo vago). 
- Relaxamento do EEI 
- Relaxamento da porção proximal do estômago 
 
FASE GÁSTRICA 
- O estômago é divididoem três regiões: a cardia (inclui esfíncter), o corpo (fundo) e o antro. 
- É subdividido em duas regiões funcionais: as partes proximal(apresenta menor contração) 
e a distal(músculo mais forte). 
- As pregas estão localizadas principalmente no corpo do estômago, permitindo a distensão. 
- As hemácias dependem muito da vitamina B12 para que se formem e maturem. - Se o 
ácido atravessar o muco ele ainda pode ser neutralizado pelo HCO3-. 
- A força tônica é responsável pela contração leve. - A região verde é a mais importante pois 
inicia o movimento peristáltico. - O fundo apresenta parede fina que se expande para 
acomodar alimentos e o corpo apresenta pregas longitudinais que de distende para 
acomodar alimentos. Essas duas características permitem uma expansão de 20x o volume 
quando vazio. Vazio apresenta volume de 50ml e cheio de 1000ml. 
 
▪O revestimento interno do estômago é recoberto por epitélio colunar dobrado, para formar 
em as criptas gástricas; cada cripta é a abertura de ducto, no qual uma ou mais glândulas 
gástricas lançam suas secreções A região glandular da cárdia, localizada abaixo do EEI, 
contém, principalmente, células glandulares de secreção de muco. O restante da mucosa 
gástrica é dividido em: 
▪ região glandular oxíntica ou parietal (secretora de ácido) na parte proximal do estômago; e 
▪ região glandular pilórica na parte distal do estômago. 
▪A abertura da glândula é chamada istmo e tem o interior recoberto com células mucosas 
superficiais e poucas células parietais. 
▪As células parietais ou oxínticas e as células principais ou pépticas(que secretam 
pepsinogênio) 
estão localizadas na profundidade da glândula. 
▪Glândulas oxínticas contêm também células semelhantes a células enterocromafins (que 
secretam histamina) e células D (que secretam somatostatina) 
▪As células parietais são mais numerosas nas glândulas do fundo e as células secretoras de 
muco são mais numerosas na região pilórica.(glândulas pilóricas contêm células G que 
secretam gastrina) 
▪Células endócrinas estão dispersas por toda a glândula. 
 
Secreção gástrica 
O fluido secretado pelo estômago é chamado suco gástrico, uma mistura das secreções das 
células da superfície epitelial e as secreções das glândulas gástricas. 1 a 2L de suco 
gástrico são liberados por dia. O H+ é um dos componentes mais importantes do suco 
gástrico, sua função é a conversão do pepsinogênio inativo (a principal enzima do 
estômago) em pepsinas. O H+ também impede a invasão e a colonização do intestino por 
bactérias e outros patógenos. O estômago também secreta HCO3- e muco que o protegem, 
e o fator intrínseco. 
▪HCL 
- Apresenta pH 1 a 2 durante estimulação 
- É produzido pelas células parietais (H+/K+ ATPase) 
- Converte pepsinogênio em pepsina - Ação bactericida A célula pariental atua como uma 
bomba de próton, em que ocorre a liberação de prótons para a luz do estômago. É um 
transporte ativo, acoplado com entrada de K+(co-transporte) 
O Cl-, então, segue o gradiente elétrico criado por H+, movendo-se através de canais de 
cloreto abertos. O resultado líquido é a secreção de HCl pela célula. (o omeprazol é um 
inibidor da bomba de prótons) 
▪Pepsinogênio 
- Produzido pelas células principais 
- A pepsina tem função de digerir as proteínas 
- Sua função pode ser substituída pelas proteases pancreáticas 
▪Muco 
-​ É secretado pelas células mucosas superficiais 
- Retém HCO3- e protege contra HCL e pepsina 
▪HCO3- 
- É secretado por células mucosas superficiais 
A ingestão de alimento aumenta a secreção de muco e de bicarbonato. 
 
Regulação da secreção gástrica 
Nutrientes (oligopeptídeos e aminoácidos) também provocam estimulação química quando 
presentes, no lúmen gástrico. 
A regulação da função do estômago, durante a fase gástrica depende de componentes 
endócrinos, parácrinos e neurais. 
Esses componentes são ativados por estímulos mecânicos e químicos, que resultam em 
vias reflexas neurais intrínsecas e extrínsecas, importantes para a regulação da função 
gástrica. 
Gastrina: 
- Quando a célula G (no antro-piloro) percebe a presença de comida, ela libera a gastrina 
- A gastrina por sua vez Estimula a célula parietal a produzir HCL Estimula a célula ECL a 
secretar histamina Histamina: 
- Também age estimulando a célula parietal a secretar HCl Célula D: 
- Percebe baixo pH e produz somatostatina que inibe a produção de gastrina pela célula G 
 
Secreção gástrica de pepsinogênio é regulada por: 
- Acetilcolina, histamina, gastrina, CCK e secretina. 
Secreção gástrica de bicarbonato, muco e fator intrínseco 
- Acetilcolina. 
No duodeno há células 1 e 5: 
- A célula 1 produz CCK 
- A célula 5 produz secretina 
- CCK e secretina inibem secreção de pepsinogênio 
- As células 1 e 5 percebem a presença de quimo e sinalizam para que o estômago não 
esvazie e a digestão do alimento que está no duodeno possa continuar. 
 
Regulação neural​: - Mecanorreceptores e quimiorreceptores detectam a presença do 
alimento e a resposta é a liberação de ACh. Quando os mecanorreceptores e 
quimiorreceptores detectam alimentos eles enviam a informação para o tronco encefálico e 
a resposta é a ativação eferente vagal, que estimula secreção gástrica. 
 
Úlceras 
Causas: 
- Imunidade baixa 
- Presença de H.pilory AINEs e corticóides podem agredir o estômago devido à inibição da 
síntese de prostaglandinas. 
 
 
 
 
Digestão no estômago 
Carboidratos:​ Amilase(protegida do pH baixo pela ligação ao substrato Lipídeos: Lipase 
gástrica(Triacilgliceróis são transformados em monoglicerídeos e A. graxos livres). 
No estômago ocorre apenas 10% da digestão de lipídeos, maior parte ocorre no 
intestino.(uma porcentagem bem pequena ocorre na boca) 
Proteínas​: Pepsina 
O peristaltimo ocorre do esôfago até o reto. É um anel de contração que se move e propele 
material ao longo do TGI. Ocorre contração muscular acima do estímulo e relaxamento 
muscular abaixo do estímulo conforme ele vai se movendo no TGI. O aumento da pressão 
intragástrica deflegra anel peristáltico. Quando o movimento peristáltico é intensificado 
ocorre o relaxamento do piloro. 
 
Relaxamento receptivo do estômago 
É o relaxamento da porção superior do estômago, desencadeado por : 
- Movimentos da faringe e esôfago(nervo vago) 
- Entrada de alimentos no estômago(reflexos intrínsecos) 
Esvaziamento gástrico 
Depende de: 
- Contração do antro 
- Relaxamento do piloro e da parte superior do duodeno 
Taxa de esvaziamento gástrico 
Depende de: 
- Composição do quimo 
- Volume do quimo 
- Força das contrações gástricas 
 
Motilidade gástrica 
- A porção distal do estômago é importante para mistura dos conteúdos gástricos e 
propulsão em direção ao duodeno, nessa região o antro está presente. 
- ANTRO: é uma espessa camada muscular que promove fortes contrações 
Na fase gástrica: 
- O piloro está fechado a maior parte do tempo 
- As contrações antrais são importantes inicialmente para trituração e posteriormente para 
esvaziamento gástrico. 
O esfíncter pilórico fica localizado na junção gastroduodenal. 
Esse breve movimento retrógado, chamado retropulsão, permite uma melhor mistura e 
quebra mecânica do alimento. 
 
Contrações gástricas:​ frequência dos potenciais de ação e força de contração 
- É estimulada por: parassimpático, gastrina e motilina - É inibida por: simpático, CCK, 
secretina e GIP(peptídeo inibitório gástrico, produzido no duedeno) 
Vômito 
Ocorre:​ salivação e náusea, palidez, aumento da F. cardíaca e sudorese. O peristaltismo 
invertido esvazia a parte superior do ID para dentro do estômago. Nesse momento a glote 
se fecha para evitar a aspiração. Além disso os músculos da parede abdominal se contraem 
(para aumentar pressão intra-abdominal), EEI e esôfago relaxam, e o conteúdo gástrico é 
ejetado 
Estímulos:​ - Irritação da mucosa do TGI superior, movimento(origem central), cheiros e 
visões(origem central - sistema límbico) e agentes químicos(origem central - 4° ventrículo) 
 
FASE DO INTESTINO DELGADO 
Nesse local,o alimento é misturado a diversas secreções que permitem sua digestão e 
absorção, e as funções de motilidade servem para garantir a mistura adequada e a 
exposição do conteúdo intestinal (quimo) à superfície de absorção. 
Especializações que aumentam superfície de contato com o quimo: 
- Longo tubo - Pregas em mucosa e submucosa - Vilosidade na mucosa e microvilosidades 
nos enterócitos. Esvaziamento gástrico na fase do intestino delgado. É regulado por vias 
neurais e hormonais 
 
Durante a fase do intestino delgado: 
I. Quando alimento está no estômago: - Aumenta o tônus na porção proximal do estômago, 
aumenta força de contração antral, ocorre abertura do piloro e inibição simultânea das 
contrações no duedeno 
II. Quando alimento chega no intestino delgado: A ativação reflexa dos eferente vagais gera: 
- Redução da força das contrações antrais, contração do piloro, redução da motilidade 
gástrica proximal, inibição do esvaziamento gástrico e inibição da secreção gástrica. 
Secreção pancreática: 
- É a maior contribuinte da digestão enzimática da refeição(quantitivamente) - É composta 
por: enzimas, água e íons bicarbonato(neutraliza o ácido gástrico e a ação da pepsina) A 
pepsina só é ativa em pH ácido. O duodeno não apresenta uma camada espessa de muco, 
por isso é importante que haja a neutralização da acidez. 
I. Secreção primária no pâncreas:​ - É produzido pelas células acinares 
- Tem constituintes orgânicos e concentração iônica semelhantes ao do plasma - Apresenta 
zimogênios(precursores inativos de uma enzima, dessa forma protegem as células 
secretoras), amilase, lipase, desoxirribunuclease e ribonucleases. 
II. Secreção secundária​: - Os ductos diluem e alcalinizam o suco pancreático ao mesmo 
tempo que reabsorvem íons cloreto. 
 
Secreção biliar: 
Não tem enzimas, mas tem substâncias com função detergente: os ácidos biliares 
emulsificam os lipídeos para auxiliar na sua digestão pela lipase pancreática. 
Digestão dos carboidratos 
Ocorre em duas fases: I. No lúmen do intestino: Polissacarídeos são transformados em 
oligossacarídeos II. Na superfície dos enterócitos(digestão da borda em escova) 
Oligossacarídeos são transformados em monossacarídeos 
Captação de carboidratos 
A glicose entra com Na+ pelo SGLT pela borda em escova no enterócito e sai do enterócito 
pelo GLUT2 na membrana basolateral. A entrada de glicose na célula é ativa, e a saída é 
passiva. 
 
Deficiência de lactase - Intolerância a lactose 
- É uma das síndromes de má-absorção - Congênita ou adquirida 
A lactose é um dissacarídeo formado por glicose e galactose. A lactase é uma enzima que 
está nos enterócitos, na borda em escova. 
Def. de lactase congênita - fezes explosivas, aquosas e espumosas - distensão abdominal - 
prontamente corrigida com a retirada do leite Def. de lactase adquirida: - Pode estar 
associada com infecções intestinais bacterianas ou virais - Pode estar associada com 
outras doenças do intestino 
A lactose na ausência da lactase não é metabolizada. Os microorganismos da flora 
intestinal digerem a lactose em ácido lático. A lactose e o ácido lactico criam um gradiente 
osmótico que causam diarréia. Além disso, nesse processo, os microorganismos produzem 
CH4 e H2 que causam distensão abdominal. 
 
Doença celíaca 
É uma sensibilidade ao glúten: ocorre reação inflamatória crônica mediada por linfócitos T 
em que há a destruição das vilosidades pelo próprio sistema imune. É uma doença 
multifatorial (fatores predisponentes genéticos + resposta imune do hospedeiro + fatores 
ambientais) Essa doença causa atrofia ou perda total das vilosidades, assim ocorre menor 
absorção de nutrientes, podendo causar perda de peso e fadiga. Além disso outros 
sintomas como diarréia, flatulência e lesões cutâneas ocorrem. 
 
Digestão de proteínas 
As proteínas podem ser hidrolizadas em longos peptídeos simplesmente pelo pH ácido do 
estômago. Para a absorção de proteínas para o corpo, três fases da digestão, mediada 
enzimaticamente, são necessárias. A primeira fase ocorre no lúmen do estômago e é 
mediada pela pepsina. 
 
Digestão de lipídeos 
- A lipase lingual e a lipase gástrica apresentam pouco significado quantitativo para a 
digestão de lipídeos. - A maior parte da digestão dos triacil-gliceróis(TAG) começa no 
duodeno pela ação da lipase pancreática - A digestão de ésteres de colesterol, ésteres de 
vitaminas lipossolúveis e fosfolipídeos ocorrer através da colesterol esterase pancreática. 
 
Ação dos sais biliares 
- Tem ação detergente que faz com que os lipídeos formem micelas, facilitando a ação da 
lipase pancreática. - Mantém os lipídeos em solução - Facilitam transporte de lipídeos para 
os enterócitos - absorção 
A microbiota do intestino grosso juntam o ácido biliar com sais, formando sais biliares, que 
são novamente absorvidos e vão para o fígado. 
Secreção e absorção de água e eletrólitos 
Intestino delgado recebe cerca de 9 litros de fluido por dia e apresenta importante função 
absortiva. - Absorção de água ocorre por efeito osmótico dos nutrientes - Bombas de 
Na+H+ e HCO3- (entre as refeições) - O ID também secreta água para o lúmen através da 
secreção de Cl- e bicarbonato. 
 
Motilidade do ID 
No período pós-prandial: - Segmentação(mistura)= padrão de contrações que permite 
digestão e absorção CCK parece contribuir. - Peristaltismo= depois que a refeição foi 
digerida e absorvida o peristaltismo faz a limpeza dos resíduos não-digeridos. O 
peristaltismo reflete a ação da acetilcolina e substância P próximas aos locais de dinstensão 
intestinal, eles timulam contração. VIP e NO estimulam relaxamento. 
ID e IG 
Semelhanças​: - Movimentos (peristaltismo e segmentação) - Absorção 
(nutrientes/eletrólitos/água) - Enterócitos (no intestino é chamado de colonócito) Diferenças: 
- ID não tem microbiota, IG tem microbiota - ID tem vilosidades e microvilosidades, IG tem 
apenas microvilosidades. 
As funções primárias do intestino grosso são a de digerir e de absorver os componentes da 
refeição, que não podem ser digeridos ou absorvidos, mais proximalmente, reabsorver o 
fluido remanescente, que foi utilizado durante o movimento da refeição ao longo do trato 
gastrointestinal, e armazenar os produtos que sobraram da refeição, até que possam ser 
eliminados do corpo

Outros materiais