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Beatrice Constance TXX URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS ONCOLÓGICAS Síndrome de Compressão Medular Causas: metástases ósseas (crescimento por contiguidade comprimem ou fraturam, levando ao desabamento da coluna) ou tumores primários (ex.: sarcoma de retroperitônio) → simulam um trauma raquimedular Sinais e sintomas: dor na coluna, déficits motores ou sensitivos, disfunção esfincteriana Diagnóstico: RNM, TC, RX Tratamento: cirúrgico assim que possível. No pronto atendimento fazer dexametasona 10mg de ataque, em seguida 4mg de 6/6h. Contraindicação: quando o grau de acometimento da coluna é tanto que não tem como fixá-la. Neste caso deve ser feita RT. Hipercalcemia da Malignidade Sintomas: rebaixamento do nível de consciência, alterações neurológicas Causas: • na maioria das vezes é uma sd. paraneoplásica → PTHrp. Só está presente em pessoas que tem o câncer em atividade. O PTH neste caso estará diminuído. • Metástases osteolíticas que fazem liberação de cálcio na corrente sanguínea (mieloma múltiplo, CA mama) • Calcitriol (linfomas, doenças granulomatosas) • PTH ectópico DD confusão mental: hipoglicemia, abuso de drogas, distúrbios hidroeletrolíticos, desidratação, delirium, AVC, metástase SNC Tratamento: 1. Hidratação 200-300 ml/h (aumenta diurese e calciúria). Manter a diurese > 100 ml/h 2. Diurético: para manter a euvolemia conforme necessário (evita EAP) 3. Bisfosfonados: inibem a ação dos osteoclastos e diminuem o turnover celular do cálcio. Não pode ser usado em pctes com clearence de creatinina < 30ml/min. A longo prazo pode dar osteonecrose de mandíbula. 4. Calcitonina – RARO! Não usar, leva a uma queda do cálcio efêmera 5. Corticoide: se a hipercalcemia for causada por doenças hematológicas Neutropenia Febril Definição: t > 38,3ºC isolada ou > 38ºC por 1h + neutrófilos < 500. Se houver sinal clínico de infecção na ausência de febre (ex.: idosos, choque) deve ser considerada neutropenia febril. • Pode ter neutropenia febril se neutrófilos < 1000 com tendência à queda. Isto é, em pctes em QT que ainda não atingiram o nadir (< 14 dias) e estão com < 1000 neutrófilos. A maior parte dos microrganismos que causam a neutropenia são gram positivos, mas devem ser utilizados antibióticos de amplo espectro. Conduta: 1. Hemocultura 2. Antibioticoterapia imediata a. Baixo risco → tto ambulatorial → ATB VO (cipro + amox/clavulanato) i. Foco urinário 5 dias ii. Foco pulmonar 7 dias iii. Foco cutâneo 10 dias OBS. 1: Critérios de baixo risco (se presença de qualquer disfunção orgânica = alto risco) ✓ Neutrófilos ≥ 100 ✓ RX tórax normal ✓ Função renal e hepática normais ✓ Ausência de dor abdominal ✓ Ausência de alteração neurológica ✓ Ausência de comorbidades ✓ Evidência de recuperação medular Se o pcte estiver em situação de vulnerabilidade social ou ↓cognição, tratar como alto risco. b. Alto risco: internação + ATB EV (cefalo de 4ª, tazobactam ou carbapenêmico) OBS. 2: Critérios para associar cobertura para gram positivos - vancomicina/ teicoplanina: ✓ Mucosite (mais chance de infecção por gram +) ✓ Infecção de pele/ cateter ✓ Pneumonia ✓ Uso de quinolonas nos últimos 30 dias ✓ Instabilidade clínica e hemodinâmica Beatrice Constance TXX OBS. 3: Critérios para associar cobertura contra anaeróbios: ✓ Sinusite ✓ Abcesso perianal ✓ Infecção abdominal OBS. 4: Cobertura para fungos se tempo de neutropenia > 5 dias (anfotericina B) OBS. 5: Cobertura para vírus não é recomendada exceto se isolamento viral + clínica ou epidemiologia sugestivas 3. Suporte clínico Evolução: Se pcte afebril, culturas negativas e recuperação medular após 72h → alta Se após 72h mantiver febre ou piora clínica importante independente do tempo → colher nova cultura e escalonar/trocar os ATBs OBS. 6: uso de fatores estimuladores de colônia (filgastrina) diminuem o tempo de recuperação medular, mas não tem impacto na mortalidade pois o principal componente do tto é o atb. Síndrome de Veia Cava Superior Ocorre obstrução do fluxo da VCS, seja por câncer, metástase ou outra condição não- oncológica (trombose da veia cava, TB, sarcoidose) Causas: CA de pulmão pequenas células e não pequenas células e linfomas Não-Hodgkin. Fisiopatologia: Obstrução da VCS → desvio para vv. ázigos → circulação colateral Quadro clínico • Aumento da trama vascular torácica • Edema • Rubor facial • Dispneia Tratamento: angioplastia da VCS e tratar a causa
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