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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS CADEIA DE SUPRIMENTOS DO PNEU GABRIEL CAMPOS PEREIRA DOS SANTOS RUAM PÁDUA REIS TULIO CASTRO AZA VINICIUS HONÓRIO DE SOUZA PASSOS 2019 1- DEFINIÇÕES E CONCEITOS 1.1. O QUE É LOGÍSTICA É uma área de gestão com finalidades voltadas para o planejamento de armazenagem, distribuição e circulação de produtos de forma rápida e eficiente. 1.2. CADEIA DE SUPRIMENTOS É uma rede que envolve todos os processos diretamente e indiretamente ligados ao produto, desde o armazenamento da matéria-prima até o último estágio que é o consumidor. Todas as atividades até a venda do produto estão interligadas no geral. 1.3. NOVA VISÃO DE LOGÍSTICA É analisar toda a cadeia de suprimentos e buscar melhoria nos processos envolvidos para melhorar a logística de toda a cadeia e também dar enfoque na logística reversa melhorando os processos de reutilização de materiais de descarte correto dos restos da cadeia. 1.4. SUPPLY CHAIN MANAGEMENT É um modelo de gerenciamento utilizado na logística integrada, ele abrange todo o processo logístico de um determinado produto, desde a fabricação até o consumidor final, se busca com ele resultados positivos para os negócios e para a satisfação dos clientes. 1.5. FATORES QUE INFLUENCIAM UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS Os fatores chave que influenciam no desempenho de uma cadeia de suprimentos são: estoques, transportes, instalações e informações. A partir desses fatores que são feitas análises para melhorar o desempenho da cadeia. Cada um dos fatores estão diretamente ligados a cadeia da seguinte maneira: Estoques: é a matéria-prima, os produtos em processos e os produtos acabados. Transporte: é a movimentação de estoques de um lado para o outro dentro da cadeia, ele é feito a partir de várias rotas e tem a utilização de vários modais. Instalações: são os locais estratégicos ao longo da rede que abastece uma variedade de cadeias onde o estoque é fabricado ou armazenado. Informação: são os dados relacionados a estoques, instalações, transporte e clientes que fazem parte da cadeia, os dados colhidos e as analises feitas a partir dessas informações são de extrema importância para gerir e até mesmo melhorar a cadeia de suprimentos. 1.6. FORNECIMENTO Devido a constante necessidade de aquisição da matéria- prima, o local onde se localiza o fornecedor é o ponto de partida, devido a isso sua localização é muito importante para garantir a entrega necessária e não atrapalhar a os prazos de entrega. Ter uma boa relação com os fornecedores também é fundamental para que ele atenda a todos os requisitos necessários para que não tenha nenhum problema mais a frente. 1.7. TRANSFORMAÇÃO Agregar valor a matéria prima, transformando-a no produto final com o menor custo possível para realizar todo esse processo. 1.8. DISTRIBUIÇÃO Refere-se à estocagem e a entrega de produtos para o consumidor final, tudo isso deve ser feito dentro do prazo estipulado no pedido, quanto mais ágil for a distribuição e entrega dos produtos melhor será para a empresa, pois isso pode lhe dar uma vantagem competitiva perante os concorrentes. 2. HISTÓRIA No princípio a borracha era pouco desenvolvida, era apenas uma goma grudenta utilizada para impermeabilizar tecidos diversos. Depois de experimentos iniciados pelo americano Charles Goodyear, por volta de 1830, devido a um acidente foi confirmado que a borracha cozida a altas temperaturas com enxofre, mantinha sua elasticidade em diversas condições climáticas. Esse processo ganhou o nome de: Processo de vulcanização da borracha, que foi lançado em 1843. Foi a primeira vez que se foi possível moldar um pneu a partir da borracha, isso deixou as freadas mais seguras e diminuiu as trepidações nos carros. Por volta de 1845, dois irmãos patentearam o pneu para automóveis, em 1847 o inglês Robert Thompson adicionou a câmara de ar dentro do pneu, era a peça que faltava. Já em 1888 foi fabricado o primeiro pneu para bicicletas, feito pela Dunlop, com isso o pneu começou a ser usado em grande escala. Nesse estágio, vários outros meios de transporte também adotaram o pneu, como os aviões em 1906 e caminhões em 1919. Desde então o pneu a ser um produto fundamental em nossa sociedade. No Brasil a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos foi fundada em 1960, ela representa a indústria de pneus e câmaras de ar instalada no país, em 2016 foi constatado que o setor possuía 28,4 mil empregos diretos e 120 mil indiretos, que abrangem uma rede com mais de 4.500 pontos de venda. 3. CADEIA DE SUPRIMENTOS DO PNEU 3.1. INSUMOS Os pneus, em sua maioria, são compostos no processo de fabricação com os seguintes materiais e porcentagens: Borracha/ Elastômeros - 48% ( Sendo 30% sintética e 18% natural) Negro de fumo - 22% Aço - 15% Aditivos - 9% Tecido de nylon - 5% Enxofre - 1% 3.1.1. Borracha/ elastômeros É composta pela borracha natural e a sintética. Borracha Natural: O Látex é a principal matéria prima da borracha. É um produto do extrativismo vegetal e é uma dispersão estável (emulsão) de micropartículas poliméricas em meio aquoso. Na natureza, o látex é encontrado como secreção esbranquiçada, raramente amarelada, produzida por algumas plantas como a papoula, a seringueira, o mamoeiro e o Caucho. Quando feridas no caule, as plantas reagem produzindo o látex, que tem a função de consolidado por oxidação, provocar a cicatrização do tecido lesado. Para fazer a extração do látex da seringueira, faz-se um corte cuidadoso no tronco dessa árvore, por onde a seiva branca e leitosa flui. Cerca de 30% a 35% do látex é de borracha pura. O restante é formado por água e outras substâncias. Depois o látex é transportado através de tonéis até onde será transformado. O látex recebe substâncias químicas que fazem com que as partículas de borracha se separem dos outros materiais. Essa borracha é macia, sem elasticidade e inodora, mas pode deteriorar-se rapidamente em contato com o ar. Por meio da vulcanização, o material ganha elasticidade e resistência. Esse processo é obtido com a mistura de enxofre a borracha. De acordo com o grau e o tempo de aquecimento do composto, a borracha adquire flexibilidade ou enriquecimento, tornando-se então, invariável as mudanças de temperatura. Atualmente, já existem muitas técnicas de produção da borracha industrialmente, que elimina as impurezas da matéria-prima e tem como produto final uma borracha resistente e imperecível. Essa matéria prima é vendida e transportada para as indústrias destinada a fabricação desde pneus a utensílios da cozinha diversos e derivados da borracha. Borracha sintética: Desenvolvida por cientistas americanos e alemães no início do século XX, as borrachas sintéticas têm como base os copolímeros Estireno e Butadieno. Copolímeros são polímeros derivados de mais de uma espécie de monômeros. O desenvolvimento de borrachas sintéticas se deu a partir da necessidade de criação de um material similar a borracha natural, que pudesse ser submetido à vulcanização, mas que fosse mais barato. Como resultado dessa pesquisa, a primeira borracha sintética fabricada foi a SBR – elastômero de estireno-butadieno. Uma borracha sintética é realizada em quatro etapas: 1º Mistura das matérias-primas Os compostos de borracha geralmente são formulados a partir da mistura da matéria-prima base e aditivos químicos, como agentes de vulcanização (geralmente enxofre), aceleradores de reação de vulcanização (catalisadores), plastificantes, cargas minerais, pigmentos e outros produtos auxiliares. 2º Moldagem; Processode preparação para a vulcanização. Nessa etapa é dada a forma necessária para aplicação por meio de extrusão, injeção ou prensagem. 3º Vulcanização; Criado em 1939 por Charles Goodyear, a vulcanização é um processo de aplicação de calor e pressão sobre a massa de borracha para conferir sua propriedade elástica. Normalmente esse processo ocorre a uma temperatura entre 150ºC e 180ºC e o material passa do estado plástico para o elástico, adquirindo suas características de dureza, resistência mecânica e elasticidade. 4º Acabamento. O acabamento varia de acordo com cada fabricante. Além de índices de não conformidade inferiores a 0,02%. 3.1.2. Negro de fumo O Negro de Fumo é constituído por carbono elementar, obtido através de combustão controlada de óleos aromáticos, em fornos especiais sob altas temperaturas. Existem diversos tipos de processos de produção, mas o mais difundido e utilizado é o processo denominado de Fornalha. As partículas de Negro de Fumo são formadas no fluxo de alta velocidade da fornalha, por camadas sobrepostas de Carbono, que colidindo entre si formam os agregados ou estruturas. A combinação do tamanho da partícula e do formato do agregado ou estrutura dessas partículas conferem ao Negro de Fumo as características peculiares de cada tipo, que conhecemos por sua nomenclatura internacional, como por exemplo, N-115, N-339, N-550, N-762 etc. Em geral, o primeiro dígito refere-se ao tamanho da partícula (crescente do 1 ao 7). E, por conseguinte a área superficial, que está relacionada com o poder reforçante do Negro de Fumo nos compostos de borracha. Ou seja, menor a partícula maior a área superficial (em m²/g) e maior seu poder de reforço. Além de ser utilizado como Carga Reforçante em compostos de borracha, sua principal aplicação, o Negro de Fumo também é largamente empregado como o pigmento universal preto em plásticos, tintas, tintas de impressão, etc. Embora não seja considerado por Organismos Internacionais, produto que coloque em risco a saúde humana e o meio ambiente, a utilização e manuseio do Negro de Fumo exigem práticas recomendadas. Para maiores informações está disponível acima a Ficha de Informações de Segurança Produtos Químicos (FISPQ). O produto poderá ser embarcado em: ● Mini Bags. ● Sacos multifoliados de papel ou ráfia sobre estrados de madeira. O negro de fumo é um dos 50 produtos químicos mais fabricados no mundo, sendo que 90% de todo negro de fumo é usado em aplicações com borracha, 9% como pigmento e os 1% restantes como ingrediente para centenas de aplicações diversas. 3.1.3. Aço De modo geral existem dois processos para a fabricação do aço. O processo mais utilizado consiste na produção de ferro fundido no alto-forno e após refinamento, em que o ferro fundido se transforma em aço no conversor de oxigênio. Outro processo utilizado consiste em fundir sucata de ferro em um forno elétrico cuja energia é fornecida por arcos voltaicos (espaço preenchido por gás no meio de dois eletrodos condutivos, que frequentemente são feitos de carbono, gerando uma temperatura muito alta, capaz de fundir e vaporizar virtualmente qualquer coisa). Para que seja fabricado o aço especificado, a diferença está no refinamento do ferro fundido, etapa está em que são adicionados elementos de liga. A adição de elementos de liga é feita em pequenas porcentagens, para que o aço produzido obtenha as características exigidas na especificação. Alto-forno: Forno de tamanho variável, externamente revestido por metal e internamente por material refratário onde os metais ferrosos são obtidos por redução dos minérios de ferro nos altos-fornos. Pela parte superior do alto-forno, são carregados minério, calcários (fundentes) e coque (carvão). Pela parte inferior o ar insuflado efetua a reação de redução e eleva a temperatura até o ponto de fusão do ferro gusa e das escórias formadas pela reação do calcário com a sílica que normalmente acompanha o minério. Em intervalos, o ferro e a escória fundidos, acumulados no ponto mais baixo do alto-forno, são retirados, levando-se o ferro em estado de fusão para a aciaria ou lançado em formas para se solidificar em lingotes de ferro gusa. A escória, menos densa que o ferro, sai por último, sendo retirada e podendo ser aproveitada para constituir cimento de alto forno. Conversor de Oxigênio: Aqui é feito o refinamento do ferro fundido em aço, que consiste em remover o excesso de carbono e diminuir a quantidade de impurezas para limites prefixados. O conversor de oxigênio baseia-se na injeção de oxigênio dentro da massa líquida de ferro fundido. O ar injetado queima o carbono na forma de monóxido de carbono (CO) e dióxido de carbono (CO₂) em um processo que dura aproximadamente 20 minutos. Elementos como manganês, silício e fósforo são oxidados e combinados com cal e óxido de ferro, formando a escória que sobrenada o aço liquefeito. Em intervalos, o ferro e a escória fundidos, acumulados no ponto mais baixo do alto-forno, são retirados, levando-se o ferro em estado de fusão para a aciaria ou lançado em formas para se solidificar em lingotes de ferro gusa. A escória, menos densa que o ferro, sai por último, sendo retirada e podendo ser aproveitada para constituir cimento de alto forno. Tratamento do aço na panela: O aço líquido superaquecido absorve gases da atmosfera e oxigênio da escória. O gás é expelido lentamente com o resfriamento da massa líquida, porém, ao se aproximar da temperatura de solidificação, o aço ferve e os gases escapam rapidamente, formando grandes vazios no aço. Para que isso não ocorra, são adicionados elementos como alumínio e silício na panela, em um processo conhecido como desgaseificação. Após a desgaseificação, grande parte dos óxidos insolúveis formados deve ser removida para não prejudicar as características mecânicas do aço. Este processo é conhecido como refinamento. Tratamento térmico: Utilizado para melhorar as propriedades dos aços, dividem-se em dois grupos: O primeiro destinado principalmente a reduzir tensões internas provocadas por laminação, etc. O segundo destinados a modificar a estrutura cristalina, com alteração da resistência e de outras propriedades. 3.1.4. Tecido de nylon: Nylon é uma fibra sintética obtida através de combinações químicas. O náilon é um polímero de condensação, mais especificamente da classe das poliamidas, que são polímeros formados pela condensação de um diácido carboxílico com uma diamida.Para obtenção do nylon, é preciso misturar o ácido adípico e hexametilenodiamina. E para se tornar elástica a fibra precisa ser fundida em altas temperaturas, ou seja, com alto ponto de fusão. No náilon, o diácido que participa na sua reação de polimerização é o ácido adípico que possui 6 átomos de carbono, e sua diamina é a hexametilenodiamina ou 1,6 – hexanodiamina, que também possui 6 átomos de carbono; daí a origem do nome náilon 66. Essa reação ocorre sob alta pressão (10 atm) e temperatura (270ºC), sendo que o polímero passa através de orifícios e, posteriormente, é resfriado por uma corrente de ar, originando uma estrutura semelhante à seda, porém, mais resistente. 3.1.5. Enxofre Esse elemento apresenta-se na natureza de variadas formas, pode ser encontrado em minerais à base de sulfatos e sulfetos como a pirita, galena, esfalerita, gipsia, celestita, etc. Geralmente são cristais amarelos que contém esse material. Utilizado na vulcanização da borracha, este elemento é um não metal insípido e inodoro (o "cheiro de enxofre" vem de seus compostos voláteis, como o sulfeto de hidrogênio.) facilmente reconhecido na forma de cristais amarelos que ocorrem em diversos minerais de sulfito e sulfato, ou mesmo em sua forma pura (especialmente em regiões vulcânicas). O enxofre é um elemento químico essencial para todosos organismos vivos, sendo constituinte importante de muitos aminoácidos. A vulcanização da borracha é a adição de enxofre sob aquecimento e na presença de catalisadores. Durante esse processo, os átomos de enxofre quebram as ligações duplas e formam ligações unindo as moléculas da borracha, que são os poli-isoprenos. Essa nova estrutura é melhor porque sem a vulcanização, as moléculas de poli-isopreno podem deslizar umas sobre as outras. Agora, com a realização da vulcanização, os átomos de enxofre unem as estruturas lineares iniciais, formando pontes de enxofre que aumentam a resistência e a dureza da borracha. Quanto mais enxofre for adicionado à borracha, maior será a sua dureza 4. PROCESSO DE PRODUÇÃO DO PNEU Processo produtivo do pneu na indústria é efetuado em sete etapas: 1- Mistura: pigmentos, químicos e até 30 tipos diferentes de borracha são misturados em equipamentos imensos, que funcionam a temperaturas e pressão extremamente altas. As substâncias são misturadas até que se forme uma massa preta e pegajosa, que será laminada diversas vezes. 2- Processamento ou corte: quando a borracha estiver resfriada, é transformada em placas, para seguirem ao corte. As máquinas de corte deixam a borracha em tiras, que serão usadas nos flancos e nos pisos dos pneus. Há outro tipo de borracha que vai revestir o tecido de nylon que será utilizado na carcaça do pneu. 3- Talão: a próxima parte do processo de fabricação de um pneu consiste em encaixar o talão, que possui formato de aro, no pneu, responsável por fixá-lo na jante do veículo. 4- Lonas ou tecido: nessa hora, são adicionadas duas camadas de tecido, as telas, e mais um par de tiras de revestimento, que impede o desgaste do pneu que ocorre devido à fricção da jante. 5- Piso: em seguida são colocadas as cintas de aço que resistem aos furos e mantém o piso na estrada. Essa é a última parte adicionada, por que depois os cilindros automáticos comprimem todas as partes bem juntas. 6- Vulcanização: a prensa de vulcanização dá ao pneu o seu formato final e o modelo do piso, através de moldes quentes, que possuem o modelo do piso, as marcas do fabricante e as marcas exigidas por lei que serão aplicadas no flanco. As temperaturas dessa etapa alcançam mais de 300 graus, durante 12 a 25 minutos. 7- Inspeção: qualquer problema encontrado é motivo para descartar o pneu. Ele é inspecionado manualmente por inspetores e por máquinas especializadas. Além da sua superfície, é inspecionado o seu interior através de raios -X e alguns pneus são escolhidos aleatoriamente para serem cortados e estudados detalhadamente. Após esse processo os pneus são disponibilizados para serem realizados os processos logísticos e transportados até os Revendedores do Fabricante, os vendedores vendem os pneus para os varejistas e os varejistas e lojas especializadas disponibilizam a mercadoria para o consumidor final, finalizando o processo de fabricação do mesmo. 5. DISTRIBUIÇÃO Atacado: as fábricas repassam os pneus para suas revendedoras autorizadas. Marcas como Michelin, Goodyear, Bridgestone, Firestone, Pirelli e Continental possuem revendas autorizadas diretamente de suas fábricas, distribuindo por todo o território brasileiro os seus pneus. Estas distribuidoras vendem aos varejistas e muitas vezes, ao consumidor final. Varejo: O varejista e as lojas especializadas compram os Pneus diretamente dos atacados, e repassam o produto ao consumidor final, fazendo um atendimento personalizado que atraia e fidelize os clientes. Esses varejistas e lojas especializadas recolhem os pneus velhos e devolvem aos fabricantes. Cliente final: o cliente final realiza a compra diretamente dos varejistas e algumas vezes, das distribuidoras. O consumidor no ato da compra, devolve o pneu velho para a loja e esta devolve para o atacadista/fabricante, realizando assim uma parte do processo de logística reversa. 6. LOGÍSTICA REVERSA: De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (estabelecida pela lei 12.305 de 2/08/2010), a logística reversa pode ser definida como “instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada”. A gestão da cadeia reversa deve viabilizar o processo de reciclagem ou reaproveitamento, de maneira que grande parte dos resíduos seja reintroduzida no ciclo produtivo. Quando um pneu atinge o fim de sua vida útil, ele se toma um resíduo inerte, e deve ser corretamente descartado. Esse pneu, agora denominado “inservível”, constitui outra fonte de preocupação ambiental moderna, devido, principalmente, à elevada – e crescente -quantidade descartada no país nos últimos anos, decorrência direta do crescimento da frota de veículos leves e pesados no país, e ao longo período de decomposição dos pneus (apesar de ainda incerto, sabe-se que é superior a 100 anos). Seu descarte em locais inadequados, como rios e cursos d’água em geral, provoca a obstrução da passagem da água, aumentando o risco de enchentes nas cidades. Em terrenos baldios, por outro lado, os pneus podem constituir ambiente propício à procriação de insetos transmissores de doenças, principalmente a dengue, colocando em risco a saúde pública. A gravidade dos problemas ambientais e sanitários gerados pelo descarte incorreto de pneus inservíveis fez com que a questão fosse objeto de regulamentação específica, envolvendo a indústria de pneumáticos. As exigências legais contribuíram para a consolidação de uma cadeia logística reversa de coleta e destinação final desse tipo de resíduo, conforme será detalhado neste capítulo. É importante destacar que, apesar de o país enfrentar gargalos importantes no descarte desse tipo de resíduo, relacionados principalmente à oferta de unidades homologadas de destinação, bem como às respectivas localizações destas unidades, o arranjo institucional, baseado nas legislações federais e organismos criados para gerenciar e coordenar essa cadeia logística acabou por transformar esse resíduo em matéria-prima de alto valor para diversos segmentos econômicos. Com isso foi criado o serviço de recapagem em pneus e são mais usados para caminhões e faz com que reutilize o pneu e faça ressolagens por até 4 anos , porém não são feitos só para veículos de grande porte para carros também existem pneus recapados mais conhecidos como os “remold’s” porém pode ser feito apenas uma única recapagem em pneus de veículos de pequeno porte. Os pneus são levados para recapadora e raspados e logo após esse processo e colado a nova borracha. Fábricas como a Votorantim cimentos, realiza a queima desses pneus quando já não tem outra utilidade que além de chegar a sua porta sem custo ainda recebe um benefício do governo em descontos nos impostos gerado pela empresa. Os pneus são levados para serem picados e depois transportados até a fábrica para serem queimados nos fornos e algumas fábricas também colocam no forno pneus sem serem picados. Existem também os pneus que são utilizados para fazer o asfalto que saem dos veículos e ficam em empresas de venda de pneus e são direcionados para indústria e preparados para fazer o asfalto. Com tudo existem outras formas de utilizar esses pneus que já não servem para serem usados para rodar mais e outra maneira e quando os pneus são retirados dos veículos nas empresas de venda de pneus e são destinados a entidades como casa da cultura onde são feitos algunstrabalhos artesanais nos pneus e passam assim a serem enfeites. 7. CONCLUSÃO Concluímos que a cadeia de suprimentos do Pneu é complexa, pois, para sua fabricação precisa de várias matérias primas, proveniente a maioria da natureza, sendo necessário transformá-la para usar no processo. Contém vários processos, além do mais apresenta uma logística reversa importante e necessária para o meio ambiente, pois um pneu mesmo depois de usado tem diversas funções. Trata se de um produto que demora a se decompor por conta própria prejudicando muito o meio ambiente, se juntarmos o útil ao agradável o pneu é extremamente reutilizável numa ampla aba de opções ajudando o meio ambiente, gerando empregos e preservando a natureza por não ser necessária tanta extração para suprir a demanda. 8. 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