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CLIMATÉRIO E MENOPAUSA – SAÚDE ÓSSEA E TRATAMENTO Avaliação clínica: · CP de colo uterino: · 3-3 anos (se 2 negativos prévios), até 64 anos. · Mamografia: · A partir de 50 anos: 2 em 2 anos, até 69 anos. · US transvaginal: · NÃO É RECOMENDADO. · Alguns médicos pedem para Ca de ovário e endométrio, porém não reduz morbimortalidade. · Laboratoriais: · Glicemia. · Perfil lipídico. · Sangue oculto nas fezes (> 50 anos). · *Melhor é fazer colonoscopia, mas pouco disponível. Sendo assim: CP, mamografia, glicemia, perfil lipídico, SOF. Densitometria óssea: · Indicações de acordo com Ministério da Saúde: · Idade ≥ 65 anos, de 2 em 2 anos, para a vida toda. ***A partir de quando terminar o papanicolau. · Homem: a partir 70 anos. · Após a menopausa se algum fator de risco: · IMC < 21. · Fratura prévia (após 50 anos). · Anormalidades vertebrais radiológicas. · Artrite reumatoide (perdem massa óssea). · Uso crônico de corticoides (≥ 3 meses). · 5mg/dia prednisona ou mais. · Locais: colo fêmur, fêmur total, coluna lombar (L1-L4). · Parâmetros: · Massa absoluta (g/cm²) – não muito importante; · Escore Z (DP): · Compara a massa óssea em relação às mulheres da faixa etária dela. · Útil ANTES da menopausa. · Escore T (DP). · Compara a massa óssea em relação a Todas as mulheres, qualquer idade. · IMPORTANTE. · Após a menopausa, utilizamos o score T (pois é “normal” que uma mulher mais velha tenha massa óssea diminuída): · Interpretação – escore T: · Até -1 DP: normal. · Entre -1 e -2,5 DP: osteopenia. · Após -2,5 DP: osteoporose. *-0,9: normal; -1: osteopenia; -2,5: osteopenia; -2,6: osteoporose. Sempre utilizar o pior valor para considerar se normal, osteopenia ou osteoporose. Interpretação: NORMAL. Interpretação: OSTEOPENIA. Tratamento, conforme densitometria: · Normal: atividade física, exposição ao sol, alimentação. · Osteopenia: · Reposição de cálcio + vitamina D. · Carbonato de cálcio: 1000 a 15000 U/dia. · Vitamina D: 400 a 800 U/ · Osteoporose: · Bifosfonato – impede reabsorção de cálcio pelo osteoclasto: · Alendronato de sódio – 70mg, 1 comprimido 1x por semana. · Tomar com bastante água e não deitar por 1-2 hrs (risco de esofagite). *Reposição hormonal ajuda na massa óssea, mas não é indicado TH para tratar OSTEOPOROSE. TH é indicada para sintomas (fogachos, alt hormonal, atrofia). TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL: Estrogênio que ajuda nos sintomas, mas sempre usamos progesterona junto para prevenir o efeito proliferativo do estrogênio* (exceção: histerectomizadas). WHI (Women’s health initiative): · 2002. · Trial randomizado, duplo-cego e controlado com placebo. · Maior estudo já feito com reposição de hormônios. · Dois braços: · Braço 1: Estrogênio conjugado 0,625mg/dia (pacientes histerectomizadas). · Braço 2: Estrogênio conjugado 0,625mg/dia + medroxiprogesterona 10mg/dia. · Resultados Braço 2: · Aumenta risco de cardiopatia isquêmica. · Aumenta risco de AVC. · Aumenta risco de Ca de mama. · Aumenta risco de tromboembolismo venoso. · Diminui risco de câncer de colon e reto e fraturas de bacia. · Resultados braço 1 (histerectomizadas): · Aumenta risco de AVC. · Diminuiu risco de Ca de mama (p=0,6 logo não foi estatístico). · Problema do estudo: · FAIXA ETÁRIA MUITO AVANÇADA. A partir desta questão da idade do estudo, criou-se a JANELA DE OPORTUNIDADE (até 5 anos pós menopausa): · Parece que dentro da janela, risco cardiovascular é menor. Porém risco de câncer de mama e tromboembolismo continua... Recomendações atuais – pesar riscos e benefícios: · Pacientes sintomáticas. · Não indicado unicamente para tratamento da osteoporose. · Contraindicações*: · Câncer de mama. · Câncer de endométrio. · Doença hepática grave. · Sangramento vaginal não diagnosticado. · História de eventos tromboembólicos. · Porfiria (doença que afeta a síntese da heme). · Fator de proteção: osteoporose, câncer de cólon. Posso fazer TH para aquela paciente que ainda não teve 12 meses de amenorreia se ela estiver com queixa importante? · Posso. · Porém ela possui risco ainda de engravidar. Avaliação antes de prescrever TH: · Mamografia. · Perfil lipídico. E + P combinado oral: · Diminui LDL e aumenta HDL. · Porém aumenta triglicerídeos. · Proteína C reativa. · Sistema renina-angiotensina-aldosterona. *Se paciente hipertensa ou com hipertrigliceridemia não fazer oral. E + P combinado transdérmico: · Não altera perfil lipídico, proteína C e sistema R-A-A. Precisa utilizar sempre progesterona, a não ser nas pacientes histerectomizadas. · Porém se a paciente for histerectomizada com HISTÓRICO DE ENDOMETRIOSE precisa dar progesterona também**** (estrogênio sozinho pode proliferar dos focos novos de endométrio). Tibolona: · Metabolizada em esteroides: estrogênicos, progestacionais, androgênicos. · Boa para paciente que tem queixa de desejo sexual hipoativo (devido androgênios). · *Aumenta LDL, diminui HDL e diminui triglicerídeos (contrário dos estrogênios orais). Estrogênio vaginal: · Paciente apenas com sintomas urogenitais. · Não melhora humor, fogachos. · Não interfere perfil lipídico. · Pode ser usado em pacientes com CI ao uso de estrogênio. · Duas únicas CI: histórico Ca de mama e Ca de endométrio. Paciente com câncer de ovário não pode usar nenhum estrogênio: · Pode fazer tratamento a laser. Fitoestrogênios: · Soja, isoflavona, chá de folha de amora, linhaça. · Sem evidência cientifica. Medicações que podem ajudar nos sintomas vasomotores em pacientes que tem CI aos estrogênios: · Paroxetina, citalopram, venlafaxina. · Clonidina, sulpirida, gabapentina.
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