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DOENÇAS DO CITROS Tristeza – Citrus tristeza vírus (CTV) Morte Súbita dos Citros (MSC) Leprose – Citrus leprosis vírus (CiLV) Sorose – Citrus psorosis vírus (CPsV) Exocorte – Citrus exocortis viroid (CEVd) Cachexia e Xiloporose – Citrus viroid III Cancro cítrico – Xanthomonas axonopodis Clorose Variegada dos Citros (CVC) – Xylella fastidiosa HLB (Huanglongbing ou Greening) – Candidatus Liberibacter spp. Verrugose – Elsinoe fawcetti (Sphaceloma fawcetti) E. australis (S. australis) Melanose – Diaporthe citri (Phomopsis citri) Podridão floral – Colletotrichum acutatum Mancha preta ou Pinta preta – Guinardia citricarpa (Phyllosticta citricarpa) Rubelose – Erythricium salmonicolor Gomose – Phytophthora sp. Tristeza Agente causal: Citrus tristeza vírus (CTV) Vírus do família Closteroviridae e gênero dos Closterovirus; Virose de maior importância Descrita pela 1ª vez na África do Sul (início do sec XX) Supostamente introduzida no Brasil (1937) pela África do Sul ou Argentina estima-se que 100 milhões de árvores morreram ou improdutivas – América do Sul, América Central e Estados Unidos Tristeza (CTV) Importância Econômica: 12 anos após a introdução no Brasil, de 11 milhões de plantas cítricas, aproximadamente 9 milhões de plantas sob porta-enxerto de laranja-azeda foram perdidas. Dizimou pomares no estado de São Paulo; Houve substituição dos porta-enxertos laranja-azeda por limão-cravo. Tristeza (CTV) Distribuição Geográfica: Presentes na maioria dos países do Sudeste Asiático, na África Sul, na Argentina, Brasil, Paraguai, Peru e Uruguai; Transmissão: Mudas contaminadas e pelo inseto vetor pulgão preto Toxoptera citricida e vários outros afídeos. Tristeza (CTV) Pulgão preto dos citros Toxoptera citricida; Tristeza (CTV) Sintomas: Mudanças anatômicas no local da enxertia Nanismo e hipertrofia foliar; Caneluras (sulcos ou estrias) nos tecidos do lenho da planta; Clorose das nervuras; Secamento dos ponteiros; Morte da planta; Tristeza (CTV) Controle: Preventivo, não existe cura • utilização de porta enxertos tolerantes ou resistentes, principalmente o Limão cravo, Volkameriana, Swingle, Sunki e Cleópatra • controlar o vetor • mudas sadias • mudas premunizadas (Brasil, África do Sul e Austrália) Morte Súbita dos Citros (MSC) Agente causal: • ainda não confirmado • suspeita-se que seja causada por variantes do vírus da tristeza CTV e também Ideaovirus, semelhante ao Raspberry bushy dwarf virus (framboesa e uva) • descrita em 2001 (MG) • 2002-2006, mais de 4 milhões de plantas sintomáticas foram erradicadas • definhamento e morte das plantas sobre limão cravo Morte Súbita dos Citros (MSC) Sintomas: • Sintomas são observados em plantas a partir de 14 meses de idade. Mais frequente em plantas com mais de 5 anos. • perda de brilho nas folhas • amarelecimento das nervuras • seca dos ponteiros • desfolha • e morte da planta • Coloração amarela a alaranjado no tecido interno da casca no porta-enxerto. morte da planta após 6 meses do aparecimento dos sintomas Morte Súbita dos Citros Folhas pálidas em toda a copa Cor amarela no interior da casca do porta-enxerto Morte repentina da planta com frutos ainda aderidos. Sintomas: Morte Súbita dos Citros (MSC) Controle: Apesar do agente causal ainda não ser conhecido... • proibição do transporte de material vegetal de áreas contaminadas para as não contaminadas. • produção de mudas de qualidade • evitar limão ‘Cravo’ ou ‘Volkameriano’ como porta- enxerto • usar subenxertia com porta-enxertos tolerantes ou resistentes Swingle, Cleópatra e Sunki (técnica do “T” invertido). Morte Súbita dos Citros (MSC) Controle: usar subenxertia com porta-enxertos tolerantes em pomares contaminados (técnica do “T” invertido). Melhor resultado em plantas com até 6 anos Leprose (CiLV) Agente causal: Citrus leprosis virus CiLV-C tipo 1 (99% dos casos) CiLV-C tipo 2 CiLV-N Transmissão: enxertia e inseto vetor ácaro vermelho (Brevipalpus phoenicis) Distribuição geográfica: relatada no Brasil (todas a regiões), Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Venezuela, Colômbia e alguns países da América Latina. Condição favorável: condições climáticas favoráveis ao vetor, como períodos de seca; Leprose (CiLV) Sintomas: o vírus ataca as plantas localmente (lesão do ácaro) Lesões de coloração marrom no centro e halo amarelo Leprose (CiLV) Sintomas: o vírus ataca as plantas localmente (lesão do ácaro) Lesões de coloração marrom no centro e halo amarelo Leprose (CiLV) Sintomas: o vírus ataca as plantas localmente (lesão do ácaro) Lesões amareladas e escamadas Queda de frutos Leprose (CiLV) Controle Controle dos vetores (quebra-vento, controle químico dos ácaros, controle do minador, eliminação de frutos caídos e plantas hospedeiras); Mudas sadias; Poda de limpeza nos ramos afetados (inverno); Colheita antecipada; Pinta Preta Agente causal: Guignardia citricarpa (Phyllosticta citricarpa) picnídios pseudotécios Pinta Preta, mancha preta ou careta Importância Econômica: Constatado pela primeira vez no RJ em 1980; RS, SP, MG, MS, GO, ES, SC e AM. Inviabiliza a comercialização e afeta todas as variedades dos citros com exceção da Tahiti. Pinta Preta Distribuição Geográfica: Todas as regiões produtoras do país; Disseminação: Vento, água de chuva, muda contaminada e restos de material vegetal; Condições favoráveis: luminosidade, altas temperaturas, plantas velhas e estressadas Infecção: • Após queda das pétalas e até seis meses de desenvolvimento dos frutos. • Após infecção = pode não apresentar sintomas • Período de incubação pode levar mais de 1 ano Pinta Preta coloração cinza (sintomas em folhas é raro) • Manchas trincadas (sem estruturas do patógeno) • Manchas rendilhadas (sem estrut.) • Manchas sardentas • Manchas viróticas Pinta Preta Prevenção e Controle: Mudas sadias; Controle de movimentação de veículos; Retirada de frutos e folhas caídas infectadas; Quebra-vento; Desinfecção de material; Controle químico (27 produtos registrados) Verrugose Agente causal: Elsinoe fawcetti e australis (Sphaceloma fawcetti e australis) acérvulos ascostroma Verrugose Disseminação: Respingos de chuva, gotas de orvalho, vento e também por insetos como os ácaros; Distribuição geográfica: Todas as regiões produtoras do Brasil; Condição favorável: Alta umidade relativa, temperaturas moderadas (entre 15 a 23°C) e abundância de órgãos verdes e imaturos. (doença de órgãos em desenvolvimento) Sintomas: Controle: - Mudas sadias; e Viveiro livre de restos vegetais; - Evitar irrigação por aspersão nas 3 semanas após brotação; - Pulverização preventiva com fungicida nos tecidos jovens - E. australis (74 produtos registrados) e E. fawcetti (31 produtos registrados) Manchas salientes aspecto encharcado Lesões salientes e irregulares Melanose Agente causal: Diaporthe citri (Phomopsis citri) peritécio picnídios http://dc100.4shared.com/img/MLJ1Yuvl/s7/ascomycota_-_peritcio.png Melanose Disseminação: Respingos de chuva e gotas de orvalho; Condição favorável: molhamento foliar de 10 a 12 hs, 25° C Sintomas: ramos, folhas e frutos Controle: - Podar ramos infectados e retirada do pomar (principal) - Pulverização com fungicidas na floração e início da frutificação (36 reg.) - Armazenar frutos a baixas temperaturas ( 7 a 10°C); - Transporte dos frutos com rapidez. Manchas de anasarca Deprimidas Coloração marron Podridão Floral Agente causal: Colletotrichum acutatum acérvulos conídios Podridão Floral Disseminação: Insetos, equipamentos infectados e água da chuva; Distribuição geográfica: Regiões de clima tropical-úmido e subtropical Condição favorável: Temperaturas de 15 a 30°C, período de molhamento de 12 a 24 horas. Flores são suscetíveis quando os botões florais atingem o estádio fenológico de cotonete; Sintomas: Controle: - Retirado dos ramos secos (fungosobrevive e frutifica) - Fungicidas protetores em condições climáticas favoráveis à doença (4 reg.) Estádio de cotonete Lesões necróticas nos botões florais Rubelose Agente causal: Erythricium salmonicolor (Necator decretus) Fase sexuada Fase assexuada esporodóquioBasídios e basidiósporos Rubelose Condição favorável: Temperaturas entre 24 e 26°C e umidade elevada; Sintomas: inicia-se nas axilas dos galhos (maior umidade) para camadas internas Controle: - Tratamento de inverno: poda, remoção de galhos e ramos doentes, secos, improdutivos e mal posicionados (melhorar aeração e reduzir fonte de inóculo); - Cortes abaixo da lesão e protegido com produtos a base de cobre; - Pulverização preventiva a base de cobre nos ramos internos (maior umidade). Ramos coberto por micélio branco Ramos secam devido o anelamento Gomose Agente causal: Phytophthora spp.. (11 espécies) P. nicotianae Gomose e podridão das raízes Disseminação: Insetos, equipamentos infectados e água da chuva; Distribuição geográfica: Regiões de clima tropical-úmido e subtropical Condição favorável: Temperaturas que variam de 27 a 32°C e períodos chuvosos. Sintomas: Controle: - Porta-enxertos resistentes; - Evitar solos mal drenados; - Evitar ferimentos nos tratos culturais. - Controle químico com - Injeções no troco • Rachaduras e fendas longitudinais, provocando anelamento • Gomose • Agrinose (oxicloreto de cobre) • Aliette (fosetil) • Cobox (oxicloreto de cobre) • CUP001 (oxicloreto de cobre) • Funguran Verde (oxicloreto de cobre) • Reconil (oxicloreto de cobre) • Recop (oxicloreto de cobre) Cancro Cítrico Agente causal: Xanthomonas axonopodis pv. citri Importância Econômica: Ataca todas as variedades de citros; Sudeste asiático, EUA, Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Brasil Encontrada em 1957 em Presidente Prudente-SP; Disseminado para outras regiões paulistas e GO, MS, MT, MG, PR, RS, RR e SC. Cancro Cítrico Lesões salientes Rompimento da casca (eruptivas e salientes) Lesão limitada e circundadas por um alo amarelo Cancro Cítrico Controle: • Evitar a instalação de pomares em locais de condição muito favorável a doença. • Cultivares resistentes, Mudas sadias • Desinfestação de veículos, máquinas, equipamentos.... • Inspeções dos talhões • Erradicação das plantas foco (suspeitas) e das demais num raio de 30 m (Resolução SAA - 147, publicada em 1º de novembro de 2013 • SP - Erradicação do talhão todo quando a incidência for maior que 0,5% Clorose Variegada dos Citros (CVC) Amarelinho dos citrus Agente Causal: bactéria Xilella fastidiosa; Importância econômica: Afeta todas as variedades de citros comercial; Detectada no brasil em 1987 (MG e SP) disseminou –se em todo país. Argentina, Paraguai e Costa Rica Clorose Variegada dos Citros Condições favoráveis: altas temperaturas e déficit hídrico região norte e nordeste do Estado de São Paulo. Disseminação: 11 cigarrinhas (família Cicadelidae), borbulha e sementes infectadas Clorose Variegada dos Citros Manchas cloróticas de bordas irregulares. Encurtamento de entre nós. Fruto duro, paralisa seu crescimento e amadurece precocemente. Clorose Variegada dos Citros Controle: Mudas sadias Controle químico dos vetores Eliminação de plantas doentes Eliminar ramos doentes Quebra vento Agente causal: Candidatus Liberibacter africana (sensível a altas temperaturas); Candidatus Liberibacter asiaticus (resistente a altas temperaturas); Candidatus Liberibacter americanus (sensível a altas temperaturas) predominante nos pomares paulisas); 2004 no Estado de São Paulo Bactéria não cultivada in vitro; limitada ao floema. HLB (Huanglongbing ou Greening) Doença do ramo amarelo Distribuição geográfica: Brasil (2004), Estados Unidos, África e Ásia; Disseminação: psilídios (Diaphorina citri) borbulhas mudas contaminadas HLB (Huanglongbing ou Greening) Importância Econômica: Constatada no Brasil em 2004; Principal doença: difícil controle; HLB (Huanglongbing ou Greening) HLB (Huanglongbing ou Greening) 2004 a 2014 Erradicados oficialmente 40 milhões de plantas Amarelecimento de ramos e folhas (mosqueado verde amarelo) Seca e morte dos ponteiros Frutos de tamanho reduzido e aborto de sementes e assimétricos HLB (Huanglongbing ou Greening) HLB (Huanglongbing ou Greening) Dragão amarelo Ramo amarelo Controle: Inspeção a cada 3 meses Ramos amarelados na copa; Frutos caídos; Seca de ponteiros. HLB (Huanglongbing ou Greening) Controle: Mudas sadias (viveiros telados); Eliminação de plantas doentes; Controle de insetos vetores. Não existe plantas comerciais resistentes HLB (Huanglongbing ou Greening)
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