Buscar

Anti-helmínticos anticolinesterásicos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MATERIAL DIDÁTICO 
PROFESSOR ARGEMIRO SANAVRIA 
ANTIHELMÍNTICOS ANTI-COLINESTERÁSICOS 
Introdução 
 As helmintoses constituem um problema grave sócio-econômico, pela alta 
prevalência entre os animais domésticos e silvestres e por algumas delas serem 
classificadas como zoonoses. 
 O controle dos helmintos baseia-se basicamente na utilização de anti-helmínticos. A 
finalidade é limitar a eliminação de ovos e larvas nas fezes, e com isto, diminuir o número 
de estágios infectantes no meio onde vivem os hospedeiros. 
 Os medicamentos classificados como anti-helmínticos são usados no controle de 
endoparasitos nematódeos (vermes cilíndricos), cestódeos (vermes de corpo achatado e 
segmentado) e trematódeos (vermes cilíndricos e não segmentados) que estão localizados 
nos órgãos e tecidos do animal parasitado. 
 O anti-helmíntico ideal caracteriza-se por: apresentar composição química estável; 
ação sobre os estágios adultos e imaturos em desenvolvimento ou inibidos; ação sobre 
diversas classes de helmintos; eficácia contra cepas resistentes; não interferir na imunidade; 
ter fácil administração e dose única ou de curta duração; boa tolerância pelo hospedeiro 
com alta margem de segurança; boa palatabilidade; compatibilidade com outros compostos; 
ausência de resíduos no leite e tecidos; favorável custo benefício. A dose ótima é aquela 
que vai eliminar 95% de parasitos adultos. 
 As bases farmacológicas empregadas no tratamento dos helmintos interferem, 
principalmente, na produção de energia, na coordenação muscular e na dinâmica 
microtubular, causando destruição dos parasitos por inanição, quando são esgotadas suas 
reservas energéticas ou a sua expulsão, decorrente de paralisia. 
 Este trabalho vai ressaltar os anti-helmínticos que atuam como inibidores da 
acetilcolinesterase (anti-colinesterásicos) causando paralisia espástica nos helmintos. Entre 
eles destacam-se os organofosforados Triclorfom, Diclorvos, Coumafós, Haloxom, 
Naftalós e Crufomato. 
1. ORGANOFOSFORADOS 
 1.1. Modo de Ação 
São anti-helmínticos que atuam sobre os nematódeos (os maiores causadores de 
doenças entre os animais). Atuam através do bloqueio da ação da acetilcolinesterase sobre a 
acetilcolina, evitando a hidrólise deste neurotransmissor. Estes anti-colinesterásicos 
interagem com o sítio esterásico da enzima, impedindo que esta exerça sua função de 
neurotransmissão sináptica, resultando em paralisia espástica e eliminação do parasito.pelo 
seu destacamento da parede e expulsão do sistema digestivo, através dos movimentos 
peristálticos do hospedeiro. 
Os organofosforados levam à interferência com a transmissão neuromuscular e 
conseqüente toxicidade para o parasita. 
Sabe-se que a Acetilcolina (Ach) está envolvida na transmissão neuromuscular dos 
nematódeos e que a Acetilcolinesterase (AchE) destrói este neurotransmissor. A AchE não 
vai cumprir o seu papel se estiver conjugada a drogas organofosforadas em quantidades 
muito diluídas. E, na ausência de AchE, a Ach não controlada do parasita se acumula em 
quantidades anormais resultando em mau funcionamento dos sistemas neuromusculares do 
parasita. 
 A AchE do hospedeiro e das diferentes espécies de parasitas variam em 
suscetibilidade aos organofosforados. Assim, o anti-helmíntico pode se ligar à enzima 
AchE de forma reversível ou irreversível. 
 O grau de segurança dos Organofosforados para o hospedeiro está relacionado à 
falta de suscetibilidade da AchE do hospedeiro em relação à droga. É bom ressaltar que a 
toxicidade da ligação Organofosforado com AchE do hospedeiro varia de acordo com a 
AchE da espécie considerada. Por exemplo, no ganso é tóxico pois se liga de modo 
irreversível na AchE cerebral, levando à morte; já nos ovinos se liga de maneira reversível 
nas hemácias não lhes causando toxicidade. 
1.2. Eficácia Geral 
É eficiente contra nematódeos de eqüinos, suínos e cães. 
É restrita contra nematódeos de ruminantes. São eficazes contra os nematódeos do abomaso 
(Haemonchus) e intestino delgado, e pouco eficientes contra parasitos do intestino grosso 
(Oesophagostomun, Chabertia). Apesar disto são amplamente usados em bovinos e ovinos 
devido ao baixo custo. 
1.3. Farmacocinética 
São absorvidos no trato intestinal, porém possuem um grau de instabilidade variável 
em meio alcalino, de modo que podem ser parcialmente hidrolisados nas áreas alcalinas do 
intestino delgado. São lipossolúveis e facilmente absorvidos pela pele. São rapidamente 
oxidados e inativados no fígado e eliminados pela urina. 
Após a administração de anti-helmínticos a animais de produção é preciso esperar 
um período de carência, que é o tempo necessário para que não haja mais resíduos nem 
leite nem na carne (Ver tabela 1). 
1.4. Segurança e Toxicidade 
Conforme tabela 1, o índice de segurança é geralmente pequeno e por este motivo, maior 
atenção deve ser dada ao uso correto da dose. Isto é importante, não apenas para a 
segurança do animal, mas também do ponto de vista de que dosagens maiores do que as 
normais podem resultar em resíduos ilegais da droga nos tecidos e no leite do animal. Por 
causa dos resíduos, as drogas organofosforadas (exceto o Coumafós) não são normalmente 
aprovadas para o uso em animais leiteiros em lactação. Um período de suspensão da droga 
de pelo menos 7 dias é necessário antes do abate. O uso de organofosforados dentro de 30 
dias antes do parto não é recomendado, especialmente em eqüinos. 
Os principais efeitos colaterais nos animais são letargia, anorexia, diarréia e defecação 
freqüente, poliúria, vômitos, salivação, lacrimejamento dos olhos, fraqueza e tremores 
musculares, estando relacionados com a atividade prolongada da acetilcolina junto aos seus 
receptores muscarínicos e nicotínicos. O uso de anti-helmínticos organofosforados em geral 
é contra-indicado em animais doentes ou que passaram por algum tipo de stress (como 
transporte, descorna, castração, desmame). 
O sulfato de atropina reduz parcialmente estes efeitos tóxicos, pois atua apenas como 
antagonista de receptores muscarínicos. Também o 2-PAM (Piridoxina-2-Aldoxina) 
costumam ser antídotos. 
1.5. Posologia, formulação e administração: 
Os organofosforados são administrados via oral, em formas de pasta, bollus e pellets 
(incorporado à ração), ou por via cutânea (na forma de solução) aplicados no dorso do 
animal (tabela 1). 
A posologia nas diferentes espécies animais consta na tabela 2. 
http://www.medvet.hpg.ig.com.br/farmacoachetab.html#Tabela 1: Anti-helm�nticos organofosforados.
http://www.medvet.hpg.ig.com.br/farmacoachetab.html#Tabela 1: Anti-helm�nticos organofosforados.
http://www.medvet.hpg.ig.com.br/farmacoachetab.html#Tabela 2: Posologia e vias de administra��o de organofosforados para uso em animais dom�sticos
Demais dados são fornecidos nas descrições dos medicamentos que seguem. 
2. Medicamentos 
2.1. Diclorvos: 
Possui atividade sobre os nematódeos das famílias Ascaridade, Ancylostomatidae, 
Trichuridae e Oxyuridae de cães, eqüinos, suínos e aves. 
Devido à sua alta volatilidade é o único que pode ser incorporado em pellets de resina de 
cloreto de polivinil para liberação lenta no intestino, diminuindo sua toxicidade para o 
animal, uma vez que o hospedeiro normal pode detoxificar a droga à medida que ela vai 
sendo absorvida por um período de dois a três dias. Os pellets também são eficientes pois 
permitem concentrações terapêuticas contra os parasitos por toda a extensão do tubo 
digestivo. 
É usado em cães, gatos, suínos e eqüinos. Tem a vantagem de agir contra Tricurídeos. 
Quando ingeridos pelo animal, a difusão de Diclorvos a partir dos pellets cria um gradiente 
de concentração fazendo com que a droga entre em contato com os helmintos localizados 
por todo o sistema digestivo e à medida que diminui a concentração de Diclorvos no trato 
gastrintestinal vai sendo liberada cada vez mais drogapelos pellets. 
 Um fato curioso é que os pellets são eliminados nas fezes com 45 a 50% de 
Diclorvos e isto é suficiente para atuar como inseticida eficaz contra larvas fecais de 
moscas. 
 Os pellets formulados para cães são de menor tamanho, para permitir uma liberação 
mais rápida da droga no sistema digestivo curto dos caninos, quando comparados com os 
pellets maiores, cuja taxa de liberação é moderada no sistema digestivo mais longo dos 
suínos. 
 O Diclorvos em resina é lentamente absorvido pelo sistema digestivo do hospedeiro 
e será destoxificado no fígado. Se o animal estiver em lactação vão ser encontrados 
resíduos no leite. A excreção se faz pela urina, fezes e pelo ar expirado como CO2. 
 O principal efeito da absorção do Diclorvos pela circulação sistêmica é a inibição 
reversível das enzimas AchE do Sistema Nervoso do hospedeiro e provoca leve depressão 
dos níveis de Acetilcolinesterase eritrocitária e sérica que retornam ao normal após 5-10 
dias. 
 A incidência de efeitos colaterais após o uso terapêutico de Diclorvos formulado (ou 
seja, em pellets) é baixa e em geral, de curta duração. 
 Em doses altas é tóxico e interfere na transmissão do impulso nervoso inibindo a 
AchE da junção neuromuscular levando ao acúmulo de Ach nas junções neuronais que 
resulta em superestimulação resultante das fibras motoras e parassimpáticas. Os sintomas se 
relacionam à estimulação excessiva do Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático. 
 È indicado para: a) cães e gatos: causa expulsão dos ancilostomídeos (Ancylostoma 
caninum, A. braziliensis, A. tubaeforme,Uncinaria stenocephala), ascarídeos (Toxocara 
canis, T. cati, Toxascaris leonina) e tricurídeos (Trichuris vulpis). Tem pouca atividade 
contra as formas larvares migratórias dos ascarídeos e ancilostomídeos; b) Suínos: Eficiente 
na remoção de Ascaris suum, do verme nodular suíno (Oesophagostomun), do tricurídeo 
(Trichuris suis) e as formas adultas dos vermes estomacais Hyostrongylus rubidus, 
Ascarops strongylina, eficaz contra Strongyloides ransomi e observa-se pouca ou nenhuma 
ação sobre as formas larvais em migração ou fixadas na mucosa intestinal; c)Eqüinos: 
Usado contra helmintos e larvas de gasterófilos, contra os grandes estrôngilos Strongylus 
vulgaris, S. equinum, pequenos estrôngilos, ascarídeos de eqüinos (Parascaris equorum), 
oxiúros (Oxyuris equi, Probstmayria vivipara), gasterófilos migratórios (Gasterophilus 
intestinalis, G. nasalis) e contra S. edentatus. 
 O Diclorvos não deve ser administrado dentro de poucos dias após o tratamento ou 
exposição a outros compostos inibidores da colinesterase, nem deve ser dado em conjunto 
com outros anti-helmínticos, tranqüilizantes, relaxantes musculares ou vacinas de vírus 
vivo modificado; não deve ser fornecida aos animais que sofrem de diarréia ou constipação 
grave, cavalos com cólica ou cães com bloqueio mecânico intestinal; é contra-indicado 
durante a reprodução, gestação e lactação. 
 Os pellets são administrados na ração de suínos, cães, eqüinos e ruminantes. 
Normalmente, a dose necessária é misturada à cerca de um terço da refeição regular, para 
garantir o consumo completo. Para o tratamento de cães, os pellets são misturados com o 
alimento enlatado para cães e para outros animais, com os grãos, farináceos ou alimento 
triturado. 
 O Diclorvos é disponível na forma de comprimidos para o tratamento de filhotes de 
cães e gatos. Cápsulas de gelatina são disponíveis a cães e ruminantes. Também há a forma 
de gel dada a potros jovens através da aplicação com seringa na língua do animal que terá 
ação contra ascarídeos e vermes estomacais. 
 O Diclorvos normalmente é administrado a suínos com 5 ou 6 semanas de idade 
(isto é, logo antes da maturidade sexual dos vermes contra os quais a droga é eficaz), a cães 
de qualquer idade (exceto cães com menos de 10 dias). 
 Os nomes comerciais são: Atgard V® (Pellets para suínos), Equigard®, Equigel® 
(Gel para potros), Task® (pellets para cães), Task Tabs® (comprimidos), Worm-a-Cide®. 
 Dosagens: 
 *Eqüinos: Formulação alimentar, 31-41 mg?Kg. 
*Potros: Formulação em gel, 20 mg/Kg para tratamento contra vermes estomacais e 
ascarídeos; 10 mg/Kg a intervalos de 3 a 4 semanas durante a estação das moscas, para o 
controle de vermes estomacais. 
*Suínos: 11,2 a 21,6 mg/Kg. 
*Cães: 27-33 mg/Kg. 
*Filhotes de cães e gatos: 11 mg/Kg. 
2.2. Triclorfom: 
Também chamado Metrifonato, é preferencialmente utilizado no controle de formas 
adultas de nematódeos gastrintestinais de ruminantes e eqüinos. É mais utilizado para 
eqüinos. 
É hidrossolúvel e após a absorção é biotransformado em Diclorvos. Em meio 
alcalino, o Triclorfom é parcialmente hidrolisado e inativado, e por este motivo, quando 
administrados por via oral em bovinos, requer 4,5 vezes a dose indicada para aplicação 
subcutânea. 
Nos eqüinos é administrado como bolo ou pasta ou como pó misturado na ração de 
um dia. É eficaz contra ascarídeos (Parascaris equorum) e oxiúros (Oxyuris equi), larvas 
estomacais de eqüinos (Gasterophilus nasalis, G. intestinalis) e é eficiente contra 
habronemose cutânea. 
Nos cães é utilizado por via sistêmica. É eficaz contra nematódeos comuns dos 
caninos (Toxocara canis, Ancylostoma caninum, Trichuris vulpis). É administrado por via 
oral na forma de comprimido. 
Nos bovinos e ovinos, embora não muito indicado, pode ser utilizado contra 
infecções com Haemonchus e Oesophagostomun radiatum, Ostertagia ostertagia, 
Trichostrongylus axei e Neoascaris adultos. Tem eficiência fraca contra Cooperia, a menos 
que seja fechado a goteira esofágica. É pouco usado em ovinos por ser-lhes muito tóxico. 
O Triclorfom é um organofosforado relativamente seguro quando usado em 
eqüinos. Costuma ser seguro para bovinos, mas podem ocorrer mortes ocasionais. Sua 
margem de segurança para ovinos é fraca. Nos eqüinos causa amolecimento das fezes e 
devido ao potencial de induzir o parto prematuro, o Triclorfom não deve ser usado em 
éguas durante o último mês de gestação. Nos suínos esta droga demonstrou toxicose 
congênita. Nos suínos é administrada via oral para tratar infecções por ascarídeos. Mas o 
uso de Triclorfom em porcas durante o meio do período de gestação pode resultar em 
distúrbios nervosos graves nos leitões (ataxia, tremores e morte por incapacidade de 
mamar). A atropina é um antídoto eficaz para toxicose aguda por Triclorfom. 
Nomes comerciais: 
*Para suínos: Triclorvet® e Tecplus® 
*Para eqüídeos: Bevermex®, Puriequi® 
*Para ruminantes: Bevermex®, Neguvon®, Triclorvet®, Trifon®, Trivermex® 
*Outros: Anthon®, Cobot®, Dyrex®, Freed®, Masoten® 
Dosagem e Administração: 
*eqüinos: 20-40 mg/Kg por via oral. 
*Cães: 75 mg/Kg por via oral em cada um dos 3 tratamentos, com 3-4 dias de intervalo. 
2.3. Coumafós: 
Possui uma grande vantagem: Pode ser administrada nos animais lactentes sem necessidade 
de descartar o leite após o tratamento. 
Em bovinos e ovinos é eficaz conta as formas adultas de vária espécies de parasitas, como o 
Haemonchus, Ostertagia, Trichostrongylus, Cooperia e Trichuris. 
Em frangos e galinhas é eficaz contra as infecções por Capillaria obsignata, reduzindo os 
números de ascarídeos e vermes cecais. Está designado para uso em frangas de reposição 
com mais de oito semanas e em plantéis de postura. 
O coumafós possui um margem de segurança estreita, especialmente quando administrado 
como beberagem única, ao invés de ser adicionado na ração. Pode causar toxicidade e 
morte de bovinos e ovinos. 
As raças coloridas de aves de postura comerciais são mais sensíveis ao tratamento com o 
coumafós do que as raças brancas. 
Nomes Comerciais: Assuntol®, Baymix®, Meldame®, Meldane2®. 
Dosagens: 
*Para bovinos de corte e de leite: O Coumafós é utilizado como suplemento alimentar ou 
como pré-mistura na dose de 2 mg/Kg/dia, durante 6 dias consecutivos. A beberagem é o 
meio mais comum de administração a bovinos de corte na dose de15 mg/Kg, mas a goteira 
esofágica deve ser fechada pois o anti-helmíntico passando diretamente para o abomaso 
tem maior atividade anti-helmíntica. 
*Ovinos: Após fechar a goteira esofágica administrar 8 mg/Kg em uma única beberagem. 
*Frangos: Pré-mistura na ração. São utilizados 0,004% de Coumafós para tratamento 
durante 10-14 dias para frangas de reposição ou 0,003% para tratamento de plantéis de 
postura durante 14 dias. 
2.4. Haloxom: 
É o anti-helmíntico mais seguro para uso em ruminantes. Sua eficácia primária é 
contra os parasitas do abomaso e intestino delgado; possui apenas atividade limitada contra 
os parasitas do intestino grosso. Tem uso em bovinos, ovinos e caprinos e uso restrito e não 
muito indicado para eqüinos, suínos e aves. 
Nos ovinos é eficaz contra Haemonchus, Trichostrongylus, Cooperia e 
Strongyloides. Sua atividade é um pouco menor, porém ainda boa, contra Ostertagia, 
Bunostomun e o verme do intestino grosso (Oesophagostomun venulosum). A atividade 
contra o Nematodirus é variável. 
Em bovinos a atividade do Haloxom é contra Haemonchus, Cooperia e o ascarídeo 
Neoascaris. Tem eficácia boa contra Ostertagia e Oesophagostomum radiatum. A 
atividade contra Nematodirus é variável. 
Nos outros hospedeiros (suínos, eqüinos e aves) não é muito indicada. Tem ação 
contra Ascaris suum e Oesophagostomum de suínos. Uma dose mais alta é eficiente contra 
Hyostrongylus. Nos eqüinos, tem eficácia contra os ascarídeos, oxiúros, vermes estomacais 
(Habronema), Trichostrongylus axei, várias espécies de pequenos estrôngilos e o grande 
estrôngilo Strongylus vulgaris. É menos eficaz contra S. edentatus e S. equinus. Nas aves 
domésticas, perus, codornas e pombos atua contra as infecções por Capillaria obsignata e 
C. contorta. É letal para gansos. 
O Haloxom é rapidamente absorvido no intestino, metabolizado de modo 
relativamente rápido e excretado na urina. É hidrolisado no fígado e na plasma. Os ovinos 
variam quanto a velocidade de hidrólise de acordo com um fator genético. Em alguns a taxa 
de hidrólise é mais alta (e não causa toxidez) e em outros a taxa de hidrólise é mais baixa 
(sendo que nestes há alta toxicidade). 
O Haloxom é o mais seguro dos anti-helmínticos organofosforados pois há 
inexistência relativa de efeitos tóxicos para o hospedeiro provavelmente porque os 
mamíferos possuem AchE que forma complexos estáveis com o Haloxom. Causa apenas 
uma discreta depressão da AchE eritrocitária nos mamíferos. 
Doses muito altas podem resultar em neurotoxicidade com ataxia dos membros 
posteriores ou até paralisia bilateral em alguns ovinos, ou então um quadro de anorexia, 
diarréia e morte. Os gansos são extremamente sensíveis ao Haloxom e isto está relacionado 
ao complexo altamente estável que o Haloxom forma com a Colinesterase no sistema 
nervoso dos gansos. 
A atropina não é um antídoto eficaz contra os efeitos tóxicos do Haloxom. O 2-
PAM serve como antídoto eficaz em gansos apenas. 
Existe contra-indicação do Haloxom no tratamento simultâneo com outras drogas 
inibidoras da AchE, pesticidas, ou compostos químicos. 
O Haloxom é destinado ao uso em animais produtores de carne e lã e não deve ser 
usada para o tratamento de bovinos ou caprinos leiteiros em idade reprodutiva ou mais 
velhos, devido aos resíduos no leite. A administração a ovelhas e vacas de corte durante a 
gestação e o aleitamento do recém-nascido não produz efeitos adversos sobre o parto ou o 
recém-nascido. É necessário um período de 7 dias de suspensão da droga antes do abate do 
animal. 
Nomes Comerciais: Halox®, Loxon® 
Dosagens e Administração: 
*Para bovinos: É administrado por via oral sob a forma de bolo, beberagem ou 
pasta, na dose de 44 mg de ingrediente ativo/Kg 
*Para ovinos e caprinos: 35-50 mg/Kg via oral nas mesmas formas que os bovinos. 
É insolúvel em água e pouco solúvel em lipídeos. O complexo formado entre 
Haloxom e a enzima acetilcolinesterase nos eritrócitos de ovinos pode ser dissociado, 
reduzindo a toxicidade deste medicamento. 
Por outro lado, a Acetilcolinesterase do Haemonchus contortus se liga de forma 
irreversível com o Haloxom, o que resulta em toxicidade para o parasita e sua eventual 
expulsão do bovino tratado. 
Já a AchE dos ascarídeos não é tão suscetível ao Haloxom pois se liga de modo 
irreversível, sendo que o parasito retorna ao normal após 32 horas. Todavia, este período de 
“atordoamento” é suficiente para expulsar os parasitos do intestino do hospedeiro. 
A eficácia de Haloxom é fraca para Nematodirus e Oesophagostomum 
colombianum pois o tempo de “atordoamento” é muito curto. 
2.5. Naftalós 
É um organofosforado de médio espectro utilizado em bovinos e ovinos contra parasitos do 
abomaso e do intestino delgado. 
Está disponível sob a forma de bolos, beberagem ou aditivo alimentar. 
Para ovinos, o Naftalós é eficaz contra Haemonchus contortus, Ostertagia circumcicta, 
Trichostrongylus colubriformis e Cooperia pectinata. Atua contra Strongylus papillosus. 
Tem ótima eficiência sobre Haemonchus de ovinos e caprinos. 
Para bovinos, é eficiente contra Haemonchus, Cooperia, Trichostrongylus colubriformis e 
Trichuris. Atua variavelmente sobre T. axei, Ostertagia ostertagia e Oesophagostomum 
radiatum. 
Em eqüinos é útil contra Parascaris e nas aves atua contra Capillaria contorta ou C. 
obsignata e Heterakis gallinarium (de forma variável). 
Possui margem de segurança relativamente estreita. A dose terapêutica para ovinos não 
causa mortes, embora possa causar lassidão, inapetência e aumento da salivação que 
desaparecem normalmente após 2 a 5 dias e a diarréia é freqüente. Nos bovinos o 
envenenamento pode levar à morte. 
Nomes Comerciais: Maretin®, Rametin® 
Dosagem: 
*Para ovinos e bovinos a dose oral é de 50 mg/Kg. 
2.6. Crufomato: 
A administração de Crufomato via oral para bovinos produz eficácia contra 
Haemonchus, Cooperia e Bunostomun, Ostertagia, Trichuris, Trichostrongylus axei e 
Strongylus papillosus. Pequena eficácia contra Nematodirus, Oesophagostomum, espécies 
intestinais de Trichostrongylus, nematódeos gastrintestinais imaturos, Capillaria e vermes 
pulmonares. 
Nome Comercial: Ruelene. 
Dosagem: 
*Para bovinos: 40 mg/Kg em dose única ou 17 mg/Kg por 3 dias consecutivos pela 
via oral. 
Conclusão 
 Os helmintos causam sérios problemas aos diversos animais. Os anti-helmínticos 
vão tentar eliminar estes parasitos através de sua ação direta sobre eles. 
Uma das ações é sobre a enzima acetilcolinesterase. Esta enzima vai colaborar na 
transmissão nervosa do helminto através da lise da acetilcolina. 
O anti-helmíntico vai atuar bloqueando a ação da acetilcolinesterase e com isto vai 
matar o helminto por paralisia espástica e depois, o organismo do hospedeiro se encarrega 
por eliminá-lo. 
Os organofosforados tem ação anti-colinesterásica. Atuam destruindo nematódeos. 
São organofosforados: 
 Diclorvos 
 Coumafós 
 Haloxom 
 Triclorfom 
 Naftalós 
 Crufomato 
É grande a toxicidade destes medicamentos e por isto o veterinário e o tratador devem estar 
atentos quanto à dosagem correta, à via de administração mais adequada e à administração 
do fármaco adequado. Isto deve ser de acordo com o parasito ao qual ele quer atingir e de 
acordo com a espécie do hospedeiro. 
Bibliografia 
BOOTH, Nicholas H. & McDONALD, Leslie E. Farmacologia e Terapêutica em 
Veterinária. 6.ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1992. pp. 732-740. 
 SPINOSA, H. S.; GÓRNIAK, S. L.; BERNARDI, M. M. Farmacologia Aplicada à 
Medicina Veterinária. 2.ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1999. pp. 437-443, 
454-465. 
 
Ir para o topo
 
http://www.medvet.hpg.ig.com.br/farmacoache.html#ANTIHELM�NTICOS ANTI-COLINESTER�SICOS#ANTIHELM�NTICOS ANTI-COLINESTER�SICOS
http://www.medvet.hpg.ig.com.br/farmacoache.html#ANTIHELM�NTICOS ANTI-COLINESTER�SICOS#ANTIHELM�NTICOS ANTI-COLINESTER�SICOS
	MATERIAL DIDÁTICO 
	PROFESSOR ARGEMIROSANAVRIA 
	ANTIHELMÍNTICOS ANTI-COLINESTERÁSICOS 
	Introdução 
	Conclusão 
	Bibliografia

Outros materiais