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SAÚDE DO ADULTO II AULA 2 – PERÍODOS CIRÚRGICOS De acordo com Hinkle e Cheever (2016), os períodos operatórios se dividem em; Fase pré-operatória Tomada de decisões sobre a intervenção cirúrgica Quando o cliente é transferido para mesa operatória De acordo com a SOBECC (2017), os períodos cirúrgicos são classificados em: - Pré-operatório imediato: Período de 24 horas antes do procedimento anestésico-cirúrgico, até o encaminhamento do cliente ao centro cirúrgico; - Transoperatório: Compreende desde o momento em que o cliente é recebido na unidade de centro cirúrgico, até sua saída da sala de operações; - Intraoperatório: Começa no início do procedimento anestésico-cirúrgico e vai até o seu término. Portanto, está inserido no período transoperatório; - Recuperação Pós-anestésica: Compreende desde a chegada do cliente à SRPA até a sua alta para a unidade de origem; - Pós-operatório imediato: Compreende as primeiras 24 horas depois da intervenção anestésico-cirúrgica. - Pós-operatório mediato: Inicia-se depois das primeiras 24h que se seguem à cirurgia e se estende até a alta do cliente ou depois de seu retorno para casa (essa etapa é variável ao procedimento realizado). ENFERMAGEM NO CENTRO CIRÚRGICO De acordo com Carvalho; Bianchi (2007), durante os cuidados prestados aos pacientes cirúrgicos, os enfermeiros encontram-se frente a problemas peculiares a cada paciente, necessitando da elaboração de um plano de cuidados que abranja as intervenções em todas as fases do tratamento cirúrgico, visto que a enfermagem perioperatória assiste os pacientes antes, durante e imediatamente após a cirurgia. A enfermagem no centro cirúrgico compreende-se em procedimentos técnico-científicos que englobem as intervenções assistenciais e educativas, podendo ser promovida pela equipe de enfermagem. O período perioperatório é formado pelos períodos pré-operatório que é dividido em Pré-operatório Mediato e Imediato, transoperatório sendo a fase intraoperatória, e pós-operatório dividido em Pós-operatório Imediato e Mediato. Além de considerar os períodos nos quais a assistência ao paciente cirúrgico deve ser prestada as intervenções de enfermagem devem contemplar ações preventivas, assistenciais e educativas, sugerida pela Associação Americana de Enfermeiros no Centro Cirúrgico. Visualização dos tempos cirúrgicos do Perioperatório descritas na figura. Conforme Smeltzer; Bare (2009), a equipe multiprofissional que assiste o paciente cirúrgico, deve trabalhar em sintonia e transmitir apoio ao paciente e seus familiares, devendo os profissionais de saúde estarem capacitados para reconhecer seus problemas e saber como resolvê-lo. A enfermagem perioperatória, é o campo especial onde inclui uma vasta variedade de funções de enfermagem, associados às experiências cirúrgicas do paciente, onde o mesmo receberá informações a respeito dos períodos operatórios em que se encontra. A enfermagem perioperatória aborda os papeis relevantes para as três fases da experiência cirúrgica: pré-operatória, intra-operatória e pós-operatória. Cada fase começa e termina em determinado ponto definido pela sua fase, na sequência de eventos que constitui a experiência cirúrgica. Cada uma das fases tem incluso uma ampla gama de atividades e eventos que o enfermeiro realiza usando o processo de enfermagem e com base em padrões de prática. CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PRÉ-OPERATÓRIO Segundo Carvalho; Bianchi, (2007), o período pré-operatório mediato compreende-se no momento em que o paciente recebe a notícia de que será submetido ao tratamento cirúrgico até as 24 horas que antecedem a cirurgia. E o Período pré-operatório imediato compreende às 24 horas imediatamente anteriores à cirurgia. Smeltzer; Bare (2009), ressaltam que os cuidados no pré-operatório baseiam-se no preparo psicossocial do paciente e seus familiares; remover próteses e joias; orientar e preparar o paciente sobre exames complementares que serão realizados; explicar para o paciente a cirurgia, a anestesia e pós-operatório, para diminuir o medo e auxiliar na recuperação; conversar com a equipe sobre a cirurgia; - no período pré-operatório (NPO) 8 a 12 horas antes da cirurgia a enfermagem deve realizar; controle de sinais vitais; identificar o paciente; deve ser realizada a tricotomia conforme prescrição médica, higienização do corpo e principalmente do local cirúrgico; administrar medicações pré-operatórias e se necessário realizar a sondagem vesical com um sistema estéril fechado; observar hematúria; balanço hídrico (BH) e evacuações para avaliação renal. CUIDADOS DE ENFERMAGEM NOS TRANSOPERATÓRIO Smeltzer; Bare (2009), referem que o período transoperatório dá-se do momento em que o paciente é recebido na unidade de centro cirúrgico até sua saída da sala de operações. O Período intra-operatório começa no início até ao término do procedimento anestésico-cirúrgico, compreendido no período transoperatório. Mata; Napoleão (2010), asseguram que no período intra-operatório o posicionamento correto do paciente na mesa cirúrgica é de extrema necessidade para a manipulação cirúrgica, e após, se necessário coloca-se drenos ao redor do local da cirurgia e depois fecha-se a incisão. Outros cuidados colocados pela equipe de enfermagem consistem em: - Monitorar hemorragias, perdas de líquidos e entrada de soluções parenterais. - Prevenir hipotermia por meio de soluções parenterais aquecidas. - Controle rigoroso e constante dos sinais vitais. - Registrar alterações nas evoluções de enfermagem. - Manter o paciente na sala de Recuperação Pós-Anestésica (RPA), para avaliação do anestesista e liberação para enfermaria. CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO De acordo com Carvalho; Bianchi, (2007), o período pós-operatório imediato compreende as primeiras 24 horas após o procedimento anestésico-cirúrgico, compreendendo também o tempo de permanência na sala de recuperação pós-anestésica. O Período pós-operatório mediato envolve o período após as 24 horas iniciais e é comumente descrito como primeiro, segundo, terceiro dias de pós-operatório. O Período pós-operatório tardio varia de acordo com o tipo da complexidade da cirurgia, podendo compreender desde 15 dias até cerca de um ano após o procedimento cirúrgico que o paciente foi submetido. Conforme Mata; Napoleão, (2010), após a cirurgia o paciente é transportado para uma sala de recuperação pós-anestésica (SRPA). Essas autoras destacam que após a cirurgia o paciente deve ser transportado para sala de recuperação de maneira rápida sem movimentos desnecessários e da mesma forma para a enfermaria de forma cuidadosa para não arrancar as sonda e cateteres quando tiverem em uso, a cabeça do paciente deve ficar lateralizada, o ambiente deve ser tranquilo, o paciente permanece em semi-fowler nas primeiras horas. Conforme Silva, (2009), a dor é um sintoma subjetivo em que os pacientes exibem sensações de desconforto em forma de expressões faciais, devido à estimulação ou trauma de determinadas terminações nervosas, sendo um dos sintomas mais precoces que o paciente experimenta. Quando ocorrer a dor a enfermagem deve determinar a causa e a localização, porque a dor pode esta relacionada com a incisão ou pode ser o resultado da escoriação da pele no sítio cirúrgico. Com relação ao Pós-operatório Cançado et al., (2009), definem que os objetivos da equipe multidisciplinar durante este período são: a manutenção do equilíbrio dos sistemas orgânicos, alívio da dor e do desconforto, prevenção de complicações pós-operatórias, plano adequado de alta e orientações. Braulino (2008), relata que os exercícios de tosse e respiração são estimulados na enfermaria, o enfermeiro deve controlar as eliminações - medir e registrar, controlando a administração de hidratação (soro e ingestão de líquidos), verificar sinais vitais, monitorar o controle de irrigação observando sinais de hemorragia, mantendo acesso venoso e a administração de medicamentos conforme prescrição, o curativo deve ser observado comfrequência e a remoção da suturas deve ser feita conforme prescrição médica. No momento da alta o paciente deverá ser instruído que não poderá dirigir automóveis por certo tempo, executar trabalhos ou exercícios que exijam muito esforços, e que qualquer sinal de sangramento, febre ou anormalidade deverá procurar o médico. CURATIVO DE FERIDAS CIRÚRGICAS Segundo Geovanini; Oliveira (2008), o curativo de ferida operatória inicia-se pela lavagem e a antissepsia das mãos antes da realização de cada curativo, utiliza-se material estéril evitando-se falar próximo ao mesmo e da ferida operatória. A troca de curativo no cliente deve ser feita de acordo com o potencial de contaminação da ferida. O principio básico do curativo segue a sequência de limpeza do local menos contaminado para o mais contaminado, nunca tocando diretamente nas feridas abertas ou recentes, até 72 horas da cirurgia. Os curativos cirúrgicos não necessitam serem trocados nas primeiras 72 horas, se estiverem limpos e secos. Após este período deve ser removido, podendo a incisão permanecer descoberta, caso não haja drenagem de qualquer secreção.
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