Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Introdução à Avaliação Nutricional Profª Ísis Borges Bibliografia Básica • Avaliação Nutricional: Teoria e Prática. Julio Tirapegui, Sandra Maria Lima Ribeiro. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. • Avaliação Nutricional Aspectos Clínicos e Laboratoriais. Antonio Cláudio Gourlart Duarte. São Paulo: Atheneu, 2007. • Avaliação Nutricional do Paciente Hospitalizado: uma abordagem Teórico-Prática. Glorimar Rosa. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. ESTADO NUTRICIONAL “é a condição de saúde de um indivíduo influenciada pelo consumo e utilização de nutrientes, e identificada pelo somatório de informações obtidas de estudos físicos, bioquímicos, clínicos e dietéticos” • Reflete o grau no qual as necessidades fisiológicas de nutrientes estão sendo atendidas. Atividade Física AVALIAÇÃO NUTRICIONAL • Primeira etapa do processo de intervenção nutricional. Conjunto de métodos utilizados para aferir o estado nutricional do paciente, contemplando parâmetros objetivos e subjetivos. Para atenuar as limitações dos diversos indicadores nutricionais, deve- se utilizar o maior número possível de parâmetros. IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL INDIVIDUAL - Diagnosticar indivíduos que precisam de cuidados nutricional mais intensivo. - Recuperar e manter estado nutricional do indivíduo. - Identificar a Terapia Nutricional apropriada. - Monitorar a eficácia destas intervenções. IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL COLETIVA • Determinar estado nutricional de grupos populacionais. • Acompanhamento dos distúrbios nutricionais • Fornecimento de dados de referencia • Determinação de sub-grupos de risco • Planejamento nacional (ou local) de políticas • Avaliação da efetividade de programas nutricionais. Parâmetros Utilizados: • Triagem nutricional • História Clínica • Avaliação Dietética • Exame físico • Avaliação Antropométrica • Avaliação bioquímica AVALIAÇÃO CLÍNICA Avaliação Clínica • É parte integrante da avaliação do estado nutricional. • Estabelece o contato inicial com o paciente. • Identifica sinais e sintomas clínicos que nortearão a conduta nutricional individualizada. • Direciona o exame físico a ser realizado. Em diversas circunstancias é o ÚNICO PARÂMETRO que contamos para realizar a intervenção nutricional. Avaliação Clínica História Clínica Exame Físico Triagem Nutricional Triagem Nutricional Triagem Nutricional • Identifica rapidamente indivíduos desnutridos ou com risco nutricional, e determina se uma avaliação nutricional mais detalhada é necessária. • Pode ser aplicada por qualquer membro da equipe de saúde. • Até 72 horas da admissão. • Simples, fácil aplicação, inclui dados da rotina prontamente disponíveis, baixo custo e eficaz na identificação de problemas nutricionais. TRIAGEM NUTRICIONAL AUSENCIA DE RISCO NUTRICIONAL PRESENÇA DE RISCO NUTRICIONAL REPETE A CADA 7 DIASAVALIAÇÃO COMPLETA DO ESTADO NUTRICIONAL Triagem Nutricional ✓ Perda de peso do paciente ✓ Gravidade Doença Atual ✓ Alteração do apetite / hábitos alimentares ✓ Presença de sintomas gastrointestinais ✓ Mudança da capacidade funcional O QUE É AVALIADO? Triagem Nutricional Adulto - Avaliação Subjetiva Global - NRS 2002 Idoso - Mini Avaliação Nutricional (MAN) Criança - Strong Kids Avaliação Subjetiva Global (ASG) Avaliação Subjetiva Global (ASG) Mini Avaliação Nutricional História Clínica Identificação e Características Gerais do Paciente • Identificação do paciente: dados do paciente. Ex: Nome, idade, sexo, raça, estado civil, profissão, renda familiar e escolaridade. • Queixa principal: o principal motivo que levou a internação/ consulta. Ex: dor abdominal, falta de apetite, dificuldade para deglutir. • História da Doença atual: Relato claro dos problemas que motivaram a internação/consulta. Os medicamentos utilizados. Ex: o paciente relata dor na região epigástrica há cerca de 6 meses, acompanhada de perda de peso (8kg), náuseas, vômitos e perda de apetite. Faz tratamento regular para Hipertensão. • História patológica pregressa: Doenças da infância, doenças crônicas, informações sobre cirurgias prévias, acidentes, lesões, transfusão de sangue. Ex: paciente nega HAS, DM, DCI (dça comuns da infância) e relata ter feito cirurgia para retirada de apêndice há 10 anos e apresenta gastrite diagnosticada há 5 anos. • História Familiar: Condições de saúde e causa de óbito de cada membro da família imediata. Ex: pai teve câncer de intestino, mãe hipertensa, avó materna diabética e irmão teve câncer de esôfago. • História Social: Dados sobre tabagismo, uso de álcool, drogas, ocupação e escolaridade, religião, situação do domiciliar (quantas pessoas moram na mesma casa, número de cômodos, se apresenta água encanada, esgoto) Ex: fumante há 15 anos de 1 maço de cigarros/dia, ingere bebida alcoólica (cerveja) diariamente (2 garrafas/dia), nega uso de outras drogas, mora com 4 pessoas, em casa de alvenaria com 1 quarto, água encanada e sem rede de esgoto. Identificação e Características Gerais do Paciente • Avaliação do estado mental: Avaliar se o paciente se encontra LOTE (lúcido e orientado no tempo e no espaço). Como avaliar? - Em que dia da semana estamos? - Onde você está? - Onde mora? - Qual seu nome? - Qual o nome do seu acompanhante? - Há quanto tempo está internado? Identificação e Características Gerais do Paciente • Avaliação da função intestinal: Como avaliar? - Como funciona o seu intestino? - Quantas vezes evacua por dia? - Tem dificuldades na evacuação? - Seus hábitos intestinal mudaram após o aparecimento dos sintomas/ diagnóstico da doença? Os pacientes tem conceitos muito variáveis sobre constipação e diarreia. Esses conceitos devem ser esclarecidos previamente, a fim de evitar diagnósticos incorretos. Aspecto das fezes e coloração? Tempo de duração da diarreia?Aspecto gorduroso? Espumoso? Fétido? Muco, pus ou sangue? Aguda, crônica ou recorrente? Identificação e Características Gerais do Paciente Sistema Digestório • Disfagia • Odinofagia • Pirose ou azia • Regurgitação • Flatulência • Hematêmese • Melena • Enterorragia • Hematoquezia Padrão Miccional • Poliúria • Nictúria • Disúria • Hematúria • Incontinencia Urinária Exame Físico 31 32 Cabelos • Avaliar aspecto do cabelo • Sem brilho e quebradiço. • Presença de alopécia (sem cabelo) • Queda de cabelo (independe do uso de química). Deficit de Proteína e Zinco Olhos • Conjuntiva e esclerótica - Peça para o paciente que olhe para cima enquanto você comprime as pálpebras inferiores com os polegares, expondo a esclerótica e a conjuntiva. A coloração normal da mucosa hipocorada, é um sinal característico de anemia. A esclerótica amarela indica icterícia. Lábios e mucosa oral - Observar coloração e umidade - Existência de nódulos, ulcerações e rachaduras nos cantos da boca Queilite angular Queilite actínica Gengivas e Dentes • Registrar a coloração das gengivas -> rosada • Inspecionar as bordas das gengivas quanto a presença de edema, ulceração ou sangramento. • Observar se há falta de dente que possa prejudicar a mastigação. Sangramento = Deficit de vitamina C Língua • Rosada, ligeiramente áspera, úmida, sem cortes e sem fissuras. • Língua lisa, inflamada, margenta (púrpura), dolorosa ou com atrofia ou hipertrofia de papilas = deficiência de Riboflavina, Niacina, Ácido Fólico, vit B12, Piridoxina e Ferro. • Macroglossia (hipertrofia lingual) = hipotireoidismo Pele • Hidratação: avaliada pelo seu turgor. - Pinçando a pele com os dedos polegar e indicador. Se a prega se desfaz lentamente, pode indicar desidratação. - O ressecamento da pele também é indicativo de desidratação - Pessoas mais idosas geralmente tem o turgor diminuído da pele. Descamação da pele Pele • Retorno Venoso:Pode ser observado nas extremidades, pressionando-se as pontas dos dedos e observando-se o enchimento capilar. O tempo de retorno esperado é de no máximo 3 segundos. • Cianose: é a coloração azulada da pele e extremidades das mãos e pés. Pode ser central ou periférica. - Cianose periférica: estase venosa ou alteração funcional na microcirculação. - Cianose central: pneumonia avançada, cardiopatia congenitas ou grandes altitudes. • Petéquias: decorrentes de deficit de vit C EDEMA BILATERAL Classificação do Edema • Sinal de Godet = técnica de palpação utilizada para a detecção de edema • Se fizer cova o Sinal de Godet é positivo = (+) BONS ESTUDOS!!!!
Compartilhar