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Sindicalismo e Negociação Coletiva Turma: Gestão de Recursos Humanos Unidade 1: Relações Coletivas de Trabalho Tópico 1 – Quadro comparativo das mudanças advindas da reforma trabalhista no âmbito do direito coletivo do trabalho. Tópico 2 – Contextualização e classificação das relações coletivas de trabalho. Tópico 3 – Relações coletivas de trabalho no âmbito internacional. Unidade 1: Relações Coletivas de Trabalho Tópico 1 Quadro comparativo das mudanças advindas da reforma trabalhista no âmbito do direito coletivo do trabalho. U1 - Tópico 1 A Reforma Trabalhista se deu pela Lei 13.467/2017, alterou a CLT. - Nova regra nas negociações coletivas: prevalência do “negociado sobre o legislado”. A negociação coletiva (acordos e convenções) estipula os contornos do direito, estendendo ou restringindo a previsão legal. Validade de 2 anos, depois revoga-se. U1 - Tópico 1 1. Horas Extras, Art 59 da CLT. Como era Como Ficou “A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho”. “A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho”. U1 - Tópico 1 Como era Como Ficou “Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias”. Manteve-se o §2º, porém foram acrescidos os seguintes parágrafos: §5º: “O banco de horas de que trata o § 2º deste artigo poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses”. §6º: “É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês”. 2. Banco de Horas, Artigo 59, §§ 2o, 5o e 6o da CLT U1 - Tópico 1 Como era Como Ficou “A contribuição sindical é devida por todos aqueles que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão. “O desconto da contribuição sindical está condicionado à autorização prévia e expressa dos que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão”. A contribuição sindical, desde o advento da reforma trabalhista passou a ser facultativa. 3. Contribuição Sindical, Artigo 579 da CLT U1 - Tópico 1 Como era Como Ficou “As condições estabelecidas em Convenção quando mais favoráveis, prevalecerão sobre as estipuladas em Acordo”. “As condições estabelecidas em acordo coletivo de trabalho sempre prevalecerão sobre as estipuladas em convenção coletiva de trabalho”. 4. Prevalência dos Acordos Coletivos sobre as Convenções Coletivas U1 - Tópico 1 5. Jornada de Trabalho 12 horas x 36 horas, Artigo 59-A da CLT Como Era: Não existia previsão. Como Ficou: “[...] é facultado às partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de 12 horas seguidas por 36 horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação” 6. O que PODE ser negociado em Acordo Coletivo e Convenção Coletiva Como Era: Não existia previsão. “A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho (empregador e empregados) têm prevalência sobre a lei, quando, entre outros, dispuserem sobre: U1 - Tópico 1 I- pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais; II- banco de horas anual; III- intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas; IV- adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei nº 13.189, de 19 de novembro de 2015; V- plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem como identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança; VI- regulamento empresarial; VII- representante dos trabalhadores no local de trabalho; VIII- teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente; IX- remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado, e remuneração por desempenho individual; X- modalidade de registro de jornada de trabalho; XI- troca do dia de feriado; XII- enquadramento do grau de insalubridade; XIII- prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades competentes do Ministério do Trabalho; XIV- prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos em programas de incentivo; XV- participação nos lucros ou resultados da empresa. U1 - Tópico 1 7 . O que NÃO pode ser negociado em Acordo e Convenção Coletiva Como Era: Não existia previsão. Como Ficou: Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos: I- normas de identificação profissional, inclusive as anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social; II- seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; III- valor dos depósitos mensais e da indenização rescisória do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); IV- salário-mínimo; V- valor nominal do décimo terceiro salário; VI- remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; VII- proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; VIII- salário-família; IX- repouso semanal remunerado; X- remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% (cinquenta por cento) à do normal; XI- número de dias de férias devidas ao empregado; XII- gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; U1 - Tópico 1 XIII- licença-maternidade com a duração mínima de cento e vinte dias; XIV- licença-paternidade nos termos fixados em lei; XV- proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; XVI- aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; XVII- normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou em normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho; XVIII- adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas; XIX- aposentadoria; XX- seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador; XXI- ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; XXII- proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador com deficiência;XXIII- proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito anos e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; XXIV- medidas de proteção legal de crianças e adolescentes; U1 - Tópico 1 XXV- igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso; XXVI- liberdade de associação profissional ou sindical do trabalhador, inclusive o direito de não sofrer, sem sua expressa e prévia anuência, qualquer cobrança ou desconto salarial estabelecidos em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho; XXVII- direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender; XXVIII- definiçãolegal sobre os serviços ou atividades essenciais e disposições legais sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade em caso de greve; XXIX- tributos e outros créditos de terceiros; XXX- as disposições previstas nos arts. 373- A, 390, 392, 392-A, 394, 394-A, 395, 396 e 400 desta Consolidação. Unidade 1: Relações Coletivas de Trabalho Tópico 2 Contextualização e classificação das relações coletivas de trabalho. U1 - Tópico 2 - Os direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos são os chamados direitos transindividuais e situam-se entre os interesses público e privado. - Advêm da necessidade de regular direitos que, extrapolando a noção do individual (privado), surgem igualmente para toda uma coletividade ou grupo de pessoas ligadas por uma determinada relação jurídica ou por um vínculo fático que as torna titulares dos mesmos direitos. U1 - Tópico 2 - - U1 - Tópico 2 Relações coletivas de trabalho são um complexo de relações sociais, nem sempre reguladas por lei, que ocorrem entre: - organizações sindicais de empregadores e de trabalhadores subordinados ou - organizações de trabalhadores subordinados e a da empresa; ou - entre representantes de fato de trabalhadores e empresários, de qualquer maneira qualificados, e que tenham por escopo: U1 - Tópico 2 a) a regulação acordada das tarifas das retribuições e de todas as condições de trabalho, com conteúdo normativo e econômico; b) além da regulação da atividade sindical Unidade 1: Relações Coletivas de Trabalho Tópico 3 Relações coletivas de trabalho no âmbito internacional. U1 - Tópico 3 Organização Mundial do Trabalho – OIT. - Surgiu no início do século XX, em 1919; - Influenciada pela Revolução Industrial; - Condições insalubres de trabalho, ideais de lutar por direitos e dignidade nas relações de trabalho; - Sindicatos trabalhando localmente; - Conferência de Paz em Versalhes (Tratado de Versalhes), entre as nações vitoriosas no pós-guerra. Deu-se o surgimento da OIT; U1 - Tópico 3 Organização Mundial do Trabalho – OIT. - A ONU foi criada depois (1945). Hoje a OIT faz parte da ONU. - A intenção da criação da OIT, então, dividi-se em duas vertentes: a humanista e a política; - Visa a universalização de caráter homogêneo das condições e relações de trabalho, fazendo surgir a noção do direito coletivo do trabalho. U1 - Tópico 3 Conferência Internacional do Trabalho (1998), aprovou a Declaração dos Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho, com 4 princípios fundamentais: a) Liberdade sindical e reconhecimento efetivo do direito de negociação coletiva; b) Eliminação de todas as formas de trabalho forçado; c) Abolição efetiva do trabalho infantil; e, d) Eliminação de todas as formas de discriminação no emprego ou na ocupação. U1 - Tópico 3 Função da OIT: criar regulamentação, e monitorar os Estados para que estejam sempre respeitando esses e outros princípios tão caros às relações trabalhistas. Deve atuar para garantir que o progresso social e o crescimento econômico sejam pautados nos princípios mencionados e os direitos ao exercício do trabalho digno e da garantia de que as partes da relação de trabalho possam sempre reivindicar a participação justa. U1 - Tópico 3 OIT, que é formada por três órgãos principais, quais sejam: a) Conferência Geral dos Representantes dos Estados Membros; b) Conselho de Administração; c) Repartição Internacional do Trabalho – dirigido pelo Conselho de Administração. U1 - Tópico 3 A OIT será composta não apenas pelos Estados – países membros, mas também por representantes dos empregadores e dos trabalhadores (que podem ser representados pelas associações sindicais) de cada um dos Estados Membros. Disso decorre a chamada cooperação técnica, que nada mais é que essa estrutura tripartite de referido organismo internacional. U1 - Tópico 3 A Conferência Geral dos representantes dos Membros convocará sessões sempre que seja necessário e pelo menos uma vez por ano. Composta por 4 representantes de cada um dos Membros, sendo dois delegados do Governo e os outros dois representarão, empregadores e os trabalhadores. É órgão supremo da Organização e tem como função elaborar as convenções internacionais. U1 - Tópico 3 Conselho de Administração é responsável pela gestão da Organização, sendo imputado a esse o dever de elaborar e controlar a execução das políticas adotadas pela Organização. Também será formado por representantes dos Estados, dos empregadores e dos trabalhadores, sendo o presidente e os dois vice-presidentes, cada um de uma das três categorias anteriormente mencionadas. U1 - Tópico 3 Repartição Internacional do Trabalho será chefiada por um Diretor-Geral e funcionará com o objetivo de centralizar e a distribuir informações de regulamentação internacional da condição dos trabalhadores e do regime do trabalho e o estudo das questões que lhe compete submeter às discussões da Conferência para conclusão das convenções internacionais, assim como a realização de todos os inquéritos prescritos pela Conferência e Conselho. U1 - Tópico 3 As convenções da OIT são consideradas tratados internacionais e submetidos à ratificação por parte dos Estados Membros. Embora possuam caráter normativo, não são autoaplicáveis, uma vez que a Conferência Geral não se configura como um parlamento universal, capaz de impor suas normas aos Estados, já que cada um desses possui soberania e pode determinar quais as legislações aplicáveis no seu âmbito interno. Unidade 2: Direito Coletivo do trabalho brasileiro Tópico 1 – Principios que regem as relações coletivas do trabalho no Brasil. Tópico 2 – Organização sindical no Brasil. Tópico 3 – Negociação coletiva. Unidade 2: Direito Coletivo do trabalho brasileiro Tópico 1 – Principios que regem as relações coletivas do trabalho no Brasil. U2 - Tópico 1 Os princípios da Liberdade sindical: ● Liberdade de criação e fundação dos sindicatos; ● Liberdade de administração e organização dos sindicatos; ● Liberdade de filiação aos sindicatos. U2 - Tópico 1 Os princípios da Liberdade sindical: ● Prevista pela OIT, na convenção n 87; ● CF, Art.8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: I - A lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro do órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical. U2 - Tópico 1 Os princípios da Liberdade sindical: II - É vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior a área de um município. --- Esse é o princípio da unicidade sindical U2 - Tópico 1 Art. 516 - Não será reconhecido mais de um sindicato representativo da mesma categoria econômica ou profissional, ou profissão liberal, em uma dada base territorial. Art. 517 - Os sindicatos poderão ser distritais, municipais, intermunicipais, estaduais e interestaduais. Excepcionalmente, e atendendo às peculiaridades de determinadas categorias ou profissões, o ministro do Trabalho, Indústria e Comércio poderá autorizar o reconhecimento de sindicatos nacionais. U2 - Tópico 1 Para que um sindicato seja criado, basta o seu registro no órgão competente e que seja verificada a não existência de outro sindicato representante da categoria dentro da mesma base territorial. Criação do Sindicato Registro no cartório, pra adquirir personalidade juridica Registro no MTE, para controle da unicidade sindical. U2 - Tópico 1 A liberdade individual pode ser: 1. Positiva a) o direito dos trabalhadores e dos empregadores de se reunirem a companheiros de profissão ou a empresas com atividades iguais ou conexas para fundar sindicatos ou outras organizaçõessindicais; b) o direito de cada trabalhador ou empregador de se filiar a essas organizações e nelas permanecer. U2 - Tópico 1 A liberdade individual pode ser: 2. Negativa a) o direito de se retirar de qualquer organização sindical quando quiser; b) o direito de não se filiar a sindicato ou outra organização sindical. U2 - Tópico 1 - Princípio da Autorregulamentação Consiste na possibilidade de se fazer acordos ou convenções coletivas capazes de criar normas que irão influenciar diretamente nos contratos de trabalho. - Princípio da boa fé ou lealdade ou transparência. Unidade 2: Direito Coletivo do trabalho brasileiro Tópico 3 – Negociação coletiva. U2 - Tópico 3 Negociação Coletiva - Formas de solucionar conflitos coletivos de trabalho. - As próprias partes criam normas que serão aplicadas aos contratos de trabalho. - Meios: os acordos e convenções. - Buscam uma transação entre empregadores e empregados, sendo que os primeiros devem sempre estar representados pelos seus sindicatos, com o objetivo de equilibrar os interesses de ambas as partes. U2 - Tópico 3 O sucesso da negociação coletiva, depende de vários fatores, dentre os quais cumpre destacar: - a) garantia da liberdade e da autonomia sindical; - b) razoável índice de sindicalização do grupo representado; - c) espaço para a complementação e suplementação do sistema legal de proteção do trabalho. U2 - Tópico 3 U2 - Tópico 3 Acordo Coletivo de Trabalho É o resultado das negociações entre o sindicato de trabalhadores e uma ou mais empresas. Nesse instrumento, as regras não valem para toda a categoria, mas só para os funcionários e empresas da negociação específica. U2 - Tópico 3 Convenção Coletiva de Trabalho É um contrato firmado entre um sindicato patronal com o respectivo sindicato laboral após negociação entre os lados trazendo como resultado um denominador comum que atende as pautas expostas durante a negociação, com validade de até 2 anos, para toda a categoria representada. Prazer enorme está com vocês. Obrigada pela companhia. E não esqueçam: #fiquememcasa e aproveitem para estudar! Unidade 2: Direito Coletivo do trabalho brasileiro Tópico 2 – Organização sindical no Brasil. U2 - Tópico 2 Unidade 1: Relações Coletivas de Trabalho Tópico 1 – Quadro comparativo das mudanças advindas da reforma trabalhista no âmbito do direito coletivo do trabalho. Tópico 2 – Contextualização e classificação das relações coletivas de trabalho. Tópico 3 – Relações coletivas de trabalho no âmbito internacional.
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