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Abordagens sociopsicologicas da violencia e do crime

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
GRADUAÇÃO TECNOLÓGICA
TÍTULO DA ATIVIDADE ESTRUTURADA
A Redução da Maioridade Penal
O tema a redução da maioridade penal é um assunto complexo que leva a uma diversidade de opiniões contra e a favor. Porem se faz necessário o estudo e analise do tema para esta disciplina, para termos uma visão mais critica da realidade em que vivemos trazendo o questionamento: A redução da maioridade penal ajuda no combate ao crime? 
O encontro com Fátima Bernardes traz justamente o posionamento de diversos especialistas, como o promotor da infância e juventude Dr. Thales Cesar de Oliveira, a Professora de direito penal Janaina Conceição Paschoal e o antropólogo Paulo Malvori e também alguns participantes que tiveram os seus entes queridos vitimas dessa violência praticada por menos de idade. 
Os participantes, no caso da senhora Marisa e do senhor Valdir, pais do jovem Vítor, assassinado na porta de casa por um adolescente e Vinicius, neto de avós assassinados também por um adolescente, defendem a redução da maioridade penal, tendo como discurso, que o adolescente infrator possui plena capacidade de responder pelos seus atos, porque ele o pratica na certeza da impunidade das leis brasileiras, cometendo delitos e podendo ser estimulados por adultos a cometerem este tipo de conduta. O promotor da infância e juventude, Dr. Thales Cesar de Oliveira, afirma, de forma mais técnica, que a impunidade gera mais violência. E que o adolescente tem a exata noção que está fazendo, e aproveita da lei para ficar impune, sabendo que não vai ser julgado da mesma forma que um adulto. Já na visão da professora Janaina Conceição Paschoal e do antropólogo Paulo Malvori que é contra a redução da maioridade penal por entender que a inclusão de jovens a partir de 16 anos no sistema prisional brasileiro não iria contribuir em nada para a sua ressocialização, que tem o intuito de resgatar este jovem para a sociedade e sim iria apenas potencializar o aliciamento deste jovem para o relacionamento com o trafico de drogas proporcionando “mão de obra” para o crime organizado se agrupando jovens e adultos no mesmo ambiente. E que as pessoas têm que saber diferenciar na legislação os tipos de etapas para a punição entre adultos e o sistema sócio educativo. 
Foi apresentado também a experiência de vida do ex-detento da FEBEM, o senhor Roberto Carlos, que teve sua opinião contra a redução da maioridade penal, alegando que sua internação deve-se pela sua mãe que o internou, por acreditar que isto garantiria educação ao filho, porem relatou que seu tempo de internato auxiliou apenas para o distanciamento de sua própria identidade e de valores morais da sociedade e contribuiu para o vício em drogas. Relata ainda, que somente se regenerou por encontrar ajuda humanitária fora do sistema socioeducativo.
Com base nos estudos da nona aula desta matéria, “Jovens em conflito com a lei” demostra que o adolescente sem apoio da família ou do estado esta fadado ao envolvimento com a violência, pois é nesta fase da vida, na qual ocorre crise identitária, fragilizaria as relações familiares somadas à falta de políticas publicas básica, levariam os jovens ao mundo das drogas, justificando o ato infracional como resposta à omissão social.
Por fim, foi apresentado um resultado de pesquisa em que a maioria da população é a favor da redução da maioridade penal, no entanto a maioria concorda que somente reduzir a maioridade penal não bastaria para resolver o problema, e sim uma política pública eficiente, relacionada à prevenção da criminalidade, educação e ressocialização dos infratores.

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