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Vírus (doenças causadas por vírus)

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DOENÇAS CAUSADAS POR:
VÍRUS
SARAMPO
· VÍRUS
Sarampo é uma doença altamente contagiosa causada pelo vírus do sarampo (Measles morbillivirus).
· Grupo: Grupo V ((-)ssRNA) [ou ARNcs(-)]
· Ordem: Mononegavirales
· Família: Paramyxoviridae
· Gênero: Morbillivirus
· Espécie: Vírus Paramyxoviridae
O vírus do sarampo é um vírus com genoma de ARN simples de sentido negativo (a sua cópia é que é ADN e serve para síntese proteica). É um vírus envelopado (com membrana lipídica externa) pleomórfico com cerca de 150-300 nanômetros.
Induz a fusão de células infectadas formando células gigantes, o que facilita a sua circulação e multiplicação sem ser reconhecido e inativado por anticorpos circulantes, e é resistente ao complemento. Ele infecta as células fundindo a sua membrana (envelope) com a da célula após acoplagem da sua proteína envelopar, ocorrendo a fusão a receptor específico. Reproduz-se no citoplasma da célula. A sua multiplicação destrói as células exceto nos neurônios. Os eritemas cutâneos são causados mais pela acção do sistema imunitário contra o vírus que por ele próprio. A resolução da doença dá imunidade para toda a vida.
· GENOMA
O genoma do vírus do sarampo é composto por uma única molécula de ARN, linear de cadeia simples e polaridade negativa. Contém cerca de 16,000 nucleótidos codifica oito proteínas: seis proteínas estruturais e duas não-estruturais. 
As proteínas estruturais são: N ou nucleoproteína; P ou fosfoproteína; M ou proteína da matrix; H ou hemaglutinina; F ou proteina de fusão e L ou ARN-polimerase dependente de ARN. As proteínas C e V (não-estruturais) são traduzidas alternavimente do gene de P.
· DOENÇAS
O sarampo é uma doença contagiosa que aparece com febre alta (às vezes até acima de 40º C) e manchas vermelhas no corpo, causada pelo vírus Morbillivirus e que pode levar à morte.
· SINTOMAS
Período Prodrômico: corresponde ao período de tempo entre os primeiros sintomas da doença e o início dos sinais ou sintomas com base no qual o diagnóstico pode ser estabelecido, alguns dos sintomas possíveis são:
· Coriza,
· Mal estar geral,
· Febre alta(40oC),
· Dor de garganta,
· Infecção no nariz,
· Aversão a luz,
· Conjuntivite,
· Tosse com catarro,
· Dificuldade de ingestão e,
· Sinal de Koplik (pequenos pontos brancos rodeados de uma zona vermelha, que se agrupam na mucosa interna das bochechas).
Período Exantemático: Ocorre piora dos sintomas do período prodrômico, e as complicações podem incluir:
· Erupções cutâneas que aparecem primeiro na cabeça e "descem" com o tempo para os pés, desaparecem em 7 a 10 dias,
· Secreções aumentadas nas vias respiratórias superiores,
· Elevada produção de muco nos pulmões,
· Voz rouca,
· Faringe e boca inflamadas.
Período descamativo: nesse período as manchas escurecem e surge a descamação fina, febre e tosse diminuem sensivelmente.
Possíveis complicações:
· Conjuntivite intensa,
· Pneumonia,
· Infecção no ouvido,
· Diarreia,
· Encefalite,
· raramente pode evoluir para a panencefalite esclerosante subaguda.
· TRANSMISSÃO
É espalhada pela tosse, espirros, beijos, pelas gotículas que saem quando se fala e qualquer outra forma de contato com fluidos do nariz de uma pessoa infectada e boca, diretamente ou através de objetos (como copos e talheres). É altamente contagiosa, 90% das pessoas que ainda não possuem imunidade são contaminadas caso compartilhem o mesmo ambiente com uma pessoa infectada por algumas horas por dia (casa, creche, escola, trabalho...). O período contagioso começa 2-4 dias antes do aparecimento das marquinhas pelo corpo e continua até 2-5 dias após o início delas (Infectividade de quatro a nove dias no total). Portanto, crianças com sarampo não devem ir a escola por 5 dias depois do aparecimento das erupções cutâneas e devem informar a escola quando elas aparecem para que as outras crianças sejam vacinadas. 
Mais de 95% das mortes por sarampo ocorrem em países subdesenvolvidos com sistemas de saúde deficientes, apesar da vacina ser barata, segura e muito eficaz. Estima-se que mais de 20 milhões de pessoas foram contaminadas pelo sarampo em 2010.
· TRATAMENTO
A maioria das mortes relacionadas com o sarampo são causadas por complicações associadas com a doença. Muitas pessoas desenvolvem conjuntivite, pneumonia e infecções no ouvido em decorrência do sarampo. Complicações são mais comuns em crianças menores de cinco anos de idade, ou adultos com mais de 20 anos de idade. Indivíduos com sistema imunológico enfraquecido são especialmente vulneráveis a complicações.
Pacientes com sarampo devem descansar, beber bastante água e sucos, ter uma alimentação saudável rica em vitaminas, limpar os olhos com água morna, tomar antitérmicos caso tenham febre alta e evitar coçar as manchas para não deixar feridas e cicatrizes.
O consumo de vitamina A ajuda a proteger crianças com menos de dois anos de complicações nos olhos e diminui a mortalidade. Beber soro fisiológico ajuda a prevenir desidratação causada pela diarreia e vômito.
CATAPORA
· VÍRUS
Varicela, também conhecida no Brasil por catapora, é uma doença altamente contagiosa causada pela infeção inicial com o vírus Varicela-Zoster (VVZ). Vírus varicela-zoster (VVZ) é um dos oito vírus da herpes conhecidos por infectar os seres humanos e vertebrados. O VVZ afeta apenas os seres humanos, e comumente causa a varicela em crianças, adolescentes e adultos jovens e herpes zoster (cobreiro) em adultos e raramente em crianças. O vírus Varicela-Zoster é conhecido por muitos nomes, incluindo o vírus da catapora, vírus da varicela, vírus zoster e herpes vírus humano tipo 3 (HHV-3).
· GENOMA
Um vírus RNA, o Varicella-zoster, da familia Herpetoviridae.
Grupo:	Grupo I (dsDNA)
Ordem:	Herpesvirales
Família:	Herpesviridae
Subfamília:	Alphaherpesvirinae
Género:	Varicellovirus
Espécie:	Human herpesvirus 3 (HHV-3)
· DOENÇAS
A varicela (catapora) é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, mas geralmente benigna, causada pelo vírus Varicela-Zoster, que se manifesta com maior frequência em crianças e com incidência no fim do inverno e início da primavera. Uma vez adquirido o vírus, a pessoa fica imune.
· SINTOMAS
Os sintomas iniciais são:
· Febre 37,5 °C e 39,5
· Mal-estar
· Falta de apetite
· Dor de cabeça
· Cansaço
· Lesões avermelhadas na pele
· TRANSMISSÃO
É altamente infecciosa, infectando a maioria das pessoas que nunca tiveram a doença e passaram mais de uma hora com uma pessoa infectada. A transmissão se dá por via aérea, em gotículas de espirros ou de tosse, ou pelo contato com as lesões avermelhadas (exantemas). É possível a transmissão do vírus na fase zóster para crianças não vacinadas, o que dificulta muito a erradicação da doença.
Alguém com varicela começa a infectar outras pessoas cerca de um a dois dias antes de as bolinhas vermelhas começarem a aparecer e continua infectando por cerca de cinco a seis dias até que todas as bolhas tenham formado cascas. A transmissão também pode ocorrer durante a gestação (da mãe para o feto) causando complicações para ambos.
· TRATAMENTO
Não há cura, mas há antivirais (como o aciclovir e o valaciclovir, comercializados no Brasil) indicados em pacientes imunodeprimidos (como oncológicos, reumatológicos e outros) ou até mesmo imunocompetentes, a fim de evitar a neuralgia pós herpética (sequela dolorosa do Herpes Zóster) ou aliviar sintomas de grande expressão (como impossibilidade de ingestão hídrica pelo acometimento de mucosas).
CAXUMBA
· VÍRUS
Caxumba é uma doença infecciosa causada por um vírus da família dos Paramyxovirus, que provoca inflamação não só nas glândulas parótidas, mas também nas glândulas submaxilares e sublinguais.
· GENOMA
Caxumba é uma doença infecciosa causada por um vírus da família dos Paramyxovirus, que provoca inflamação não só nas glândulas parótidas, mas também nas glândulas submaxilares e sublinguais.
· DOENÇAS
A caxumba é uma doença causada pelo paramyxovirus da classe rubulavirus, um tipo de vírus que acomete caracteristicamente as glândulas parótidas, que são as maiores das três glândulassalivares.
· SINTOMAS
· Inchaço e dor nas glândulas salivares (paroditite), podendo ser em ambos os lados ou em apenas um deles.
· Febre.
· Dor de cabeça.
· Fadiga e fraqueza.
· Perda de apetite.
· Dor ao mastigar e engolir.
· TRANSMISSÃO
Altamente contagiosa, a caxumba é causada pelo vírus Paramyxovirus, transmitido por contato direto com gotículas de saliva ou perdigotos de pessoas infectadas. Costumam ocorrer surtos da doença no inverno e na primavera e as crianças são as mais atingidas.
· TRATAMENTO
Por ser uma infecção viral, a caxumba é tratada naturalmente pelo organismo. A indicação é apenas de repouso, medicamentos para dor e temperatura e observação cuidadosa para a possibilidade de aparecimento de complicações. Nos casos que cursam com meningite asséptica, o tratamento também é sintomático.
AIDS/HIV
· VÍRUS
A aids é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV é a sigla em inglês). Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. O vírus é capaz de alterar o DNA dessa célula e fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
· GENOMA
O genoma e as proteínas do Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) têm sido objeto de ampla investigação desde a descoberta do vírus em 1983.[1][2] Cada virião é constituído por um envelope viral ao qual está associada uma matriz que encerra uma cápside, que por sua vez encerra duas cópias do genoma ARN e várias enzimas. A descoberta do vírus ocorreu apenas dois anos depois de serem reportados os primeiros casos da doença associada ao vírus, a SIDA, em 1981. O HIV tem muitos genes que codificam proteínas estruturais.
Genes retrovírus gerais
gag. proteínas derivadas do gag sintetizam o capsídeo viral em forma de cone (p24, i.e. proteína de 24 Quilo[[dáltons, CA) a proteína do núcleocapsídeo (p17, NC) e um proteína da matriz (MA).
pol. O gene pol codifica as proteínas enzimaticamente ativas do vírus. A mais importante é a chamada transcriptase reversa (RT) que realiza a única transcrição reversa do RNA viral em uma cadeia dupla de DNA. O último é integrado ao genoma do hospedeiro, ou seja, em um cromossomo de uma célula infectada de uma pessoa HIV-positiva pela integrase (IN) pol-codificadora. Além disso, a pol codifica uma protease viral específica (PR). Essa enzima cliva o gag e as proteínas derivadas de gag e pol em pedaços funcionais.
env. env, abreviação para "envelope". As proteínas derivadas de env são uma membrana de superfície (gp120) e uma proteína transmembrana (gp41). Elas estão localizadas na parte externa da partícula viral, formando um envelope viral o qual permite que o vírus se anexe e incorpore às células-alvo para então iniciar o ciclo infeccioso. A gp possui uma estrutura semelhante a uma maçaneta.
Genes específicos do HIV
tat. Uma porção da estrutura do RNA do HIV é uma estrutura como um grampo de cabelo que inicialmente impede que uma transcrição completa ocorra. Parte do RNA é transcrita (ie. antes da parte do grampo) e codifica a proteína tat. A tat liga-se à CdK9/CycT e a fosforila, ajudando a alterar sua forma e a eliminar o efeito da estrutura de grampo do RNA. Isso por si só aumenta a taxa de transcrição, fornecendo um ciclo de retroalimentação positiva. Isto permite que o HIV tenha uma resposta explosiva, uma vez que uma grande quantidade de tat é produzida.
rev. A rev permite que fragmentos do mRNA do HIV que contém uma unidade de resposta a rev (RRE) sejam exportados do núcleo ao citoplasma. Na ausência da rev, a maquinaria de splicing do RNA no núcleo rapidamente cliva o RNA. Na presença da rev, o RNA é exportado do núcleo antes de ser clivado, num mecanismo de retroalimentação positiva.
· DOENÇAS
HIV é uma sigla para vírus da imunodeficiência humana. É o vírus que pode levar à síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). Ao contrário de outros vírus, o corpo humano não consegue se livrar do HIV. Isso significa que uma vez que você contrai o HIV, você viverá com o vírus para sempre.
· SINTOMAS
Dores locais: no abdômen
Dores circunstanciais: ao engolir
Tosse: seca
No corpo: fadiga, febre, mal-estar, perda de apetite, suor noturno ou suor
No aparelho gastrointestinal: diarreia, diarreia aquosa, diarreia persistente, náusea ou vômito
No peso: perda de peso, perda de peso e fraqueza ou perda de peso não intencional severa
Na região genital: dores ou inchaço
Na garganta: dificuldade em engolir ou dor
Na pele: erupções ou pústulas
Na boca: língua branca ou úlceras
Também é comum: dor de cabeça, inchaço dos gânglios, infecção oportunista, pneumonia ou sapinho
· TRANSMISSÃO
A transmissão do HIV e, por consequência da AIDS, acontece das seguintes formas:
· Sexo vaginal sem camisinha.
· Sexo anal sem camisinha.
· Sexo oral sem camisinha.
· Uso de seringa por mais de uma pessoa.
· Transfusão de sangue contaminado.
· Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação.
· Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.
· TRATAMENTO
Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 para impedir a multiplicação do HIV no organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico. Por isso, o uso regular dos ARV é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas.
A melhor técnica de evitar a Aids / HIV é a pretenção combinada, que consiste no uso simultâneo de diferentes abordagens de prevenção, aplicadas em diversos níveis para responder as necessidades específicas de determinados segmentos populacionais e de determinadas formas de transmissão do HIV.
POLIOMIELITE
· VÍRUS
A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença infecciosa viral aguda transmitida de pessoa a pessoa, principalmente pela via fecal-oral. Seu agente causador, o poliovírus, foi identificado em 1908 por Karl Landsteiner.
· GENOMA
O poliovírus pertence ao género enterovírus, da família Picornaviridae. É o agente que causa a poliomielite nos humanos. É dos vírus mais simples, com apenas um RNA de cadeia simples em sentido positivo, sem envelope, com uma cápside de proteína icosaédrica de 30nm.
É um pequeno vírus de ácido ribonucleico com cerca de 300 Angström de diâmetro, cujo genoma é composto por uma cadeia simples de ARN em sentido positivo e contém cerca de 7500 bases de longitude.
· DOENÇAS
A poliomielite é uma doença causada pela infecção do poliovírus, que se espalha por contato direto pessoa a pessoa e também por contato com muco, catarro ou fezes infectadas. A doença é tão contagiosa que pode ser pega no ar, principalmente por pessoas que convivem com portadores do vírus.
· SINTOMAS
A maior parte das pessoas que foram infectadas pelo poliovírus apresenta o tipo não-paralítico da doença. Muitas vezes a pessoa não manifesta nenhum sintoma, e quando os sinais da doença aparecem, eles geralmente são muito similares aos sintomas da gripe e de outras doenças virais leves ou moderadas. Os sinais e sintomas, que costumam durar de um a dez dias, incluem:
· Febre
· Garganta inflamada
· Dor de cabeça
· Vômitos
· Fadiga
· Dor nas costas ou rigidez muscular
· Dor de garganta
· Dor ou rigidez nos braços e nas pernas
· Fraqueza muscular ou sensibilidade
· Meningite.
Em casos raros, a infecção pelo poliovírus leva à poliomielite paralítica, a forma mais grave da doença. Dentro de uma semana, no entanto, os sintomas específicos de poliomielite paralítica aparecem, incluindo:
· Perda dos reflexos
· Dores musculares graves ou fraqueza
· Membros soltos e flácidos, muitas vezes pior em um lado do corpo.
· TRANSMISSÃO
O poliovírus pode ser transmitido por meio de água e alimentos contaminados ou pelo contato direto com uma pessoa infectada. A doença é tão contagiosa que pode ser pega no ar, principalmente por pessoas que convivem com portadores do vírus. Quem tempoliomielite pode transmitir a doença semanas após a infecção.
· TRATAMENTO
Não existe cura para poliomielite, por isso o foco do tratamento reside em diminuir a sensação de desconforto, acelerar a recuperação e garantir a qualidade de vida do paciente. O tratamento deve ser iniciado o quanto antes para evitar complicações, mesmo porque, se uma pessoa infectada com o vírus não for atendida ao primeiro sinal da doença, ela estará sob risco aumentado de morte. Cuidados caseiros e acompanhados pelo médico podem ajudar na recuperação do paciente com pólio.
RUBÉOLA
· VÍRUS
O vírus da rubéola é o agente patogénico da rubéola e é a causa da síndrome da rubéola congénita quando a infecção se dá durante as primeiras semanas da gravidez.
· GENOMA
O vírus da rubéola é o único membro do género Rubivirus e pertence à família Togaviridae, cujos membros partilham um genoma de fita simples de ARN de sentido positivo (serve de mRNA para síntese proteica diretamente), que é envolvido por uma cápside icosaédrica e por um envelope bilipídico.
· DOENÇAS
A rubéola é uma doença aguda, de alta contagiosidade, que é transmitida pelo vírus do gênero Rubivirus, da família Togaviridae. A doença também é conhecida como “Sarampo Alemão”.
· SINTOMAS
Os sintomas principais sintomas da rubéola são:
· febre baixa;
· linfoadenopatia retro auricular, occipital e cervical;
· exantema máculo-papular.
Esses sinais e sintomas da rubéola acontecem independente da idade ou situação vacinal da pessoa.
O período de incubação médio do vírus, ou seja, tempo em que os primeiros sinais levam para se manifestar desde a infecção, é de 17 dias, variando de 14 a 21 dias, conforme cada caso.
· TRANSMISSÃO
A rubéola é causada pelo vírus Rubella virus e é transmitida de pessoa para pessoa, por meio do espirro ou tosse, sendo altamente contagiosa. Uma pessoa com rubéola pode transmitir a doença a outras pessoas desde uma semana antes do início da erupção até uma a duas semanas depois de seu desaparecimento.
· TRATAMENTO
O tratamento é sintomático. Antitérmicos e analgésicos ajudam a diminuir o desconforto, aliviar as dores de cabeça e do corpo e baixar a febre. Recomenda-se também que o paciente faça repouso durante o período crítico da doença. Criança que nasce com rubéola pode transmitir o vírus por até um ano.
RAIVA
· VÍRUS
O vírus da raiva é do gênero Lyssavirus e que é o causador da raiva, uma das doenças historicamente mais temidas da humanidade. Pode infectar todos os animais de sangue quente, dentre estes preferindo os mamíferos e, nestes, dos quirópteros e carnívoros.
· GENOMA
O virião tem em geral a forma de um projétil (arredondada numa extremidade e reta na outra), podendo também ter formato de bacilo (as duas pontas arredondadas), medindo cerca de 170 nm de comprimento por 70 nm de largura.
O revestimento lipídico é cercado por uma camada de espículos de glicoproteína, com cerca de 5 a 10 nm de comprimento. O nucleocapsídeo tem formato helicoidal simétrico e é envolvido por uma camada lipídica .
· DOENÇAS
A raiva é uma doença infecciosa viral aguda, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de aproximadamente 100%. É causada pelo Vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae.
· SINTOMAS
· mal-estar geral;
· pequeno aumento de temperatura;
· anorexia;
· cefaleia;
· náuseas;
· dor de garganta;
· entorpecimento;
· irritabilidade;
· inquietude;
· sensação de angústia.
Podem ocorrer linfoadenopatia, hiperestesia e parestesia no trajeto de nervos periféricos, próximos ao local da mordedura, e alterações de comportamento.
· TRANSMISSÃO
A raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais.
· TRATAMENTO
A raiva é uma doença quase sempre fatal, para a qual a melhor medida de prevenção é a vacinação pré ou pós exposição. Quando a profilaxia antirrábica não ocorre e a doença se instala, pode-se utilizar um protocolo de tratamento da raiva humana, baseado na indução de coma profundo, uso de antivirais e outros medicamentos específicos.
Entretanto, é importante salientar que nem todos os pacientes de raiva, mesmo submetido ao protocolo sobrevivem.
HEPATITE A
· VÍRUS
A hepatite A é uma doença contagiosa, causada pelo vírus A (HAV) e também conhecida como “hepatite infecciosa”.
· GENOMA
O vírus A da hepatite (VHA) é um Picornaviridae, do genero Hepatovirus. O RNA viral é de fita simples, com sentido positivo, portanto, pronto para a tradução. O RNA genômico está associado covalentemente à proteína VPg na extremidade 5´ não codificante, tendo esta papel importante na iniciação da transcrição (forma o sítio de entrada do ribossoma). O RNA genômico e algumas proteínas não estruturais associadas, são envoltos em um capsídeo com simetria icosaédrica, sem envelope. O genoma do VHA é semelhante ao dos demais Picornaviridae. A cadeia de RNA tem 7,5Kb e consiste de três regiões: uma região não codificadora na extremidade 5´ de 732 a 740 nucleotídeos, uma parte intermediária, codificadora, com 2.225 a 2.227 nucleotídeos e uma parte não codificadora na extremidade 3´ com 40 a 80 nucleotídeos.
· DOENÇAS
A hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. Em alguns casos, são doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas.
· SINTOMAS
· Dor ou desconforto abdominal
· Dor muscular
· Fadiga
· Náusea e vômitos
· Perda de apetite
· Febre
· Urina escura
· Amarelamento da pele e olhos
· TRANSMISSÃO
A transmissão do vírus é fecal-oral, através da ingestão de água e alimentos contaminados ou diretamente de uma pessoa para outra. Uma pessoa infectada com o vírus pode ou não desenvolver a doença.
· TRATAMENTO
A hepatite A é uma doença aguda e o tratamento se baseia em dieta e repouso. Geralmente melhora em algumas semanas e a pessoa adquire imunidade, ou seja, não terá uma nova infecção. Todas as hepatites virais devem ser acompanhadas pelos profissionais de saúde, pois as infecções podem se agravar.
GRIPE
· VÍRUS
A gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocado pelo vírus da influenza, com grande potencial de transmissão.
· GENOMA
As partículas virais de Influenza apresentam-se de forma esférica ou filamentosa, com cerca de 80 a 120 nm de diâmetro no primeiro caso, e até 2000 nm de comprimento por 80 a 120 nm de diâmetro no segundo. Os viriões contém um genoma de RNA de cadeia simples negativa, de simetria helicoidal com diâmetro da nucleocápside de cerca de 9 nm. A superfície exterior do virião é protegido por um envelope lipídico. O genoma de RNA dos vírus de Influenza é constituído por 8 segmentos (7 em Influenza C), estando cada um deles fortemente associado a nucleoproteína (NP) formando uma nucleocápside helicoidal ou ribonucleoproteína (RNP). Cada segmento de RNP (RNA + NP) está associada a uma RNA polimerase constituída por três polipéptidos, o polipéptido PB1, PB2 e PA. A estrutura genómica deste vírus está conhecida em grande detalhe devido ao enorme trabalho de investigação genética (convencional e molecular) que tem sido feita. Através da sequenciação do genoma verificou-se que as sequências terminais 5’ e 3’ de todos os segmentos genómicos são altamente conservadas, vindo-se a verificar que isto era importante para a replicação do genoma e para a produção de mRNAs virais pois é o local de reconhecimento da proteína PB1.
· DOENÇAS
A gripe é uma doença causada pelo vírus Influenza. É mais frequente em períodos frios e muitas vezes confundida com resfriados.
· SINTOMAS
· Febre;
· Dor no corpo;
· Dor de cabeça;
· Tosse seca.
· TRANSMISSÃO
A transmissão do vírus da gripe ocorre de pessoa para pessoa através de partículas infectadas eliminadas através da tosse ou espirro, mas também pode ocorrer através da contaminação de superfícies por via respiratória.
· TRATAMENTO
A gripe étratada principalmente com repouso e ingestão de líquidos para permitir que o corpo combata a infecção por conta própria. Analgésicos anti-inflamatórios vendidos sem prescrição médica podem ajudar com os sintomas. Uma vacina anual pode ajudar a prevenir a gripe e limitar suas complicações.
ROTAVIROSE
· VÍRUS
O Rotavírus (vírus RNA da família Reoviridae, do gênero Rotavírus) é um dos principais agentes virais causadores das doenças diarreicas agudas (DDA)
· GENOMA
O genoma dos rotavírus é composto por 11 genes de RNA de fita dupla, que codificam 6 proteínas estruturais e 5 proteínas não estruturais. Até o momento foram identificados 7 grupos (A–G), ocorrendo em diversas espécies animais, sendo que os grupos A, B, e C são associados a doença no homem.
· DOENÇAS
É uma doença diarréica aguda causada por um vírus do gênero Rotavírus. É uma das mais importantes causas de diarréia grave em crianças menores de 5 anos no mundo, particularmente nos países em desenvolvimento.
· SINTOMAS
A forma clássica da doença, principalmente na faixa de seis meses a dois anos é caracterizada por uma forma abrupta de vômito, na maioria das vezes há diarreia e a presença de febre alta. Podem ocorrer formas leves nos adultos e formas que não apresentam sintomas na fase neonatal (recém-nascido) e durante os quatro primeiros meses de vida.
· TRANSMISSÃO
A rotavirose é transmitida pelo contato fecal-oral (fezes-boca), por contato pessoa a pessoa, através de água, alimentos e objetos contaminados. Há presença de alta concentração do vírus causador da doença nas fezes de crianças infectadas.
· TRATAMENTO
O tratamento é baseado na reidratação do paciente - pode ser água, chá, água de coco, sucos ou isotônicos. Medidas simples de combate à desidratação, como o uso de soro caseiro, reduzem drasticamente o número de mortes. A desidratação é o sintoma mais grave das infecções intestinais provocadas pelo rotavírus. Além de reduzir as reservas de água do corpo, ela reduz os níveis de minerais importantes, como sódio e potássio. Não é recomendado o uso de medicamentos antimicrobianos e antidiarreicos.
FEBRE AMARELA
· VÍRUS
A febre amarela é uma doença grave causada por um vírus do gênero Flavivirus.
· GENOMA
O genoma dos flavivírus é formado por RNA de fita simples de polaridade positiva, contendo aproximadamente 11 kb. Este genoma possui uma única sequência aberta de leitura (open reading frame - ORF) com 10.233 nucleotídeos que codificam inúmeras proteínas, flanqueada por duas regiões não codificantes (untranslated region - UTR), as quais são importantes para a regulação e expressão do vírus. O genoma codifica para três proteínas estruturais: proteína C do capsídeo, proteína do envelope pré-M, precursora de M e a proteína E.
· DOENÇAS
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores, e possui dois ciclos de transmissão: silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta) e urbano.
· SINTOMAS
· início súbito de febre;
· calafrios;
· dor de cabeça intensa;
· dores nas costas;
· dores no corpo em geral;
· náuseas e vômitos;
· fadiga e fraqueza.
· TRANSMISSÃO
O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa.
· TRATAMENTO
O tratamento da febre amarela é apenas sintomático, com cuidadosa assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado.
Nas formas graves, o paciente deve ser atendido em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para reduzir as complicações e o risco de óbito. Medicamentos salicilatos devem ser evitados (AAS e Aspirina), já que o uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas.
HERPES GENITAL
· VÍRUS
Herpes genital é uma doença sexualmente transmissível de alta prevalência, causada pelo vírus do herpes simples (HSV), que provoca lesões na pele e nas mucosas dos órgãos genitais masculinos e femininos.
· GENOMA
Os vírus do herpes simples são dois vírus da família dos Herpesvírus, com genoma de DNA bicatenar (dupla hélice) que se multiplicam no núcleo da célula-hóspede, produzindo cerca de 90 proteínas víricas em grandes quantidades. Têm nucleocapsídeo de simetria icosaédrica e envelope bilipídico. Têm a propriedade de infectar alguns tipos de células de forma lítica (destrutiva) e outras de forma latente (hibernante). Os HSV1 e 2 são líticos nas células epiteliais e nos fibroblastos, e latentes nos neurônios, donde são reativados em alturas de fragilidade do indivíduo, como estresse, febre, irradiação solar excessiva, trauma ou terapia com glucocorticóides (corticosteróides).
· DOENÇAS
O herpes genital é uma doença sexualmente transmissível (DST) transmitida por vírus e que ataca a pele ou as membranas mucosas dos genitais.
· SINTOMAS
Dor, coceira e pequenas feridas podem ocorrer no primeiro momento. Elas formam úlceras e crostas. Após a infecção inicial, a herpes genital permanece inativa no corpo. Os sintomas podem reaparecer durante anos.
· TRANSMISSÃO
O herpes genital é mais comumente transmitido pelo contato com a pele de uma pessoa infectada que tem lesões visíveis, bolhas ou erupções (uma crise ativa), mas você também pode contrair herpes a partir do contato com a pele de uma pessoa infectada mesmo quando NÃO há lesões visíveis (e a pessoa pode nem saber que está infectada) ou pelo contato com a saliva ou com fluidos da vagina de uma pessoa infectada.
Como o vírus pode ser transmitido mesmo quando não há sintomas ou lesões presentes, um parceiro sexual que tenha sido infectado com herpes no passado, mas que não tem lesões ativas da doença, pode transmitir a infecção a outras pessoas.
· TRATAMENTO
Ainda não há cura para herpes genital, mas o tratamento pode ajudar a evitar a recorrência da doença e impedir que ela cause complicações mais graves e que se espalhe pelo corpo. Acompanhamento médico pode, também, agir para amenizar os sintomas e para não transmitir herpes para outras pessoas.
O tratamento é feito basicamente por meio de medicamentos antivirais, que aliviam a dor e o desconforto causados durante uma crise, curando as lesões com maior rapidez.
Para crises recorrentes, comece a tomar o medicamento assim que o formigamento, a queimação ou a coceira começar, ou assim que você notar o aparecimento de bolhas.
EBOLA
· VÍRUS
A doença por vírus Ébola (DVE), também denominada no Brasil por doença por vírus ebola, é uma doença que atinge seres humanos e outros mamíferos e que é provocada pelo ebolavírus.
· GENOMA
O vírus Ebola é envelopado, não segmentado e com cadeia simples de RNA antisense pertencente à família Filoviridae. Seu genoma é composto por sete genes: nucleoproteína (NP), proteína viral (VP) 35, 30, 24, 40, RNA polimerase L e a glicoproteína (GP). A NP compõe o capsídeo viral e as proteínas L, VP30 e 35 são necessárias para replicação e transcrição do RNA viral. A VP40 e 24 são proteínas da matriz viral e auxiliam a liberação do vírus da célula hospedeira, enquanto que a GP é a proteína que envolve o envelope viral e medeia sua entrada na célula (4). Três delas já foram demonstradas como sendo responsáveis pela imunossupressão: VP35, 24 e GP (5, 6, 7, 8).
· DOENÇAS
A doença do vírus Ebola, conhecida anteriormente como Febre Hemorrágica Ebola, é uma doença grave, muitas vezes fatal e com taxa de letalidade que pode chegar até os 90%.
· SINTOMAS
· febre;
· cefaleia;
· fraqueza;
· diarreia;
· vômitos;
· dor abdominal;
· inapetência;
· odinofagia;
· manifestações hemorrágicas.
· TRANSMISSÃO
A transmissão se dá por meio do contato com sangue, tecidos ou fluidos corporais de animais e indivíduos infectados (incluindo cadáveres), ou a partir do contato com superfícies e objetos contaminados. Destaca-se que não há registro na literatura de isolamento do vírus no suor e pelo ar.
Não há transmissão durante o período de incubação. A transmissão só ocorre após o aparecimento dos sintomas.
Acredita-se que o vírus foi transmitido para seres humanosa partir de contato com sangue, órgãos ou fluidos corporais de animais infectados, como chimpanzés, gorilas, morcegos-gigantes, antílopes e porcos-espinho.
Na África, os surtos provavelmente originam-se quando pessoas têm contato ou manuseiam a carne crua de chimpanzés, gorilas infectados, morcegos, macacos, antílopes florestais e porcos-espinhos encontrados doentes ou mortos ou na floresta.
Depois que uma pessoa entra em contato com um animal que tem Ebola, ela pode espalhar o vírus na sua comunidade, transmitindo-o para outras pessoas. O vírus Ebola não é transmitido pelo ar. A infecção ocorre por contato direto com o sangue ou outros fluidos corporais ou secreções como, por exemplo, fezes, urina, saliva, leite materno e sêmen de pessoas infectadas.
· TRATAMENTO
Os cuidados são de suporte precoce com hidratação e tratamento sintomático.
Ainda não há tratamento licenciado comprovado para neutralizar o vírus, mas uma gama de tratamentos potenciais incluindo produtos sanguíneos, terapias imunológicas e medicamentosas estão em desenvolvimento.
O tratamento, a princípio, se restringe ao controle dos sintomas e medidas de suporte/estabilização do paciente. É importante iniciar o tratamento de maneira oportuna, para aumentar as chances de sobrevivência dos pacientes.
É recomendada a expansão volêmica, correção dos distúrbios hidroeletrolíticos, estabilização hemodinâmica, correção de hipoxemia e manutenção da oferta de oxigênio tecidual e tratamento de infecções bacterianas.
VARÍOLA
· VÍRUS
A varíola (também conhecida como bexiga) é uma doença infecto-contagiosa. É causada por um Orthopoxvirus, um dos maiores vírus que infectam seres humanos, com cerca de 300 nanometros de diâmetro, o que é suficientemente grande para ser visto como um ponto ao microscópio óptico.
· GENOMA
Os Poxvírus compreendem uma família de vírus de genoma DNA dupla-fita linear que varia de 140.000 a 370.000 pares de bases (pb). Possuem uma morfologia complexa e replicam exclusivamente no citoplasma celular. O protótipo da família Poxviridae é o vírus vaccinia (VACV) pertencente à subfamília Chordopoxvirinae, gênero Orthopoxvirus, no qual o vírus da varíola é, clínica e historicamente, o mais importante
· DOENÇAS
A varíola é uma doença infectocontagiosa provocada pelo vírus Orthopoxvirus variolae, da família Poxiviridae.
· SINTOMAS
· Febre
· Desconforto geral
· Dor de cabeça
· Fadiga severa
· Dores nas costas
· Vômitos
Poucos dias depois, manchas vermelhas começam a aparecer no rosto, nas mãos, nos antebraços e, posteriormente, no tronco também. Dentro de um ou dois dias, muitas dessas lesões passam a ser pequenas bolhas cheias de líquido claro, que depois se transforma em pus. Crostas começam a se formar oito a nove dias depois disso e, eventualmente, podem cair, deixando profundas cicatrizes sem caroço.
· TRANSMISSÃO
A varíola é transmitida por contágio, com muita facilidade, uma vez que o vírus, seu agente, está presente nas secreções nasais e da garganta, nas secreções do corpo e nas pústulas e escamações da pele do doente.
Após penetrar o corpo, o vírus da varíola se espalha pela corrente sanguínea e se instala, principalmente, na região cutânea, provocando febre alta, mal estar, dores no corpo e problemas gástricos.
Logo depois destas manifestações surgem, em todo o corpo, numerosas protuberâncias cheias de pus, que dificilmente cessam sem deixar cicatrizes, e conferem coceira intensa e dor.
· TRATAMENTO
Ainda trabalhando com uma situação hipotética de reincidência de um surto de varíola, se a vacina contra a doença for administrada na pessoa infectada de um até quatro dias no máximo após a exposição, pode-se evitá-la ou torná-la até mesmo menos severa. Uma vez iniciados os sintomas, o tratamento é limitado. Isso porque não há um medicamento específico para tratamento da varíola. Às vezes, antibióticos são administrados para quadros infecciosos. No entanto, os resultados esperados deste tipo de tratamento paliativo não são muito positivos.
ZIKA VÍRUS
· VÍRUS
O Zika Vírus é uma infecção causada pelo vírus Zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo transmissor da dengue e da febre chikungunya.
· GENOMA
Junto com outros vírus da família, o vírus da zica é envelopado e icosaedral com um genoma de RNA não segmentado, de cadeia simples e senso positivo. É mais próximo ao vírus Spondweni e é um dos dois vírus do clado do Spondweni.
· DOENÇAS
Uma doença causada pelo Zika vírus, que é transmitido pela picada de um mosquito.
· SINTOMAS
É possível contrair o vírus Zika e não manifestar sintomas, mas os sinais mais comuns são:
· Febre baixa (entre 37,8 e 38,5 graus)
· Dor muscular (mialgia)
· Dor de cabeça e atrás dos olhos
· Rash Cutâneo (manchas vermelhas), acompanhadas de coceira.
Sintomas mais raros da infecção pelo Zika vírus incluem:
· Dor abdominal
· Diarreia
· Constipação
· Fotofobia
· Pequenas úlceras na mucosa oral.
· TRANSMISSÃO
Existem três formas principais de transmissão do Zika Vírus:
· Transmissão pela picada do mosquito Aedes Aegypti.
· Transmissão sexual.
· Transmissão de mãe para o feto durante a gravidez 
No caso do feto ser infectado durante a gestação, este pode desenvolver lesões cerebrais irreversíveis e ter comprometida, definitivamente, toda a sua estrutura em formação. As doenças neurológicas, especialmente nas crianças com a doença congênita (infectados no útero materno), têm sequelas de intensidade variável, conforme cada caso.
O comprometimento nesses casos é tão importante que algumas crianças, ao nascerem, têm microcefalia, uma deformação dos ossos do cabeça, sinal do não crescimento adequado do encéfalo (cérebro). 
Não há evidências de transmissão do vírus Zika por meio do leite materno, assim como por urina e saliva.
· TRATAMENTO
Não existe um tratamento específico. Ele é feito com o uso de paracetamol ou dipirona para o controle da febre e o manejo da dor. Até o momento não há vacina contra a Zika, mas estudiosos de vários países trabalham para desenvolvê-la.
CONDILOMA ACUMIADO
· VÍRUS
Condiloma acuminado (verruga genital) é uma infecção sexualmente transmissível causada pelo vírus HPV.
· GENOMA
Seu genoma é composto por um DNA de fita dupla circular, envolvido por um capsídeo com 72 capsômeros, apresentando simetria icosaédrica. O genoma é dividido em região inicial (E-early) que codifica para as proteínas regulatórias do vírus..
· DOENÇAS
Verrugas genitais externas são causadas principalmente pelos subtipos 6 e 11 do vírus HPV e não são tão relacionadas ao risco de câncer.
· SINTOMAS
Na maioria dos casos, a infecção pelo HPV é assintomática e regride espontaneamente. Quando se manifesta, o faz sob a forma de verrugas úmidas, macias, rosadas ou acinzentadas e com superfície irregular e áspera.
De tamanhos variados, elas possuem uma pequena crista e se alojam geralmente em grupos, na maioria das vezes na glande (cabeça do pênis) abaixo do prepúcio e na saída da uretra no homem, e na vulva, vagina e períneo na mulher.
Nos dois gêneros, a região anal, boca, garganta, pés e mãos são outras partes do corpo que podem ser afetadas. É raro eles surgirem em outro local.
· TRANSMISSÃO
A principal forma de transmissão do HPV ocorre durante a relação sexual desprotegida, seja por via vaginal, anal ou oral, com ou sem penetração, especialmente se as verrugas forem visíveis. Mulheres infectadas pelo HPV podem transmitir o vírus para o feto durante a gestação e no momento do parto.
A infecção pode, ainda, ser transmitida através da pele íntegra em contato com a pele de parceiro/a infectado/a e, embora com menos frequência, pelo uso compartilhado de roupas íntimas, toalhas, do vaso sanitário e de banheiras. Portanto, mesmo sem apresentar sinais da infecção pelo HPV, a pessoa pode transmitir o agente viral do condiloma acuminado.
· TRATAMENTO
verruga genital pode regredir espontaneamente, já que, em grande parte dos casos, o sistema imunológico é capaz de destruir o HPV responsável pelo aparecimento da lesão. No entanto, há situações em que as características do condiloma exigem cuidadosmédicos. O objetivo sempre é remover o tecido doente e impedir a transmissão do vírus para outras pessoas.
As opções do tratamento, que variam de acordo com as necessidades de cada paciente, incluem:
· Uso tópico ou sistêmico de medicamentos para fortalecer o sistema imune, conter o crescimento das verrugas e a proliferação do vírus HPV (antivirais);
· Procedimentos cirúrgicos, como a crioterapia utilizando nitrogênio líquido, a cauterização e a aplicação de laser.
SÍNDROME MÃO-PÉ-BOCA
· VÍRUS
Doença mão-pé-boca (HFMD, sigla em inglês) é uma enfermidade contagiosa causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus.
· GENOMA
O vírion dos enterovírus consiste em um capsídeo de sessenta subunidades, constituídas, cada uma, de quatro proteínas (VP1–VP4), dispostas em simetria icosaédrica em torno de um genoma formado por uma única fita de Ácido Ribonucléico (RNA) de polaridade positiva. São vírus pequenos, com diâmetro de 25 a 30 nm, esféricos e não-envelopados.
· DOENÇAS
Doença mão pé boca é uma doença viral que afeta principalmente crianças.
· SINTOMAS
Os sintomas incluem febre, dor de garganta, mal-estar, irritabilidade e perda de apetite.
· TRANSMISSÃO
A transmissão se dá pela via fecal/oral, através do contato direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, ou então através de alimentos e de objetos contaminados. Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas.
· TRATAMENTO
O vírus costuma desaparecer sozinho em 10 dias. Medicamentos para dor ajudam a aliviar os sintomas.
CONJUNTIVITE VIRAL
· VÍRUS
A conjuntivite viral é a inflamação da conjuntiva (parte branca do olho) e seu principal agente causador é o adenovírus.
· GENOMA
Seu genoma é de DNA dupla hélice linear. Não segmentado, não possuem envelope celular bilipídico e são extremamente resistentes.
· DOENÇAS
A conjuntivite viral é a inflamação da conjuntiva (parte branca do olho) e seu principal agente causador é o adenovírus. A doença é altamente contagiosa, mais frequente no verão e tem como principais sintomas coceira e olho vermelho.
· SINTOMAS
O principal sintoma da conjuntivite viral é o aumento da secreção dos olhos, que pode ser de cor branca ou amarela. Por se tornar muito mais espessa do que o normal, acaba ocasionando, muitas vezes, a dificuldade em abrir os olhos ao acordar.
Além desse sintoma, outros podem se manifestar, tais como:
· Vermelhidão dos olhos;
· Coceira e dor nos olhos;
· Sensação de areia nos olhos;
· Fotofobia (hipersensibilidade à luz);
· Secreção nasal;
· Inchaço nas pálpebras;
· Visão embaçada.
· TRANSMISSÃO
Conjuntivite causada por bactérias ou vírus possui um alto nível de transmissão e ela se dá através do contato com a secreção causada pela doença e também por objetos contaminados. Confira abaixo algumas formas de transmissão da conjuntivite:
· Usar maquiagem da pessoa contaminada com o vírus (ou bactéria);
· Usar a mesma toalha ou dormir com o mesmo travesseiro da pessoa contaminada;
· Partilhar óculos ou lentes de contato;
· Abraços e beijos;
No caso da conjuntivite viral, a transmissão pode ocorrer também através de espirros e tosses.
· TRATAMENTO
Por ser auto limitada, a conjuntivite se cura sozinha após uma ou duas semanas, sem a necessidade de um tratamento específico. Porém, para auxiliar a melhora dos sintomas apresentados, recomenda-se fazer compressas sobre as pálpebras frequentemente com soro fisiológico gelado ou, ainda, com produtos a base de camomila, por conta do seu efeito anti-inflamatório.
MONONUCLEOSE INFECCIOSA
· VÍRUS
A mononucleose infecciosa (MI) popularmente chamada de “doença do beijo” é uma doença contagiosa muito prevalente e em geral benigna causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV) da família Herpesviridae.
· GENOMA
A partícula viral consiste em um core contendo o genoma de DNA de fita dupla linear, composto de aproximadamente 100 genes. Durante a replicação viral, as proteínas codificadas pelo vírus participam da regulação da expressão dos genes virais, na replicação do DNA, na formação dos componentes estruturais do vírion e na modulação da resposta imunológica. O core é circundado por um capsídeo icosaédrico com 162 capsômeros, um tegumento composto de proteínas circundando o capsídeo e um envelope contendo espículas glicoproteicas.
· DOENÇAS
A mononucleose infecciosa é causada pelo vírus Epstein-Barr (herpes-vírus humano tipo 4) e caracteriza-se por fadiga, febre, faringite e linfadenopatia.
· SINTOMAS
Os sintomas incluem fadiga, febre, irritação na pele e glândulas inchadas. Os idosos podem não ter sintomas típicos.
· TRANSMISSÃO
Além do beijo, a mononucleose também pode ser transmitida através da tosse, espirro, objetos, como copos e talheres, ou qualquer outro modo no qual haja contato com a saliva de uma pessoa contaminada.
· TRATAMENTO
O tratamento envolve repouso, líquidos e analgésicos e antitérmicos vendidos sem prescrição médica para aliviar os sintomas.
HEPATITE B
· VÍRUS
A hepatite B é uma doença infecciosa que afeta o fígado causada pelo vírus da hepatite B (VHB).
· GENOMA
O vírus da hepatite B é um Hepadnavirus com genoma de DNA bicatenar (dupla hélice) circular. Tem predilecção forte pela infecção dos hepatócitos do fígado. Ele multiplica-se no núcleo da célula infectada, utilizando as enzimas de replicação de DNA da própria célula humana. A sua replicação invulgar consiste na formação de RNA a partir do genoma de DNA, que são usados na síntese das proteínas virais, e RNA especial que depois é convertido em DNA pela enzima transcriptase reversa, uma enzima que será mais característica dos retrovirus.
· DOENÇAS
A hepatite B é uma doença que atinge preferencialmente as células do fígado. A maneira mais segura e eficaz de prevenir a infecção pelo vírus VHB é tomar as três doses da vacina contra a hepatite B.
· SINTOMAS
Os sintomas variam e incluem amarelamento dos olhos, dor abdominal e urina escura. Algumas pessoas, especialmente crianças, não apresentam sintomas. Nos casos crônicos, pode ocorrer insuficiência hepática, câncer ou o surgimento de feridas.
· TRANSMISSÃO
O vírus VHB está presente no sangue, na saliva, no sêmen e nas secreções vaginais da pessoa infectada. A transmissão pode ocorrer por via perinatal, isto é, da mãe para o feto na gravidez, durante e após o parto; através de pequenos ferimentos na pele e nas mucosas; pelo uso de drogas injetáveis e por transfusões de sangue (risco que praticamente desapareceu desde que o sangue dos doadores passou a ser rotineiramente analisado).
As relações sexuais constituem outra via importante de transmissão da hepatite B, considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST), porque o vírus atinge concentrações altas nas secreções sexuais.
· TRATAMENTO
Em casos mais leves, a doença desaparece sozinha. Casos crônicos necessitam de medicação e, possivelmente, de um transplante de fígado.
REFERÊNCIAS
https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrus_da_hepatite_B
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/hepatite-b/
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/medicina/virus-epstein-barr-ebv/33912
https://pt.wikipedia.org/wiki/Adenoviridae
https://pt.wikipedia.org/wiki/Enterovirus
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/medicina/papilomavirus-humano-hpv/33835
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/verruga-genital-condiloma-acuminado/
https://www.biof.ufrj.br/en/node/275
https://www.todoestudo.com.br/biologia/variola

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