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Radiologia_Odontológica_Módulo_V

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AN02FREV001 
 305 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 AN02FREV001 
 306 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO V 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou 
distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do 
conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências 
Bibliográficas. 
 
 
 AN02FREV001 
 307 
 
MÓDULO V 
 
 
36 TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS 
 
 
36.1 INTRODUÇAO DAS TÉCNICAS 
 
 
A imagem radiográfica nada mais é do que a projeção de uma estrutura 
anatômica tridimensional (noção da terceira dimensão) em uma superfície 
plana (filme radiográfico). Os procedimentos cirúrgicos são mais precisos e 
geralmente menos agressivos. A maioria das especialidades utiliza a técnica 
panorâmica, de fácil manuseio. Esta técnica mostra as estruturas que 
compõem o complexo maxilomandibular, assim como estruturas anexas como 
órbitas, seios maxilares, fossa nasal e articulações temporomandibulares. 
Exames especiais podem fornecer métodos de localização de corpos 
estranhos, dentes inclusos ou, simplesmente, lesões que podem ocorrer na 
maxila e/ou na mandíbula e em terceira dimensão que facilitam todos os 
procedimentos terapêuticos. A tomografia é o tipo de exame bastante difundido 
para detectar as articulações temporomandibulares, cefaleias, dores de ouvido, 
diminuição da audição, zumbidos e dores orofaciais (estes podem estar 
associados aos distúrbios temporomandibulares). 
Os métodos de localização para implantes são executados com 
tomografias especiais para visualizar os rebordos alveolares, sendo até 
possível prever a quantidade de tecido ósseo remanescente, assim como 
visualizar a relação com reparos anatômicos considerados nobres. Apesar de 
haver certo risco radiobiológico no uso dos raios-X, as doses de radiação das 
radiografias usadas na odontologia, genericamente, são bem pequenas. 
As pesquisas científicas comprovam que o risco associado ao uso das 
técnicas radiográficas intrabucais, panorâmicas e tomografias odontológicas é 
 
 AN02FREV001 
 308 
menor do que o risco da radiação de fundo ambiental (radiação cósmica, 
radiação do solo, raios ultravioleta) a que estamos expostos. Por outro lado, 
podemos afirmar que os riscos são infinitamente menores que os benefícios 
oriundos da Imagenologia, na prática da odontologia moderna. Para minimizar 
os possíveis danos oriundos das radiações ionizantes na rotina odontológica, 
podemos fazer uso de aventais plumbíferos, filmes ultrarrápidos, aparelhos 
calibrados e processamento automático. 
A avaliação da conduta e do estado de saúde das estruturas ósseas e 
dentais é de fundamental importância para auxiliar o diagnóstico, o 
planejamento e também o próprio tratamento das patologias bucais, que pode 
assim ver sinais e/ou os sintomas e estabelecer as possíveis condutas quanto 
ao diagnóstico diferencial. 
A técnica radiográfica interproximal pode apresentar dificuldades na 
execução em função da não aplicação dos princípios de obtenção da imagem 
radiográfica, também empregada para avaliar as condições dos espaços 
interproximais dos dentes contíguos, quanto à presença, de cárie incipiente nas 
faces proximais (mesial e distal); as adaptações das restaurações e das 
próteses (bloco metálico), bem como verificar as reabsorções das cristas 
ósseas. 
Já a Radiografia Interproximal, na Região de Pré-molares, permite 
avaliar a presença e a posição do germe do dente permanente em relação aos 
dentes decíduos. O bom emprego dos princípios e a utilização do Filme 
Radiográfico Interproximal são elementos essenciais para evitar ou minimizar 
os “erros radiográficos” que dificultam ou impedem a realização da 
interpretação radiográfica. 
As radiografias dentárias (raios-X) podem fornecer informações 
importantes sobre a saúde bucal do paciente, pois elas ajudam o profissional a 
examinar o osso subjacente, as raízes dos dentes ou dentes não irrompidos, 
assim como as áreas de contato entre os dentes. Em muitos casos, as 
radiografias dentais podem revelar uma condição em estágio inicial, antes 
mesmo que o paciente apresente sinais ou sintomas de que algo está errado. 
As imagens radiográficas dentárias podem desvendar: 
 
 AN02FREV001 
 309 
 Pequenas áreas de cárie nos dentes e embaixo de restaurações 
existentes; alterações do osso; abscessos ou cistos; sinais de doença 
periodontal (gengival); anomalias do desenvolvimento e outras; alguns tipos de 
tumores; evidências de trauma; evidências de doenças sistêmicas. 
As radiografias dentárias são prescritas após a avaliação das 
necessidades do paciente (história de saúde do paciente, avaliação de sua 
história clínica odontológica, realização de um exame clínico, avaliação da 
susceptibilidade do paciente a doenças dentárias e exame de radiografias 
anteriores quando disponíveis). Tomando como base essas informações, o 
profissional pode determinar se novas radiografias são necessárias. 
Para uma proteção devida são usados avental de chumbo e um colar 
de proteção para a tireoide e o abdômen da paciente, quando existem 
pacientes grávidas e que são submetidas à radiografia. As técnicas 
radiográficas extrabucais, como as panorâmicas, eletrorradiografia, 
ortopantografia e elipsopantonografia apresentam uma série de vantagens 
como uma menor exposição do paciente aos efeitos deletérios dos raios-X, 
visualização de ambos os maxilares, assim como as estruturas adjacentes em 
um único filme, e uma boa reprodução de exames estandardizados. 
Todavia, estas técnicas têm o uso contraindicado em periodontia 
devido à pobreza de detalhes e minúcias nas estruturas, como a crista óssea, 
lâmina dura, septo ósseo, relação margem óssea X junção amelocementária, 
além da distorção da imagem obtida ser muito acentuada. Por isso que as 
técnicas radiográficas intrabucais do tipo periapical da bissetriz, melhor ainda, a 
técnica periapical do paralelismo, apresentam várias vantagens decorrentes da 
incidência perpendicular dos raios-X ao filme (detalhadamente maior na região 
periapical e na crista óssea alveolar com o limite amelocementária, menor grau 
de superposição da imagem da apófise zigomática da maxila sobre a região 
apical dos molares superiores e menor grau de formação vertical da imagem, 
assim como determina o binômio isomorfismo/isometria). 
Ainda temos a interproximal, também conhecida como técnica bitewing 
(este nome é devido ao fato de empregarmos um filme radiográfico municiado 
de uma “asa de mordida”), permitindo uma análise e detecção de perdas 
 
 AN02FREV001 
 310 
ósseas incipientes na crista óssea, bem como verificações das adaptações das 
devidas restaurações, coroas, etc., tanto dos dentes da maxila como da 
mandíbula em um só filme, sendo mais indicada para as regiões posteriores. 
Para obtenção de uma imagem na relação entre os tecidos duros e moles é 
necessário fazer uma pequena variação de técnica, ou seja, calibramos a 
quilovoltagem para 65 KV e a Miliamperagem a 10 (isto é possível de fazer 
quando os aparelhos não apresentam estes elementos eletrotécnicos fixos). 
Isso nos possibilita obter a imagem radiográfica da quantidade de 
tecidos moles e o nível que ocupam nos espaços interproximais e ainda a sua 
relação com o nível ósseo existente. Para uma melhor imagem, outro artifício 
usado é a utilização de rolos de algodão dentais, cortados em torno de três a 
quatro centímetros e colocados entre a área a ser radiografada e o filme, 
(técnica periapical da bissetriz), diminuindo o ângulo bissetore, portanto, 
reduzindo a distorção (modificação da técnica de Le Master estendida a todos 
os dentes), com exceção dos molares inferiores, onde a topografia anatômica 
favorece o paralelismo desejado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 201 A - EXAME DA ÁREA DE 
MOLAR SUPERIOR COM 
SOBREPOSIÇÃO DO ARCO 
ZIGOMÁTICO SOBRE OS ÁPICES DOS 
DENTES 
FIGURA 201 B - DIMINUIÇÃO DO 
ÂNGULO VERTICAL (+150 A 20 0) 
FILME MAIS PARECIDO COM O USO 
DE ROLETE DE ALGODÃO NA 
ALTURA DAS COROAS 
 
 AN02FREV001 
 311 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36.2 LIMITAÇÕES DAS IMAGENS RADIOGRÁFICAS 
 
 
Na topografia dos defeitos ósseos a imagem indica que há um defeito 
ósseo, todavia sua extensão, números de paredes envolvidas, nível da 
reabsorção e distribuição não conseguem ser identificados pelas radiografias, 
então podemos pressupor que os defeitos ósseos são de suposições 
radiográficas e de comprovação clínico-cirúrgica, já que, na maioria das vezes, 
só após a abertura cirúrgica e o desbridamento da deformidade é que podemos 
definir com confiança a natureza da reabsorção óssea. O exame radiográfico 
periodontal não é conclusivo, pois só aparecem imagens radiográficas quando 
houver reabsorção de pelo menos uma das duas corticais ósseas, senão o 
defeito não é notado, ainda que ele exista, na porção medular óssea. 
A própria morfologia e a dimensão dos defeitos e das perdas ósseas 
não são fornecidas pela imagem radiográfica, verificando, com relativa 
frequência, que a deformidade real é maior do que o tamanho da lesão 
comprovada nas radiografias. Este fato é comprovado nos casos de enxertos 
 
FIGURA 201 C - EXEMPLO 
DE IMAGEM PELA 
TÉCNICA DE LE MASTER 
 
 AN02FREV001 
 312 
ósseos (quando existe a necessidade de uma grande quantidade de material a 
ser enxertado), em uma área que, analisada radiograficamente, indicava a 
morfologia e dimensão menores que a existente. 
Isso é comprovado quando usamos telas milimetradas para estudos 
histométricos. Esta condição se concretiza devido à imagem das estruturas 
ósseas remanescentes e não das quantidades já reabsorvidas, coligadas à 
falta de projeção tridimensional das radiografias, da sobreposição de 
estruturas, precisando de artifícios técnicos para uma boa minimização. 
A localização das perdas ósseas da cortical vestibular e lingual também 
não é boa de determinar pelas técnicas usuais, nem tampouco a magnitude 
desses envolvimentos (em razão deste fato, tanto o diagnóstico como o 
prognóstico pode sofrer sensíveis alterações no decorrer da terapêutica 
periodontal), devido à sobreposição tanto das imagens das próprias corticais 
como também das raízes com grande diâmetro no sentido mesiodistal, como 
no caso típico dos incisivos centrais superiores. Estas áreas são as de maior 
inserção periodontal, ocorrendo nas paredes vestibulares e linguais. 
Esta deficiência pode ser contornada utilizando-se métodos de 
localização, como o fenômeno da Paralaxe (indicado por Clark, ou seja, o 
desvio na direção horizontal da incidência, provocando com isso a dissociação 
das imagens), ou ainda empregando artifícios como substâncias radiopacas, 
tais como cones de guta-percha, agulhas de Hirschfeld, ou pequenas placas de 
chumbo colocadas com prévio conhecimento da área em que serão 
introduzidas, ou então variar a angulagem vertical. 
Existe a impossibilidade de as radiografias acusarem a mobilidade 
dentária (pode estar presente pelo processo inflamatório por sobrecargas 
oclusais excessivas, alterações sistêmicas fisiológicas ou patológicas, 
envolvimentos endoperiodontais, abscessos e outras razões). Usualmente a 
mobilidade está aumentada na direção vestibulolingual, sendo uma condição 
clínica fácil de ser detectada, mas a detecção não ocorre quando ela aparece 
no sentido mesiodistal (presença dos dentes contíguos muitas vezes 
impossibilita a sua determinação). 
Periodontite, talvez uma das mais graves doenças periodontais, não 
 
 AN02FREV001 
 313 
pode ser reproduzida pelas radiografias, dadas as distinções que envolvem 
alguns dos tecidos moles do conjunto gengiva-periodonto. Seu diagnóstico e 
detecção são unicamente clínicos, a imagem radiográfica não consegue 
determinar nem se o caso foi tratado com sucesso ou não (trata-se de 
condições inerente aos tecidos moles). Adicione a estas dificuldades a 
presença de bolsas nas paredes vestibulares e linguais dos dentes. 
As alterações gengivais, como as retrações, hiperplasias, bolsas 
gengivais, festões de Mc. Call (estas quatro primeiras situam-se 
preferentemente nas superfícies vestibulares dos elementos dentários, 
comprometendo ou não os tecidos de sustentação periodontal), fissuras de 
Stillman e, essencialmente, a placa dental, não podem ser identificadas pelas 
radiografias por se tratar de modificações que envolvem apenas os tecidos 
moles. Algumas das manifestações gengivais podem apresentar quadros 
clínicos ruins, mas não vão mostrar modificações percebíveis nas imagens 
radiográficas dos tecidos de suporte dental. 
O nível de inserção (estrutura de inserção epitélio-conjuntivo é sempre 
relacionada à margem gengival ou à junção esmalte-cemento) é outro dado 
importante na avaliação periodontal, limitado radiograficamente, em especial 
utilizados com intuito de verificar os efeitos das mais diversas técnicas 
terapêuticas sobre tecidos gengivais e periodontais em relação ao ganho ou 
perda do nível de inserção. A sua presença, localização e altura não podem ser 
detectadas pelas radiografias. 
O espaço biológico periodontal (distância entre o epitélio juncional e a 
porção mais cervical da crista óssea alveolar) é importante, pois ela nunca 
deve ser invadida pelas margens terminais de restaurações e próteses. A sua 
determinação é prejudicada uma vez que um dos pontos de referência se 
constitui de tecidos moles (não impressionam a película radiográfica). 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001 
 314 
 
36.3 CONDIÇÕES DAS TÉCNICAS CRANIAIS 
 
 
Os aparelhos de raios-X, para a maioria das imagens craniais, 
apresentam certas condições não encontradas nos aparelhos 
odontológicos convencionais, com a restrição para extremidades ósseas e 
regiões sem sobreposição de estruturas (ex: laterais de mandíbula). 
A. Quilovoltagem: é variável com penetrações de 60 a 90 kVp 
(estabelecida nas radiografias panorâmicas e telerradiografias). 
B. Miliamperagem deve oferecer variações de 5 a 20 mA, 
(oscilação não encontrada nos aparelhos convencionais). 
C. Distância área focal filme; é maior nas radiografias craniais 
com uma média de 75 cm, variando de 50 cm (laterais de mandíbula) até 
160 cm (telerradiografias). 
D. Colimação; necessita oferecer áreas de incidência maiores nas 
radiografias craniais, com exceção das panorâmicas com um diafragma em 
forma de fenda, atingindo pequenas porções conjugadas dinamicamente 
pelo cabeçote e chassis colocado em um tambor giratório. 
E. Processamento radiográfico; deve ser com filtros de segurança 
padronizados, pois o filme extrabucal (screen) é mais sensível à luz que os 
de exposição direta, sendo mais fotográfico do que radiográfico. 
 
 
36.4 ACESSÓRIOS RADIOLÓGICOS 
 
 
A. Os filmes extrabucais, os mais utilizados em radiologia 
odontológica, são os de dimensões 18 x 24 cm e 15 x 30 cm 
(panorâmicas). Os porta-filmes para as radiografias panorâmicas são 
flexíveis, sendo de plástico para acomodação, juntamente com os écrans 
nos tambores giratórios acoplados ao braço metálico, sincronizando 
 
 AN02FREV001 
 315 
cabeçote e chassis. 
B. Suportes seriográficos: servem como posicionadores para os 
chassis, permitindo a repetição de radiografias com o posicionamento do 
paciente para posterior avaliação. 
C. Cefalostatos: Necessários para as telerradiografias, permitindo a 
localização e a imobilização da película e da cabeça do paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
D. Grades antidifusora:técnicas radiográficas como posteroanterior 
para seios maxilares e Hirtz, com o uso de grades antidifusora, propiciam 
uma redução do “véu” (fog), porém necessitam maior penetração com o 
aumento de 10 a 15 kVp na kilovoltagem. 
 
 
FIGURA 203 - GRADE ANTIDIFUSORA E PLACA DELIMITADORA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 202 - 
CEFALOSTATOS 
 
 
 AN02FREV001 
 316 
 
E. Goniômetros e identificadores eletrônicos: Solicitados para 
cálculos de angulações e complementação de dados individuais nos 
exames radiográficos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36.5 FILME RADIOGRÁFICO ODONTOLÓGICO 
 
 
Para o manejo durante a execução da Técnica Radiográfica o 
profissional deverá seguir todas as recomendações dos fabricantes do 
aparelho de raios-x, do filme e do produto químico para o processamento 
correto do filme visando alcançar uma imagem radiográfica com qualidade de 
contraste, uma boa definição, densidade e detalhes. 
 
 
TABELA 14 - TIPOS DE FILMES ODONTOLÓGICOS INTRABUCAL 
RECOMENDAÇÕES INTERNACIONAIS 
Números (Códigos) Dimensões (mm) 
2.0 (posterior) 22,20 x 34,90 
2.1 (anterior) 23,80 x 39,70 
2.1 (posterior) 31,00 x 40,90 
2.3 (posterior) 26,60 x 53,60 
 
 
FIGURA 204 - 
GONIÔMETROS E 
IDENTIFICADORES 
ELETRÔNICOS 
 
 
 AN02FREV001 
 317 
Radiografia Periapical:
 Pesquisa de cárie (extensão e comprometimento pulpar); 
 possibilita uma visão em conjunto dos 
elementos dentais da região de incidência e tecido ósseo adjacente. É utilizado 
um filme radiográfico nas dimensões 3 x 4 cm ou 3,4 x 2,2 cm, o qual é 
posicionado intraoralmente junto ao componente dental a ter a imagem 
radiografada. 
Outras indicações para esta técnica: 
 Avaliação óssea do periápice dental; 
 Avaliação do nível da crista óssea alveolar e o tipo de reabsorção; 
 Avaliação da forma anatômica, número de raízes e condutos 
radiculares; 
 Avaliação das relações entre o germe dental e o elemento dental 
decíduo. 
Radiografia Interproximal: observam-se respectivamente as coroas 
dentais dos dentes superiores e inferiores de uma região para pesquisa de 
cárie nas superfícies proximais, adaptação de coroas e restaurações, 
verificação de excessos marginais. É utilizado filme radiográfico nas dimensões 
3 x 4 cm ou 3,4 x 2,2 cm com aba de mordida, que é posicionado 
intraoralmente e o paciente é orientado a ocluir sobre a aba de mordida 
fazendo a contenção do filme. 
Radiografia Oclusal: 
 Avaliação da extensão, presença e posicionamento de dentes 
inclusos; 
Utilizam filme radiográfico nas dimensões 5,7 x 
7,6 cm 
Esta técnica está indicada para: 
 Avaliação em maior extensão de áreas patológicas; 
 Controle de expansão palatina; 
 Pesquisa de calcificações em ductos e glândulas salivares. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001 
 318 
36.5.1 Filme Intrabucal Interproximal 
 
 
A película (Filme Intrabucal) utilizada para a Técnica Interproximal é 
constituída por um conjunto denominado de “Filme Radiográfico” com três 
componentes (Base, Emulsão e os Cristais Halogenados), sendo que são 
embalados, hermeticamente, no interior de uma recipiente (semelhante a um 
envelope denominado de “Capa Protetora”), contendo uma folha fina de papel 
preto e uma lâmina de chumbo. 
A capa protetora é constituída de material plástico ou papel 
ceratinizado, para impedir que a ação química da luz, da saliva do paciente, do 
profissional envolvido, ou dos vapores de substâncias medicamentosas 
alcance o “filme” e danifique as suas propriedades (Figura 205). 
 
 
FIGURA 205 - FILME INTERPROXIMAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As bordas da capa protetora são delicadamente arredondadas para 
evitar lesionar a cavidade bucal, região de palato ou assoalho (contato 
excessivo com os tecidos moles), quando da execução das técnicas 
radiográficas. Já na câmara escura, ao abrir o Filme Radiográfico Interproximal, 
bastando remover a “aba” (parte posterior), pode-se notar que existe em seu 
interior um papel de cor preta (cartolina ou papel cartão) que tem a função de 
 
Parte anterior: Região do filme que incidir os Raios-X. Existe 
um “apêndice”, denominado de Aleta de Mordida ou Asa de 
Mordida (Bitewing) para auxiliar a manutenção do Filme no 
interior da cavidade bucal (oclusão dental do paciente). 
Parte posterior: Região que não devem incidir os Raios-X. 
Existe uma “lingueta” (aba preta) no formato de um “V” 
com a finalidade de facilitar a remoção da capa protetora 
e o manuseio do conteúdo, na câmara escura, durante 
 
 
 
 AN02FREV001 
 319 
proteger o “Filme”. 
 
 
36.5.2 Composição do Filme 
 
 
36.5.2.1 Base 
 
 
A Base é constituída de Poliéster (grupo de resinas sintéticas contendo 
ésteres em sua cadeia principal) apresentado as suas superfícies planas; 
possui as dimensões da superfície corresponde ao tamanho do tipo de Filme 
Interproximal. A função é de sustentação ou apoio, sendo considerada como 
um substrato de suporte para receber e manter aderida sobre as suas 
superfícies uma fina camada de gelatina (suspensão coloidal). 
Nesta gelatina são depositados os sais halogenados (sais 
Halogenados de Prata). A base é constituída com material flexível, porém não 
dobrável facilmente (espessura fina), sendo possível a transparência. Também 
possui uma tonalidade (Densidade de Base) que não interfere na tonalidade da 
imagem das estruturas radiografadas. 
 
 
36.5.2.2 Emulsão 
 
 
Composta por uma substância denominada de “gelatina”, que é um 
colágeno derivado de produto animal (perecível com vencimento - validade). A 
aderência sobre os dois lados da Base de Poliéster é conseguida mediante 
procedimentos industriais. Seu manuseio indevido, durante a execução da 
Técnica, Processamento Químico do Filme (Câmara Escura), poderá produzir 
descolamento da gelatina (inutilização do filme), pois a imagem radiográfica 
não se apresentará com as devidas condições para realizar a interpretação 
 
 AN02FREV001 
 320 
radiográfica (Laudo Radiográfico). 
 
 
36.5.2.3 Cristal halogenado 
 
 
Sobre a camada de gelatina, que recobre as duas faces da Base de 
Poliéster, são depositados os cristais halogenados (Prata ou Brometo). O mais 
utilizado atualmente é o Halogenado de Prata. Em função do tamanho dos 
cristais halogenados “Granulação do Filme” é estabelecida a sensibilidade, 
(Velocidade do filme). Simplesmente é a eficácia do Filme Radiográfico 
Odontológico à exposição aos Raios-X, ou seja, a capacidade do filme, em 
produzir imagem radiográfica com qualidade. 
Por exemplo, um tipo de filme chamado de “Filme Rápido” é aquele em 
que o Filme possui os cristais Halogenados de Prata de tamanho grande, 
(precisa de menor tempo de exposição aos Raios-X), portanto, o tamanho dos 
cristais facilita a interação da radiação. Se um filme apresenta os cristais de 
Halogenados de Prata menores (“menor granulação”) necessita de maior 
tempo de exposição aos Raios-X, consequentemente precisa de maior 
quantidade de radiação para que haja a interação dos pequenos cristais 
Halogenados de Prata. Diz-se que o “Filme é Lento”. 
O tamanho da “Lâmina de Chumbo” (metal chumbo por ser flexível e 
maleável e possui alto Número Atômico (Z= 82). Contém a capacidade de 
limitar a passagem dos Raios-X para as regiões que não necessitam ser 
radiografadas) é compatível com as dimensões do filme intrabucal, sendo que 
na sua superfície existe pequeno desenho (linhas ou figuras) que tem a 
finalidade de indicar, após o processamento químico do filme, se ocorreu a 
incidência dos Raios-X na face correta (Face Anterior do filme). 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001 
 321 
36.5.2.4 Embalagem 
 
 
O filme é embalado em caixa (papel ou plástico) para facilitar o 
transporte e o armazenamento. As caixas comerciais (envoltório ou 
receptáculo) apresentam-se contendo 100 ou 150 filmes interproximais. O 
Filme Radiográfico Odontológico Intrabucal, denominado de “Simples” 
apresenta uma películaradiográfica com a Base de Poliéster (gelatina e os sais 
Halogenados de Prata), entretanto, o Filme é denominado de “Duplo” (se 
possuir “duas” películas), ou seja, o profissional terá duas imagens idênticas da 
mesma região radiografada. 
 
 
36.5.2.5 Armazenamento 
 
 
Deve ser armazenado em geladeira (devendo retirar apenas uma 
quantidade suficiente para o uso diário e manter em temperatura ambiente, 
para evitar o “choque térmico” e mudança brusca de temperatura durante o 
Processamento Radiográfico do Filme) e em local recomendado pelos 
fabricantes dos filmes, para evitar alterações das propriedades e das 
características físicas e químicas. 
 
 
36.5.2.6 Quantidades de filmes 
 
 
A Técnica Radiográfica Interproximal (exame completo das arcadas 
dentárias) é recomendada inicialmente para avaliar as faces Interproximais 
(mesial e distal) dos dentes contíguos (mas hoje em dia é mais utilizada em 
dentes posteriores), para a visualização das faces interproximais dos dentes 
anteriores. Emprega-se a inspeção visual direta associada ao afastamento 
 
 AN02FREV001 
 322 
dental e à luz refletida (luz indireta do refletor) então, tem sido aplicada com 
maior frequência para as regiões posteriores dos dentes Molares e Pré-
molares. 
A Técnica Radiográfica Interproximal pode ser utilizada satisfazendo 
dois métodos quanto à quantidade de Filme; 
Técnica com dois Filmes: (26,60 x 53,60 mm) 
 1 Filme: Lado Direito (Molares / Pré-molares) 
 1 Filme: Lado Esquerdo (Molares / Pré-molares) 
Técnicas com quatro Filmes: (31,00 x 40,90 mm) 
 2 Filmes: Lado Direito 
 1 Filme: Região de Molares 
 1 Filme: Região de Pré-molares 
 2 Filmes: Lado Esquerdo 
 1 Filme: Região de Molares 
 1 Filme: Região de Pré-molares 
 
 
36.6 TÉCNICA RADIOGRÁFICA INTERPROXIMAL 
 
 
Os princípios básicos quanto aos Planos de Orientação; Plano Sagital 
Mediano (Perpendicular ao piso) e o Plano Oclusal (Paralelo ao piso) devem 
ser ponderados. É uma técnica radiográfica intrabucal, que se propõe a 
investigar particularmente a região de coroa e colos dentários, bem como 
região de cristas ósseas alveolares. É um tipo de radiografia indicada para 
pesquisa de: 
 Cáries interproximais; Cáries oclusais; Litíase interproximal; Recidiva 
de cárie; Calcificação da câmara pulpar. 
Para verificação de: 
 Relação cárie-câmara pulpar; 
 Adaptação de incrustações metálicas; 
 Restabelecimento de ponto de contato; 
 
 AN02FREV001 
 323 
 Adaptação proximal das restaurações; 
 Relação entre dentes decíduos e germes dos permanentes. 
Para estudo de: 
 Cristas alveolares; Bolsas periodontais (profundidade) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36.6.1 ANGULAÇÃO DA INCIDÊNCIA DOS RAIOS X 
 
 
Para a execução da técnica há a necessidade de um posicionamento 
correto do Filme Radiográfico para uma incidência também adequada dos 
Raios-X (ângulos vertical e horizontal) com o objetivo de se obter a imagem em 
condições de realizar o diagnóstico. A técnica visa obter imagem o mais 
próximo do real (mínima distorção e ampliação), evitando a ocorrência das 
sobreposições das estruturas dentais (faces interproximais) e as estruturas 
anatômicas. 
Uma imagem confiável será obtida empregando-se a “Angulação da 
Incidência” (Horizontal e Vertical) dos Raios-X perante o posicionamento do 
Tubo de Raio-X do Aparelho Odontológico, direcionando do “Raio-X Central” na 
região dental. Portanto, há a necessidade de inclinar o Tubo de Raios-X, em 
 
FIGURA 206 - EXEMPLO 
DE INTERPROXIMAL 
 
 AN02FREV001 
 324 
função das conformações anatômicas dos maxilares e, logo, a posição do filme 
na região a ser radiografada. 
 
 
36.6.1.1 Ângulo vertical 
 
 
Angulação Vertical é conseguida pelo movimento vertical do Tubo de 
Raios-X (Goniômetro). É recomendado o ângulo vertical constante igual a +8º 
para qualquer região de dentes posteriores (independente da região de 
molares ou de pré-molares, sugerido por Rapper (1925)). Recentemente, existe 
certa dificuldade em conseguir a Angulação Vertical exata de +8º (Goniômetro, 
dos Aparelhos de Raios-X, marca em escala de 10 em 10). A figura 204 mostra 
que poderão ocorrer dificuldades para a interpretação da Radiografia Periapical 
(Método da Bissetriz) quando se diz respeito à lesão de cárie que se encontra 
sob a restauração, devido à incidência do “Raio-X Central” (posição vertical) e 
a sobreposição de estruturas. 
 
 
FIGURA 207 - NA TÉCNICA PERIAPICAL DA BISSETRIZ: ANGULAÇÃO 
VERTICAL PODERÁ IMPEDIR OU DIFICULTAR A CONSTATAÇÃO DE 
LESÃO DE CÁRIE RECORRENTE SOB A RESTAURAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001 
 325 
Na Técnica Radiográfica Interproximal (Maxila-Região de Pré-molares) 
o esquema demonstra que em função do Ângulo Vertical pode-se detectar a 
lesão de cárie que se localiza sob a restauração. Portanto, quando a 
Angulação Vertical não é aplicada corretamente produzirá o erro radiográfico, 
“distorção da imagem dental”, com a sobreposição das faces proximais, e 
assim, dificultará ou impedirá a interpretação radiográfica. 
 
 
FIGURA 208 - TÉCNICA INTERPROXIMAL – REGIÃO DE PRÉ-MOLARES: 
ANGULAÇÃO VERTICAL POSSIBILITA DETECTAR A LESÃO DE CÁRIE 
RECORRENTE SOB A RESTAURAÇÃO 
 
FONTE 
 
36.6.1.2 Ângulo horizontal 
 
 
O Ângulo Horizontal é obtido pelo movimento horizontal do tubo de 
raios-X, sendo que o Feixe Central dos Raios-X deve incidir entre as faces 
interproximais (paralelo às faces proximais do dentes), tendo como objetivo 
evitar a sobreposição das estruturas dentais dos dentes contíguos. 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001 
 326 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando a Angulação Horizontal não é corretamente executada 
produzirá o erro radiográfico, “apinhamento dental”, com a sobreposição das 
faces proximais. A técnica radiográfica interproximal é indicada primordialmente 
para avaliar as faces interproximais mesial e distal dos dentes contíguos. 
Inicialmente era recomendada para a região de dentes anteriores e posteriores, 
entretanto, esta técnica é mais utilizada para os dentes posteriores. 
Para avaliação das faces proximais de dentes anteriores emprega-se 
inspeção visual direta (afastamento dental) a transiluminação (luz indireta do 
refletor) ou a Técnica Radiográfica Periapical. 
 
 
36.7 TÉCNICA PERIAPICAL (TÉCNICA RADIOGRÁFICA INTRABUCAL) 
 
 
É uma técnica que radiografa o dente em toda a sua extensão (coroa e 
raiz) e os tecidos de sustentação (espaço periodontal – Periodonto – e o osso 
 
FIGURA 209 - TÉCNICA INTERPROXIMAL: REGIÃO DE 
PRÉ-MOLARES E DE MOLARES: ANGULAÇÃO 
VERTICAL POSSIBILITA DETECTAR A LESÃO DE 
CÁRIE SOB A RESTAURAÇÃO 
 
 AN02FREV001 
 327 
alveolar). 
Indicações: 
 Fraturas radiculares; 
 Anomalias radiculares; 
 Tamanho, forma e número das raízes e dos condutos radiculares; 
 Dentes inclusos e sua posição intraóssea; 
 Relação das raízes com os seios maxilares; 
 Relação das raízes com o canal mandibular; 
 Relação do germe permanente com o dente temporário; 
 Cronologia de erupção; 
 Reabsorções alveolares; 
 Periapicopatias. 
 
 
36.7.1 Exame de Boca Toda (Periapical Completo e Bitewings) 
 
 
Em quase todos os casos o exame periapical completo e Bitewings são 
os métodos de escolha. O exame radiográfico de boca toda é um dos principais 
fatores no correto exame odontológico. A pesquisa de boca toda é um 
procedimento difícil de fazer corretamente e requer tempo e atenção 
meticulosa (o técnico deve expor o paciente ao mínimo de radiação). 
O exame periapical completo está normalmente composto de 14 filmes 
periapicais, sendo provável a inclusão de quatro bitewings de dentes 
posteriores. Os filmes são utilizados da seguinte maneira: 
 Um filme para incisivos centrais (posicionado verticalmente), 
 Um filme para incisivo lateral e canino (na posição vertical), 
 Um filme para pré-molares (na posição horizontal), 
 Umfilme para molares (na posição horizontal). 
 
As arcadas são divididas em quatro quadrantes, sendo que os incisivos 
centrais de dois quadrantes são radiografados em um mesmo filme (dois filmes 
 
 AN02FREV001 
 328 
são necessários para incisivos centrais, inferiores e superiores); em relação às 
demais radiografia deve-se multiplicar o número de filmes pelos quatro 
quadrantes (4x1 para laterais e caninos, 4x1 para pré-molares e 4x1 para 
molares), totalizando 14 filmes periapicais. 
O número de radiografias em um exame periapical completo pode ser 
modificado para incluir algumas projeções, dependendo do tamanho da boca 
do paciente ou da posição de dente. Para o exame interproximal (bitewing), são 
realizadas quatro tomadas: 
 Um para pré-molares e outra para molares, totalizando quatro 
filmes. 
O exame interproximal de dentes anteriores não fornece boa imagem e 
expõe o paciente desnecessariamente à radiação, uma vez que os exames 
clínicos e radiográficos periapicais são suficientes para o diagnóstico destas 
áreas. O exame periapical deve mostrar o dente inteiro, desde sua coroa até o 
ápice radicular, além de dois ou três milímetros de osso periapical. Este filme é 
necessário para diagnosticar condições de normalidade ou alterações 
patológicas dos dentes, osso, formação de dente e erupção. 
O exame bitewing só pode ser realizado se houver dentes (pois sua 
principal finalidade é revelar lesões de cárie, restaurações com excesso, 
reabsorção da crista óssea alveolar), sendo vistas apenas as coroas dos 
dentes. O exame periapical inclui todo o dente, como também o osso 
circunvizinho; no caso dos molares é mostrado mais de uma vez em cada 
filme, que aparecem também na radiografia de pré-molares. 
Todas as áreas da mandíbula e maxila devem aparecer no exame 
completo, incluindo áreas desdentadas. Uma área clinicamente e dêntula pode 
ter raízes residuais, dentes não irrompidos ou outra condição patológica do 
osso. 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001 
 329 
36.7.1.1 Série de boca toda pediátrica 
 
 
Dependendo da idade e do tamanho da boca da criança (como na série 
de adulto e na série pediátrica, a posição de cadeira, colocação de filme, ponto 
de entrada e angulações vertical e horizontal seguem as mesmas regras), a 
composição da série de boca toda pode variar. Deve ser submetido a duas 
exposições para conseguir o exame bitewing dos dentes posteriores. 
 Em crianças de até cinco anos que precisam de uma série de 
boca toda deve-se usar o filme pediátrico #0 para anterior, posterior, e 
projeções de bitewing, a série de boca toda para esta idade requer 10 filmes: 1 
para incisivos centrais, 1 para laterais e caninos e 1 para molares. Como nesta 
idade a criança não tem pré-molares, uma radiografia oclusal pode substituir as 
radiografias de incisivos centrais e laterais (fazer só quando há muita 
dificuldade na execução da técnica periapical). 
 Em crianças 6 aos 9 anos de idade (aos 9 o exame periapical 
completo usa o mesmo número de filmes da série adulta) o filme adulto estreito 
tamanho #1 pode ser usado para projeções anteriores, porque a forma de arco 
da criança desta idade ainda é bastante estreito. Para projeções posteriores, o 
filme adulto comum (3x4 cm) é usado dependendo do tamanho do arco. Para 
esta idade são imperativos dois filmes periapicais para a parte posterior de 
cada quadrante, pois os primeiros molares já irromperam, alongando o arco. 
Nesta idade também só é necessária uma exposição para o exame bitewing de 
cada quadrante. 
 
 
36.7.1.2 Série de edêntulos 
 
 
Mesmo na ausência de dentes o exame radiográfico deve ser feito 
(pode ter a possibilidade de raízes residuais, dentes impactados, cistos ou 
outras condições de patológicas ocultas, que podem estar presentes no osso). 
 
 AN02FREV001 
 330 
O exame de edêntulos (desdentados) pode usar projeções periapicais, 
oclusais, ou uma radiografia panorâmica. Pode-se fazer uma série de 
edêntulos. Normalmente é composta de 14 filmes periapicais (exame Bitewing 
não é feito). Os tempos de exposição devem ser reduzidos por um fator de um 
quarto para a série de edêntulos. 
Os filmes a ser radiografado têm a mesma posição (uma série normal, 
mas com certas modificações), o rebordo alveolar (paciente morde o 
posicionador com o rebordo alveolar) substitui a superfície oclusal dos dentes. 
Como não há nenhum dente, pode ocorrer reabsorção do rebordo alveolar, que 
dificulta o posicionamento, pois o assoalho bucal ou palato não permitem o 
correto posicionamento, sendo assim o paciente pode apoiar o filme com rolos 
de algodão para alcançar o paralelismo ou, se necessário, aumentar a 
angulação vertical. 
Existem duas prováveis alternativas para se proceder quanto ao exame 
periapical de desdentados (primeiro é um exame panorâmico, segundo é o uso 
de projeções oclusais topográficas) logo, pode-se ver toda a extensão da 
mandíbula e maxila. 
 
 
36.7.1.3 
 A radiografia deve mostrar definição e detalhe e um grau de 
densidade e contraste das estruturas (para que se possa delinear). 
Critérios para radiografias intraorais 
 
 
 As estruturas ou não podem aparecer distorcidas (com alongamento 
ou encurtamento). 
 As radiografias devem mostrar os dentes da face oclusal ou incisal, 
(2 a 3 mm além de seus ápices). 
 Em um exame de boca toda, todos os processos alveolares da 
mandíbula e maxila devem ser mostrados (inclusive a tuberosidade maxilar e 
início do ramo ascendente mandibular). 
 As faces dos dentes não devem estar sobrepostas nos exames 
 
 AN02FREV001 
 331 
bitewing, a menos que os dentes estejam sobrepostos na arcada. 
 O feixe de raios-X deve estar bem centralizado, de forma que não 
ocorra meia-lua ou distorções da imagem radiográfica. 
 O filme não deve ser riscado, dobrado, manchado. 
 O filme deve ser processado corretamente. 
Se esses Critérios para as radiografias intraorais não forem 
observados, muitas imagens perderão o valor diagnóstico, sendo fundamental 
usar uma técnica adequada para que não sejam feitas reproduções de 
tomadas radiográficas. 
 
 
36.8 TÉCNICA DO PARALELISMO (TÉCNICA DO CONE LONGO) 
 
 
O princípio básico da técnica do paralelismo (esta técnica leva este 
nome devido à importância de manter dente e filme paralelos) para tomadas 
periapicais é que o longo eixo do filme deve ficar paralelo ao longo eixo do 
dente, e o raio central do feixe de raios-X deve incidir perpendicularmente a 
ambos, aumentando-se a distância objeto-filme (esta distância pode ser 
considerável em algumas áreas); como na projeção de molares da maxila, em 
que pode ser necessário posicionar o filme próximo à linha média, em função 
de um palato raso, porém quando esta distância objeto-filme, que fica 
aumentada, pode resultar em uma perda de detalhe da imagem; todavia, 
usando uma FFD de 40 cm (cone longo), este problema é compensado. 
 
 
 AN02FREV001 
 332 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36.8.1 Vantagens e Desvantagens da Técnica do Paralelismo e da Técnica 
 
FIGURA 210 - TÉCNICA DO PARALELISMO. 
USADO UM ACESSÓRIO NO PARALELISMO 
(ENTRE O OBJETO A SER RADIOGRAFADO E O 
FILME), ACESSÓRIO POSICIONADOR, 
CONFORME FIGURAS 207 B E 207 C 
Fig. 210 B Fig. 210 C 
 
FIGURA 211 - FIXADOR E ANEL 
ORIENTADOR PARA 
ANTERIORES 
 
 
FIGURA 213 - COLOCAÇÃO DO 
FILME NO FIXADOR 
FIGURA 212 - CONJUNTO RINN PARA 
PARALELISMO 
 
 AN02FREV001 
 333 
Bissetriz 
 
 
A técnica do paralelismo produz melhores imagens de diagnóstico, 
menor exposição para órgãos críticos como a tiroide e o cristalino, uma dose 
de saída menor e facilita a padronização e execução das radiografias. A 
vantagem principal da técnica do paralelismo é que, quando executada 
corretamente, sob condições apropriadas (estas condições fundamentais são 
precisão dimensional e distorção dimensional), forma uma imagemno filme de 
precisão linear e dimensional, auxiliando no diagnóstico. 
A técnica da bissetriz representa linearmente (projeta as imagens e 
estruturas circunvizinhas no filme em uma verdadeira relação linear, sem 
alongamento ou encurtamento) os dentes de forma correta, mas produz 
distorção dimensional quando a tomada radiográfica com a técnica da bissetriz 
é executada fielmente (exemplo: um dente de 15 mm de comprimento é 
mostrado na imagem com 15 mm). 
Todavia, os dentes e osso são objetos tridimensionais e embora o 
comprimento global possa ser registrado com precisão, a relação de partes do 
dente para outras partes pode sofrer distorção dimensional (note que as partes 
do dente que estão mais afastadas do filme são encurtadas, enquanto suas 
contrapartes linguais não, exemplo são profissionais que utilizam a técnica da 
bissetriz, e comparar o comprimento das raízes vestibulares com o 
comprimento da raiz lingual, em molares superiores, irão observar que as 
raízes vestibulares são muito maiores que na radiografia, devido à sua 
distorção dimensional). 
Com a técnica do paralelismo é admissível diagnosticar e avaliar cáries 
e a altura do osso alveolar com precisão em toda a radiografia, e assim não 
confiar em projeções de bitewing. É importante notar que as projeções de 
bitewing em ambas as técnicas estão quase sempre paralelas aos filmes. Na 
técnica da bissetriz, a imagem radiopaca do processo zigomático é sobreposta 
comumente aos ápices dos molares superiores (a sobreposição é 
compreensível, pois o ponto de entrada do raio central para as projeções de 
 
 AN02FREV001 
 334 
molares está ao longo do osso zigomático), tornando o diagnóstico difícil. 
Já na técnica do paralelismo não é produzida nenhuma sobreposição, 
porque o raio central é perpendicular ao longo eixo dos molares, entrando 
abaixo do osso zigomático. A angulação do feixe de raios-X raramente excede 
10 graus na técnica do paralelismo, comparados com 40 a 50 graus na técnica 
da bissetriz. Esta redução da angulação vertical diminui a exposição à glândula 
tiroide (a técnica do paralelismo usa uma exposição de tiroide de 25 mR para 
um exame de boca toda, enquanto com a técnica da bissetriz este valor era de 
60 mR) e ao cristalino, pois estes já não estão mais no caminho do feixe 
primário. 
A técnica do paralelismo é mais fácil de padronizar que a técnica da 
bissetriz, se confrontar várias radiografias de uma mesma área. Isto é 
importante em uma avaliação do osso alveolar de pacientes de tratamento 
periodontal em proservação (tratamento acaba, mas o caso continua com 
acompanhamento do profissional). Se um dispositivo posicionador for usado na 
técnica do paralelismo, o paciente não tem que ser posicionado de forma que o 
plano de orientação fique paralelo ao solo. 
Umas das desvantagens frequentes à técnica do paralelismo é a 
dificuldade em se colocar o dispositivo e o grau de desconforto causado aos 
pacientes. Para pacientes com bocas pequenas, crianças (se não for possível 
posicionar o filme com o método do paralelismo, então a estratégia é usar o 
método da bissetriz), e pacientes com palato raso, isto pode apresentar alguns 
problemas. 
Alguns profissionais também têm oposições quanto ao cone de 40 cm, 
que é usado na técnica do paralelismo. O principal pretexto seria a falta de 
espaço e um difícil posicionamento, mas 20 cm a 40 cm (outra desvantagem é 
quanto ao tempo de exposição aumentado, resultando em uma maior 
probabilidade de o paciente se movimentar) de diferença em um consultório 
bem planejado não dificultaria o trabalho. 
 
 
36.8.1.1 Preparação do paciente 
 
 AN02FREV001 
 335 
 
 
Algumas regras fundamentais devem ser seguidas para a preparação 
do paciente, pois ao repetir uma radiografia, devido a um erro do operador, 
pode acarretar uma exposição da dose de radiação desnecessária para o 
paciente. Primeiro o paciente deve se sentar confortavelmente na cadeira, com 
a coluna bem amparada e a cabeça posicionada de forma que a mandíbula 
possa ser radiografada corretamente, lógico, exceto quando posicionadores 
forem usados. 
O plano de referência (do trágus à comissura labial ou do trágus à asa 
do nariz) deve permanecer paralelo ao solo. O paciente deve retirar qualquer 
dispositivo protético removível de sua boca, como também óculos e piercings. 
Óculos e armação metálica são radiopacos e podem ficar sobrepostos ao filme 
nas áreas de canino e pré-molares. O operador deve estar protegido com o 
avental de chumbo. 
Após posicionar o filme, atrás da barreira, o profissional deve observar 
se o paciente se movimentou durante a tomada radiográfica (se isto aconteceu, 
deve-se repetir a tomada imediatamente). Depois que a exposição foi feita, o 
operador remove o filme da boca do paciente, seca-o e o separa dos demais 
filmes em um recipiente. Deve-se ter alguma ordem definida para uma série de 
boca toda. São recomendados, para começar, os incisivos centrais superiores, 
pois o posicionamento é mais fácil e tolerável pelo paciente. 
Não se deve iniciar pela região de molares devido à sensibilidade da 
área, seguindo a ordem. Após radiografar os incisivos centrais são realizadas 
as tomadas dos incisivos laterais e caninos, depois pré-molares e, por último, 
os molares. Os filmes de bitewing são feitos após as periapicais de maxila, por 
usar a mesma posição de cabeça e o mesmo plano de orientação. As tomadas 
periapicais de mandíbula também são feitas na mesma sequência das de 
maxila. 
 
 
36.8.1.2 Posicionadores 
 
 AN02FREV001 
 336 
 
 
O uso de posicionadores (podem ser autoclaváveis ou não, mas em 
ambos os casos devem ser esterilizados, por meio de calor úmido ou por meios 
químicos) é extremamente recomendado. No paralelismo, o filme pode ser 
posicionado paralelo ao longo eixo do dente de várias formas. Eis alguns dos 
dispositivos posicionadores: pinças hemostáticas, Stabe, XCP, RAPD, 
Precision, etc. 
Aqueles que possuem anéis localizadores diminuem muito a incidência 
de meia-lua, pois auxiliam no posicionamento do cone localizador. Eles são de 
grande ajuda quando há dificuldade de se posicionar o paciente. O cone 
localizador deverá ser colocado junto ao anel localizador, não havendo a 
necessidade de manter o plano de referência paralelo ao solo. 
 
 
36.8.1.3 Método 
 
 
Seis medidas devem ser consideradas em qualquer projeção 
periapical; tempo de exposição, planos de orientação, posição e colocação do 
filme, ponto de entrada do feixe, angulação vertical e angulação horizontal. 
 
1 - Tempo de exposição 
O tempo de exposição é determinado pela área a ser radiografada, 
velocidade do filme, Kvp, milliamperagem e FFD. A maioria dos filmes 
radiográficos contém os quadros de exposição. O cronômetro sempre deve ser 
fixado antes de o filme ser colocado na boca do paciente. 
 
2 - Planos de orientação 
Para radiografar dentes inferiores o paciente é posicionado de forma 
que o plano formado pela linha que vai do trágus à comissura labial esteja 
paralelo à maxila. O plano de orientação vai do trágus à asa do nariz e para a 
 
 AN02FREV001 
 337 
maxila ser radiografada o encosto é posicionado atrás da cabeça do paciente, 
forçando o queixo abaixo. Para a mandíbula ser radiografada, o descanso é 
posto abaixo da eminência occipital, em ambas (superior e inferior), o plano 
sagital deve estar perpendicular ao solo. 
 
 3 - Posição do filme 
A extremidade do filme sempre deve ser colocada uniformemente a 3 
mm acima (para maxila), ou abaixo (para mandíbula) do plano oclusal. A 
posição do filme garante que a região periapical seja radiografada. Ele deve ser 
posicionado de forma que o picote esteja sempre para oclusal (ajuda na 
montagem e impede um possível ponto sobreposto ao dente). 
 
4 - Ponto de entrada (posição anatômica na face do paciente) 
É a qual o feixe central de raios-X é apontado, ou seja, o centrodo 
filme na boca do paciente. Lógico que o profissional deve saber estes pontos 
anatômicos, mas também deve saber também alinhar o feixe com o filme. Para 
isso o anel localizador é muito bom quando usado corretamente, pois ele 
determina o ponto de entrada, por sua relação predeterminada com o filme. 
 
5 - Angulação vertical 
Na técnica do paralelismo a angulação vertical é fixada para deixar o 
feixe central perpendicular ao filme. Na técnica da bissetriz, a angulação 
vertical é determinada pela bissetriz do ângulo, só devendo ser usada com 
ângulos-guia (podem ser postos na parede para realizar a tomada com 
precisão); porém, nem todas as bocas permitem um posicionamento ideal do 
filme. Em bocas com arcos estreitos ou rasos, dentes mal posicionados, 
músculos tensos, acabam por resultar em angulações verticais diferentes das 
listadas. A angulação vertical pode ser vista na lateral do cabeçote. 
 
6 - Angulação horizontal 
Para alcançar a angulação horizontal, o feixe central é dirigido de forma 
que seja perpendicular ao filme no plano horizontal. O feixe central é orientado 
 
 AN02FREV001 
 338 
pelos espaços interproximais, para evitar sobreposição dos pontos de contato. 
 
 
36.8.1.4 Método da série de boca toda 
 
 
1 - Incisivos centrais superiores 
Modo como se coloca a cadeira; ela deve ficar alocada de modo que o 
plano de orientação deve estar paralelo ao solo, e o plano sagital da face do 
paciente perpendicular ao mesmo. A posição do filme: o centro do filme deve 
ficar entre os incisivos centrais, posicionado verticalmente no palato, de forma 
que todo o comprimento dos dentes é mostrado. O paralelismo é assegurado 
pelos posicionadores. 
Ponto de entrada do raio-X do aparelho: o feixe central é dirigido ao 
centro do filme. Se houver um anel localizador, a face aberta do cone quase 
toca o posicionador; isto determina o ponto de entrada e angulação vertical e 
horizontal do feixe de raio-X. 
 
2 - Incisivo lateral e caninos superiores 
Modo como se coloca a cadeira; ela deve ficar alocada de modo que o 
plano de orientação da maxila esteja paralelo ao solo e o plano sagital 
perpendicular. A posição do filme: é posto verticalmente, seu centro deverá 
ficar posicionado entre o incisivo lateral e o canino. Ponto de entrada do raio-X 
do aparelho: o feixe central é direcionado para o centro do filme e o seu anel 
localizador determina as angulações verticais e horizontais. 
3 - Pré-molares superiores 
Modo como se coloca a cadeira; ela deve ficar alocada de modo que o 
plano de orientação da maxila fique paralelo ao solo e o plano sagital 
perpendicular. A posição do filme: é posicionado horizontalmente, englobando 
os pré-molares e parte dos molares. Nesta região, o filme pode estar no centro 
do palato. O centro do filme é alinhado com o segundo pré-molar. Ponto de 
 
 AN02FREV001 
 339 
entrada do raio-X do aparelho: o feixe central é direcionado para o centro do 
filme, seu anel localizador determina as angulações verticais e horizontais. 
 
4 - Molares superiores 
Modo como se coloca a cadeira; ela deve ficar colocada de modo que o 
plano de orientação deve estar paralelo ao solo e o plano sagital da face do 
paciente perpendicular. A posição do filme: o filme é posto horizontalmente, o 
centro do filme é alinhado com o centro do segundo molar. Ponto de entrada do 
raio-X do aparelho: o feixe central é direcionado para o centro do filme, seu 
anel localizador determina as angulações verticais e horizontais. 
 
 
36.9 TÉCNICA BITEWING 
 
 
A técnica bitewing é a mesma do paralelismo, com restrição do uso do 
cone longo e de um maior tempo de exposição. Em bitewings o filme está 
sempre paralelo e seu filme é posicionado pela aba de mordida, entre as 
coroas dos dentes superiores e inferiores, e o feixe central é dirigido 
perpendicular ao filme. É usado frequentemente para: 
 
1) cáries interproximais; 
2) profundidade de cavidades; 
3) relação teto - assoalho de câmara pulpar; 
4) verificação de nódulos pulpares; 
5) verificação de pontes; 
6) nível da crista óssea; 
7) perfurações coronarianas. 
 
 
 
 
36.9.1 Projeções de Bitewing para Molares e Pré-Molares 
 
FIGURA 214 - EXEMPLO DE UMA 
TOMADA DE BITEWING 
 
 AN02FREV001 
 340 
 
 
Posição da cadeira do paciente: plano de orientação da maxila paralelo 
ao solo e plano sagital perpendicular. 
A posição do filme: No caso de pré-molares, a aba de mordida é 
colocada sob as faces oclusais do primeiro e segundo pré-molares inferiores 
(deprime o filme no assoalho bucal). Enquanto o profissional segura a aba com 
os dedos polegar e indicador, o paciente é informado para morder a aba (tem 
que morder com os dentes posteriores, se não ocorrer a mordedura da aba 
correta, pode haver deslocamento do posicionador). O procedimento para os 
molares é igual ao dos pré-molares, exceto que a aba de mordida é centrada 
em cima da superfície de oclusal do segundo molar. 
Ponto de Entrada do raio-X: o raio central é dirigido à haleta do 
posicionador de bitewing, que é segurada em posição pelos dentes do 
paciente. 
Angulação vertical: feixe central é perpendicular ao filme. 
Angulação horizontal: Angulação horizontal é um fator crítico no exame 
bitewing (imagem com faces sobrepostas é inútil no exame bitewing). O feixe 
central deve ser perpendicular ao filme no plano horizontal e deve passar pelos 
pontos de contato dos pré-molares ou molares. 
 
 
36.9.2 Bitewings Verticais 
 
 
Bitewings verticais são usadas quando a área desejada não pode ser 
vista com o filme posicionado horizontalmente (casos de perda óssea 
avançada ou cáries de raiz). 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001 
 341 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Incisivos inferiores 
O paciente é posicionado na cadeira de forma que o plano do trágus à 
comissura labial fique paralelo ao solo. O plano sagital deve permanecer 
perpendicular ao solo. A posição do filme é colocada verticalmente. O centro do 
filme é posicionado na linha média, de forma que os quatro incisivos sejam 
radiografados (filme fica deprimido no assoalho bucal de forma que todo o 
dente seja radiografado). Pode ser necessário deslocar a distalmente a língua 
e deprimir o assoalho bucal para posicionar o filme. 
Ponto de entrada do raio-X: o feixe central é direcionado para o centro 
do filme, seu anel localizador determina as angulações verticais e horizontais. 
 
2. Caninos inferiores 
O paciente é posicionado na cadeira de forma que o plano do trágus à 
comissura labial fique paralelo ao solo. Seu plano sagital deve permanecer 
perpendicular ao solo. A posição do filme é colocada verticalmente, de modo 
que o canino esteja no centro do mesmo. 
Ponto de entrada do raio-X: o feixe central é direcionado para o centro 
do filme, seu anel localizador determina as angulações verticais e horizontais. 
 
3. Pré-molares inferiores 
O paciente é posicionado na cadeira de forma que o plano do trágus à 
comissura labial fique paralelo ao solo. Seu plano sagital deve permanecer 
 
FIGURA 215 - EXEMPLO DE UM 
POSICIONADOR DE BITEWINGS 
VERTICAIS 
 
 AN02FREV001 
 342 
perpendicular ao solo. A posição do filme é colocada horizontalmente; a 
distância objeto-filme é mínima, pois a anatomia mandibular permite posicionar 
o filme próximo ao dente. O segundo pré-molar é centrado no filme. 
Ponto de entrada do raio-x: o feixe central é direcionado para o centro 
do filme e seu anel localizador determina as angulações verticais e horizontais. 
4. Molares inferiores 
O paciente é posicionado na cadeira de forma que o plano do trágus à 
comissura labial fique paralelo ao solo. O plano sagital deve permanecer 
perpendicular ao solo. A posição do filme é colocada horizontalmente, sendo 
que o segundo molar encontra-se no centro do mesmo. 
Ponto de entrada do raio-x: o feixe central é direcionado para o centro 
do filme. Seu anel localizador determinaas angulações verticais e horizontais. 
 
 
36.9.3 Erros Comuns 
 
 
Todos os erros que serão mencionados também podem ocorrer na 
técnica da bissetriz (alongamento e encurtamento são erros comuns da 
bissetriz, eles não são na técnica do paralelismo). Um dos erros mais 
comuns na técnica do paralelismo está na colocação do filme (uma 
colocação errada do filme acarreta uma falha na técnica do paralelismo, 
sendo o mais comum não colocar o filme fundo o bastante no assoalho 
bucal ou alto o bastante no palato, cortando os ápices), desde que o cone 
seja trazido de encontro com o anel localizador. Os planos oclusal e sagital 
não são tão importantes nesta técnica, mas com o uso de posicionadores. 
 
 1 - Meia-lua (uma área não exposta é formada quando o feixe não é 
devidamente centralizado, sendo causado pela periferia do colimador). Com o 
uso do anel localizador, praticamente não há formação de meia-lua. 
Solução: O feixe central de raio-X deve ser alinhado cuidadosamente 
com o centro do filme, tento uma colimação circular. A abertura do diafragma 
 
 AN02FREV001 
 343 
permite um diâmetro de feixe, medido à face, de 7,0 cm, sem analisar o 
tamanho do feixe permitido pelo colimador, mas sim o erro. Se o corte é 
sempre distal, o cabeçote deve ser deslocado para mesial. Um anel localizar 
alinha o feixe e o filme, eliminando a meia-lua independente do colimador. 
 
 2 - Reversão do filme ou efeito Herringbone: Exprime que a posição 
do filme foi invertida na boca (a folha de chumbo que deveria estar voltada 
para lingual, está voltada para vestibular). A imagem torna-se clara, como se o 
filme estivesse subexposto, por causa dos raios-X, que são atenuados pela 
lâmina de chumbo antes de incidirem sobre o filme. 
Solução: Observar a parte correta do filme a ser utilizada. 
 
3 - Posicionamento incorreto do filme: imagem não mostra os ápices 
dos dentes radiografados. 
Solução: Posicionar o filme 3 mm acima ou abaixo do plano oclusal. 
Se usar um bloco de mordida, os dentes que serão radiografados terão que 
dar uma mordida mais firme. 
 
4 – Sobreposição: das imagens dos dentes (quando o feixe de raio-X 
não for perpendicular ao filme e dente no plano horizontal). Sobreposição 
horizontal das imagens também é eliminada com o próprio uso do dispositivo 
de posicionamento e anel localizador. 
Solução: O filme deve ser alinhado com alguma parte do cabeçote 
que seja perpendicular ao feixe central (normalmente existe uma barra 
horizontal). Em frente ao paciente e de pé, o profissional deverá tracionar a 
bochecha do paciente e conferir o alinhamento horizontal. Podemos usar a 
técnica igual à usada da meia-lua, um posicionador com anel localizador pode 
ser empregado para prevenir a sobreposição. 
 
5 - Dobras e filmes curvos: presença de marcas pretas (dobrar 
excessivamente o filme, rachando a emulsão). Um filme pode ser dobrado a 
tal ponto que os raios-X não incidem no mesmo. 
 
 AN02FREV001 
 344 
Solução: Filmes não devem ser dobrados para se adaptar a 
superfícies anatômicas (simplesmente porque os raios-X viajam em linha reta; 
portanto não viram para atingir regiões curvas). 
 
 6 - Filmes claros: filmes claros ou fracos, sem densidade adequada, 
(provável subexposição ou subprocessamento), supondo que Kvp adequado 
foi usado. 
Solução: Para prevenir subexposição devem ser conferidas todos os 
ajustes do aparelho antes de uma exposição ser feita (MA, tempo, Kvp), o que 
pode ser muito comum e que conduz à subexposição é aumentar a FFD. Se o 
cone é mal posicionado longe da face, a lei quadrada inversa intensifica o 
erro, não só pela distância aumentada, mas pelo quadrado daquela distância. 
 
7 - Filmes escuros: filme denso é causado por sobre-exposição ou 
sobreprocessamento, os opostos dos filmes claros. O próprio comprimento do 
cone previne a possibilidade de FFD reduzida. 
Solução: Evitar sobre-exposição. Os profissionais devem inspecionar 
todos os ajustes do painel de controle antes de fazer uma exposição. 
 
8 - Exposição dupla: uma exposição dupla é o resultado de usar o 
mesmo filme duas vezes (erro fatal e inapropriável que indica a total falta de 
atenção). 
Solução: Uma boa organização antes de tudo, por exemplo, depois 
que o filme é exposto, sempre deve ser separado dos demais em local 
apropriado. Nunca devem ser mantidos filmes expostos e virgens numa 
mesma estante. 
 
9 - Imagens borradas: Imagens borradas é o resultado de 
movimentação do paciente, do filme, ou até mesmo do cabeçote durante a 
exposição. 
Solução: Devem ser ajustados braço e cabeçote, para prevenir 
vibração e instabilidade. Felizmente uma boa técnica previne toda a 
 
 AN02FREV001 
 345 
movimentação do paciente e do filme. 
 
10 - Fracasso na remoção de próteses removíveis, aparelhos móveis 
e jóias. Se estes dispositivos não forem removidos, as porções metálicas 
serão sobrepostas nas imagens dos dentes. 
Solução: Antes de começar, observar sempre o paciente fazer disso 
uma parte da rotina de trabalho, pedindo a ele que retire qualquer objeto 
metálico removível em sua cabeça ou pescoço (panorâmicas). 
 
 
36.9.4 Bitewings Insatisfatórias 
 
 
Os três erros mais comuns no exame bitewing são: 
1 - Sobreposição: Alinhamento horizontal impróprio. 
Solução: O feixe deve ser alinhado no plano horizontal de forma que o 
ângulo incidente no filme seja correto. 
 
2 - Meia-lua: falha ao tentar alinhar o feixe central com o centro do 
filme. Pode acontecer comumente quando o operador perde visão da aba de 
mordida. 
Solução: A aba de mordida deve estar sempre visível (se for 
impossível, o profissional, pode tocar a aba. O raio feixe central é dirigido à 
aba) com uma mão enquanto alinha o cone com o outro). Um anel localizador 
também pode ser usado. 
 
3 - Mau posicionamento do filme: quando o paciente não morde 
firmemente a aba, permitindo ao filme correr livremente. 
Solução: O profissional deve fazer com que o paciente morda-a no 
centro. 
 
36.10 TÉCNICA DA BISSETRIZ 
 
 AN02FREV001 
 346 
 
 
Ao colocar um filme próximo ao dente e tentar orientar a direção dos 
raios-X centrais perpendiculares às duas estruturas, foi observado que, se o 
feixe útil fosse perpendicular ao longo eixo do dente, não poderia ser também 
ao filme, e vice-versa, então, procurando minimizar as deformações da imagem 
resultante, Cieszynsky, observando estas orientações, acabou por idealizar o 
que é a base da técnica da bissetriz: “A direção dos raios-X centrais seria 
perpendicular à bissetriz do ângulo diedro formado pelo longo eixo do dente e 
longo eixo do filme.” 
 
 
FIGURA 216 - A DIREÇÃO DOS RAIOS-X CENTRAIS SERIA 
PERPENDICULAR À BISSETRIZ DO ÂNGULO DIEDRO FORMADO PELO 
LONGO EIXO DO DENTE E LONGO EIXO DO FILME 
 
 
 
 
Longo eixo do dente 
Plano do filme 
Feixe colimado 
 
 AN02FREV001 
 347 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A 
B 
C 
Bissetriz 
 
A distância entre a área focal e a combinação 
objeto/filme seria de 20 cm, por isso cone curto 
dado a esta técnica, atualmente podendo ser 
cilindro curto (figura 218). A orientação do feixe 
útil, nas áreas de incidências, e na altura do 
terço apical radicular. Para o desempenho da 
técnica da bissetriz, o profissional dispõe de três 
tamanhos de filmes: 
 
N° 0 - infantil (2,2 X 3,4 cm) 
N° 1 (2,4 x 4 cm) 
N° 2 - periapical (3x4 cm) 
 
O filme n° 2, periapical, e o mais utilizado, 
devendo haver a precaução de manter o filme 
na cavidade bucal, com a face ativa voltada 
para o feixe útil. 
FIGURA 217 – A: POSICIONAMENTO, OBSERVANDO O ANEL (SETA) E A HASTE 
LOCALIZADA (ESTRELA); B: POSICIONAMENTO PARA O PROCEDIMENTO DA 
BISSETRIZ PARA ARCADA SUPERIOR (DENTES PRÉ-MOLARES), SENDO 
OBSERVADO O APARADO DE FILME (SETA); C: POSICIONAMENTO PARA O 
PROCEDIMENTO DA BISSETRIZ PARA A ARCADA INFERIOR NA REGIÃO DEDENTES INCISIVOS, SENDO OBSERVADA A HASTE LOCALIZADORA DA 
BISSETRIZ (SETA) 
 
 AN02FREV001 
 348 
FIGURA 218 - ÂNGULO VERTICAL. A. QUANDO O RAIO ESTIVER 
PERPENDICULAR AO PLANO DO FILME (2), A IMAGEM 
RADIOGRÁFICA FICARA ENCURTADA. B. - QUANDO O RAIO CENTRAL 
ESTIVER PERPENDICULAR À BISSETRIZ (3) DO ÂNGULO, FORMADO 
POR DENTE E FILME, A IMAGEM RADIOGRÁFICA FICARÁ DO 
TAMANHO NORMAL. C. QUANDO O RAIO CENTRAL FOR 
PERPENDICULAR AO PLANO DO DENTE (1), A IMAGEM 
RADIOGRÁFICA FICARÁ AMPLIADA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Linha trágus - asa do nariz 
 
Linha trágus - comissura labial 
FIGURA 219 - 
POSIÇÕES DA CABEÇA PARA A 
TÉCNICA DA BISSETRIZ 
 
 
A B C 
 
 AN02FREV001 
 349 
Sequencia da técnica da bissetriz: 
1. Exame do paciente: 
Esta sequencia é avaliarmos as características anatômicas da 
cavidade bucal, conferindo se o paciente é portador de próteses removíveis, 
óculos e outros objetos que podem prejudicar o resultado final. O estado geral 
dos arcos dentários, com ausências parciais de elementos dentários, podendo 
ser total (edêntulos), o que provocaria o uso de outras técnicas. A idade e o 
tipo do paciente acabam também por determinar o mAS e a penetração. 
 
2. Posição do paciente: 
O paciente deverá estar sentado na cadeira, com os pés e a nuca 
apoiados, a cabeça do paciente posicionada, atendendo a dois planos, o 
sagital mediano e o plano oclusal. No paciente, o plano sagital mediano deverá 
ser perpendicular ao plano horizontal (ao plano do solo). Deve-se manter a 
linha bipupilar paralela ao plano horizontal, com o paciente olhando para frente. 
Já para o plano oclusal é preciso que a linha oclusal dos dentes fique 
paralela ao solo, a cabeça do paciente deverá ter diferentes posicionamentos 
para a maxila e mandíbula. Para a maxila, a cabeça deverá ser inclinada para 
frente, fazendo com que o paciente olhe para as narinas, fazendo com que 
uma linha siga do trágus para a asa do nariz e que seja paralela ao plano 
horizontal (é obtido colocando para frente o suporte da cadeira para a nuca), 
conforme visto na figura 216. 
Para a mandíbula, a cabeça deve ir para trás, fazendo o paciente olhar 
para cima (teto), de modo que a linha que vai do trágus para a comissura labial 
seja paralela ao plano horizontal. 
 
3. Posição e colocação do filme na boca do paciente: 
Na colocação do filme na boca do paciente, o profissional deverá 
observar os seguintes passos: 
 
 
 AN02FREV001 
 350 
FIGURA 220 - S = PLANO SAGITAL MEDIANO; BP = LINHA BIPUPILAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Face ativa do filme (branca) deverá estar voltada para o cilindro 
(cone) localizador (raios X centrais). Colocação errada resultou em um registro 
deficiente da imagem radiográfica (uma porcentagem da radiação será 
absorvida pela lamínula de chumbo da película). O longo eixo do filme deverá 
estar na vertical perpendicular ao plano sagital mediano para os dentes 
anteriores (incisivos e caninos); para os dentes posteriores (pré-molares e 
molares), o longo eixo deverá ficar no piano horizontal. 
2. O picote do filme deverá ficar sempre voltado para o oclusal ou 
incisal (evita assim a sobreposição da imagem sobre as regiões apicais dos 
dentes). Ao colocar a face ativa voltada para o feixe útil, dirigido para a 
convexidade do picote, irá indicar o lado radiográfico ao ser examinada a 
radiografia. 
3. O filme deverá ser introduzido deitado na cavidade bucal e depois 
levado à região a ser radiografada, devendo abranger os dentes desejados. 
4. A borda livre do filme, que passa além do plano oclusal, deve ser 
paralela a este plano, que assim irá ultrapassar em cerca de 5 mm, para fazer 
o registro radiográfico das cúspides e bordas incisais. 
 
4. Sustentação do filme na boca do paciente: na técnica da bissetriz, a 
manutenção do filme em posição deverá ser pela mão do paciente, com o 
próprio realizando este procedimento. Para a maxila, deverá ser usado o 
 
 
 AN02FREV001 
 351 
polegar da mão contrária ao lado a ser radiografado, fechando os outros dedos 
apoiados na face, e para a mandíbula, usa-se o indicador, fechando os outros 
dedos. A pressão não deverá ser excessiva, nem frágil (evitar apoiar os dedos 
no centro da película, para não provocar uma possível curvatura central). 
 
 
FIGURA 221 - COLOCAÇÃO DOS FILMES NAS REGIÕES ANTERIORES E 
POSTERIORES, MAXILA E MANDÍBULA. POSIÇÃO DO “PICOTE” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Orientação dos raios-X centrais: o feixe útil deverá obedecer duas 
angulações: a vertical e a horizontal. 
 
 Angulação vertical (orientação dada aos raios-X centrais em 
relação ao piano oclusal) 
É modificável, porque os tecidos moles e ósseos que separam o dente 
do filme e os longos eixos de implantação dos dentes são diferentes nas 
subsequentes regiões dentárias, devido a isto, os ângulos diedros (ângulo 
diedro ou diedro ou ângulo diédrico é a reunião de dois semiplanos de mesma 
origem, não contidos num mesmo plano) do longo eixo do dente e plano do 
filme são diversos, o mesmo ocorrendo com a bissetriz. Para que o feixe útil 
permaneça perpendicular a essa bissetriz existe a necessidade de incliná-lo em 
relação ao plano oclusal. 
 
 
 
 
 AN02FREV001 
 352 
 
FIGURA 222 - ESQUEMA DA ANGULAÇÃO VERTICAL: POSITIVA PARA A 
MAXILA E NEGATIVA PARA A MANDÍBULA 
 
 
 
 
Com o cilindro localizador (cone) voltado para baixo em relação à linha 
oclusal no exame radiográfico da maxila, a angulação vertical será positiva, e 
será negativa no exame da mandíbula, com o cilindro localizador orientado 
para cima. 
Regra do Z (Mattaldi), importante para memorizar esta angulação: 
partindo do ápice nasal ao trágus na maxila (menor linha superior) e na 
mandíbula 1 cm acima da borda da região mentoniana a região do ângulo 
(menor linha inferior) unidos por uma linha oblíqua maior (Figuras 223A e 
223B). 
 
 
 AN02FREV001 
 353 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estas angulações representam medianas. Observadas como 
parâmetros apresentarão um grande porcentual de acerto, porém pode haver 
certas variações individuais, no entanto, os valores abaixo podem ser 
recomendados. 
Na maxila teríamos: 
50° +- Anteriores 
40° +- pré-molares 
30° +- Molares 
 
 
 
Maxila 
1 molares 
2 pré-molares 
3 canino e lateral 
4 incisivos centrais 
 
 
 
Mandíbula 
1 molares 
2 pré-molares 
3 canino e lateral 
4 incisivos centrais 
 
 
Na mandíbula teríamos: 
20° - Anteriores 
10° - pré-molares 
 0° - Molares 
FIGURA 223 A - ÁREAS 
DE INCIDÊNCIAS PARA A 
MAXILA E MANDÍBULA. 
REGRA DO "Z" 
 
FIGURA 223 B - ÁREAS DE 
INCIDÊNCIAS PARA A 
MAXILA E MANDÍBULA. 
REGRA DO "Z" 
 
 
 AN02FREV001 
 354 
 Angulação horizontal (direção dos raios-X centrais com o plano 
sagital mediano na cabeça do paciente) 
Na técnica da bissetriz serão realizadas 14 exposições, apontando sete 
regiões na maxila e sete regiões na mandíbula. Para cada região, devido à 
curvatura dos arcos dentários, a orientação dos raios centrais será diferente. 
No início, “a direção dos raios centrais deverá ser paralela às faces proximais 
dos dentes”, devendo, portanto, ser orientada aos espaços interdentários. 
O cabeçote deverá executar um movimento horizontal ao redor da 
cabeça do paciente, para completar todas as regiões, tendo por eixo o plano 
sagital mediano. Erros na orientação da angulação horizontal resultarão em 
uma sobreposição das faces proximais dos dentes (sobreposição de coroas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Será importante ter a preocupação de manter o picote voltado para a 
linha oclusal e o longo eixo do filme na vertical para anteriores, e horizontal 
para posteriores Se tivermos angulações verticais deficientes (alongamento 
das imagens e angulações verticais aumentadas determinarão encurtamento 
das imagens dos dentes). 
Se bem obedecidasàs angulações verticais e horizontais, os cilindros 
(cones) localizadores deverão ser orientados para diferentes pontos ou áreas 
de incidências. Por exemplo: para a maxila, estes pontos se localizam sobre a 
linha que vai do ápice nasal ao trágus da orelha, e para a mandíbula um 
 
FIGURA 224 - ESQUEMA MOSTRANDO 
COLOCAÇÃO DOS FILMES BICÚSPIDE E MOLAR 
 
 AN02FREV001 
 355 
alinhamento ao ângulo mandibular, com 1 cm acima da borda (na região 
anterior 2 cm). Abaixo verificamos alguns destes pontos. 
 
 
TABELA 15 - PONTOS DE INCIDÊNCIAS REGIONAIS 
 
Maxilla: Regiões 
Incisivos centrais ápice nasal 
Incisivo lateral e canino asa do nariz 
Pré-molares Perpendicular do centro do globo ocular à linha trágus - asa do nariz 
Molares 1 cm atrás do canto externo do olho – interseção com a linha trágus – 
asa do nariz 
Mandíbula: 
Incisivos inferiores Sulco mento labial, sobre o PSM 
Caninos 2 cm acima da borda na altura do terço apical do canino inferior 
Pré-molares 1 cm acima da borda da mandíbula na interseção do centro da pupila 
a esta linha 
Molares 1 cm acima da borda da mandíbula na intersecção com a perpendicular 
de 1 cm atrás do canto externo do olho 
 
 
 
36.11 TÉCNICA OCLUSAL 
 
 
A técnica oclusal foi desenvolvida, sendo empregada quando há a 
necessidade de uma maior amplitude radiográfica. Nos pacientes edêntulos, 
(usada como rotina, antes da fabricação de próteses totais), pois é grande a 
constatação de dentes (caninos superiores) retidos, dentes supranumerários 
(mesiodens), e também em pacientes portadores de aparelhos protéticos com 
a presença de cistos e raízes residuais. 
Áreas patológicas são visualizadas radiograficamente em toda sua 
extensão, como também as delimitações com suas estruturas vizinhas. Em 
exames de pacientes fissurados e detecção de sialólitos na glândula 
submandibular ou no canal de Wharton. 
 
 
 AN02FREV001 
 356 
Curiosidades: Sialólitos são estruturas mineralizadas que se 
desenvolvem no parênquima das glândulas salivares e em seus ductos 
excretores. Sua etiologia é desconhecida, ocorrendo principalmente na 
glândula submandibular (80% - 90%), seguida da glândula parótida (5% - 20%), 
sublingual (1% - 2%), raramente afetando as glândulas salivares menores. 
Sugere-se que o aumento da viscosidade salivar resulte na obstrução dos 
ductos glandulares. 
Os cálculos são formados pela deposição de fosfatos e carbonatos, 
associados a magnésio, zinco, nitrato e outros materiais orgânicos. Sua 
presença nas glândulas salivares submandibulares e sublinguais gera infecção 
do espaço sublingual e submandibular. Quando presentes dentro da glândula 
são irregulares e multifacetados, exigindo exérese glandular. Uma simples 
radiografia oclusal pode identificar o cálculo, quando localizado no assoalho 
bucal. 
As radiografias panorâmicas, laterais oblíquas de mandíbula, 
posteroanteriores de crânio, além das tangenciais para exames dos tecidos 
moles da bochecha são indicadas para a pesquisa de calcificações nas 
glândulas parótidas. A mandíbula, por sua vez, pode exigir a utilização do 
método de dissociação de imagens, de maneira a deslocar as estruturas 
sobrepostas. O filme oclusal e semelhante aos filmes periapicais, sendo de 
maiores dimensões, aproximadamente 5,7 X 7,5 cm a 5,7 x 7,6 cm, sendo 
embalado com um filme simples ou duplo (duas películas). 
 
 
FIGURA 225 - FILME OCLUSAL (LONGO E PEQUENO EIXO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001 
 357 
O plano sagital mediano deve ser perpendicular ao plano horizontal e o 
plano oclusal paralelo ao solo, tirando as tomadas radiográficas para a 
mandíbula. Deverá haver uma angulação de 90o entre o plano oclusal e a 
direção do feixe útil para as técnicas oclusais totais e parciais da mandíbula, 
ficando o plano oclusal perpendicular ao plano horizontal. Para a sínfise, 
deverá haver urna angulação de 55° entre o feixe útil e o plano oclusal. 
Já o filme oclusal deverá ser colocado com a face ativa voltada para os 
raios-X centrais, havendo também picote para a orientação do lado; ao 
introduzir na cavidade bucal, uma das bordas será colocada junto à comissura 
labial, e com o dedo indicador afastaremos a comissura do outro lado, levando 
a parte posterior até a borda anterior do ramo ascendente da mandíbula. 
Nos pacientes edêntulos (radiografias totais de maxila e mandíbula), o 
longo eixo do filme terá que ser perpendicular ao plano sagital; a película do 
filme será mantida pelos polegares e na mandíbula com dedos indicadores e 
médios de cada mão. Nas tomadas regionais em pacientes portadores de 
dentes (maxila), o longo eixo deverá ser paralelo ao piano sagital mediano e o 
filme será mantido pela mordida. 
 
 
 AN02FREV001 
 358 
TABELA 16 - ANGULAÇÃO DAS REGIÕES MAXILA E MANDÍBULA 
Regiões Angulação 
vertical 
Angulação 
horizontal 
Areas de incidências 
Maxila Total 65° 0° násio 
Incisivos 65° 0° ápice nasal 
Canino 65° 45° forame infraorbitário 
Pré-molares e 
molares 
65° 90° forame infraorbitário 
Assoalho do 
seio 
80° 0° forame infraorbitário 
Tuber 45° 45° de trás 
p/frente 
3 cm atrás do canto da 
orbita 
Mandíbula Total 90° 0° Centro de assoalho bucal 
Partial 90° 0° Corpo da mandíbula de 
interesse 
Sínfise -55° 0° Sínfise mentoniana 
 
 
 
Na técnica regional de tuber (na maxila), para uma correta fixação do 
filme, que deverá ser feita pelo polegar da mão oposta ao lado a ser 
radiografado, para evitar a sobreposição do processo coronoide da mandíbula, 
o tempo de exposição terá que ser dobrado. Na execução da técnica regional 
da sínfise (na mandíbula), para facilitar a obtenção do ângulo vertical de -55°, 
(plano oclusal do paciente). 
No exame radiográfico oclusal, devido ao maior tamanho da película, o 
cilindro ou cone localizador deverá ficar afastado de 3 a 4 cm das áreas de 
incidência (tentar ao máximo evitar a “meia-lua”) e deverá ser orientado para o 
meio da película. Em crianças, o filme oclusal pode ser dobrado ao meio, com 
as faces ativas externamente e picote para fora, colocando ainda uma lamínula 
de chumbo dobrada, tendo que posicionar o goniômetro a 30° positivos. 
Em seguida, o cilindro localizador é orientado para a sínfise (uma fusão 
fibrocartilagíneo entre dois ossos, um tipo de cartilagem comum, 
especificamente um conjunto secundário cartilaginoso), com uma angulação 
http://translate.googleusercontent.com/translate_c?hl=pt-BR&langpair=en%7Cpt&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Cartilage&rurl=translate.google.com.br&usg=ALkJrhjZGb9xQXEjbEa2WKLFg4cQs2H7-w�
http://translate.googleusercontent.com/translate_c?hl=pt-BR&langpair=en%7Cpt&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Cartilaginous_joint&rurl=translate.google.com.br&usg=ALkJrhgzoX0H_xqgAgt3ATOFHTNcUocjUA�
 
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vertical de 25° negativos no meio do filme dobrado para maior absorção e 
proteção de velamento. Desta maneira duas exposições podem ser realizadas 
com uma película, sendo uma de incisivos da maxila com 65° e inclinando-se a 
cabeça do paciente com o plano oclusal a 30° positivos, orientando-se o feixe 
útil para a sínfise para realizar outra exposição com goniômetro com 25° 
negativos. 
O profissional poderá manter o filme dobrado e mantido em oclusão, 
assim ele poderá se manter fixo, só variando as incidências e a posição do 
plano oclusal para a tomada da mandíbula (sínfise). O posicionamento da face 
ativa do filme (branca, lisa ou rugosa) sempre voltada para a direção dos raios-
X centrais (extremidade livre do filme fora da boca e o picote para fora e nas 
regionais, externamente). 
 
 
37 RADIOGRAFIAS EXTRABUCAIS 
 
 
37.1 TIPOS DE RADIOGRAFIAS EXTRABUCAIS 
 
 
37.1.1 Panorâmica 
 
 
Esta técnica é de fácil procedimento e baixa dose de radiação, estando 
indicada para pacientes desde pequena faixa etária. Nesta técnica observa-se: 
 Dentes presentes: presença de cáries extensas, próteses, 
endodontias, processos patológicos no periápice;

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