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Resumo dos capítulos 4,5 e 6 - Livro Como Ler Artigos Cientificos

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Resumo dos capítulos 4, 5 e 6 
do livro Como ler artigos científicos
Cindy Freire Alves (Med31 A)
Em Avaliando a qualidade metodológica, reforçando seu argumento de capítulos anteriores, Trisha Greenhalgh comenta que um artigo irá perder-se ou destacar-se conforme a força de sua seção de metodologia. Dessa forma, ela nos faz considerar cinco questões essenciais que devem formar a base da decisão de dispensá-lo imediatamente (devido a falhas metodológicas fatais), interpretar seus achados com cautela (porque os métodos não eram muito robustos) ou confiar completamente (porque não consegue encontrar nenhum defeito nos métodos). Essas cinco perguntas – o estudo foi original, foi feito sobre quem, foi bem delineado, o viés sistemático foi evitado (i.e., o estudo foi adequadamente “controlado”) e foi suficientemente grande e continuado por tempo bastante para tornar os resultados dignos de credibilidade. 
Assim, tendo examinado a seção de metodologia de um artigo, o indivíduo será capaz de dizer por si mesmo em um parágrafo curto qual tipo de estudo foi realizado, com quantos participantes, de onde eles vieram, qual tratamento ou outra intervenção foi oferecida, por quanto tempo foi feito o acompanhamento (ou, se foi um levantamento, qual a taxa de resposta) e qual medida de desfecho foi usada. Ele também deve, neste estágio, identificar quais testes estatísticos foram utilizados para analisar os resultados. Caso o sujeito entenda estes aspectos antes de ler o restante do artigo, achará os resultados mais fáceis de compreender, interpretar e, se apropriado, rejeitar.
Em Estatística para quem não é estatístico, evidencia-se que a medicina se apoia cada vez mais na matemática. A autora destaca que nenhum médico pode deixar os aspectos estatísticos de um artigo inteiramente aos cuidados dos “peritos”. Além disso, alerta sobre o perigo de ser seriamente enganado ao tomar como certa a competência estatística (e/ou a honestidade intelectual) dos autores. A estatística pode ser uma ciência intimidadora, e compreender seus pontos mais delicados frequentemente requer a ajuda de especialistas. Porém, Greenhalgh mostra que a estatística usada na maioria dos artigos de pesquisa médica pode ser avaliada – pelo menos até certo ponto – pelos não especialistas usando uma lista simples de verificação como a do Apêndice 1.
Em Artigos que relatam ensaios de tratamentos medicamentosos e outras intervenções simples, Greenhalgh discorre sobre a avaliação das evidências a partir de ensaios clínicos, ressaltando que a maioria das evidências está relacionada a medicamentos. A autora também relata que a indústria farmacêutica está interessada naqueles com o poder de preescrever medicamentos e despende uma proporção de seu orçamento multimilionário anual em publicidade para tentar influenciá-los, mesmo os pacientes não conseguem fugir do alcance da indústria que age por intermédio da propaganda direta ao consumidor (PDC).

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