Buscar

TITULO DO ESTABELECIMENTO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TITULO DO ESTABELECIMENTO – DIREITO EMPRESARIAL 
Conceito
Estabelecimento empresarial é o conjunto de bens que o empresário reúne para exploração de sua atividade econômica. Compreende os bens indispensáveis ou úteis ao desenvolvimento da empresa, como as mercadorias em estoque, as máquinas, os veículos, as marcas e outros sinais distintivos, tecnologia etc. Trata-se de elemento indissociável à empresa. Não existe como dar início à exploração de qualquer atividade empresarial, sem a organização de um estabelecimento.
O estabelecimento empresarial, também chamado de fundo de empresa (fundo de comércio), é o complexo de bens reunidos e organizados pelo empresário ou pela sociedade empresária para o exercício de sua atividade empresarial, contando com previsão expressa. Além desses bens, o empresário deverá encontrar um ponto para o seu estabelecimento, isto é, um imóvel (normalmente alugado), em que exercerá o comércio.
O estabelecimento é, assim, uma propriedade com características dinâmicas singulares. A desarticulação de um ou mais bens, por vezes, não compromete o valor do estabelecimento como um todo. O industrial, ao terceirizar a entrega de suas mercadorias, contratando serviço de uma transportadora, pode vender os caminhões que possuía. A venda desses bens não repercute necessariamente no valor da sua indústria. Claro que a desarticulação de bens essenciais — cuja identificação varia enormemente, de acordo com o tipo de atividade desenvolvida, e o seu porte — faz desaparecer o estabelecimento e o sobrevalor que gerava. Se o industrial desenvolveu uma tecnologia especial, responsável pelo sucesso do empreendimento, a cessão do know-how pode significar a acentuada desvalorização do parque fabril.
Estabelecimento empresarial é o conjunto de bens reunidos pelo empresário para a exploração de sua atividade econômica. A proteção jurídica do estabelecimento empresarial visa à preservação do investimento realizado na organização da empresa.
A sociedade empresária pode ser titular de mais de um estabelecimento. Nesse caso, aquele que ela considerar mais importante será a sede, e o outro ou outros as filiais ou sucursais (para as instituições financeiras, usa-se a expressão “agência”, para mencionar os diversos estabelecimentos). Em relação a cada um dos seus estabelecimentos, a sociedade empresária exerce os mesmos direitos, sendo irrelevante a distinção entre sede e filiais, para o direito comercial.
Por fim, registre-se que o desenvolvimento do comércio eletrônico via internet importou a criação do estabelecimento virtual, que o consumidor ou adquirente de produtos ou serviços acessa exclusivamente por via de transmissão e recepção eletrônica de dados. Aqui, cuidarei apenas do estabelecimento físico — isto é, o acessível por deslocamento no espaço; do virtual, cuido mais à frente.
O título do estabelecimento é um dos elementos do fundo de comércio do comerciante e como tal tem valor patrimonial. Uma vez registrados, os títulos poderiam ser usados pelos estabelecimentos, para qualificá-los, nos seus papéis de correspondência e contabilidade, nos veículos e anúncios, bem como no próprio estabelecimento a que se referissem. Fora desses locais, a lei não permitia fossem empregados os títulos dos estabelecimentos, não se admitindo, por exemplo, que o titular os afixasse em mercadorias de sua indústria ou comércio. Para tal, teriam que ser registrados como marcas de indústria ou de comércio.
Além da marca e do nome empresarial, o direito industrial cuida de uma terceira categoria de sinal distintivo: o título de estabelecimento. Trata-se da designação que o empresário empresta ao local em que desenvolve sua atividade.
Nada mais é, do que o nome, “apelido” pelo qual determinado estabelecimento empresarial é identificado na praça em que atua, sendo também, chamado, na prática, de nome fantasia.
Convém observar que o título de estabelecimento, quando adotado, deve constar dos respectivos registros existentes em nome do empresário ou da sociedade empresária na (s) junta (s) comercial (is) em se encontre (m) inscrito (s).
TÍTULO DO ESTABELECIMENTO: Identifica a empresa, geralmente formado por um elemento fantasia, utilizado na fachada da sede ou filial da empresa, também protegido pelas regras do NOME EMPRESARIAL a partir do registro da atividade empresária na junta estadual.
Elementos Do Estabelecimento Empresarial
O estabelecimento empresarial é composto por elementos materiais e imateriais.
Bens Materiais – corpóreos (móveis e imóveis), encontram-se as mercadorias do estoque, os mobiliários, utensílios, veículos, maquinaria e todos os demais bens corpóreos que o empresário utiliza na exploração de sua atividade econômica. Os bens corpóreos são aqueles cuja existência e cuja valoração na atividade empresarial, são passíveis de serem aferidas pelo simples referencial físico e patrimonial.
No entanto, quando os imóveis pertencem ao empresário, para o seu estabelecimento ou para um serviço necessário à empresa comercial – tais como armazéns para depósitos de mercadorias, prédios apropriados para a instalação de usinas, estacionamentos para cargas etc. –, esses imóveis se incorporam ao fundo de comércio e, na hipótese de ser vendido o estabelecimento comercial, figuram no mesmo, salvo se de modo diverso ficar estipulado pelos contratantes.
Reveste-se o imóvel de caráter de bem comercial pela sua destinação, do mesmo modo que um imóvel do qual o empresário se utiliza para expor os seus produtos se torna elemento do fundo de comércio, muito embora se distinga da mercadoria, que é adquirida para revender.
Quando o empresário é pessoa jurídica, ou seja, sociedade empresária, se torna facílima à incorporação do imóvel no fundo de comércio, pois o patrimônio da sociedade se constitui de todos os bens que ela possui. Em se cuidando, no entanto, de empresário individual, há dificuldade de se inserir o imóvel no fundo de comércio, visto não ser admitida a divisão do patrimônio de pessoa física que exerce individualmente a profissão comercial. No caso em comento, pertencendo o imóvel ao patrimônio comercial do empresário individual (o que se denota mediante consulta à escrituração nos livros comerciais), a sua alienação não requererá outorga uxória, eis que a figura do empresário se destacava da figura individual. Os bens particulares do empresário poderiam servir de garantia subsidiária das obrigações contraídas, como aliás ocorre com os sócios de responsabilidade ilimitada das sociedades empresárias. Referido ponto de vista, aduzimos, é passível de discussão, porque inúmeros são os problemas advindos.
Bens Imateriais – incorpóreos são principalmente, os bens industriais (patente de invenção, de modelo de utilidade, registro de desenho industrial, marca registrada, nome empresarial e título de estabelecimento) e o ponto (local em que se explora a atividade econômica). Abrange esse grupo institutos jurídicos tradicionalmente estudados pelo direito comercial. Com relação aos bens incorpóreos, a aferição do seu valor e importância dentro de determinado estabelecimento empresarial depende invariavelmente da sua manifestação econômica no âmbito da atividade empresarial desenvolvida em cada caso concreto.
A existência de tais bens, na maioria das vezes, está diretamente relacionada à existência do próprio estabelecimento empresarial não subsistindo sem ele. Ainda, que, muitas vezes, visualmente perceptíveis, como: ponto comercial, nome empresarial, título do estabelecimento, marcas, patentes, tecnologia (know-how), contratos, créditos, clientela, freguesia, aviamento etc.
“Há autores que consideram, entre os elementos incorpóreos do estabelecimento, o aviamento, que é o potencial de lucratividade da empresa (por exemplo Waldemar Ferreira, 1962, 6:209). Mas não é correta essa afirmação. Conforme destaca a doutrina, o aviamento é um atributo da empresa, e não um bem de propriedade do empresário (cf. Correia, 1973:119; Ferrara, 1952:167; Barreto Filho, 1969:169). Aviamento é, a rigor, sinônimo de fundo de empresa, ou seja, designamambas expressões o sobre valor, agregado aos bens do estabelecimento empresarial em razão da sua racional organização pelo empresário”.
“A organização dos bens que compõem o fundo de comércio e sua afetação ao exercício de uma atividade econômica fazem com que ele receba uma valoração específica, tradicionalmente chamada pela doutrina comercialista de aviamento (Cf.
BARRETO FILHO, Oscar. Teoria do estabelecimento comercial . São Paulo: Max Limonad,1964).”
O aviamento configura, pois, um atributo do fundo de comércio, que representa sua aptidão para gerar lucros (COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial . Vol. I. 7ª ed. São Paulo: Saraiva, 2008).
Clientela
“Outro equívoco reside na consideração da clientela como elemento do estabelecimento empresarial. Clientela é o conjunto de pessoas que habitualmente consomem os produtos ou serviços fornecidos por um empresário.”
Entre os bens incorpóreos, merece especial comentário a clientela, usualmente considerada a parcela do público que mantém relação de fidelidade comercial com determinado estabelecimento, em virtude de aspectos subjetivos próprios (o bom atendimento, a pessoa do proprietário etc.), sendo que alguns autores costumam diferenciá-la da chamada freguesia. A clientela, mantém uma relação de habitualidade e fidelidade comercial com o estabelecimento.
Freguesia
Possui o termo freguesia acentuada conotação de lugar, donde a vantagem de empregá-lo para exprimir a ideia de conjunto de pessoas ligadas a certo estabelecimento, em vista de sua localização ou outros fatores objetivos, reservando-se o termo clientela para o conjunto de pessoas relacionadas com as qualidades subjetivas do titular da casa comercial.
Integram a freguesia todas as pessoas que acorrem ao estabelecimento empresarial sem habilidade e fidelidade comercial.
DIFERENÇAS ENTRE MARCAS E TÍTULOS DE ESTABELECIMENTO
O fato de existirem similitudes entre as marcas e os títulos de estabelecimento não deve induzir o operador do direito ao erro de confundir ambos os institutos, eis que possuem faculdades, regimes, regras e aplicações distintas, que passaremos a analisar agora. Uma das particularidades que podem destacadas nas marcas e não encontram eco nos títulos de estabelecimento é a função de distinguir os produtos e as mercadorias comercializadas.
Observa-se que a função do título de estabelecimento é distinguí-lo de outros rivais do mesmo gênero do comércio ou da indústria. Por outro lado, marca de fábrica ou de comércio caracteriza a mercadoria ou o serviço que o estabelecimento vende, fabrica ou presta distinguindo-os de outros semelhantes ou idênticos.
Outra distinção importante a ser feita refere-se ao registro das marcas e dos títulos de estabelecimento. Enquanto as marcas são registradas no INPI, de acordo com a Lei 9279/96, os estabelecimentos são registrados na junta comercial. Essa diferença, por si mesma, já é capaz de gerar particularidades relativas ao âmbito de proteção dos institutos em apreço. Nesse passo, pode-se afirmar que o INPI, por ser uma autarquia federal, ao conceder o registro marcário, o faz na esfera nacional. O mesmo não cocorre com o título de estabelecimento. Este quando é registrado na junta comercial, passa a usufruir de tutela estadual.
Ainda é relevante permanecer no aspecto da proteção da marca e do estabelecimento para levantar outras peculiaridades que os diferenciam. Conforme já foi estabelecido, o protecionismo do direito marcário decorre de normas positivadas como a lei 9279/96. Dessa forma, a lei prevê a distinguibilidade como um dos requisitos que autorizam o registro marcário. Esse raciocínio fundamenta as chamadas cláusulas de irregistrabilidade previstas no art 124 da mencionada lei nª 9279/96, harmonizada com a Convenção de Paris, que foi internalizada por meio do Decreto 635, de 21 de agosto de 1992.
3. COLISÃO ENTRE TÍTULO DE ESTABELECIMENTO E MARCA
Através do artigo 124, inciso V da lei de propriedade industrial, é possível aferir que:
“Art. 124. Não são registráveis como marca:
V - reprodução ou imitação de elemento característico ou diferenciador de título de estabelecimento ou nome de empresa de terceiros, suscetível de causar confusão ou associação com estes sinais distintivos; ”
Desse modo, observa-se que a precedência de título de estabelecimento pode vir a obstar o registro de uma marca, gerando assim um conflito de interesses entre seus titulares. Sobre esse aspecto, interessa ressaltar uma controvérsia em torno da necessidade ou não de registro para fins de proteção do estabelecimento. Há doutrina no sentido de que títulos não registrados não deveriam impedir o registro de marcas. Isso porque, os títulos de estabelecimento são registrados na junta comercial, da mesma forma que o nome empresarial. E, se não se confere aos nomes empresariais proteção na ausência de registro, seria razoável aplicar o mesmo raciocínio aos títulos, sob pena de conceder-lhes valor jurígeno superior aos nomes[6].
Todavia tal entendimento não tem prevalecido nos tribunais[7]. Para estes a vedação ao registro de marca similar a título de estabelecimento tem o intuito de proteger o estabelecimento, impedir sua usurpação e evitar que haja confusão por parte do consumidor quanto à procedência do produto ou artigo. A doutrina[8] que apoia esse entendimento tem base na ideia de que para usufruir da tutela legal, o título de estabelecimento nem precisa fazer o depósito ou registro, nem necessita também fazer parte de uma marca de fábrica ou de comércio. Isto porque a vedação ao registro de marca similar ao estabeleciemnto possui sede no art. 8° da Convenção de Paris, Revisão de Estocolmo (1967), que reza: “O nome comercial será protegido em todos os países da União sem obrigações de depósito ou de registro, quer faça ou não parte de uma marca de fábrica ou de comércio”.
Natureza Do Estabelecimento Empresarial 
O estabelecimento empresarial não pode ser confundido com a sociedade empresária (sujeito de direito), nem com a empresa (atividade econômica).
Considerar o estabelecimento empresarial uma pessoa jurídica é errado, segundo o disposto na legislação brasileira. Sujeito de direito é a sociedade empresária, que, reunindo os bens necessários ou úteis ao desenvolvimento da empresa, organiza um complexo com características dinâmicas próprias. A ela, e não ao estabelecimento empresarial, imputam-se as obrigações e asseguram-se os direitos relacionados com a empresa. Empresa é a atividade econômica desenvolvida no estabelecimento, e não se confunde com o complexo de bens nele reunidos. Assim, o estabelecimento empresarial pode ser alienado, onerado, arrestado ou penhorado, mas a empresa não.
Da rica discussão, basta apenas destacar três pontos essenciais:
1º) o estabelecimento empresarial não é sujeito de direito;
2º) o estabelecimento empresarial é um bem;
 3º) o estabelecimento empresarial integra o patrimônio da sociedade empresária.
O estabelecimento empresarial é considerado uma universalidade de fato, por se afigura como um conjunto de bens com destinação específica, caracterizando-se, na sua integralidade, como bem móvel, sendo, por conseguinte, objeto de direitos, ou seja, objeto de relações empresariais mantidas pelo seu titular – o empresário ou a sociedade empresária. Um bem imóvel ocupado pelo empresário ou pela sociedade empresária não pode por si só, ser considerado sinônimo de estabelecimento empresarial, já que é apenas um dos bens integrantes deste.
DIFERENCA ENTRE NOME EMPRESARIAL E TITULO DO ESTABELECIMENTO 
Defini-se nome empresarial como o elemento que identifica a pessoa do empresário, seja ele pessoa física (empresário individual) ou pessoa jurídica (sociedade empresária). Dita o artigo 1.156 do novo Código Civil que: “O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade”. 
O nome empresarial é composto por um núcleo (firma ou denominação); pela designação do ramo de atividade (facultativo quanto à firma e obrigatórioquanto à denominação – segundo inteligência do artigo 1.158, §2º, do Código Civil); e, finalmente, pelo tipo societário (obviamente, quando for o caso de sociedades empresárias, sendo obrigatória tal distinção em apenas alguns tipos societários, como por exemplo, a sociedade limitada, a sociedade em comandita por ações e a sociedade anônima).
Entende-se por título do estabelecimento empresarial a expressão ou desenho que identifica o local da exploração da atividade. Em simples termos, trata-se da placa ou painel luminoso que indica de forma inequívoca o local onde se desenvolve a atividade empresarial.
PROTECAO AO TITULO DE ESTABELECIMENTO 
Comete crime de concorrência desleal quem usa, indevidamente, nome comercial, título de estabelecimento ou insígnia alheios ou vende, expõe ou oferece à venda ou tem em estoque produto com essas referências.
Fica ressalvado ao prejudicado o direito de haver perdas e danos em ressarcimento de prejuízos causados por atos de violação de direitos de propriedade industrial e atos de concorrência desleal não previstos na Lei de Propriedade Industrial, tendentes a prejudicar a reputação ou os negócios alheios, a criar confusão entre estabelecimentos comerciais, industriais ou prestadores de serviço, ou entre os produtos e serviços postos no comércio.  Poderá o juiz, nos autos da própria ação, para evitar dano irreparável ou de difícil reparação, determinar liminarmente a sustação da violação ou de ato que a enseje, antes da citação do réu, mediante, caso julgue necessário, caução em dinheiro ou garantia fidejussória. Nos casos de reprodução ou de imitação flagrante de marca registrada, o juiz poderá determinar a apreensão de todas as mercadorias, produtos, objetos, embalagens, etiquetas e outros que contenham a marca falsificada ou imitada.
Os lucros cessantes serão determinados pelo critério mais favorável ao prejudicado, dentre os seguintes: os benefícios que o prejudicado teria auferido se a violação não tivesse ocorrido; ou os benefícios que foram auferidos pelo autor da violação do direito; ou a remuneração que o autor da violação teria pago ao titular do direito violado pela concessão de uma licença que lhe permitisse legalmente explorar o bem.
Cumpre ainda observar que, não são registráveis como marca a reprodução ou imitação de elemento característico ou diferenciador de título de estabelecimento ou nome de empresa de terceiros, suscetível de causar confusão ou associação com estes sinais distintivos.
O título do estabelecimento é de magna relevância para o empresário e, como tal, elemento preponderante de seu fundo de comércio, com notável valor patrimonial, razão pela qual teria sido recomendável que o legislador estabelecesse normas expressas para o seu registro, garantindo-se o uso exclusivo sem a necessidade de maiores dilações probatórias. Poder-se-ia, contudo, admitir que, sob a égide da legislação atual, constando o título de estabelecimento do contrato social, destacado como tal, o arquivamento comprovaria o direito de exclusividade do seu uso, à semelhança do que já está reconhecido para o nome comercial e na falta de norma expressa sobre a matéria.

Outros materiais