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para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo; II - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; III - primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo. Muitas alterações foram realizadas na LOAS, pela Lei nº 12.435/2011, que tem mostrado vários avanços e conquistas no sentido de incorporar normativos necessários à organização da Assistência Social no Brasil, efetivados em um sistema descentralizado e participativo caracterizado como SUAS – Sistema Único de Assistência Social. FIGURA 21 – SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL FONTE: Disponível em: <https://www.google.com.br/search?q=SUAS&biw>. Acesso em: 6 jan. 2015. UNI Leia na íntegra a Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, que dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências. Disponível em: <http://www.mds. gov.br/assistenciasocial>. 138 UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL A Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social – NOB SUAS é que organiza o modelo da proteção social, normatizando e operacionalizando os princípios e diretrizes de descentralização da gestão e execução dos serviços, programas, projetos e benefícios referentes à assistência social na realidade brasileira. Nesse sentido, sobre os avanços da Lei nº 12.435/2011 sobre a LOAS, no que diz respeito à Norma Operacional Básica do SUAS, Colin (2012) enfatiza que melhorou e qualificou a organização da assistência social, e descreve algumas conquistas: QUADRO 13 – AVANÇOS DA LOAS A PARTIR DE 2011 Inclui entre os objetivos da Assistência Social a Proteção Social, a Vigilância Socioassistencial e Defesa de Direitos. Estabelece os níveis de proteção social básica e especial. Dispõe sobre os CRAS e CREAS como unidades de referência da Assistência Social. Autoriza o pagamento de profissionais com recursos do cofinanciamento federal. Institui o IGDSUAS e a obrigatoriedade de seu uso no fortalecimento dos Conselhos. Estabelece que os Conselhos de Assistência Social são vinculados ao órgão gestor da política de assistência social. Para efeitos do BPC, conceitua “família” e “pessoa com deficiência”. Institui o Paif, Paefi e Peti. Estabelece que cabe ao órgão gestor da Assistência Social gerir o Fundo de Assistência Social, nas esferas de governo. Estabelece que o cofinanciamento da política no SUAS, nas esferas de governo, se efetua por meio de transferências automáticas entre os Fundos de Assistência Social. Efetiva alguns decretos, sendo um deles o Decreto n.º 5.209/2004, que cria o Programa Bolsa Família, dentre outros e outras ações normativas. FONTE: Adaptado de: COLIN, Denise. NOB SUAS 2012. Secretaria Nacional de Assistência Social. Out., 2012. Disponível em: <file:///C:/Users/ACER/Downloads/SNAS_NOB%20SUAS%20-%20 Denise%20Colin_06.11.2012%20(2).pdf>. Acesso em: 15 jan. 2015. TÓPICO 3 | A CRIAÇÃO E AMPLIAÇÃO DAS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRAS 139 O Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS (2014) descreve que a LOAS, criada em 1993, foi alterada pela Lei nº 12.435, de 2011, que instituiu o Sistema Único da Assistência Social – SUAS. Assim especifica o artigo sexto da LOAS: “Art. 6º A gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social (SUAS), [...] (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011)”. (BRASIL, 2015). O Sistema Único de Assistência Social (SUAS) é um sistema público que organiza, de forma descentralizada, os serviços socioassistenciais no Brasil. Com um modelo de gestão participativa, ele articula os esforços e recursos dos três níveis de governo para a execução e o financiamento da Política Nacional de Assistência Social (PNAS), envolvendo diretamente as estruturas e marcos regulatórios nacionais, estaduais, municipais e do Distrito Federal (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME, 2015). Coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o sistema SUAS é composto pelo poder público e sociedade civil, que participam diretamente do processo de gestão compartilhada. É um sistema público, não contributivo, descentralizado e participativo, destinado à gestão da assistência social, através da integração das ações dos entes públicos (União, Estados, Municípios e o Distrito Federal) responsáveis pela política socioassistencial e das entidades privadas de assistência social. FIGURA 22 – ASSISTÊNCIA SOCIAL POLÍTICA SOCIAL PÚBLICA FONTE: SÁ, Clara Carolina de. Sistema único de assistência social – SUAS. Departamento de Gestão do SUAS. Secretaria Nacional de Assistência Social. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. 2013. Disponível em: <http://pt.slideshare. net/marciasilva65/apresentacao-vinculo-suas-loas>. Acesso em: 25 jan. 2015. 140 UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL O Sistema Único de Assistência Social – SUAS especifica em seu primeiro artigo a sua abrangência da função da política de assistência social: Art. 1º A política de assistência social, que tem por funções a proteção social, a vigilância socioassistencial e a defesa de direitos, organiza-se sob a forma de sistema público não contributivo, descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social – SUAS. Parágrafo único. A assistência social ocupa-se de prover proteção à vida, reduzir danos, prevenir a incidência de riscos sociais, independente de contribuição prévia, e deve ser financiada com recursos previstos no orçamento da Seguridade Social (BRASIL, 2012). Assim, constatamos que a política de assistência social se rege de forma decentralizada via SUAS e participativa a partir da criação e efetivação dos diversos conselhos, se efetivando por um sistema público, não tendo caráter contributivo, assim as pessoas que necessitarem da assistência não pagarão nada por ela, ou seja, a assistência social independe de contribuição anterior. Para concluir este assunto, indicamos como sugestão a leitura e estudo das Cartilhas efetivadas pelo CFESS, sobre os PARÂMETROS PARA ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E NA POLÍTICA DE SAÚDE. FONTE: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. Gestão Tempo de Luta e Resistência (2011-2014). Parâmetros para Atuação de Assistentes Sociais na Política de Assistência Social. Série Trabalho e Projeto Profissional nas Políticas Sociais. CFESS: Brasília (DF), 2011. Disponível em: <http://www.cfess .org.br/arquivos/Cartilha_CFESS_Final_Grafica.pdf>. Acesso em: 15 jan. 2015. TÓPICO 3 | A CRIAÇÃO E AMPLIAÇÃO DAS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRAS 141 FONTE: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL – CFESS. LEI nº 8.662/1993 – Regulamentação da Profissão de Assistente Social. Parâmetros para a Atuação de Assistentes Sociais na Saúde. Brasília, 2010. Disponível em: <http://www.cfess.org. br/arquivos/Parametros_para_a_Atuacao_de_Assistentes_Sociais_na_Saude.pdf>. Acesso em 15 jan. 2015. 142 RESUMO DO TÓPICO 3 Neste tópico estudamos a nova institucionalidade brasileira frente às novas expressões sociais, o significado e a abrangência das políticas sociais e as políticas públicas do Estado brasileiro, a evolução histórica da política social e a relação entre o Estado e a sociedade frente à questão social no que diz respeito aos padrões de proteção social, em que foram abordados os seguintes temas: • Analisamos a origem, significado e abrangência das políticas sociais e das políticas públicas, assim podemos perceber que a