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CAPÍTULO 4
InterdIscIplInarIdade: Quando a educação 
FísIca, a arte e o lúdIco se encontram - 
prátIcas InclusIvas para o desenvolvImento 
FísIco, Intelectual e cultural dos alunos 
com deFIcIêncIa Intelectual
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
 3 Reconhecer a importância da interdisciplinaridade entre as áreas de 
Educação Física, Arte e o Lúdico para o desenvolvimento físico, intelectual 
e cultural dos alunos com deficiência Intelectual. 
 3 Conhecer práticas que utilizam os jogos e brincadeiras e propiciam a 
inclusão escolar. 
 3 Reconhecer a Educação Física, a Arte e o Lúdico como vetores de inclusão 
escolar por meio de atividades adaptadas. 
82
 Práticas de Ensino para a Deficiência Intelectual: Educação Física, Arte e Ludicidade
83
InterdIscIplInarIdade: Quando a educação FísIca, a arte e o lúdIco 
se encontram - prátIcas InclusIvas para o desenvolvImento FísIco, 
Intelectual e cultural dos alunos com deFIcIêncIa Intelectual
 Capítulo 4 
Embora pareça 
natural a aula de 
Educação Física 
acontecer nos espaços 
externos da escola, 
isto não é regra, pois 
dependendo das 
condições climáticas, 
dos espaços 
disponibilizados e 
também da proposta 
dos professores, a 
Educação Física pode 
ser praticada também 
em sala de aula.
contextualIzação
Este é o último capítulo do nosso caderno de estudos. Optamos por 
apresentar algumas possibilidades de diálogo entre as áreas da Educação 
Física e da Arte em convergência com a ludicidade. Nossa intenção é 
demonstrar através de exemplos de projetos e/ou planos de aula as 
contribuições da interdisciplinaridade para o desenvolvimento dos alunos de 
forma lúdica, valorizando os jogos e brincadeiras tradicionais.
A Educação Física e Arte são áreas com as quais é comum as crianças se 
identificarem, pois são áreas que envolvem atividades práticas muito próximas 
do brincar. Através do resgate e do trabalho com a cultura histórica, artística 
e corporal é possível contribuir com o desenvolvimento cognitivo e afetivo de 
todas as crianças. Assim, convido você a discutir sobre essas possibilidades.
a educação FísIca dentro e Fora da sala 
de aula: dIFerentes propostas, dIFerentes 
espaços
Para falar um pouco sobre atividades inclusivas que envolvem a 
Educação Física, a Arte e a Ludicidade, apresentaremos no decorrer 
deste capítulo propostas que traçam um resgate de jogos e brincadeiras. 
No entanto cabe atentar para os momentos das aulas de Educação Física 
que normalmente acontecem em espaços diferenciados dependendo da 
realidade de cada escola.
Embora pareça natural a aula de Educação Física acontecer nos espaços 
externos da escola, isto não é regra, pois dependendo das condições climáticas, 
dos espaços disponibilizados e também da proposta dos professores, a 
Educação Física pode ser praticada também em sala de aula.
Jogos e brincadeiras são propostas que podem facilmente ser adaptadas. 
Aos professores cabe a tarefa de criar condições favoráveis para atingir os 
objetivos de sua aula em convergência com a sua área de conhecimento.
As diferentes competências com as quais as crianças 
chegam à escola são determinadas pelas experiências 
corporais que tiveram oportunidade de vivenciar. Ou seja, se 
não puderam brincar, conviver com outras crianças, explorar 
diversos espaços, provavelmente suas competências serão 
restritas (BRASIL, 1997, p.45).
84
 Práticas de Ensino para a Deficiência Intelectual: Educação Física, Arte e Ludicidade
O lazer e a 
disponibilidade 
de espaços para 
atividades lúdicas 
e esportivas são 
necessidades básicas 
e, por isso, direitos do 
cidadão
Uma proposta que 
visa à inclusão 
de alunos com 
deficiência intelectual 
não é pensada 
para esta clientela, 
assim, não deve 
planejar atividades 
diferenciadas e 
sim atividades 
que permitem a 
participação de todos 
os alunos com ou 
sem deficiência, 
contribuindo com 
o desenvolvimento 
global destes.
É necessário conhecer toda a turma, como também todas as 
especificidades relacionadas ao desenvolvimento de cada aluno. Uma 
proposta que visa à inclusão de alunos com deficiência intelectual não é 
pensada para esta clientela, assim, não deve planejar atividades diferenciadas 
e sim atividades que permitem a participação de todos os alunos com ou sem 
deficiência, contribuindo com o desenvolvimento global destes. 
Crianças com deficiência intelectual, assim como as demais, necessitam 
de muito estímulo no que tange ao que está em evidência na imagem a seguir.
Figura 24 – Competências
 
Fonte: Adaptado de Revista Mundo da Inclusão, Ano 1, nº2.
Propiciar o desenvolvimento dessas competências também implica 
explorar e adaptar os espaços disponibilizados para a Educação Física na 
escola, pois “o lazer e a disponibilidade de espaços para atividades lúdicas e 
esportivas são necessidades básicas e, por isso, direitos do cidadão” (BRASIL, 
1997, p.25).
Aos professores de Educação Física cabe conhecer e potencializar os 
espaços, explorando sua criatividade!
Como exemplo para potencializar os espaços, apresentamos algumas 
propostas podem ser desenvolvidas em sala de aula, como:
85
InterdIscIplInarIdade: Quando a educação FísIca, a arte e o lúdIco 
se encontram - prátIcas InclusIvas para o desenvolvImento FísIco, 
Intelectual e cultural dos alunos com deFIcIêncIa Intelectual
 Capítulo 4 
Várias atividades podem ser pensadas e adaptadas aos espaços 
disponibilizados nas escolas, citamos apenas alguns exemplos, o importante é 
analisar esses espaços e potencializá-los.
educação FísIca, arte e lúdIco: prátIca 
InterdIscIplInar por meIo dos Jogos e 
BrIncadeIras
Você se lembra das crianças brincando na rua, subindo em árvores, 
fazendo bolinho de barro ou areia?
Figura 25 – Brincando na rua
 
Fonte: Disponível em: <blogjoacy.blogspot.com /http://
salvemasnossascriancas.blogspot.com.br/2011/01/brincar-nas-
arvores-e-gostoso-mas.html>. Acesso em: 10 jan. 2013.
Isso já não é tão comum! A rua já se tornou um lugar perigoso e para 
muitos, além de cômodo o fato da criança ficar dentro de casa brincando 
com jogos eletrônicos, conectados com o mundo que aparentemente é mais 
seguro.
86
 Práticas de Ensino para a Deficiência Intelectual: Educação Física, Arte e Ludicidade
Para Miguel (2007), a escola é o espaço onde podemos oportunizar a 
integração das crianças, pois a maioria brinca sozinha ou com os pais durante 
a semana em casa. A arte nos permite interagir e criar um diálogo entre os 
diferentes contextos com as crianças, através de diferentes brincadeiras 
tradicionais e coletivas.
Vamos pensar em trabalhos com as brincadeiras de roda, como as 
cirandas?
Essas brincadeiras de rua, em algumas épocas e em alguns lugares, eram 
muito comuns, mas são desconhecidas por algumas crianças, normalmente 
por aquelas que passam a maioria de seus dias conectadas ao mundo virtual e 
tecnológico. Assim, consideramos importante que os professores de diferentes 
áreas valorizarem brincadeiras tradicionais, trazendo para este mundo tão 
avançado um conhecimento histórico e cultural por muitos esquecido. 
Apresentaremos agora pra você, pós-graduando, exemplos de 
brincadeiras que podem ser relacionadas com a arte. 
A tradicional brincadeira de roda já foi tema de obras de diferentes artistas, 
veja alguns exemplos:
Figura 26 – Dança de roda – Portinari
Fonte: Disponível em: <portinari.org.
br/>. Acesso em: 13 fev. 2013.
Figura 27 – Ciranda – Rosângela Borges
Fonte: Disponível em: <http://ajursp.
wordpress.com/2010/07/28/rosangela-
borges-tema-ciranda-de-roda-medida-
40x50-a-s-t/>. Acesso em: 13 fev. 2013.
87
InterdIscIplInarIdade: Quando a educação FísIca, a arte e o lúdIco 
se encontram - prátIcas InclusIvas para o desenvolvImento FísIco, 
Intelectual e cultural dos alunos com deFIcIêncIa Intelectual
 Capítulo 4 
 Ao professor cabe 
o reconhecimentodas fases de 
representação em 
que este aluno se 
encontra (garatuja, 
pré-esquemática, 
esquemática, ) e o 
estímulo para superar 
e avançar para novas 
fases.
Uma das linguagens 
da arte é o desenho. 
Desde cedo a criança 
inicia um processo de 
grafismos, passando 
por diferentes fases.
Figura 28 – Brincando 
de ciranda – Aracy
Fonte: Disponível em: <http://ajursp.
arteblog.com.br/610869/ARACY-
TEMA-BRINCANDO-DE-CIRANDA-
MEDIDA-30X60-A-VENDA-COM-
AJUR-SP/>. Acesso em: 13 fev. 2013
Figura 29 – ciranda – Ivan Cruz
Fonte: Disponível em: 
<brincadeirasdecrianca.com.
br/>. Acesso em: 13 fev. 2013
A brincadeira de roda, muitas vezes esquecida por alguns profissionais, é 
uma atividade que pode ser explorada em várias áreas do conhecimento. Em 
arte, especificamente, é grande o número de artistas que abordam a temática 
das cirandas. A apreciação dessas obras pode iniciar um trabalho de resgate de 
brincadeiras tradicionais envolvendo várias áreas do conhecimento (SILVEIRA, 
2011). Uma das linguagens da arte é o desenho. Desde cedo a criança 
inicia um processo de grafismos, passando por diferentes fases. A arte pode 
ampliar possibilidades e ampliar o olhar sobre o desenho da roda da criança, 
um desenho que envolve a concepção de espaço e de tridimensionalidade. 
É importante que o professor compreenda que o desenho da roda é uma 
representação que exige uma noção espacial e de perspectiva muito grande 
por parte da criança. Normalmente quando as crianças vão representar 
a roda, elas desenham todas as crianças em círculo, no entanto acabam 
representando algumas de cabeça para baixo, pois ainda não compreendem 
a possibilidade de desenhar em mais planos e em perspectiva. Todas as 
crianças apresentam especificidades inerentes à idade e desenvolvimento da 
coordenação e fase do desenho, com alunos com deficiência intelectual não 
é diferente. Ao professor cabe o reconhecimento das fases de representação 
em que este aluno se encontra (garatuja, pré-esquemática, esquemática, ) e o 
estímulo para superar e avançar para novas fases.
88
 Práticas de Ensino para a Deficiência Intelectual: Educação Física, Arte e Ludicidade
Veja os desenhos abaixo:
Figura 30 – Desenho de Ludi, 09 anos
Fonte: Martins, Picosque e Guerra, 1998, p.91.
O desenho de Ludi é de uma criança de nove anos. Podemos perceber 
que algumas as crianças estão de cabeça para baixo.
Figura 31 – Desenho de Emanuelly, 04 anos
Fonte: A autora.
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InterdIscIplInarIdade: Quando a educação FísIca, a arte e o lúdIco 
se encontram - prátIcas InclusIvas para o desenvolvImento FísIco, 
Intelectual e cultural dos alunos com deFIcIêncIa Intelectual
 Capítulo 4 
A interdisciplinaridade 
visa garantir a 
construção de 
um conhecimento 
globalizante, rompendo 
com os limites das 
disciplinas.
Já o desenho de Emanuelly, é de uma criança de quatro anos, porém, 
esta criança teve orientação através das obras apresentadas acima, sobre a 
posição das crianças no desenho de roda.
Observe como nenhuma das crianças da roda foi representada de cabeça 
para baixo, porém esta criança ainda não representou as crianças de costas na 
roda, pode-se perceber que todas as crianças foram representadas de frente. 
Esta é uma noção de perspectiva que precisamos trabalhar com as 
crianças desde pequenas, e esta visão de si e do outro na brincadeira de roda 
desenvolve-se brincando.
Além do trabalho com o desenho, você pode desenvolver uma 
ressignificação das obras, através da modelagem com massinha e palitos. 
Oriente os alunos a construírem as crianças de pé, em formato tridimensional, 
pois normalmente as construções com massinha acontecem em formato 
achatado sobre o papel. Ofereça recursos como o palito de dente para 
sustentar a massinha, uma base de isopor e construa rodas e cirandas com 
seus alunos. Não se esqueça de fotografar para registrar esta construção.
E como envolver a Educação Física e a ludicidade?
Neste capítulo estamos propondo um diálogo entre a Arte, a Educação 
Física e a Ludicidade para o desenvolvimento de propostas que resgatam e 
valorizam os jogos e as brincadeiras de forma interdisciplinar. 
A interdisciplinaridade visa garantir a construção de um 
conhecimento globalizante, rompendo com os limites 
das disciplinas. Para isso, será preciso, uma postura 
interdisciplinar, que nada mais é do que uma atitude de 
busca, de inclusão, de acordo e de sintonia diante do 
conhecimento (HAMZE, 2012, p.01).
Atividade de Estudos: 
1) Para propiciar o conhecimento corporal, artístico e cultural, 
convide seus alunos para brincar de roda, faça a relação entre 
as obras apresentadas e as cantigas. No momento da leitura de 
imagem, pergunte para as crianças sobre as possíveis músicas 
e brincadeiras que as crianças representadas nas obras 
possam estar cantando.
90
 Práticas de Ensino para a Deficiência Intelectual: Educação Física, Arte e Ludicidade
Figura 32 - Interdisciplinaridade
Fonte: Adaptado de: <www.policiamentocomunitario.
blogspot.com>. Acesso em: 15 jan. 2013.
 
Como estamos falando sobre brincadeiras de roda e interdisciplinaridade, 
a seguir apresentamos algumas cantigas sobre o tema, para relembrar e 
trabalhar com seus alunos:
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InterdIscIplInarIdade: Quando a educação FísIca, a arte e o lúdIco 
se encontram - prátIcas InclusIvas para o desenvolvImento FísIco, 
Intelectual e cultural dos alunos com deFIcIêncIa Intelectual
 Capítulo 4 
Ciranda Cirandinha
Ciranda Cirandinha
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia volta 
Volta e meia vamos dar 
 
O Anel que tu me destes 
Era vidro e se quebrou 
O amor que tu me tinhas 
Era pouco e se acabou 
 
Por isso dona Rosa
Entre dentro desta roda 
Diga um verso bem bonito 
Diga adeus e vá se
embora.
A canoa virou
A canoa virou,
Foi deixá-la virar,
Foi por causa da (nome de 
pessoa) 
Que não soube remar. 
Se eu fosse um peixinho
E soubesse nadar, 
Eu tirava (nome da pessoa) 
Do fundo do mar. 
Tindolelê
Ôi abre a roda tindolelê 
Ôi abre a roda tindolalá 
Ôi abre a roda tindolelê 
Tindolelê tindolalá
Ôi bate palmas tindolelê 
Ôi bate palmas tindolalá 
Ôi bate palmas tindolelê 
Tindolelê tindolalá
E dá um giro tindolelê 
Torna a girar tindolalá 
E dá um giro tindolelê 
Tindolelê tindolalá
Dá um pulinho tindolelê 
Outro pulinho tindolalá 
Dá um pulinho tindolelê 
Tindolelê tindolalá
E segue a roda tindolelê 
E volta a roda tindolalá 
E segue a roda tindolelê 
Tindolelê tindolalá
E fecha a roda tindolelê 
E abre a roda tindolalá 
E fecha a roda
Tindolelê tindolalá
Fonte: Disponível em: <www.musicasparaagarotada.
blogspot.com>. Acesso em: 14 fev. 2013.
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 Práticas de Ensino para a Deficiência Intelectual: Educação Física, Arte e Ludicidade
Indicamos o livro: “Folclorices de 
Brincar”, das autoras Mércia Maria 
Leitão e Neide Duarte. As brincadeiras 
que fizeram parte de tantas infâncias 
são tão importantes e simbolizam tão 
fortemente nossa cultura que já são 
consideradas parte indissociável de 
nosso folclore. Amarelinha, pião, pular 
corda e tantas outras são o mote para 
a arte visual de Ivan Cruz, que, por sua vez, inspirou as autoras 
Mércia Leitão e Neide Duarte a usarem a arte poética para escrever 
este livro. 
Como vimos, é possível trabalhar de forma interdisciplinar com as crianças 
envolvendo a educação física, a arte e a ludicidade, e melhor, é possível fazê-
lo brincando.
Vamos verificar o que podemos propiciar às crianças com esta proposta?
Podemos mediar o desenvolvimento da:
Figura 33 - Fluxograma de habilidades e competências
Fonte: A autora.
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InterdIscIplInarIdade: Quando a educação FísIca, a arte e o lúdIco 
se encontram - prátIcas InclusIvas para o desenvolvImento FísIco, 
Intelectual e cultural dos alunos com deFIcIêncIa Intelectual
 Capítulo 4 
Brincadeiras 
populares, além 
de permitirem um 
contato maior com a 
cultura, propiciam o 
desenvolvimento e a 
interação de todas as 
crianças.
Inclusão por meIode Jogos e BrIncadeIras
Brincadeiras populares, além de permitirem um contato maior com a 
cultura, propiciam o desenvolvimento e a interação de todas as crianças.
Neste último subtítulo apresentaremos algumas brincadeiras, bem como 
dicas de como trabalhar de forma interdisciplinar, valorizando as áreas da Arte 
da Educação Física e da Ludicidade para a inclusão do aluno com deficiência 
intelectual, focos deste caderno de estudos.
Vamos falar de mais uma brincadeira popular? Cinco Marias!!! Você 
conhece a origem desta brincadeira? Pesquise com os seus alunos.
CINCO MARIAS
Uma das hipóteses para a origem da brincadeira é que 
ela venha de costumes da Grécia antiga. Quando queriam 
consultar os deuses ou tirar a sorte, os homens jogavam 
ossinhos da pata de carneiro e observavam como caíam. 
Cada lado do ossinho tinha um nome e um valor, e a 
resposta divina às perguntas humanas era interpretada 
a partir da soma desses números. O lado mais liso era 
chamado kyon (valia 1 ponto), o menos liso, coos (6 pontos); 
o côncavo, yption (3 pontos), e o convexo, pranes (4 pontos). 
Essa pode ser a origem dos dados (do latim, “dadus”, que quer 
dizer “dado pelos deuses”), segundo Renata Meirelles, autora 
do livro “Giramundo e outros brinquedos e brincadeiras dos 
meninos do Brasil”.
Com o tempo, os ossinhos foram substituídos por pedrinhas, 
sementes e pedaços de telha até chegar aos saquinhos de tecido 
recheados com areia, grãos ou sementes.
As cinco marias também são conhecidas como jogo do osso, 
brincadeira dos cinco saquinhos ou cinco pedrinhas.
Para brincar são necessários cinco saquinhos de tecido de 
mais ou menos 4 cm por 3 cm, com enchimento de areia, farinha, 
grãos de arroz ou feijão, ou as cinco pedrinhas (que devem ter 
tamanhos semelhantes).
94
 Práticas de Ensino para a Deficiência Intelectual: Educação Física, Arte e Ludicidade
Como joga as Cinco Marias?
1ª etapa
- Jogar as cinco marias no chão. 
- Escolher uma delas, que será jogada para o alto, enquanto 
pega-se uma das quatro, sem tocar nas demais. Esperar a que 
está no alto cair também na mesma mão. Repetir com todas as 
outras que estão no chão. 
 
2ª etapa
- Jogar as cinco marias e tomar de novo uma delas. 
- Jogar o saquinho para o alto e, agora, pegar de duas em duas 
as demais, sem tocar no outro par. 
3ª etapa
- Jogar as cinco marias no chão e tomar uma delas. 
- Jogar o saquinho para o alto e pegar primeiro um e depois três, 
de uma só vez. 
4ª etapa
- Jogar as cinco marias e tomar uma delas.
- Jogá-la para o alto e, enquanto ela volta, pegar as quatro de 
uma só vez, aparando rapidamente também a primeira.
5ª etapa
- Com todas as pedrinhas na mão, jogar para o alto uma delas 
e deixar no chão as quatro restantes e tornar a aparar a que 
foi ao alto.
6ª etapa
- Com todas as pedrinhas na mão, jogar uma para o alto e colocar 
três sobre o chão.
- Aparar a que foi ao alto.
95
InterdIscIplInarIdade: Quando a educação FísIca, a arte e o lúdIco 
se encontram - prátIcas InclusIvas para o desenvolvImento FísIco, 
Intelectual e cultural dos alunos com deFIcIêncIa Intelectual
 Capítulo 4 
- Jogar de novo uma para o alto e deixar a outra no chão e aparar 
a que foi ao alto.
7ª etapa
- Com todas as pedrinhas na mão, jogar uma para o alto e deixar 
uma no chão. 
- Aparar a que foi ao alto e jogar de novo, para deixar as duas 
restantes no chão e esperar a que foi ao alto. 
8ª etapa
- Com todas as pedrinhas na mão, jogar uma para o alto e deixar 
uma no chão. 
- Aparar a que foi ao alto e repetir até deixar todas no chão e 
aparar a que foi ao alto de novo. 
 
Contar pontos: 
- Colocar as cinco pedrinhas na palma da mão, arrumando-as 
umas sobre as outras. 
- Jogar tudo para o alto e aparar o quanto puder com o dorso da 
mão. 
- Lançar novamente para o alto; o que se conseguir aparar com a 
palma da mão é o número de pontos conseguidos na série. 
O número de pontos a ser atingido deve ser combinado entre 
os jogadores. 
 
Fonte: Disponível em: <https://sites.google.com/site/
antigasbrincadeirasinfantis/brincadeiras-antigas/
cinco-marias>. Acesso em: 15 fev. 2013.
Para ilustrar o modo de jogar as cinco marias, apresentamos a imagem da 
obra de Ivan Cruz. 
96
 Práticas de Ensino para a Deficiência Intelectual: Educação Física, Arte e Ludicidade
CINCO-MARIAS 
Autor: FernanddaIrala Gomes 
Eu brincava de cinco-marias 
E eu tinha quase cinco anos... 
E com todos os meus dedinhos 
Todas elas me fugiam 
Como cinco estrelinhas 
Riscando as linhas 
Da minha mãozinha. 
CINCO MARIAS
Autor: Wilson Paim
Eu dou de rédeas a minha infância
As cores vivas dessa aquarela
Cinco Marias, o pé de angico,
A pipa d’água e o nome dela.
Cinco Marias, o pé de angico,
A pipa d’água e o nome dela.
Ainda guardo presas à memória
Figura 34 - Cinco Marias
Fonte: Disponível em: <www.brincadeirasdecrianca.com.br >. Acesso em: 15 fev.2013
É possível envolver várias áreas através de apenas uma brincadeira, por 
exemplo:
• trabalhando com texto relacionado à origem e regras da brincadeira ou 
jogo;
cantigas e músicas;
• obras de arte como representação simbólica e cultural;
• atividade recreativa; 
Vamos conhecer o Poema e a Música “Cinco Marias”?
97
InterdIscIplInarIdade: Quando a educação FísIca, a arte e o lúdIco 
se encontram - prátIcas InclusIvas para o desenvolvImento FísIco, 
Intelectual e cultural dos alunos com deFIcIêncIa Intelectual
 Capítulo 4 
 
Minha madrinha dizia 
Que cada pedrinha 
Era uma Maria: 
Uma Maria de amor 
Pra sempre... 
Uma Maria de dor 
Pra passar... 
Uma Maria de sonhos 
Pra realizar... 
Uma Maria de entregas 
Pra guardar!! 
 
Mas pra quem? 
Coisas que eu não entendia, 
Mas ela era assim, 
Com suas mãos de carinhos, 
E eu... era só duas mãozinhas. 
 
E a última Maria? 
Ah!! Essa era do que eu queria... 
Fechava bem forte minha mãozinha 
Como se meu mundo 
Estivesse contido nela,Porque “ela” era a 
minha Maria!!
 
Eu brincava de cinco-marias 
E eu tinha quase cinco anos... 
 
Um dia meus dedinhos se fecharam 
E eu peguei todas elas... 
E como numa explosão 
Eu tinha uma mão cheia! 
 
E com todos os meus dedinhos, 
Se fizesse muita força, 
Tocava nas nuvens, 
Fofinhas e doces 
Como doces de algodão. 
 
Quando ia dormir 
Todos eles se juntavam 
E aos poucos se transformavam 
Em travesseiros de penas, 
Cinco pedrinhas que juntei um dia
Do leito da sanga, ao redor das casas
Para que povoassem minha fantasia
Do leito da sanga, ao redor das casas
Para que povoassem minha fantasia
Os dedos curvados sobre a terra nua
A sombra mansa lá do arvoredo
Eu contemplava seu olhar arisco
Entregue a ternura do jogo brinquedo
(Refrão)
Por que é que o tempo não parou no tempo,
Para um novo alento as nossas próprias 
vidas?
Porque a mão maléva do destino
Se estende sempre para a despedida
Duas Marias pelos olhos dela
Trago ainda vivas em meu pensamento,
Mas hoje perdidas no frio das lonjuras
Como as três que bailam lá no firmamento
Olhando estrelas pelo céu da pampa
A infância volta a cruzar cancelas
São Três Marias lá no universo
As outras duas são os olhos dela
São Três Marias lá no universo
As outras duas são os olhos dela
Fonte: Disponível em: <http://letras.
mus.br/wilson-paim/1683004/>. 
Acesso em: 15 fev. 2013.
Figura 35 - Cinco Marias
Fonte: Disponível em: <www. 
klickeducacao.com.br>. 
Acesso em: 15 fev.2013
98
 Práticas de Ensino para a Deficiência Intelectual: Educação Física, Arte e Ludicidade
Cobertos com um manto azul, 
Igual ao da mãezinha do céu 
Pra quem eu rezava! 
 
Passaram-se muitos anos 
E já me perco nos dedos 
Pra contar o tempo... 
E já não tenho a madrinha 
Pra me estender a mão! 
 
Na verdade nunca entendi 
As cinco-marias, 
Mas entendi meus cinco anos 
E todos os outros que vieram. 
 
E por duas vezes eu vi 
Duas mãozinhas... 
Cada duas na sua vez, 
Fofinhas e doces... 
Tão diferentes 
Como eram os meus dedinhos, 
Mas iguais nas minhas entregas! 
É... agora eu entendi 
A quarta Maria!Talvez ela sorria onde estiver, 
A minha madrinha... 
Porque sempre soube 
Que eu passaria 
Pras minhas novas mãozinhas 
O segredo guardado na minha mão cheia 
Das cinco-marias: 
 
Uma pra o amor! 
Outra pra dor! 
Aquela dos sonhos! 
A da qual se semeia a entrega! 
E a última Maria? 
Ah!!!! 
A última é pra o que elas quiserem!!!!
Fonte: Disponível em: <http://www.
galpaodapoesia.13rt.com.br/poemas/cinco-
marias.html>. Acesso em: 15 fev. 2013.
Figura 36 - Cinco Marias
Fonte: Disponível em: <www.criancas.
hws.uol.com.br>. Acesso em: 
15 fev. 2013.
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InterdIscIplInarIdade: Quando a educação FísIca, a arte e o lúdIco 
se encontram - prátIcas InclusIvas para o desenvolvImento FísIco, 
Intelectual e cultural dos alunos com deFIcIêncIa Intelectual
 Capítulo 4 
É importante atenção 
para a faixa etária das 
crianças e a fase de 
desenvolvimento na 
qual se encontram 
a fim de superar as 
dificuldades e propor 
novos desafios de 
forma consciente, 
educativa e lúdica.
Assim como a brincadeira das Cinco Marias, várias outras brincadeiras 
possibilitam o diálogo entre as mais variadas áreas do conhecimento. É 
importante atenção para a faixa etária das crianças e a fase de desenvolvimento 
na qual se encontram a fim de superar as dificuldades e propor novos desafios 
de forma consciente, educativa e lúdica.
A seguir apresentaremos mais algumas brincadeiras, a fim de contribuir 
com a ampliação do seu repertório artístico e cultural.
AMARELINHA
Essencialmente feminino nas suas origens, a amarelinha 
marcou a infância de gerações de mulheres. Reconhecida como 
ferramenta útil ao aprendizado, essa limitação foi quebrada e, ao 
menos nas escolas, todas as crianças menores jogam.
O nome da brincadeira na verdade não tem nada a ver 
com a cor. A palavra veio do francês, “marelle”, que aos ouvidos 
portugueses soava como diminutivo de amarelo, amarelinha. A 
palavra original se referia a um pedaço de madeira, ficha de jogo 
ou pedrinha. Esses objetos eram usados no jogo para marcar o 
progresso do jogador.
Essa é só uma das denominações dadas à brincadeira. Em 
Portugal, por exemplo, a brincadeira é conhecida como Jogo da 
Macaca. Já em Angola é Avião ou Neca. No Brasil, conforme a 
região ganha nomes tão variados como, Pular Macaco (Nordeste), 
Academia (Rio de Janeiro), Casa da Boneca (Ceará), Sapata (Rio 
Grande do Sul) ou Maré (Minas Gerais); mas é como amarelinha 
mesmo que ela ficou mais conhecida.
Fonte: Disponível em: <www.livresportes.com.br>. Acesso em: 15 fev. 2013.
Uma dica é você partir da realidade das crianças, explorando o 
conhecimento que seus alunos trazem sobre esta brincadeira para 
a sala de aula. Relacione a história da brincadeira com as obras 
de alguns artistas e se possível apresente o máximo de produções 
diferenciadas para os seus alunos. Explore a pintura, a escultura, a 
música, a poesia...
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 Práticas de Ensino para a Deficiência Intelectual: Educação Física, Arte e Ludicidade
Veja a seguir o poema sobre a amarelinha, as obras e a música que 
trouxemos para ampliar seu conhecimento sobre este assunto.
Poema
AMARELINHA
Autor: Marcelo Henrique Zacarelli
Risco de tijolo no asfalto quente 
Lembro tua mão um retângulo desenhar 
Sentada na calçada por vez impaciente 
A espera de um carro depressa a passar; 
 
Arquiteta de um desejo de infância 
Engenheira na vontade de brincar 
Outrora a lembrança quando criança 
Tão jovem no peito teima a visitar; 
 
A casca de banana sobre as mãos 
Espera dentre o número acertar 
A certeza quando erra de que não 
Outra chance se a parceira vir errar; 
 
O pó do tijolo logo enfraquece 
Na amarelinha do pula saci 
Contorna o retângulo que jamais esquece 
E acaba teu sonho com a chuva a cair ; 
 
Despede do asfalto o sonho de menina 
Das mãos pequenina o tijolo a quebrar 
Dos pés à vontade de pular amarelinha 
Que a chuva invejosa se apressa em 
apagar.
 
 
Fonte: Disponível em: <www.lusopoemas.
net>. Acesso em: 15 fev. 2013.
Música
AMARELINHA
Autores: Fred Pereira e Zé Henrique
Preste atenção que agora vou ensinar 
A pular amarelinha e você vai gostar 
Já começa a brincadeira desenhando no chão 
Oito casas bem maneiras siga a numeração 
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 
Chame a prima, chame o irmão, bate na porta da 
vizinha 
Chame todo mundo pra brincar de amarelinha 
E agora uma pedrinha você tem que arranjar 
Pra jogar em cada casa, boa sorte vamos lá 
Vai e volta até o começo, siga tudo que eu disser 
Não pode pisar na casa que a pedrinha estiver 
Até chegar ao céu 
Vai pulando num pé só 
Nesse jogo de equilíbrio 
Quero ver quem é melhor 
Amarelinha 
É uma brincadeira fácil pra dedéu 
Amarelinha 
Pulando, pulando até chegar ao céu 
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8
Fonte: Disponível em: <www.sombom.
com.br>. Acesso em: 15 fev. 2013.
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se encontram - prátIcas InclusIvas para o desenvolvImento FísIco, 
Intelectual e cultural dos alunos com deFIcIêncIa Intelectual
 Capítulo 4 
Figura 37 - Amarelinha 
Roseana Murray
Fonte: Disponível em: <http://
ajornadadaalma-estudosjunguianos.
blogspot.com.br/2011/12/
poesia-e-brincadeiras.html>. 
Acesso em: 16 fev. 2013.
Figura 38 - Amarelinha de Sandra Guinle
Fonte: Disponível em: <www.sandraguinle.
com.br >. Acesso em: 16 fev. 2013.
Figura 39 - Amarelinha de – Ivan Cruz
Fonte: Disponível em: <www.
brincadeirasdecriança.com.br>. 
Acesso em: 16 fev. 2013.
Figura 40 - Amarelinha de – Ivan Cruz
Fonte: Disponível em: <www.
brincadeirasdecriança.com.br>. 
Acesso em: 16 fev. 2013.
Essas obras que abordam a temática do jogo “amarelinha” podem 
ser trabalhadas de forma em que o aluno entre em contato com diferentes 
culturas, contextos e linguagem da Arte. Segundo Silveira (2010), além de 
uma maneira de resgatar este jogo popular, estas obras nos permitem criar 
momentos de fazer artístico com as crianças.
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 Práticas de Ensino para a Deficiência Intelectual: Educação Física, Arte e Ludicidade
Podemos citar:
• Ressignificação da obra: a criança produz uma representação pessoal da 
obra, ressignificando-a.
Figura 41 - Meninos pulando 
carniça – Portinari
Fonte: Disponível em: <www.portinari.
org.br>. Acesso em: 16 fev. 2013.
Figura 42 - Ressignificação 1
Fonte: Disponível em: <http://izoletemuller.
blogspot.com.br/2010/06/71-faz-releitura-de-
candido-portinari.html>. Acesso em: 16 fev. 2013.
Figura 43 - Meninos na gangorra – Portinari
Fonte: Disponível em: <www.portinari.
org.br>. Acesso em: 16 fev. 2013.
Figura 44 - Ressignificação 2
Fonte: Disponível em: <http://
professoramarciadiemer.blogspot.com.
br>. Acesso em: 16 fev. 2013.
Intervenção com fragmento da obra do artista: a criança cria um novo 
contexto, partindo de um fragmento da obra de arte. Esta proposta pode ser 
realizada com imagens dos livros de literatura, principalmente com imagens de 
livro-imagem. 
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se encontram - prátIcas InclusIvas para o desenvolvImento FísIco, 
Intelectual e cultural dos alunos com deFIcIêncIa Intelectual
 Capítulo 4 
Figura 45 - Operários – Tarsila
Fonte: Disponível em: <www.
tarsiladoamaral.com.br>. 
Acesso em: 16 fev. 2013.
Figura 46 - Intervenção 1
Fonte: Disponível em: <http://
www.arteduca.unb.br>. 
Acesso em: 16 fev. 2013.
Quadro vivo: as crianças se colocam no lugar dos personagens da obra. 
O professor registra através da fotografia a propicia a criança a comparação 
entre as obras e uma leitura diferenciada.
Esta atividade pode ser realizada no momento da brincadeira.
Figura 47 - Retirantes
Fonte: Disponível em: <www.portinari.
org.br>. Acesso em: 16 fev. 2013.
Figura 48 - Quadro vivo
Fonte: Disponível em: <www.
portaldoprofessor.mec.gov.br>. 
Acesso em: 16 fev. 2013.
Intertexto: a criança procura imagens que se assemelham ou fazem 
relação direta a obra.
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 Práticas de Ensino para a Deficiência Intelectual: EducaçãoFísica, Arte e Ludicidade
Figura 49 - Intertexto
Fonte: Disponível em: <http://
www.sensacionalista.com.br>. 
Acesso em: 16 fev. 2013.
Figura 50 - Monalisa
Fonte: Disponível em: <www.
historiadaarte.com.br>. 
Acesso em: 16 fev. 2013.
Todas essas proposições artísticas podem ser exploradas com as mais 
variadas imagens, obras de arte, ilustrações de literatura infantil, propaganda, 
fotos, enfim, trabalhar com arte também é ampliar a criatividade!
Agora que você já recebeu várias informações sobre o resgate dos 
brinquedos e brincadeiras tradicionais por meio da Arte, da Educação Física 
e da Ludicidade, chegou o momento de colocar seu aprendizado em prática, 
planejando, discutindo e refletindo sobre estas possibilidades que lhe foram 
apresentadas. Assim, como última atividade de estudos, propomos que você 
faça o mesmo exercício que apresentamos com a amarelinha e com as 
cinco marias, planejando uma proposta com uma das brincadeiras que você 
costumava brincar na infância!
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se encontram - prátIcas InclusIvas para o desenvolvImento FísIco, 
Intelectual e cultural dos alunos com deFIcIêncIa Intelectual
 Capítulo 4 
Atividade de Estudos: 
1) Vamos lá! Planeje um momento lúdico para a inclusão do aluno 
deficiente intelectual, envolvendo a Arte e a Educação Física 
resgatando um pouco da sua própria história!
 Bons Estudos.
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consIderações
Este capítulo abordou a importância do trabalho com a Arte, a Educação 
e a Ludicidade de forma interdisciplinar com todos os alunos através de jogos 
e brincadeiras.
Focamos novamente a diversidade e as diferentes proposições e 
possibilidades de trabalho com essas áreas, ressaltando a disponibilidade 
dos espaços, bem como o planejamento do professor para explorar e adaptar 
esses espaços para a inclusão do aluno deficiente intelectual.
Abordamos as possibilidades de trabalhar com diferentes linguagens 
a partir de brincadeiras tradicionais, envolvendo linguagens da arte como 
a poesia, pinturas, esculturas e a música, como também o contexto das 
brincadeiras e as habilidades propiciadas pelo brincar na Educação Física.
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 Práticas de Ensino para a Deficiência Intelectual: Educação Física, Arte e Ludicidade
Citamos algumas brincadeiras e suas possibilidades de diálogo entre as 
áreas estudadas e também métodos para trabalhar o fazer artístico como a 
ressignificação, a intervenção, o quadro vivo e o intertexto. 
Atentamos para a importância das habilidades desenvolvidas através dos 
jogos e das brincadeiras como lateralidade, noção espacial, concentração, 
equilíbrio, ritmo, segurança, atenção, coordenação motora, confiança, 
afetividade, linguagem e interação, habilidades que devem ser estimuladas 
com todas as crianças, respeitando a diversidade e contexto de cada um.
reFerêncIa
BRASIL. MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais – Educação Física 
Brasília: MEC/SEF, 1997.
HAMZE, Amélia. Postura interdisciplinar no ofício de professor. 
Disponível em: <http://educador.brasilescola.com/gestao-educacional/postura-
interdisciplinar-no-oficio-professor.htm>. Acesso em: 02 fev. 2012.
MIGUEL, Marelenquelem. O lúdico e o imaginário no desenvolvimento infantil. 
In PILLOTTO, Silvia SellDuarte . (org.) Linguagens da arte na infância. 
Joinville: Ed. da Univille, 2007. - 202 p. :il.
SILVEIRA, Tatiana dos Santos da. Metodologia do Ensino da Arte. Indaial, 
Grupo UNIASSELVI, 2010.

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