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RESUMO TEORIAS E SISTEMAS II - Jung, Rogers e Maslow

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Carl Jung
HISTÓRIA PESSOAL
Já na infância Jung foi afetado de maneira profunda por questões religiosas e espirituais.
	Entre 3 e 4 anos, sonhou com uma imagem fálica aterrorizante, em cima de um trono, num quarto subterrâneo. O sonho assediou Jung durante anos. Só muito tempo mais tarde ele descobriu que a imagem era um falso ritual; representava um “Deus subterrâneo”, mais amedrontador, porém mais real e poderoso para Jung que Jesus e a Igreja.
	A segunda experiência ocorreu quando Jung tinha 12 anos. Ele saiu da escola, ao meio-dia, e viu o sol cintilando no telhado da catedral. Refletiu sobre a beleza do mundo, o esplendor da igreja e a majestade de Deus sentado, no alto do firmamento, num trono de ouro. Jung ficou então, de súbito, aterrorizado com a direção de seus pensamentos e recusou-se a continuar a pensar nesta linha, que ele sentia como altamente sacrílega. Tentou, por vários dias, suprimir o pensamento proibido. Afinal Jung permitiu a si mesmo completá-lo: ele viu a bonita catedral e Deus sentado em seu trono, lá no alto, sobre o mundo, e por baixo do trono saiu um enorme excremento que caiu sobre o teto da catedral, despedaçou-a e quebrou suas paredes.
	Interpretou sua experiência como uma prova enviada por Deus para mostrar-lhe que cumprir o Seu desejo pode fazer com que a pessoa vá contra a igreja e contra as mais sagradas tradições.
	A despeito das fortes críticas apontadas a Freud nos meios científicos acadêmicos, Jung estava convencido do valor do trabalho de Freud. Em seu primeiro encontro, os dois homens conversaram virtuamente, sem pausa, durante treze horas. Passou a haver troca de correspondência semanal depois disso e Freud chegou a considerar Jung seu sucessor lógico.
	Jung nunca foi capaz de aceitar a insistência de Freud de que as causas da repressão eram sempre traumas sexuais. Este último, por sua vez, ficava sempre apreensivo com o interesse de Jung pelos fenômenos mitológicos. espirituais e ocultos. Os dois homens tiveram um rompimento definitivo em 1912, quando Jung publicou Symbols of Transformation, que incluía uma análise da libido como uma energia psíquica generalizada, assim como outras ideias que diferiam das de Freud. Este rompimento foi doloroso para Jung mas ele havia decidido permanecer fiel às suas próprias convicções.
ANTECEDENTES INTELECTUAIS
Freud
	A Interpretação de Sonhos, de Freud, inspirou Jung a procurar seu próprio enfoque para o sonho e análise de símbolos. As teorias de Freud sobre os processos inconscientes também deram a Jung o primeiro vislumbre das possibilidades de analisar sistematicamente a dinâmica do funcionamento mental.
	Jung escreveu que “a maior realização de Freud, sem dúvida, consistiu em levar a sério os seus pacientes neuróticos, penetrando em sua peculiar psicologia individual. Ele teve a coragem de dar a palavra à casuística, penetrando, dessa forma, na psicologia individual do doente... 	Reconhecendo o sonho como as mais importantes informações sobre os processos do inconsciente, arrancou do passado e do esquecimento um valor que parecia irremediavelmente perdido” (Jung, 1961, p. 151 na ed. bras.).
	O inconsciente pessoal é composto de memórias esquecidas, experiências reprimidas e percepções subliminares. Jung formulou também o conceito de inconsciente coletivo, também conhecido como impessoal ou transpessoal. Seus conteúdos são universais e não-estabelecidos em nossa experiência pessoal. Este conceito constitui, talvez, a maior divergência em relação a Freud e, ao mesmo tempo, sua maior contribuição à Psicologia.
Alquimia
	Analisou os tratados alquímicos como representações da mudança interna e da purificação, dissimuladas em metamorfoses químicas e mágicas. A transformação de metais básicos em ouro, por exemplo, pode ser vista como uma metáfora para a mudança da personalidade e consciência no processo de individuação.
CONCEITOS PRINCIPAIS
As Atitudes: Introversão e Extroversão
	Jung descobriu que cada indivíduo pode ser caracterizado como sendo primeiramente orientado ou para seu interior ou para o exterior. A energia dos introvertidos segue de forma mais natural em direção a seu mundo interno, enquanto a energia do extrovertido é mais focalizada no mundo externo. Ninguém é puramente introvertido ou extrovertido. Entretanto, indivíduo tende a favorecer uma ou outra atitude e opera principalmente em termos desta atitude. Algumas vezes a introversão é mais apropriada, em outras ocasiões é a extroversão. As duas são mutuamente exclusivas; não se pode manter ambas versões a introversão e a extroversão, ao mesmo tempo. Nenhuma das duas é melhor do que a outra. O ideal é ser flexível e capaz de adotar qualquer uma delas quando for apropriado—operar em termos de um equilíbrio entre as duas e não desenvolver uma maneira fixa de responder ao mundo.
As Funções: Pensamento, Sentimento, Sensação, Intuição
	Jung via o pensamento e o sentimento como maneiras alternativas de elaborar julgamentos e tomar decisões. O pensamento está relacionado com a verdade, com julgamentos derivados de critérios impessoais, lógicos e objetivos. A consistência e princípios abstratos são altamente valorizados. Sentir é tomar decisões de acordo com julgamentos de valores próprios, por exemplo, bom ou mau, certo ou errado, agradável ou desagradável. Eles preferem emoções fortes e intensas ainda que negativas, a experiências “mornas” . 
	Jung classifica a sensação e a intuição, juntas, como as formas de apreender informações, ao contrário das formas de tomar decisões. A sensação refere-se a um enfoque na experiência direta, na percepção de detalhes, de fatos concretos—o que uma pessoa pode ver, tocar, cheirar. A intuição é uma forma de processar informações em termos de experiência passada, objetivos futuros e processos inconscientes. As implicações da experiência (o que poderia acontecer, o que é possível) são mais importantes para os intuitivos do que a experiência real por si mesma. 
	Para o indivíduo, uma combinação das quatro funções resulta numa abordagem equilibrada do mundo. Nosso tipo funcional indica nossas forças e fraquezas relativas e o estilo de atividade que tendemos a preferir. A tipologia de Jung é especialmente útil no relacionamento com os outros, ajudando-nos a compreender os relacionamentos sociais; ela descreve como as pessoas percebem de maneiras alternadas e usam critérios diferentes ao agir e ao fazer julgamentos.
	Jung chamou a função menos desenvolvida em cada indivíduo de “função inferior”. Esta função é a menos consciente e a mais primitiva e indiferenciada.
Inconsciente Coletivo
Jung escreve que nós nascemos com uma herança psicológica, que se soma à herança biológica.
O inconsciente coletivo inclui materiais psíquicos que não provêm da experiência pessoal.
	Jung postula que a mente da criança já possui uma estrutura que molda e canaliza todo posterior desenvolvimento e interação com o ambiente.
O inconsciente coletivo . . . é constituído, numa proporção mínima, por conteúdos formados de maneira pessoal; não são aquisições individuais, são essencialmente os mesmos em qualquer lugar e não variam de homem para homem. Este inconsciente é como o ar, que é o mesmo em todo lugar, é respirado por todo o mundo e não pertence a ninguém. Seus conteúdos (chamados arquétipos) são condições ou modelos prévios da formação psíquica cm geral (Jung, 1973, p.408).
Arquétipo
	Dentro do inconsciente coletivo há “estruturas” psíquicas ou arquétipos. Tais arquétipos são formas sem conteúdo próprio que servem para organizar ou canalizar o material psicológico. Jung também chama os arquétipos de imagens primordiais, porque eles correspondem frequentemente a temas mitológicos que reaparecem em contos e lendas populares de épocas e culturas diferentes.
	De acordo com Jung, os arquétipos, como elementos estruturais formadores que se firmam no inconsciente, dão origem tanto às fantasias individuais quanto às mitologias de um povo.
	O arquétipo é uma tendência a formar tais representações de um motivo-representações que podem variar muito em detalhes, semperder sua configuração original.
“os conteúdos de um arquétipo podem ser integrados a consciência, mas eles próprios não têm esta capacidade. Portanto, os arquétipos não podem ser destruídos através da integração ou da recusa em -- a entrada de seus conteúdos na consciência. Eles permanecem uma -- à canalização das energias psíquicas durante a vida inteira e precisam ser intensamente trabalhados” (Jung, 1951, p. 20).
	Cada uma das principais estruturas da personalidade são arquétipos, o ego, a persona, a sombra, a anima (nos homens), o animus (nas mulheres) e o self.
Símbolos
De acordo com Jung, o inconsciente se expressa primariamente através de símbolos.
	Quanto mais um símbolo harmonizar-se com o material inconsciente organizado ao redor de um arquétipo, mais ele evocará uma resposta intensa, emocionalmente --. Jung está interessado nos símbolos “naturais” que são produções espontâneas psique individual.
	Imagens e termos simbólicos via de regra representam conceitos que nós não podemos definir com clareza ou compreender plenamente. uma palavra ou uma imagem é simbólica quando implica alguma coisa além de seu significado manifesto e imediato.
Sonhos
Os sonhos são pontes importantes entre processos conscientes e inconscientes.
	Para Jung, os sonhos desempenham, na psique, um importante papel complementar (ou compensatório). Ajudam a equilibrar as influências dispersadoras e imensamente variadas a que estamos expostos em nossa vida consciente; tais influências tendem a moldar nosso pensamento de diversas maneiras que são com frequência inadequadas à nossa personalidade e individualidade.
	Jung abordou os sonhos como realidades vivas que precisam ser experimentadas e observadas com cuidado para serem compreendidas. Com relação à análise dos sonhos, Jung distanciou-se gradualmente da confiança psicanalítica na livre associação. “A livre associação vai trazer à tona todos os meus complexos, mas dificilmente o significado de um sonho. Para entender o significado do sonho, precisamos nos agarrar tanto quanto possível às suas imagens”
	Pelo fato de o sonho lidar com símbolos que têm mais de um significado, não pode haver um sistema simples ou mecânico para sua interpretação. Qualquer tentativa de análise de um sonho precisa levar em conta as atitudes, a experiência e a formação (background) do sonhador. O caráter das interpretações do analista é apenas experimental, até que elas sejam aceitas e sentidas como válidas pelo analisando. 
	Encará-los não como eventos isolados, mas como comunicações dos contínuos processos inconscientes.
O Ego
	O ego é o centro da consciência e um dos maiores arquétipos da personalidade. Ele fornece um sentido de consistência e direção em nossas vidas conscientes. Ele tende a contrapor-se a qualquer coisa que possa ameaçar esta frágil consistência da consciência e tenta convencer-nos de que sempre devemos planejar e analisar conscientemente nossa experiência.
	De acordo com Jung, a princípio a psique é apenas o inconsciente. O ego emerge dele e reúne numerosas experiências e memórias, desenvolvendo a divisão entre o inconsciente e o consciente. Não há elementos inconscientes no ego, só conteúdos conscientes derivados da experiência pessoal.
A Persona
	Nossa persona é a forma pela qual nos apresentamos ao mundo. É o caráter que assumimos; através dela nós nos relacionamos com os outros. A persona inclui nossos papéis sociais, o tipo de roupa que escolhemos para usar o nosso estilo de expressão pessoal.
	A persona tem aspectos tanto positivos quanto negativos. Uma persona dominante pode abafar o indivíduo e aqueles que se identificam com sua persona tendem a se ver apenas nos termos superficiais de seus papéis sociais de sua fachada. Jung chamou também a persona de “arquétipo da conformidade. Entretanto, a persona não é totalmente negativa. A persona é também um instrumento precioso para a comunicação.
A Sombra
	A Sombra é o centro do inconsciente pessoal, o núcleo do material que foi reprimido da consciência. A Sombra inclui aquelas tendências; desejos, memórias experiências que são rejeitadas pelo indivíduo como incompatíveis com a persona e contrárias aos padrões e ideais sociais. Quanto mais forte for nossa persona, e quanto mais nos identificarmos com ela, mais repudiaremos outras partes de nós mesmos. A Sombra representa aquilo que considerámos inferior em nossa personalidade e também aquilo que negligenciamos e nunca desenvolvemos em nós mesmos. Em sonhos, a Sombra frequentemente aparece como um animal, um anão, um vagabundo ou qualquer "outra figura de categoria mais baixa.
	A Sombra é mais perigosa quando não é reconhecida. Neste caso, o indivíduo tende a projetar suas qualidades indesejáveis nos outros ou a deixar-se dominar pela sombra sem o perceber. Quanto mais o material da sombra tornar-se consciente, menos ele pode dominar.
	A sombra não é apenas uma força negativa na psique. Ela é um depósito de considerável energia instintiva, espontaneidade e vitalidade, e é a fonte principal de nossa criatividade. Assim como todos os arquétipos, a sombra origina-se no inconsciente coletivo e pode permitir acesso individual a grande parte do valioso material inconsciente que é rejeitado pelo ego e pela persona.
Anima ou Animus
 	Jung postulou uma estrutura insciente que representa a parte sexual oposta de cada indivíduo; ele denomina tal estrutura de anima no homem e animus na mulher. Essa estrutura funciona como um ponto de convergência para todo o material psíquico que não se adapta a autoimagem consciente de um indivíduo como homem ou mulher.
Self
	Jung chamou o self de arquétipo central, arquétipo da ordem e totalidade da personalidade. Segundo Jung, “consciente e inconsciente não estão necessariamente em oposição um ao outro, mas complementam-se mutuamente para formar uma totalidade: o self.
	O self é um fator interno de orientação, muito diferente e até mesmo estranho ao ego e à consciência. “O self não é apenas o centro, mas também toda a circunferência que abarca tanto o consciente quanto o inconsciente é o centro desta totalidade, assim como o ego é o centro da consciência.
	O desenvolvimento do self não significa que o ego seja dissolvido. Este último continua sendo o centro da consciência, mas agora ele é vinculado ao self como consequência de um longo e árduo processo de compreensão e aceitação de nossos processos inconscientes.
DINÂMICA
Crescimento Psicológico
	Todo indivíduo possui uma tendência para a individuação ou autodesenvolvimento. “Individuação significa tomar-se um ser único e homogêneo, na medida em que por ‘individualidade’ entendemos nossa singularidade mais íntima, última e incompatível, significando também que formamos o nosso próprio si mesmo.
	Individuação é um processo de desenvolvimento da totalidade e, portanto, de movimento em direção a uma maior liberdade. Isto inclui o desenvolvimento do eixo ego-self, além da integração de várias partes da psique: ego, persona, sombra, anima ou animus e outros arquétipos inconscientes.
· O primeiro passo no processo de individuação é o desnudamento da persona. Embora esta tenha funções protetoras importantes, ela é também uma máscara que esconde o self e o inconsciente.
· O próximo passo é o confronto com a sombra. Na medida em que nós aceitamos a realidade da sombra e dela nos distinguimos podemos ficar livres de sua influência. Além disso, nós nos tomamos capazes de assimilar o valioso material do inconsciente pessoal que é organizado ao redor da sombra.
· O terceiro passo é o confronto com a anima ou animus. Este arquétipo deve ser encarado como uma pessoa real, uma entidade com quem se pode comunicar e de quem se pode aprender.
· O estágio final do processo de individuação é o desenvolvimento do self. “O si mesmo é nossa meta de vida pois é a mais completa expressão daquela combinação do destino a que nós damos o nome de indivíduo” (Jung, 1928b, p. 14 na ed. bras.). O self toma-se o novo ponto central da psique. Traz unidade à psique e integra o material consciente e o inconsciente. O ego é aindao centro da consciência, mas não é mais visto como o núcleo de toda a personalidade.
Obstáculos ao Crescimento
	A individuação nem sempre é uma tarefa fácil e agradável, e o indivíduo precisa ser relativamente saudável em termos psicológicos para começar o processo. O ego precisa ser forte o suficiente para suportar mudanças tremendas, para ser virado pelo avesso no processo de individuação.
	Cada estágio, no processo de individuação, é acompanhado de dificuldades. Primeiramente, há o perigo da identificação com a persona. tentar tomar-se “perfeitos” demais, incapazes de aceitar seus erros ou fraquezas, ou quaisquer desvios de seu autoconceito idealizado. Aqueles que se identificam totalmente com a persona tenderão a reprimir todas as tendências que não se ajustam, e a projetá-las nos outros, atribuindo a eles a tarefa de representar aspectos de sua identidade negativa reprimida.
	As pessoas que estão inconscientes de suas sombras, facilmente podem interiorizar impulsos prejudiciais sem nunca os reconhecer como errados. Quando a pessoa não chegou a tomar conhecimento da presença de tais impulsos nela mesma, os impulsos iniciais para o mal ou para a ação errada são com frequência justificados de imediato por racionalizações. Ignorar a sombra pode resultar também numa atitude por demais moralista e na projeção da sombra em outros.
	O confronto com a anima ou o animus traz, em si, todo o problema do relacionamento com o inconsciente e com a psique coletiva. A anima pode acarretar súbitas mudanças emocionais ou instabilidade de humor num homem. Nas mulheres, o animus frequentemente se manifesta sob a forma de opiniões irracionais, mantidas de forma rígida.
	Quando o indivíduo é exposto ao material coletivo, há o perigo de ser engolido pelo inconsciente. Há a possibilidade da inflação do ego, na qual o indivíduo reivindica para si todas as virtudes da psique coletiva. A outra reação é a de impotência do ego; a pessoa sente que não tem controle sobre a psique coletiva e adquire uma consciência aguda de aspectos inaceitáveis do inconsciente—irracionalidade, impulsos negativos e assim por diante.
ESTRUTURA
Corpo
	Argumentou que processos físicos são relevantes para nós apenas na medida em que eles são representados na psique.
Relacionamento Social
	A interação social é importante na formação das principais estruturas da personalidade. Os conteúdos das experiências sociais ajudam a determinar imagens e símbolos específicos associadas a cada estrutura; ao mesmo tempo, estas estruturas arquetípicas básicas moldam e guiam nossos relacionamentos sociais.
Vontade
	Define vontade como a energia que está à disposição da consciência do ego. Seu desenvolvimento está associado com valores culturais aprendidos, padrões morais e correlatos. A vontade tem poder apenas sobre o pensamento a ação conscientes.
Emoções
	A emoção é a principal fonte de consciência. O material psíquico que está diretamente relacionado com os arquétipos tende a despertar intensas emoções e tem, via de regra, uma qualidade espantosa.
Intelecto
	Refere-se a processos de pensamento conscientes e dirigidos, Ele distingue o intelecto da intuição, que recorre intensamente ao material inconsciente. Tem um papel limitado, porém importante, no funcionamento psicológico.
Terapeuta
	Jung delineou dois estágios principais do processo terapêutico, cada qual com duas partes. Em primeiro lugar vem o estágio analítico. Consiste inicialmente em confissão, na qual o indivíduo começa a retomar o material inconsciente. Laços de dependência em relação ao terapeuta tendem a se desenvolver neste estágio. Depois vem a elucidação do material confessional, passagem em que se desenvolve maior familiaridade e compreensão dos processos psíquicos. A pessoa continua dependente do terapeuta. O segundo estágio da terapia é o sintético. Em primeiro lugar vem a educação na qual Jung sublinhou a necessidade de deslocar-se do insight para novas experiências reais que resultem no crescimento individual e na formulação de novos hábitos. A parte final é a transformação. O relacionamento analista-analisando é integrado e a dependência é reduzida, uma vez que o relacionamento se transforma. O indivíduo passa por um processo de “mini- -individuação” embora o material arquetípico não seja necessariamente confrontado. Este estágio é de autoeducação, no qual o indivíduo assume cada vez maior responsabilidade por seu próprio desenvolvimento. 
Carl Rogers
Emoções
O indivíduo saudável toma consciência de suas emoções, sejam ou não expressas. Sentimentos negados à consciência distorcem a percepção de e a reação às experiências que os desencadearam.
Intelecto
Rogers não segrega o intelecto de outras funções; valoriza-o como um tipo de instrumento que pode ser usado de modo efetivo na integração de experiências.
Se o intelecto, como outras funções, ao operar de forma livre, tende a dirigir o organismo à tomada de consciência mais congruente, então forçar o intelecto por vias específicas pode não ser benéfico. O ponto de vista de Rogers é de que as pessoas estão em melhor situação decidindo o que fazer por si mesmas, com o apoio de outros, do que fazendo o que os outros decidem por elas.
Conhecimento
Rogers descreve três maneiras de conhecer, de verificar hipóteses, acessíveis ao indivíduo psicologicamente maduro.
Conhecimento subjetivo: o discernimento entre amar e odiar, entender e apreciar uma pessoa, uma experiência ou um evento. O conhecimento subjetivo aumenta à medida que o contato com nossos processos internos se torna maior.
Conhecimento objetivo: é uma forma de testar hipóteses, especulações e conjecturas em relação a sistemas de referência externos. Em Psicologia, os pontos de referência podem incluir observações do comportamento, resultados de testes, questionários ou o julgamento de outros psicólogos.
Conhecimento interpessoal ou conhecimento fenomenológico: É a prática da compreensão empática: penetrar no mundo subjetivo particular do outro para ver se nossa compreensão da opinião dele é correta-não apenas para ver se é objetivamente correta ou se concorda com o nosso próprio ponto de vista, mas se é correta no sentido de compreender a experiência do outro como ele a experiencia.
Terapia Centrada no Cliente
1. “Esta nova abordagem coloca um peso maior sobre o impulso individual em direção ao crescimento, à saúde e ao ajustamento. [A terapia] é uma questão de libertar [o cliente] para um crescimento e desenvolvimento normais.” 
2. “Esta terapia dá muito mais ênfase ao aspecto afetivo de uma situação do que aos aspectos intelectuais.” 
3. “Esta nova terapia dá muito mais ênfase à situação imediata do que ao passado do indivíduo.” 
4. “Esta abordagem enfatiza o relacionamento terapêutico em si mesmo como uma experiência de crescimento” [p. 12].
Rogers usa a palavra “cliente” ao invés do termo tradicional “paciente”. Um paciente é em geral alguém que está doente, precisa de ajuda e vai ser ajudado por profissionais formados. Um cliente é alguém que deseja um serviço e que pensa não poder realizá-lo sozinho.
O cliente tem a chave de sua recuperação, mas o terapeuta deveria ter determinadas qualidades pessoais que ajudam o cliente a aprender como usar tais chaves. Antes do terapeuta ser qualquer coisa para o cliente, ele deve ser autêntico, genuíno, e não estar desempenhando um papel -especialmente o de um terapeuta quando está com o cliente.
Abraham Maslow
CONCEITOS PRINCIPAIS
Auto-Atualização
Maslow definiu vagamente auto-atualização como “o uso e a exploração plenos de talentos, capacidades, potencialidades etc.” Começou por olhar aqueles que ele acreditava serem altamente auto-atualizados: os que haviam alcançado um nível de funcionamento melhor, mais eficiente e saudável do que o homem ou a mulher comum.
Maslow (1970, pp. 153-172) relaciona as seguintes características de pessoas auto-atualizadoras:
 1. “percepção mais eficiente da realidade e relações mais satisfatórias com ela” 
2. “aceitação (de si, dos outros, da natureza)” 
3. “espontaneidade, simplicidade, naturalidade” 
4.“concentração no problema”, em oposição ao estar centrado no ego 
5. “a qualidade do desprendimento, a necessidade de privacidade” 
6. “autonomia; independência em relação à cultura e ao meio ambiente” 
7. “pureza permanente de apreciação”
 8. “experiências místicas e culminantes” 
9. “gemeinschaftsgeführ” (o sentimento de parentesco com outros) 
10. “relações interpessoais mais profundas e intensas” 
11. “a estrutura de caráter democrático” 
12. “discriminação entre os meios e os fins, entre o bem e o mal” 
13. “Senso de humor filosófico e não hostil” 
14. “Criatividade auto atualizadora” 
15. “Resistência à aculturação: a transcendência de qualquer cultura específica”
HIERARQUIA DAS NECESSIDADES BÁSICAS DE MASLOW
Necessidades fisiológicas (básicas): fome, sede, sexo, excreção, o abrigo;
Necessidades de segurança: que vão da simples necessidade de sentir-se seguro dentro de casa a formas mais elaboradas de segurança como um emprego estável, um plano de saúde ou um seguro de vida.
Necessidades sociais ou de amor, afeto, afeição e sentimentos tais como os de pertencer a um grupo ou fazer parte de um clube.
Necessidade de estima: que passam por duas vertentes, o reconhecimento das nossas capacidades pessoais e o reconhecimento dos outros face à nossa capacidade de adequação às funções que desemprenhamos.
Necessidades de auto realização: em que o indivíduo procura tornar-se aquilo que ele pode ser, o que os humanos podem ser, eles devem ser. Eles devem ser verdadeiros com sua própria natureza.

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