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Tripanossomíase americana ou Doença de Chagas (Trypanosoma cruzi ) * Histórico Carlos Justiniano Ribeiro Chagas (1879 – 1934) foi um biólogo, médico sanitarista, cientista e bacteriologista brasileiro, que trabalhou como clínico e pesquisador. Atuante na saúde pública do Brasil. Oswaldo Cruz Instituto Soroterápico Federal, 1900 Oswaldo Gonçalves Cruz (1872 – 1917) foi um cientista, médico, bacteriologista, epidemiologista e sanitarista brasileiro. Foi pioneiro no estudo das moléstias tropicais e da medicina experimental no Brasil. Hoje: Fundação Oswaldo Cruz * Estrada de Ferro Central do Brasil Uma das principais ferrovias do Brasil, ligando as então províncias do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Bahia. * Carlos Chagas atendendo pacientes (Berenice primeiro caso clinico da doença em humanos) Hospital em Lassance MG * CLASSIFICAÇÃO Filo Sarcomastigophora Subfilo Mastigophora Classe Zoomastigophora Família Trypanosomatidae Gênero Trypanosoma Espécie Trypanosoma cruzi * Formas do parasita Trypanosoma cruzi * Formas do parasita Epimastigota Tripomastigota Metacíclica Amastigota Tripomastigota Sanguínea * INSETO VETOR Inseto de hábito noturno, vive nas frestas das casas de pau-a-pique, ninhos de pássaros, tocas de animais, casca de troncos de árvores e embaixo de pedras.... espécies hematófagas: Reduviidae - Triatominae (barbeiros) Diferente dos pernilongos: todos os estágios e ambos os sexos são hematófagos Vetores de T. cruzi : Hemíptera * Triatoma infestans Panstrongylus megistus Rhodnius prolixus Triatoma dimidiata Triatoma pallidipennis Triatoma sordida Triatoma brasiliensis * A doença de Chagas não se transmite pela picada do barbeiro, e sim quando fezes contaminadas pelo Trypanosoma cruzi penetram no orifício da picada do inseto. Ciclo de vida Ciclo de vida VÍDEO * Transmissão Forma vetorial; Pela ingestão de alimentos contaminados com os parasitas; Da mãe para o filho ou de forma congênita; Transfusões de sangue; Transplante de órgãos; Acidentes laboratoriais. * Transmissão Vetorial * Transmissão Oral - Oral (ingestão de fezes frescas de Triatomineos infectados ou Triatomineos macerados) * repasto sanguíneo 1. Passo: Infecção fezes contaminadas pelo Trypanosoma cruzi * 2. Passo: A invasão de células (inicialmente macrófagos) * 3. Passo: a disseminação no hospedeiro vertebrado Infecção local Nódulos linfáticos Sistema nervoso central Coração Aparelho digestivo * 4. Passo: a contaminação do vetor invertebrado * Varia de acordo com a forma de transmissão. Vetorial: 4 a 15 dias; transfusional: 30 a 40 dias; vertical: pode ocorrer em qualquer período da gestação ou durante o parto; oral: 3 a 22 dias; transmissão acidental: ate aproximadamente 20 dias. PERÍODO DE INCUBAÇÃO PATOGENIA Febre, mal-estar, inflamação e dor nos gânglios, vermelhidão, aumento do fígado e do baço são os principais sintomas. Com frequência, a febre desaparece depois de alguns dias e a pessoa não se dá conta do que lhe aconteceu, embora o parasita já esteja alojado em alguns órgãos. * PATOGENIA: FASE AGUDA - Maior parte assintomática ou inaparente infecção local Sinais de porta de entrada: Chagoma/Sinal de Romaña - infecção disseminada, alvos preferenciais: Células Kupffer, macrófagos do baço e células do miocârdio (sintomas: febre, astenia, cefaléia, mialgia, adenite, morte em 10% dos casos por meningoencefalite ou miocardite aguda) * FASE AGUDA - Sinais de entrada SINAL DE ROMAÑA * SINAL DE ROMAÑA * FASE AGUDA - Sinais de entrada CHAGOMA Após a FASE AGUDA, os sobreviventes passam por um longo período assintomático (10 a 30 anos), fase chamada de forma INDERTERMINADA da doença. Apresentam positividade nos exames sorológicos e/ou parasitológicos; Ausência de sintomas ou sinais da doença. Apesar de assintomáticos, tem sido registrada morte súbita de pacientes com a forma INDERTERMINADA da doença. FASE CRÔNICA Pode haver destruição da musculatura e sua flacidez provoca aumento de órgãos: Coração, Cólon, esôfago Problemas como: Cardite chagásica (aumento do coração), Megacólon (aumento do cólon que pode provocar retenção das fezes), Megaesôfago, cujo principal sintoma é a regurgitação dos alimentos ingeridos. Essas lesões são definitivas, irreversíveis. Infecção crônica com baixas parasitemias Aumento do coração, dilatação dos ventrículos, e/ou miosite no esôfago, côlon ou intestino delgado - destruição dos gânglios é compensado por aumento da massa muscular levando a megaesôfago, megacôlon (sintomas: inabilidade física, disfagia (dificuldade de deglutição), constipação, morte) Pacientes em muitos casos estão incapacitados de exercer atividades profissionais FASE CRÔNICA (sintomas em 30% dos casos, 70% sem sintomas): * Frequência e natureza de patologias observadas em pacientes crônicos da doença de Chagas: As “megas“ * FASE CRÔNICA: Cardiomegalia e Megacôlon * FASE CRÔNICA: Miocardite chagasica * FASE AGUDA Determinada pela presença de parasitos circulantes em exames parasitológicos diretos de sangue periférico (exame a fresco, esfregaço, gota espessa). DIAGNÓSTICO Figura: Formas tripomastigotas do Trypanosoma cruzi no sangue periférico. Esfrecaço sanguíneo corado pelo Giemsa Com sintomas por mais de 30 dias, são recomendados métodos de concentração devido ao declínio da parasitemia. Testes sorológicos mais utilizados são a Imunofluorescência indireta (IFI), Hemaglutinação indireta (HAI) e Enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA). FASE CRÔNICA Individuo que apresenta anticorpos IgG anti-T. cruzi detectados por dois testes sorológicos de princípios distintos, sendo a Imunofluorescência Indireta (IFI), a Hemoaglutinação (HE) e o ELISA os métodos recomendados. DIAGNÓSTICO Por serem de baixa sensibilidade, os métodos parasitológicos são desnecessários para o manejo clínico dos pacientes; no entanto, testes de XENODIAGNÓSTICO, HEMOCULTIVO ou PCR positivos podem indicar a doença crônica. Tratamento Benzonidazol - em uso para tratamento nas fases aguda e crônica 5-6 mg/kg peso corporal (30-60 dias) - eficiência: fase aguda:>90% fase crônica:>60% Desvantagens: - efeitos colaterais - tratamento demorado controle de cura já existem cepas de laboratório que são resistentes contra Benzonidazol (nifurtimox) * EXERCÍCIOS - Doença de Chagas Qual o agente etiológico? Quais os possíveis mecanismos de transmissão da Doença? Quais as principais manifestações clínicas da doença na fase aguda? E na fase Crônica? Qual ação preventiva você indicaria para evitar essa Doença?
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