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História da Psicologia - estudo dirigido I

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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS – CAMPUS UNIMONTE
CURSO DE PSICOLOGIA –TURMA VMB
BIANCA POLICICHIO SILVA – RA 52012311
DYEGO MOREIA SANTOS COSTA – RA 520113407
GIOVANA CATHARINA FLORIDO – RA 52012794
JÉSSICAVICTORIA PIMENTA DA SILVA – RA 520113388
JULIANA DOS SANTOS SOUZA – RA 520114045
ESTUDO DIRIGIDO DE PSICOLOGIA – HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
Santos
2020
História da Psicologia – prof. Ana Melo 
 Estudo dirigido – Parte I
As teorias científicas são constituídas em contextos sociais, políticos e culturais, sendo influenciadas por processos históricos e contribuindo para diferentes modos de se pensar os fenômenos da realidade. Por vezes, a história pessoal do autor também influi de forma determinante sobre sua obra. Considerando os subsídios dos textos indicados e os filmes sugeridos sobre a biografia de Freud e a criação da Psicanálise, desenvolva as seguintes questões.
1) Comente a afirmação: Se fosse preciso concentrar em uma palavra a descoberta freudiana, essa palavra seria incontestavelmente inconsciente. 
2) Descreva quais fatos da vida pessoal de Freud foram determinantes para a criação da Psicanálise e que influencias tiveram sobre sua teoria.
3) Comente sobre os fatos históricos, sociais e culturais que foram relevantes para a criação da Psicanálise.
4) Explique a razão de Freud abandonar rapidamente seu primeiro instrumento de trabalho, a sugestão hipnótica, na eliminação dos sintomas dos distúrbios nervosos.
5) Comente sobre a importância da parceria entre Freud e J. Brauer nas investigações dos sintomas da histeria e o que descobriram.
6) Descreva a primeira teoria de Freud sobre o aparelho psíquico.
7) Descreva como Freud remodela a teoria sobre o aparelho psíquico em sua segunda teoria.
8) Fale sobre o conceito de desenvolvimento psicossexual infantil e sua importância na teoria psicanalítica.
9) Explique o que são e como operam os mecanismos de defesa.
10) Fale sobre a importância da publicação de A interpretação dos Sonhos, em 1900, para o desenvolvimento da Psicanálise.
Respostas:
1. A Psicanálise - descoberta freudiana - foi a escola da psicologia que mais se enveredou por um caminho, até então, desconhecido, é teve como objeto de estudo, inicialmente, pessoas portadoras de perturbações mentais, como por exemplo os histéricos, e para tal estudo, a Psicanálise utilizava, e isso ainda se faz, um método investigativo, por meio da compreensão e escrutínio do inconsciente - que pode ser resumido, de maneira rasa, como o conjunto de conteúdos reprimidos pela consciência -, sendo assim, o estudo do inconsciente de torna a principal ferramenta da Psicanálise.
2. Freud sempre teve interesse em entender sobre a natureza humana e por isso, os 17 anos iniciou os estudos na escola de medicina na Universidade de Viena, lá ele estudou filosofia, fisiologia e zoologia, - disciplinas determinantes para auxilia-lo em sua teoria posteriormente -, se especializou em psiquiatria, trabalhou em um laboratório de fisiologia e deu aulas de neuropatologia. Depois deste período, sua família teve uma crise financeira e por isso ele não pôde se dedicar totalmente a vida acadêmica, tendo que clinicar. Neste momento, Freud passou a ter contato com pacientes com “problemas nervosos”, como a histeria. E começou a trata-los utilizando-se da hipnose, técnica que aprendeu com Charcot, em Paris. Entretanto, depois de algum tempo ele percebeu que os sintomas que anteriormente desapareceram, retornaram, e Freud buscou com Breuer, um novo método. Breuer apresentou-lhe o método Catarse, que consiste na externialização do sofrimento. Pouco depois, Freud conheceu outro método, a associação livre, que se tornou sua principal ferramenta para tratar seus pacientes. Depois de seguidas tentativas frustradas para ganhar reconhecimento, Freud finalmente publica, junto a Breuer, o livro “Estudo sobre a histeria”, onde Freud introduziu o termo “análise psíquica” e no ano seguinte passou a chamar de psicanálise. Após esse período, Freud entra em um momento de intensa introspecção, depois da morte de seu pai, ele começa a intensificou sua auto análise, interpretando também seus sonhos, e publicou uma deusas mais impotentes obras, “A interpretação dos sonhos”, e depois deste feito, Freud ganhou o reconhecimento que tano esperava, e escreveu vários trabalhos importantes que ajudaram a desenvolver sua teoria da psicanálise.
3. No período em que Freud inicia seu atendimento como médico, a sociedade lidava com os problemas psicológicos femininos – histeria, que depois de um tempo passou-se a ser sabido que acometia homens também - a com machismo e misoginia, acreditando que a causa da doença estaria no útero, atendimentos esses, que Freud fazia a contra gosto, pois seu objetivo era na verdade se dedicar à área acadêmica, e seu grande sonho era ter reconhecimento e fama, entretanto, além de problemas financeiros, o nazismo, instaurado com força em toda Europa fez com que seus planos e ambições tomassem outro rumo, Freud era judeu e perdeu 4 de 5 irmãs em campos de concentração. Apesar do triste cenário, Freud escreveu grandes obras, inseridas no contexto do período entreguerras, como o livro “Psicologia das massas e a análise do eu”. O meio religioso no qual cresceu também o trouxe uma visão crítica a cerca da construção das religiões (sobretudo o cristianismo), discorrendo sobre temas como a imagem paterna e os tabus relacionados a sexualidade.
4. Freud observou que depois de tratar seus pacientes com a hipnose, muitos deles retornavam a ter os sintomas, e isso o encorajou a buscar novos métodos.
5. Josef Breuer foi um médico e fisiologista austríaco, além disso, foi um grande parceiro profissional e amigo intimo de Freud, foi através desta parceria que Freud foi apresentado ao método catártico, que consistia na externalização do sofrimento psicológico das pacientes através da fala, reconhecendo uma maior eficácia no tratamento da histeria. Esta nova intervenção clínica levou Freud a descoberta de um método ainda mais eficaz, o da “associação livre”. Este passou a ser o principal método utilizado por Freud com seus pacientes, sendo aderido até os dias atuais. Além disso, depois de estudos e acompanhar alguns casos, como o de Ana O, os dois escreveram juntos o livro “Estudo sobre a histeria”.
6. A primeira tópica de Freud consiste em compor o aparelho psíquico em três divisões: o inconsciente, o pré-consciente e consciente. O consciente representa uma pequena parte da nossa mente, correspondente ao que estamos cientes num dado momento. O pré-consciente, representa aquilo que pode tornar-se consciente com facilidade, como as memórias de fácil acesso. Já o inconsciente, corresponde a maior e mais profunda parte da nossa psique. É no inconsciente onde se mantém presentes nossos instintos, desejos, pulsões e os principais elementos que determinam nossa personalidade. É também no inconsciente onde permanece todo material censurado e reprimido pela nossa consciência.
7. Insatisfeito com o "Modelo Topográfico", porquanto esse não conseguia explicar muitos fenômenos psíquicos, Freud elaborou uma segunda teoria, a segunda tópica. Na segunda tópica, Freud estabeleceu a sua clássica concepção do aparelho psíquico, conhecido como "modelo estrutural" ou "dinâmico", tendo em vista que a palavra "estrutura" significa um conjunto de elementos que têm funções específicas, porém que interagem permanentemente e se influenciam reciprocamente. Essa concepção e consiste em uma divisão da mente em três instâncias psíquicas: o id, o ego e o superego. 
· O ID seria a nossa essência mais profunda e intensa, caótica, desorganizada e sem forma, elaborado por elementos localizados no nosso inconsciente, internalizados ao longo do desenvolvimento do intelecto. É no ID onde se localizam nossos instintos, pulsões e energia.
· Já o Ego, seria uma estrutura psíquica que se desenvolve a partir do ID, tendo como responsabilidade atender e aplacar os desejos do ID, com o intuito de garantir a segurança, a saúde e sanidade do eu. O Ego, através de sua lógica e racionalidade,garante o diálogo entre o mundo interno e o externo, extraindo sua energia do ID.
· O Superego desenvolve-se a partir do Ego, elaborando através de nossas experiências os conceitos de certo e errado, nossas ideias, os códigos de conduta de acordo com o referencial de sociedade e nossas inibições, proibindo ou limitando certos pensamentos e atitudes.
8. Segundo Freud, existem períodos de sexualidade desde o nascimento, entre os quais o bebê ou a criança tem seus próprios estímulos de prazer que se desenvolvem da mais tenra idade até a puberdade. Tais prazeres permanecem intrinsicamente ligados às necessidades vitais mais básicas e primárias, como no caso do bebê, que ao mamar tem sua fome saciada, mas também, um prazer proporcionado pelo contato com o mamilo materno e o fluído do leite morno, que passam a ser buscados também com intuito de prazer em si mesmos. Tais fases organizam-se conforme abaixo:
· Fase oral: tendo como zona erógena a boca e os lábios, e o prazer relacionado ao chupar e posteriormente, o mastigar. Esta fase tem como importância, propiciar a relação entre a mãe e o bebê, tendo como conflito o desmame.
· Fase anal: tendo como zona erógena a região anal. Esta fase permite à criança desenvolver a capacidade de expulsar ou reter as fezes. Entre os conflitos desta fase, está a cedência e a oposição às regras de higiene, o que provoca na criança uma ambivalência de sentimentos.
· Fase fálica: tendo como zona erógena as genitais. Esta fase proporciona uma curiosidade pelas diferenças anatômicas e sexuais entre os sexos. Entre seus conflitos, expressa-se o complexo de Édipo/Electra.
· Fase de latência: nesta fase a energia da libido é canalizada para atividades sociais, onde se iniciam os mecanismos de defesa do ego.
· Fase genital: surgem novas pulsões, tendo como prevalência uma sexualidade genital e a reativação do complexo de Édipo.
9. Os mecanismos de defesa são estratégias que o Ego coloca em ação para evitar entrar em contato com os aspectos reprovados pelo superego e que podem gerar ansiedade. Podemos destacar os mecanismos conforme abaixo: 
· REPRESSÃO: na repressão, o pensamento e o sentimento ou, o desejo inaceitável, são descartados para o inconsciente, o que requer um gasto de energia permanente para manter o indesejável longe da consciência.
· NEGAÇÃO: pode acontecer de duas maneiras: negação da realidade ou de um pensamento ou desejo. Na negação da realidade, a pessoa pode por exemplo negar a morte de um ente querido como forma de se proteger psicologicamente da dor. Na negação de um pensamento ou desejo, a pessoa se recusa a admitir o que sente, uma pessoa pode dizer furiosa que não está com raiva embora a fúria seja evidente, ou até mesmo, negar o desejo de algo que não possa ter ou que seja socialmente reprovável. 
· PROJEÇÃO: atribuir a outra pessoa inclinações, impulsos e desejos reprovados pelo Superego, projetando-os para fora e os enxergando como externos, ainda que os mesmos sejam internos, nossos.
· RACIONALIZAÇÃO: ocorre quando a pessoa consegue reconhecer o ato mas nega a intenção, justificando seu comportamento através de uma necessidade ou situação que torne a atitude aceitável ou inevitável, escapando da desaprovação do Superego. Também ocorre ao reduzirmos o desejo de um objeto pela depreciação do valor do mesmo. 
· FORMAÇÃO REATIVA: ocorre quando uma pessoa tem inclinação para um comportamento que ela considera reprovável, e então adota um comportamento que seria exatamente o oposto daquela inclinação. Geralmente constrói-se uma máscara social para convencer as outras pessoas e também a si mesmo.
· IDENTIFICAÇÃO: acontece quando o indivíduo assimila parcial ou totalmente, um atributo de outro diante de um sentimento de inadequação, internalizando características de alguém que admira. 
· REGRESSÃO: ocorre quando o indivíduo, diante de frustrações retorna a comportamentos primários, como forma de evitar a ansiedade e hostilidades presentes no estágio atual. Como no caso de uma pessoa que recorre a um prato de sorvete após uma discussão, ela está regredindo a sua fase oral do desenvolvimento, onde se sentia mais protegida e feliz.
· DESLOCAMENTO: ocorre quando redirecionamos um impulso agressivo para algo que não seja ameaçador, exemplo: deslocar a raiva que se sente por um chefe para a família, ou para um subalterno. 
· SUBLIMAÇÃO: ocorre ao canalizarmos nossa pulsão para um objeto diferente do original. Neste caso deixamos de enfrentar ou de represar a pulsão e a direcionamos para a realização de algo nobre ou construtivo. Para Freud, a essência da civilização está em sua capacidade de sublimação, ao canalizar nossas pulsões sexuais e destrutivas para a arte, literatura, arquitetura e ciência.
· FIXAÇÃO: consiste numa inércia comportamental em alguma fase do processo de desenvolvimento, como por exemplo, uma pessoa na vida adulta sentir necessidade de dormir com um ursinho de pelúcia.
· SOMATIZAÇÃO: conversão defensiva de derivativos psíquicos em sintomas corporais. Como dor de barriga em um momento de ansiedade.
· CATATIMIA: leva o pensamento do indivíduo a assumir um caráter tendencioso. Suas tendências afetivas exercem uma distorção sobre a percepção da realidade, por exemplo, quando uma pessoa só enxerga qualidades na pessoa amada.
O descobrimento da psicanálise, se deu pela intrínseca relação entre a psique – na época era somente o deslumbre do que se entenderia a respeito do inconsciente - e os sonhos, traçada pelos estudos freudianos sobre processos oníricos. Estes estudos promoveram a psicanálise, por meio de modelos elaborados que desvendou como acontecia a relação sonhos x inconsciente, e o sentido emocional e afetivo que veiculam na publicação de “A interpretação dos sonhos”, onde Freud usou o termo psicanálise pela primeira, mas tendo sido descrita ao longo de todo o livro. Desde então sonhos e psicanálise andam no mesmo nível, tanto na atualidade do encontro analítico e no desvendamento contínuo de seus processos subjacentes, quanto no imaginário público e cultural.
Freud deixa registrada a importância da obra para ele: "ela contém, mesmo que de acordo com meu julgamento atual, a mais valiosa de todas as descobertas que tive a felicidade de fazer. Um discernimento claro como esse só acontece uma vez na vida".

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