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TRABALHO Josiana 2020

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CURSO DE GEOGRAFIA
JOSIANA FRANCO GONÇALVES
PRODUÇÃO TEXTUAL INDIVIDUAL:
Epidemias, redes e contextos históricos comparados: Peste Negra (Séc. XIV) e Coronavírus (2020).
Grandes Rios
2020
JOSIANA FRANCO GONÇALVES
PRODUÇÃO TEXTUAL INDIVIDUAL:
Epidemias, redes e contextos históricos comparados: Peste Negra (Séc. XIV) e Coronavírus (2020).
Trabalho apresentado as disciplinas do 7° semestre no curso de Geografia.
Tutor à distância: 
Grandes Rios
2020
INTRODUÇÃO
O Presente trabalho é uma atividade do Curso de Geografia do 7° semestre pela Unopar, cujas disciplinas são: Geografia Política; Geografia Urbana; Gestão Educacional; História Geral; Regionalização do Espaço Mundial, em que as competências a serem desenvolvidas trata-se de: Relacionar diferentes saberes geográficos para intervenção no espaço; Promover a aplicação da teoria e conceitos para a solução de problemas práticos relativos à profissão. Tendo ainda o desenvolvimento das habilidades: Organizar o conhecimento espacial adequando-o ao processo de ensino-aprendizagem em geografia nos diferentes níveis de ensino próprios para construção de conhecimentos pedagógicos e científicos; Promover formação teórico-prática possibilitando a vivência concreta nas organizações, estimulando uma postura investigativa e de análise crítico-reflexiva.
Vale ressaltar que os objetivos de aprendizagem são: Produzir um estudo a respeito da relação entre a atuação das redes e a disseminação de epidemias realizando uma comparação entre tempos históricos diferentes; Interpretar a informação geográfica e dados de natureza diversa; Reconhecer espacialmente a constituição das redes geográficas; Compreender o funcionamento das redes em uma economia globalizada.
A temática central trata de Epidemias, redes e contextos históricos comparados: Peste Negra (Séc. XIV) e Coronavírus (2020) e a SGA (Situação Geradora de Aprendizagem) tem como eixo norteador a seguinte pergunta: 
Por que o surto de peste negra foi localizado na Europa e em alguns países asiáticos enquanto o coronavírus tem a possibilidade de se espalhar por todo o globo? Portanto no decorrer do trabalho busca-se responder tal questão por meio de pesquisas bibliográficas na tentativa de explicação e explanação deste assunto.
Peste Negra
A peste negra foi uma pandemia, isto é, a proliferação generalizada de uma doença causada pelo bacilo Yersinia pestis, que se deu na segunda metade do século XIV, na Europa. A Peste Negra tem sua origem no continente asiático, precisamente na China. Sua chegada à Europa está relacionada às caravanas de comércio que vinham da Ásia através do Mar Mediterrâneo e aportavam nas cidades costeiras europeias, como Veneza e Gênova. Calcula-se que cerca de um terço da população europeia tenha sido dizimada por conta da peste.
A propagação da doença, inicialmente, deu-se por meio de ratos e, principalmente, pulgas infectados com o bacilo, que acabava sendo transmitido às pessoas quando essas eram picadas pelas pulgas – em cujo sistema digestivo a bactéria da peste se multiplicava. Num estágio mais avançado, a doença começou a se propagar por via aérea, através de espirros e gotículas. Contribuíam com a propagação da doença as precárias condições de higiene e habitação que as cidades e vilas medievais possuíam – o que oferecia condições para as infestações de ratazanas e pulgas.
Como ainda não havia um desenvolvimento satisfatório da ciência médica nesta época, não se sabia as causas da peste e tampouco os meios de tratá-la ou de sanear as cidades e vilas. A peste foi denominada “negra” por conta das afecções na pele da pessoa acometida por ela. Isto é, a doença provocava grandes manchas negras na pele, seguidas de inchaços em regiões de grande concentração de gânglios do sistema linfático, como a virilha e as axilas. Esses inchaços também eram conhecidos como “bubões”, por isso a Peste Negra também é conhecida como Peste Bubônica. A morte pela peste era dolorosa e terrível, além de rápida, pois variava de dois a cinco dias após a infecção.
A peste negra (século XIV) foi a mais devastadora pandemia de que se teve notícia na história. Cerca de um terço da população europeia morreu vitimada pela peste.
Coronavírus
Os coronavírus (CoV) são uma grande família viral, conhecidos desde meados dos anos 1960, que causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais. Geralmente, infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderada, semelhantes a um resfriado comum. A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem. Os coronavírus comuns que infectam humanos são alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
Alguns coronavírus podem causar síndromes respiratórias graves, como a síndrome respiratória aguda grave que ficou conhecida pela sigla SARS da síndrome em inglês “Severe Acute Respiratory Syndrome”. SARS é causada pelo coronavírus associado à SARS (SARS-CoV), sendo os primeiros relatos na China em 2002. O SARS-CoV se disseminou rapidamente para mais de doze países na América do Norte, América do Sul, Europa e Asia, infectando mais de 8.000 pessoas e causando entorno de 800 mortes, antes da epidemia global de SARS ser controlada em 2003.
Em 2012, foi isolado outro novo coronavírus, distinto daquele que causou a SARS no começo da década passada. Esse novo coronavírus era desconhecido como agente de doença humana até sua identificação, inicialmente na Arábia Saudita e, posteriormente, em outros países do Oriente Médio, na Europa e na África. Todos os casos identificados fora da Península Arábica tinham histórico de viagem ou contato recente com viajantes procedentes de países do Oriente Médio – Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes e Jordânia.
O novo coronavírus (o Covid-19), que já infectou mais de 520 mil pessoas e deixou quase 24 mil mortos em 175 países, foi declarada como pandemia neste mês pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Há 11 anos, o mundo enfrentava outra ameaça: a Influenza A (H1N1). A doença, que teve início no México, se disseminou por mais de 187 países. 
Pensa-se que o SARS-CoV-2 tenha origem zoonótica. A primeira transmissão para seres humanos ocorreu em Wuhan, na China, em novembro ou dezembro de 2019. No início de janeiro de 2020, a principal fonte de infeção era já a transmissão entre seres humanos.
Em janeiro de 2020, cientistas chineses publicaram a sequência de ácidos nucleicos do SARS-CoV-2 para que os laboratórios de todo o mundo pudessem desenvolver testes PCR para detectar infecção pelo vírus. Em 18 de março de 2020 foi publicado o primeiro teste serológico para deteção de anticorpos no sangue. 
Comparativo das Pandemias Peste Negra e Coronavirus (Covid – 19)
	
	Peste Negra
Século XIV
	Coronavírus (covid -19)
Século XXI
	Características
	Doença infecciosa aguda, transmitida principalmente por picada de pulga infectada. A doença se manifesta sob três formas clínicas principais: bubônica; septicêmica; pneumônica.
A doença é conhecida popularmente como “peste negra”, “febre do rato” ou “doença do rato”.
	O coronavírus é uma grande família de vírus que pode causar desde resfriados comuns até doenças respiratórias mais graves e de importância para a saúde pública como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS). O novo coronavírus, descoberto em dezembro de 2019 na China (SARS-CoV-2), é o agente causador da doença pelo coronavírus 2019 (COVID-19).
	Formas De Contágio
	A transmissão da Peste na forma bubônica ocorre por meio da picada de pulgas infectadas. Na forma pneumônica, a transmissão se dá por gotículas aerógenas lançadas pela tosse no ambiente.
	A transmissão do coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: espirro, tosse, gotículas de saliva, catarro, contato social e de objetos
	Velocidade De Disseminação
	A maior transmissibilidade se dá no período sintomático, em que o bacilo circulano organismo em maiores quantidades. A transmissibilidade da peste pneumônica ocorre no início da expectoração, permanecendo enquanto houver bactérias no trato respiratório.
O período de incubação geralmente é de 2 a 6 dias na peste bubônica e de 1 a 3 dias na peste pneumônica.
A peste negra foi uma pandemia que devastou a Europa e a Ásia, entre os anos de 1347 até 1353. Essa tragédia se deu durante a Idade Média e se espalhou rapidamente, certamente que pela falta de higiene.
É provável que tenha surgido na região central da Ásia, logo depois se espalhou pela Rota da Seda. Quando alcançou a Crimeia, em 1343, já esboçava seu potencial destrutivo.
	Além disso, o estudo evidencia um número básico de reprodução (R0) de 2,2, o que significa que em média cada pessoa infectada transmite para outras duas pessoas o vírus. Segundo os próprios autores, até que esse número caia para abaixo de 1,0, é possível que o surto continue a se propagar.
	Mortalidade
	As estimativas tradicionais falam que a enfermidade foi responsável pela redução de 1/3 da população do continente europeu, mas alguns historiadores, como Jacques Le Goff, têm trazido novos dados, demonstrando que a quantidade de mortos possa ter sido maior que isso. Le Goff fala que entre metade e 2/3 da população europeia possa ter morrido por causa da doença e, em alguns locais, como a Inglaterra, a mortalidade esteve na casa dos 70%.
	Taxa de mortalidade: 1,4%.
A maior parte dos pacientes não é grave e a mortalidade é baixa (se levarmos em conta que muitos pacientes assintomáticos ou com poucos sintomas não procuraram assistência hospitalar, a mortalidade deve ser menor ainda)
Casos não graves: 84,3%;
Casos graves: 15,7% (os pacientes eram mais velhos e apresentavam maior número de comorbidades);
	Medidas De Prevenção
	Algumas medidas simples podem ser adotadas para prevenir a Peste.  Evitar contato com roedores silvestres e suas pulgas.
Evitar contato com animais sinantrópicos, que se adaptaram a viver junto ao homem, pois podem estar com pulgas infectadas.
	Devem ser adotadas medidas gerais de prevenção e etiqueta respiratória. Com isso você contribui para evitar a disseminação de doenças: Lave regularmente e cuidadosamente as mãos com água e sabão ou higienize-as com álcool gel 70%. Dessa forma é possível eliminar os vírus que possam estar nas mãos; Idosos e pessoas com doenças crônicas devem permanecer em casa para evitar o contato com indivíduos infectados pela Covid-19. As demais pessoas também devem fazer a sua parte, mantendo-se em casa.
Rede e Globalização 
O espaço geográfico, segundo muitas abordagens, constrói-se e articula-se a partir das redes. Milton Santos fez reconhecidas constatações sobre a importância, complexidade e hierarquização das redes geográficas, formadas, segundo ele, por um conjunto de pontos fixos interligados por meio dos fluxos. Nesse ínterim, formam-se diversos tipos e subtipos, como as redes de transportes, as digitais, as urbanas, entre outros exemplos.
Portanto, em uma definição mais abrangente, podemos entender as redes geográficas como um conjunto de locais da superfície terrestre conectados ou interligados entre si. Essas conexões podem ser materiais, digitais e culturais, além de envolver o fluxo de informações, mercadorias, conhecimentos, valores culturais e morais, entre outros.
Com o processo de Globalização, podemos dizer que as redes – ou, pelo menos, muitas delas – ganharam um maior alcance e abrangência no espaço geográfico mundial. Todavia, o acesso e o poder de difusão dessas redes dependem das diferentes hierarquias nas sociedades, constituídas pelo poder econômico ou político. Assim, quem possui mais recursos ou poder possui uma maior possibilidade de usufruir da estrutura das redes geográficas.
É preciso observar que a estruturação e a evolução das redes perpassam, impreterivelmente, pela evolução das técnicas e tecnologias. No século XIX, as transformações proporcionadas pelas revoluções industriais propiciaram um fundamental avanço das redes de transportes, incluindo os modais rodoviários e ferroviários. Desse modo, cidades distantes passaram a estar interligadas entre si, o que se estendeu para pontos situados, até mesmo, em continentes distintos.
As redes geográficas são, afinal, um importante elo entre as diferentes partes do espaço geográfico que integram o sistema mundial em tempos de globalização. Assim, elas permitem e também condicionam o transporte e difusão de inúmeros instrumentos técnicos, além de mercadorias, informações e conhecimentos, estando diretamente associadas à maioria dos elementos que compõem a vida cotidiana das sociedades.
As redes e a disseminação das epidemias
O termo "globalização dos microrganismos" ganhou importância nos últimos anos. A população se deu conta de que, com a aviação, um doente pode dar a volta ao redor do mundo em período curto de tempo. Com isso, as epidemias se disseminariam pelo planeta com maior facilidade. Sua velocidade lenta e progressiva depende da locomoção humana. No início caminhava a passos lentos, mas, nas últimas décadas, ganhou velocidade.
O comércio da Idade Média manteve a globalização dos agentes infecciosos. A bactéria da peste negra foi trazida pelas embarcações genovesas do Mar Negro para a Europa em 1348. Bastaram dois anos para a doença se alastrar por todo continente e matar um terço de toda população européia. A bactéria permaneceu no solo europeu e epidemias explodiam de tempos em tempos nas cidades.
As Caravanas da Seda se encarregaram de espalhar a bactéria, pois circulavam entre Europa, China e Médio Oriente. Depois foi a vez das embarcações mercantis levarem ratos infectados para os portos de Valência, Marselha, Veneza, Barcelona e outros. A Peste Negra foi se espalhando rapidamente, posto que não se sabia como combatê-la. A medida que julgavam mais eficaz era isolar o doente, só que isso nem sempre surtia efeito. Bastava que a pulga picasse uma pessoa doente e depois uma pessoa sã, para infectá-la.
Agora, no Século XXI, a rapidez da disseminação da covid-19, diferentemente das outras grandes pandemias das quais a humanidade já foi vítima, há uma peculiaridade que agrava o risco de expansão global (hora a hora) da doença e deixa a humanidade muito mais vulnerável: as sociedades estão conectadas por meio de transportes mais rápidos, como é o caso dos aviões comerciais de última geração que cruzam os céus do planeta diariamente, hora a hora e dia a dia, transportando pessoas.
Os avanços tecnológicos do século XXI nos transportes terrestres, aéreos e nos mares, precisamente por torná-los mais rápidos, se constituem em maior fator de risco, na mesma rapidez e velocidade que esses meios de transportes percorrem cidades, cruzam países e continentes, levando pessoas e com elas carregam o coronavírus, incubado ou não, mas suficientemente capazes de aumentar os riscos de transmissão e contaminação em todos os continentes.
A velocidade das tecnologias, assim como nos conectam diariamente com informação e comunicação, também possibilitam a rápida disseminação mundial das doenças letais ou não, que batem nas portas de nossas casas, trazidas por esses meios de transportes tecnologicamente avançados.
Os Estados-nações parecem estar ou ficar atordoados com a velocidade da disseminação do vírus, problema que, assim indicam as probabilidades, será cada vez maior, com as futuras revoluções tecnológicas no setor de transportes, se globalmente não houver união de esforços e unificação de políticas públicas capazes de prevenir e controlar rapidamente os surtos comunitários, as epidemias regionais ou as pandemias continentais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pandemia é uma epidemia que se espalha por uma região muito grande, como um continente, ou até por todo o mundo. Uma doença é considerada pandemia quando é altamente contagiosa e ao se difundir mata grande número de pessoas.
Os choques ambientais produzidos pelo homem, o turismo entre continentes, a contaminação das águas, o surgimento de megafavelas criadas a partir do crescimento descontroladoda população urbana, a revolução na criação de animais, a industrialização e a internacionalização dos alimentos, entre outros fatores contribuem para a disseminação de novas doenças. Prevêem-se, assim, muitas novas epidemias mundiais. Nas últimas décadas houve grandes mudanças demográficas, tecnológicas e sociais que também aumentaram potencial para transmissão de doenças.
A economia globalizada diminuiu as fronteiras entre os países. Vivemos na era em que pessoas e vírus podem fazer viagens aéreas e marítimas pelo mundo
Entre os tristes acontecimentos que marcaram época na história da humanidade temos a destacar a Peste Negra ou Peste Bubônica que foi uma pandemia, que se deu na segunda metade do século XIV na Europa e que dizimou nada menos que um terço da população do continente.
Naquela época, a tecnologia engatinhava. Patinava em terrenos lodosos, não havia meios de comunicação, todos viviam isolados, enclausurados dentro de si mesmos.
Considerando que a população de Terra, hoje, gira em torno de 7.530.000.000 (sete bilhões, quinhentos e trinta milhões) de pessoas e, trabalhando com a mesma proporção, se o coronavírus não fosse dominado, teríamos só no Brasil nada menos do que 70.000.000 (setenta milhões) de mortes, e no mundo todo 2.500.000.000 (dois bilhões e quinhentos milhões) de mortes. Pode-se assim ter uma ideia da catástrofe que foi a Peste Negra. Hoje nos deparamos com um fato semelhante mas não proporcional. 
Microorganismos não têm passaporte, ignoram fronteiras. Uma vez num país, espalham-se seguindo tão-somente as leis da natureza. O combate à ameaça que representam à humanidade exige ação global, mas não pode prescidir de medidas adotadas localmente. Dessa tensão decorrem dúvidas ainda sem resposta sobre a Covid-19. 
É necessário combater os problemas decorrentes de doenças infecciosas onde quer que ocorram. Uma epidemia nas áreas mais remotas da África ou das Américas pode resultar em surtos em quase todos os lugares do mundo. Na era globalizada, a saúde de cada ser humano do planeta tornou-se relevante para a saúde de todos os demais.
Em relação a utilização desse texto numa aula interdisciplinar vale ressaltar que o novo coronavírus (2019-nCoV), até então desconhecido, chamou atenção do mundo já na primeira semana de 2020 pelo alto número de casos. Além da abordagem de saúde pública que pode render discussões para a comunidade escolar, o tema pode ser tópico para desenvolver habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em Ciências, Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. 
Em Geografia, a partir de mapas que indiquem os países contaminados pelo coronavírus é possível construir análises sobre a transmissão de epidemias. Comparações, por exemplo, entre a disseminação de vírus em épocas passadas e hoje, com o desenvolvimento dos transportes e a possibilidade de que o vírus atravesse o mundo em um curto espaço de tempo. Analisar semiologicamente e discursivamente, mapas de monitoramento do coronavírus que seguem em plena mudança em taxas estatísticas, período em que a Covid-19 se complexifica na escala patogênica mundial. Partir da teorização da Geografia para atribuir conclusões da Comunicação sobre o papel estratégico da informação na escala local e na escala global no contexto do novo coronavírus.
Além disso, a pesquisa de outras epidemias que ganharam o mundo no passado pode ser uma atividade associada ao componente curricular de História, enquanto os mesmos dados rendem análise de dados estatísticos em textos, tabelas e gráficos em Matemática.
As competências gerais da BNCC também devem ser contempladas nessas atividades. O pensamento científico, o autocuidado e a responsabilidade social podem ser abordados dentro da prevenção do coronavírus e outras doenças virais.
A oportunidade é transformar o assunto em uma sequência de aulas maior e falar também sobre a questão da vacina, o movimento antivacina e as consequências disso para doenças que já são erradicadas, Doenças virais e epidemias sempre causam alarde na população é importante trabalhar sobre as fake news.
O contexto de pandemia em um mundo globalizado exige apontamentos que vão da teoria para a prática.
REFERENCIAS 
BOCCACCIO, Giovanni. Decameron. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2013.
Brasil. Minisério da Saúde. Peste: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção. Disponível em: https://saude.gov.br/saude-de-a-z/peste acesso 01/04/2020.
Covid – 19. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/COVID-19 acesso 01/04/2020.
DECICINO, Ronaldo. Pandemias - O que é e como a globalização potencializa o problema. disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/pandemias-o-que-e-e-como-a-globalizacao-potencializa-o-problema.htm Acesso 03/04/2020.
FERNANDES, Claudio. Peste Negra Disponível em: https://www.historiadomundo.com.br/idade-media/peste-negra.htm acesso 01/04/2020.
LARANJEIRA, Antônio Heleno Caldas . Mapas do coronavírus: desafios e direções Disponível em: https://outraspalavras.net/outrapolitica/mapas-do-coronavirus-desafios-e-direcoes/ Acesso 03/04/2020.
LE GOFF, Jacques. As raízes medievais da Europa. Petrópolis: Vozes, 2011, p. 228
OLIVEIRA, Edson de. Peste Negra x Coronavírus. Disponível em: https://www.jcnet.com.br/opiniao/articulistas/2020/03/719293-peste-negra-x-coronavirus.html acesso 01/04/2020.

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