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Imunidades Tributárias na Constituição Federal

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IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
Sávio Lopes Bernardes de Melo
RESUMO
Existem nove tipos de imunidades tributárias, sendo elas: os impostos imputados a União, Estados, Municípios, Autarquias e Fundações Públicas em forma de reciprocidade entre elas, as entidades religiosas que não possuem vários bens e fins lucrativos, os partidos políticos, os sindicatos, as entidades educacionais sem fins lucrativos, entidades assistenciais, a imprensa e as entidades musicais. O objetivo geral do presente estudo foi aprofundar sobre cada uma das imunidades tributárias existentes na Constituição Federal brasileira, para que possamos entender melhor como funciona cada uma delas. A metodologia usada será por meio de levantamento bibliográfico baseado em livros, artigos, doutrinas e legislação. Conclui-se que, a imunidade tributária é de extrema importância para os acadêmicos que irão ingressar na carreira de Advogados, pois é uma boa área de atuação e que está com déficit de profissionais.
Palavras chave: Imunidades; Tributários; Código tributário.
1. INTRODUÇÃO
A imunidade tributária está prevista na Constituição Federal (CF) de 1998, abordando algumas situações que não pode ocorrer a tributação, visando garantir direitos fundamentais e sociais. Vale ressaltar que, a CF não promove qualquer tributo, mas autoriza competência aos entes federativos para que promova, neste viés, a União, Estados e Municípios podem editar leis que venham a cobrar tributos em seus territórios respectivamente.
Porém, a própria CF impõe limites a essa competência instituída a estes citados acima, trazendo, logo assim, algumas situações que não se pode cobrar tributos, o qual, essa negativa de outorga é intitulada como “imunidade tributária”. Vale salientar que, na CF não é intitulada como imunidade, mas sim como norma negativa de competência tendo o mesmo significado de imunidade. 
Sendo assim, o objetivo geral do presente estudo foi aprofundar sobre cada uma das imunidades tributárias existentes na Constituição Federal brasileira, para que possamos entender melhor como funciona cada uma delas. Além disso, tem-se os objetivos específicos, que são eles: destacar a diferença entre a imunidade e a isenção; e salientar sobre as imunidades específicas e genéricas. Tendo como metodologia o uso de levantamento bibliográfico baseado em livros, artigos, doutrinas e legislação.
2 DESENVOLVIMENTO 
2.1 DIFERENÇA ENTRE IMUNIDADE E ISENÇÃO
Para diferenciar a imunidade da isenção, a princípio estão alocadas em locais diferentes, uma vez que, a imunidade encontra-se na CF e a isenção em origem legal. Porém, a uma diferença mais relevante entre elas, sendo a natureza dos institutos, pois, a imunidade é uma negativa de competência, já a isenção está prevista em lei infraconstitucional, podendo existir a isenção ou não.
Desta forma, a imunidade tributária não tem discricionariedade ao ente federativo, o qual obriga-o a exerce-la por estar expressamente na CF, porém, na isenção é facultativo ao ente federativo, apesar de ter competência para tributar opta por conceder isenção em determinada situação, bem ou pessoa.
2.2 IMUNIDADES ESPECÍFICAS E GENÉRICAS
As imunidades gerais (genéricas) são relativas aos impostos de modo geral expostas no artigo 150, inciso VI, alínea a, b, c, d , e, o qual incide sobre a vedação de cobrança sobre patrimônio; renda ou serviço; templos que qualquer culto; partidos políticos e suas fundações; entidades sindicais dos trabalhadores; instituições educacionais e de assistência social que não tenha fins lucrativos; livros; jornais e o papel destinado a sua impressão; e a cultura em geral.
Por outro lado, as imunidades específicas são as determinadas por algum tipo de imposto, conforme explana o artigo 153, parágrafo 3º, inciso III, da CF, sendo que a incidência é através do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) com destino para fora do Brasil, ou seja, a exportação em sim.
2.3 IMUNIDADE RECÍPROCA
A imunidade recíproca conhecida também como imunidade mútua, tem a sua existência de uma cláusula pétrea que é muito divergente (artigo 150, VI, a, CF), pois existem entendimentos divergentes devido a sua escrita ter modo interpretativo. Vale salientar que, a reciprocidade existe mesmo não existindo na CF, devido a princípios constitucionais que estimulam tal imunidade.
Uma das divergências já tem um entendimento formado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que é em relação as sociedades de economia mista e empresas públicas, que no caso de fins sócias sem fins lucrativos terá a imunidade recíproca. Sendo assim, as autarquias e fundações públicas automaticamente estão imunes por serem pessoas jurídicas de direito público.
2.4 IMUNIDADE RELIGIOSA
A imunidade religiosa advém de o Brasil ser um país laico, o qual aceita qualquer opção religiosa, sendo assim, institui a imunidade para que todos tenham uma igualdade de se interagir com seus entes divinos. Além disso, o principal fator para a imunidade existir é por estar expressamente no artigo 5º, inciso VI, CF, sendo inviolável o direito a crença.
Diante desta imunidade, é necessário observar o requisito de não ter fins lucrativos, porém, deve-se atentar ao entendimento do STF, que entende que bens imóveis das igrejas, alugados para outrem que não seja igreja, terá imunidade apenas nos imóveis que tem como fim a atividade religiosa, não tendo fato gerador sobre este, mas sobre aquele terá.
2.5 IMUNIDADE PARTIDÁRIA
A imunidade partidária foi mantida no ordenamento brasileiro desde a Constituição de 1967 e 1969 até a atual advinda do ano de 1998, trazida no artigo 150, inciso VI, alínea c, sendo vedado a União, Estados e Municípios de tributar impostos sobre os patrimônios, rendas e serviços dos partidos políticos, abrangido para suas fundações.
É relevante pautar que, a sustentação para a imunidade partidária é o objetivo de que todos possam ter liberdade política, conforme explana a Constituição atual do Brasil. Desta forma, fica evidente que todos gozam do Estado Democrático, pluralismo político através da desoneração dos impostos. Além disso, deve-se levar em consideração que o partido político deve ser brasileiro e estar registrado, pois, caso não esteja, não fará jus a imunidade.
2.6 IMUNIDADE SINDICAL
A imunidade Sindical somente é válida para os Sindicatos dos Trabalhadores, devido a sua hipossuficiência perante os demais sindicatos, dando a garantia aos trabalhadores conforme a Constituição garante a liberdade de organização sindical, o que é extremamente necessário e importante para assegurar o Estado de Direito.
2.7 IMUNIDADE EDUCACIONAL
Quando refere-se a educação é possível conceituá-la como um direito social, pautado no artigo 6º, da Constituição Federal de 1998 (CF): “Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”.
Além deste artigo, pode-se conceituar melhor o que é educação através do artigo 205 da CF, sendo este, um direito de todos, conforme supracitado, desta vez um dever do Estado juntamente com a família. Também não restringe apenas no conceito, mas também a forma que se deve promove-la, tanto quanto o objetivo.
Vale ressaltar que, para que a concessão da imunidade tributária, deve ter como atividade a finalidade de educar, e não a de lucrar com tal instituição de ensino. Pois, caso tenha o objetivo principal o lucro, será descaracterizada do grupo que faz jus a imunidade, uma vez que, perde o objetivo principal, que é a educação.
Diante disso, conclui-se que, são consideradas como instituições educacionais todas aquelas que atuam em colaboração com o Estado e a família, com ato visionário de promover a evolução das pessoas, dando capacidade para que possam exercer a cidadania e dando qualificação para enfrentar o mercado de trabalho.
2.8 IMUNIDADE ASSISTENCIAL 
Primeiramente deve-se pautar a importância da imunidade assistencial social, devido ao papel social que a mesmafaz perante a sociedade brasileira suplementando as atividades essências para o Estado, o qual muita das vezes não faz seu papel de forma eficaz, não pela falta de trabalho, mas sim por falta de recursos, =sendo esse um dos motivos da imunidade tributária.
Observa-se que a imunidade assistencial é semelhante a imunidade educacional, não podendo as organizações assistenciais terem fins lucrativos, pois caso tenha, será descaracterizada como uma atividade essencial do Estado e consequentemente terá a sua exclusão do quadro dos imunes.
Conclui-se que, a imunidade assistencial exposta na Constituição Federal veio para incentivar as organizações privadas , para que atenue e tire a saturação do Estado de promover a educação, a saúde, o lazer, o trabalho, a segurança entre outros direitos fundamentais da pessoa humana, conforme explana o artigo 6º em seu caput da CF, garantindo ao cidadão alternativas de garantir uma vida melhor.
2.9 IMUNIDADE DE IMPRENSA
A imunidade de imprensa advém com o objetivo de proteger a liberdade individual como a liberdade de expressar seus pensamentos, expressar duas atividades de intelecto, de adquirir conhecimento, passar conhecimentos adquiridos, ter o acesso a informação, de comunicação. Desta forma, os livros, jornais, periódicos e o papel utilizado nestes citados tem o direito de imunidade tributária. Porém, esse entendimento abrange a outras formas de manifestar a cultura, como: cd-rom, dvd, disquetes, etc, que também promove essa difusão.
Essa imunidade está prevista no artigo 9º, inciso IV, alínea d, do Código Nacional Tributário, isoladamente para a impressão de jornais, periódicos e livros. Já a Constituição Federal, em seu artigo 150, inciso VI, alínea d, impõe limite para a União, Estados e Municípios, de intitular tributos, podendo também as Constituições Estaduais colocarem em seu texto.
Portanto, é de extrema importante que a imprensa como todo tenha a imunidade, uma vez que, é de grande relevância para a população brasileira estar ligada e informada do que acontece no país, referente a todos os tipos de temas, não tendo uma limitação do que pode ser informado nos meios de comunicação de informações e culturas.
2.9.1 IMUNIDADE MUSICAL
A imunidade musical teve a imunidade concedida recentemente, através da Emenda Constitucional nº 75 (EC 75), sendo publicada no dia 15 de outubro de 2013, o qual ficou conhecida como “PEC da Música”. Consequentemente foi acrescida na Constituição em seu artigo 150, inciso VI, alínea “e”.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (…)
VI – instituir impostos sobre:(…)
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.
Devido a nova redação, ficou impedido a cobrança de impostos sobre os fonogramas (produção de som) e também sobre os videofonogramas (produção de imagem e som) com relação a música produzida no Brasil, com inclusão de todo suporte e arquivo incumbidos a atividade musical.
Conclui-se que, a “PEC da Música” veio para que a produção de musicas e vídeos musicais venham a ficar menos onerosos que consequentemente desestimula a comercialização clandestina de cópias piratas. Vale ressaltar que, além de desestimular a pirataria, também promove o acesso à cultura e ao conhecimento intelectual e musical. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do artigo apresentado, é notório que, a imunidade tributária vem para atingir o meio social, suplementando o Estado para garantir os direitos sociais e fundamentais da pessoa humana, impostos como cláusulas pétreas na Constituição Federal. Desta forma, o Estado ganha por não supersaturar deveres que o mesmo deveria garantir e a população por absolver benefícios de extrema importância para exercerem a cidadania.
Portanto, a imunidade tributária tem o intuito de incentivar tais instituições citadas nos tópicos acima a continuarem com seu trabalho social para termos uma sociedade com mais igualdade, conhecimento, cultura intelectual e musical, entre outros direitos. Diante disso, tendo efeito garantidor aos cidadãos os direitos fundamentais e sociais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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