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DIREITO CONSTITUCIONAL 2 - PROF LUCIMAR

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DIREITO CONSTITUCIONAL 2 – 1º BIMESTRE 
Organização do Estado 
- Os artigos 1º e 18 da Constituição do Brasil indicam que a forma de governo e a forma de Estado 
correspondem respectivamente a uma República Federativa. 
*Vide art. 2º do ADCT e EC 2/92 
- A organização e estrutura do Estado pode ser analisada sob três aspectos: 
a) forma de governo; 
b) sistema de governo; 
c) forma de Estado. 
- As formas de Estado referem-se à projeção do poder dentro da esfera territorial, tomando como critério 
a existência, a intensidade e o conteúdo de descentralização político-administrativa de cada um (Luiz A. D. 
Araujo e Vidal S. Nunes Jr.). 
- Além do Estado Federal existe outra forma de Estado, que é o Estado Unitário ou Estado Simples no qual 
encontramos um único centro de poder, modelo adotado pela maioria dos Estados na atualidade, 
principalmente os Europeus: 
A. Estado Unitário Puro: absoluta centralização do exercício do Poder, tendo em conta o território do 
Estado; 
B. Estado Unitário Descentralizado Administrativamente: ainda concentra a tomada de decisões 
políticas nas mãos do Governo Nacional, descentralizando a execução das decisões políticas já 
tomadas, mediante delegação. Criam-se pessoas para, em nome do Governo Nacional, como se 
fossem uma extensão deste (longa manus), executar, administrar, as decisões políticas tomadas. 
C. Estado Unitário Descentralizado Administrativamente e Politicamente: é a forma de Estado mais 
comum hoje em dia, principalmente nos países europeus. Há descentralização administrativa e 
também políticas. No momento da execução das decisões tomadas pelo Governo Central, as pessoas 
jurídicas passam a ter certa autonomia política para decidir no caso concreto a melhor atitude a ser 
empregada para a execução daquele comando central. 
*Palavras chaves: subordinação e delegação. 
- Exemplo de aplicação da teoria do Estado Unitário no Brasil: 
 Roraima e Amapá; Fernando de Noronha: arts. 14, 15 do ADCT; 
 Possibilidade de criação de outros territórios: art. 12 do ADCT. 
- Conceito de Estado Federal: 
 Forma de Estado no qual se encontra a união de entidades públicas dotadas de autonomia decorrente de previsão 
constitucional. 
- A federação como espécie de Estado composto, consiste numa forma especial de Estado politicamente 
descentralizado, cuja competência política de seus órgãos parciais não decorre de uma simples 
delegação do poder central, mas de uma previsão constitucional. 
*Palavra chave: autonomia e repartição de competência e previsão constitucional. 
- Evolução Histórica: 
 EUA: surgiu como resposta à necessidade de um governo eficiente em vasto território, que, ao 
mesmo tempo, assegurasse os ideais republicanos que vingaram com a revolução de 1776. 
Inicialmente as antigas colônias britânicas firmaram um tratado de direito internacional, criando uma 
confederação, que tinha como objetivo básico preservar a soberania de cada antigo território 
colonial. 
 
- Circunstancias que levaram a transformação da confederação dos EUA em Federação: 
 Cada entidade retinha a sua soberania, enfraquecendo o pacto; 
 As deliberações nem sempre eram cumpridas pelas entidades; 
 Dificuldades na obtenção de recursos financeiros e humanos para as atividades comuns; 
 Não podia legislar para os cidadãos, dispondo apenas para o Estado, não podendo impor tributos; 
 As deliberações do Congresso acabavam por ser meras recomendações; 
 Não havia um supremo tribunal para unificar a interpretação do direito comum aos Estados ou que 
resolvesse as diferenças entre eles. 
 Cada entidade retinha a sua soberania, enfraquecendo o pacto; 
 As deliberações nem sempre eram cumpridas pelas entidades; 
 Dificuldades na obtenção de recursos financeiros e humanos para as atividades comuns; 
 Não podia legislar para os cidadãos, dispondo apenas para o Estado, não podendo impor tributos; 
 As deliberações do Congresso acabavam por ser meras recomendações; 
 Não havia um supremo tribunal para unificar a interpretação do direito comum aos Estados ou que 
resolvesse as diferenças entre eles. 
- Primeiro Estado Federal: EUA: 
Com o propósito de aprimorar a união entre os Estados redundou na original forma federativa, inscrita pela 
Convenção de Filadélfia de 1787 na constituição elaborada, conforme se observa do próprio preâmbulo: “Nós, o 
povo dos Estados Unidos, a fim de formarmos uma União mais perfeita (...)” 
- ESTADO FEDERAL X CONFEDERAÇÃO: 
 FEDERAÇÃO 
1. ESTADOS Federados AUTÔNOMOS (União desempenha competência sobre assunto de interesse 
nacional) 
2. Constituição escrita (rígida) 
3. Pacto indissolúvel (cláusula pétrea) 
 CONFEDERAÇÃO 
1. ESTADOS confederados SOBERANOS 
2. Tratado internacional 
3. Direito de secessão 
*De acordo com o art. 11, da Lei 7170/83, tentar desmembrar parte do território nacional para constituir 
país independente é crime contra a segurança nacional, ordem política e social, punido com a pena de 
reclusão de quatro a doze anos. 
- Soberania é o caráter supremo de um poder; poder que não admite outro que lhe seja superior, ou 
mesmo concorrente, dentro de um mesmo território. 
- Autonomia significa independência dentro dos limites traçados pelo poder superior e soberano. 
- Sistemas de Repartição de Competências: 
- Como no Estado Federal há mais de uma ordem jurídica incidente sobre um mesmo território impõe-se 
a adoção de mecanismo que favoreça a eficácia da ação estatal, evitando conflitos e desperdício de 
esforços e recursos, razão de ser da repartição de competências entre as esferas do federalismo, incluindo 
a de rendas. 
- Dizem os autores que a formação da Federação dos EUA decorreu de um movimento centrípeto, ou seja, 
os Estados Soberanos abriram mão de sua soberania, de fora para dentro. 
- Já no Brasil, decorreu de um movimento centrifugo, de dentro para fora, ou seja, o Estado Unitário, 
centralizador, passou a descentralizar o poder. 
 
- Tipologia do Federalismo: 
- Por agregação: os Estado soberanos abrem mão de parcela de sua soberania para agregarem entre si e 
formar um novo Estado, agora Federal. Ex: EUA, Alemanha, Suíça; 
- Por desagregação (segregação): surge a partir de um Estado Unitário que decide descentralizar o poder. 
Ex: Brasil. 
- Dual: a separação de atribuições entre os entes federativos é extremamente rígida. Ex: EUA em sua 
origem; 
- Cooperativo: as atribuições serão exercidas de modo comum ou concorrente, havendo maior 
aproximação entre os entes federativos. Ex: Brasil. 
- Simétrico: homogeneidade de cultura, desenvolvimento, língua e etc. Ex: EUA; 
- Assimétrico: decorre da diversidade. Ex: Suíça e Canadá. 
- Orgânico: o Estado deve ser considerado como um organismo. Busca-se, dessa forma, sustentar a 
manutenção do todo em detrimento da parte. Busca-se o estabelecimento da homogeneidade e a 
formulação de concepções centralistas. Ex: Governos federais socialistas e da América Latina; 
- Integração: em nome da integração nacional, passa a ser verificada a preponderância do Governo 
central sobre os demais entes, atenuando-se, assim, as características do modelo federativo. Será um 
federalismo meramente formal, aproximando-se do Estado unitário descentralizado. 
- Equilíbrio: traduz a ideia de que os entes federativos devem se manter em harmonia, reforçando-se as 
instituições. 
- De segundo grau: o Município deverá observar tanto a CR como a Constituição do Estado-membro. 
- Sistemas de Repartição de Competências: 
- O modo como se repartem as competências indica que tipo de federalismo é adotado em cada país. 
- A concentração de competências no ente central aponta para um modelo centralizador (centrípeto); 
- Uma opção pela distribuição mais ampla de poderes em favor dos Estados-membros configura o 
modelo descentralizador (ou centrífugo). 
- Havendo uma dosagem contrabalançada caracteriza o federalismo de equilíbrio. 
- Motivopara os Estados assumirem a forma Federal: 
 Um território amplo é propenso a ostentar diferenças de desenvolvimento de cultura e paisagem 
geográfica, recomendando, ao lado do governo que busca realizar anseios nacionais, um governo 
local atento às peculiaridades existentes. 
 O Federalismo permite a convivência de grupos étnicos heterogêneos, muitas vezes com línguas 
próprias, como é o caso da Suíça e Canadá. 
- No direito comparado, as formulações constitucionais em torno da repartição de competências podem 
ser chamadas de: 
A) Modelo clássico: a União tem poderes enumerados e reservou aos Estados-membros os poderes 
não especificados. Modelo vindo da CR dos EUA de 1787. Flexibilizou-se como a doutrina dos 
poderes implícitos. 
B) Modelo Moderno: competências exclusivas da União e competências comum ou concorrente a ser 
explorada tanto pela União como pelos Estados-membros. 
C) Modelo de repartição horizontal: não se admite concorrência de competência entre os entes 
federados. Não há subordinação. No Brasil esse modelo é utilizado nos arts. 21, 22, 23, 25, e 30; 
D) Modelo de repartição vertical: realiza-se distribuição da mesma competência entre a União e 
Estados-membros. Há subordinação. Denominada como condomínio legislativo ou concorrente. 
Verifica-se a sua utilização no art. 24. 
 
RESUMINDO 
- ESTADO FEDERAL: 
1. Quem é? República Federativa do Brasil 
2. Atributo: Soberania 
- ENTES FEDERADOS: 
1. Quem são? União, Estados- membros, Municípios e Distrito Federal 
2. Atributo: Autonomia política 
 
Integrantes do Pacto Federativo 
- Territórios Federais: 
- Pessoa jurídica de Direito Público não integrante do Pacto Federativo. 
- O primeiro território existente no Brasil foi o Acre pela Lei 1.181/1904. Somente na Constituição de 1934 
foi que os territórios ganharam status constitucional. 
- Trata-se de mera descentralização administrativo-territorial da União, qual seja, uma autarquia. 
- Pode ser dividido em municípios. 
- Art. 33, 84, XIV, 211, §1º CR. 
- Distrito Federal: 
- Pessoa jurídica de Direito Público, integrante do Pacto Federativo. 
- Autonomia: auto-organização (art. 32, caput); autogoverno (arts. 32, §2º e 3º); autoadministração e 
autolegislação (arts. 18 e 23 e 32, §1º) 
- O número de deputados distritais depende do número de deputados federais 
- Estados Membros: 
- Pessoa jurídica de direito público integrante do pacto federativo. 
- Autonomia: auto-organização (art. 25, caput); autogoverno (arts. 27, 28 e 125); autoadministração e 
autolegislação (arts. 18 e 25 a 28) 
- O número de deputados estaduais depende do número de deputados federais 
- Municípios: 
- Pessoa jurídica de direito público integrante do pacto federativo. 
- Autonomia: auto-organização (art. 29, caput); autogoverno (art. 29); autoadministração e autolegislação 
(art. 30) 
- Com segundo turno para eleições de prefeito em municípios com mais de 200 mil eleitores. 
- Máximo de 55 vereadores. 
- Projeto de lei complementar n.º 104/2014, regulamenta o art. 18, §4º, CR. 
- Veto presidencial – mensagem 250/2014 
- Projeto de lei complementar n.º 137/2015, regulamenta o art. 18, §4º, CR. 
- É vedado aos entes que integram o pacto federativo: 
- Art. 19, CR: 
a) Interferência nos cultos religiosos; 
b) Recusar fé aos documentos públicos; 
c) Criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si 
- Intervenção Federal: 
- Art. 34 e 35, CR 
- Regra da não intervenção. 
- Intervenção possível nos estados, DF e municípios de territórios federais. 
 
- Intervenção Estadual: 
- Art. 35, CR 
- Regra da não intervenção. 
- Intervenção possível nos municípios de cada estado-membro. 
 
Intervenção Estadual e Federal 
- Introdução: 
- Federação é a união de vários Estados, cada qual com uma parcela de autonomia. 
- Pode ser que um determinado Estado extrapole o limite da autonomia. Assim, a UNIÃO passa a impor 
sanções a esse Estado, limitando a sua autonomia, nos exatos termos estabelecidos pela Constituição de 
1988. 
- Intervir significa retirar a autonomia do ente federativo. 
- Conceito: 
- Segundo Guilherme Peña de Moraes, a intervenção federal é o procedimento político-administrativo de 
afastamento, temporário e excepcional, da autonomia política de determinada entidade federativa, com 
fundamento em hipóteses de cabimento enumeradas taxativamente na Constituição, instaurado de 
ofício pelo Chefe do Executivo, assim como a requerimento ou requisição de qualquer Poder do Estado. 
- Natureza Jurídica: 
- A Intervenção Federal é dotada de natureza jurídica de procedimento político-administrativo, deflagrado 
por ato praticado no exercício do poder, em que se encontra a Chefia do Poder Executivo da entidade 
interveniente (Guilherme Peña de Moraes). 
- Isto significa que não é cabível a interposição de recursos contra pronunciamento jurisdicionais oriundos 
da intervenção federal. 
- Características: 
- EXCEPCIONALIDADE: a intervenção é subordinada a pressupostos materiais (art. 34, CR) e requisitos 
formais (art. 36, CR.) A regra é a não intervenção. 
- TEMPORARIEDADE: é o intervalo de tempo necessário para afastar as causas que possam perturbar o 
equilíbrio federativo. 
- Hipóteses de Intervenção Federal: 
- A intervenção federal deve ser realizada pela União. 
- A União poderá intervir nos Estados, no Distrito Federal e em municípios localizados em Territórios 
Federais. 
- As hipóteses de Intervenção Federal são taxativas, ou seja, somente aquelas descritas no arts. 34 e 35 da 
Constituição do Brasil. 
- São essas as hipóteses de Intervenção Federal nos Estados e no Distrito Federal: 
1. manter a integridade nacional; 
2. repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; 
3. pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; 
4. garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; 
- São essas as hipóteses de Intervenção Federal nos Estados e no Distrito Federal: 
1. manter a integridade nacional; 
2. repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; 
3. pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; 
4. garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; 
 
5. reorganizar as finanças da unidade da Federação que: 
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força 
maior; 
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos 
estabelecidos em lei; 
 6. prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; 
 7. assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: 
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; 
b) direitos da pessoa humana; 
c) autonomia municipal; 
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. 
- Espécies de Intervenção Federal: 
A) Espontânea: O Presidente da República age de ofício nos termos do art. 34, I, II, III e IV, CR; 
B) Provocada por solicitação: quando a coação ou impedimento recaírem sobre o Poder Legislativo ou o 
Poder Executivo, impedindo o livre exercício dos aludidos Poderes nas unidades da Federação, a 
decretação da intervenção federal, pelo Presidente da República, dependerá de solicitação do Poder 
Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, nos termos do art. 34, VI, combinado com art. 36, I, 
primeira parte, da CR; 
C) Provocada por requisição: 
I – se a coação for exercida contra o Poder Judiciário, a decretação da intervenção Federal dependerá de 
requisição do STF, nos termos do art. 34, VI, combinado com o art. 36, I, CR; 
II – no caso de desobediência a ordem ou decisão judicial, a decretação dependerá de requisição do STF, 
do STJ ou do TSE, de acordo com a matéria,nos termos do art. 34, VI, combinado com art. 36, II, CR. 
- Exemplo: descumpri ordem judicial para pagamento de precatório. O STF entende que o descumprimento 
tem que ser voluntário,intencional e haver recursos financeiros. 
D) Provocada, dependendo de provimento de representação: 
I) no caso de ofensa aos princípios constitucionais sensíveis, a intervenção federal dependerá de 
provimento, pelo STF, de representação do Procurador Geral da República – PGR, nos termos do art. 34, 
VII, combinado com art. 36, III, primeira parte, da CR. 
II) para prover execução de lei federal, a intervenção dependerá de provimento de representação do PGR 
pelo STF, nos termos do art. 34, VI, primeira parte combinado com art. 36, III, segunda parte. 
- Em caso de solicitação pelo Executivo ou Legislativo, o Presidente não está obrigado a intervir, possuindo 
discricionariedade. 
- Havendo requisição do Judiciário, o Presidente estará vinculado e deverá decretar a intervenção federal, 
sob pena de responsabilização. 
- Decretação e Execução da Intervenção Federal: 
- A decretação e a execução da Intervenção Federal é de competência do Presidente da República, que 
deverá obrigatoriamente, consultar dois órgãos superiores, quais sejam o Conselho da República e o 
Conselho de Defesa Nacional. 
- O Presidente da República não se vincula aos pareceres desses dois órgãos de consulta. 
- A decretação se materializa por decreto presidencial de intervenção, que deve estar de acordo com art. 
36, § 1º, CR. 
- Controle exercido pelo Congresso Nacional: 
- O Congresso Nacional/CN (Poder Legislativo da União) realiza o controle político do ato de intervenção 
federal, no prazo de 24 horas da publicação do Decreto Presidencial. 
- Caso o CN esteja de recesso, deverá ser convocado, nos termos do art. 57, §7º, CR. 
- O CN poderá aprovar ou rejeitar a intervenção federal por meio de Decreto Legislativo. 
- Em caso de rejeição pelo CN do decreto interventivo, o Presidente deverá cessá-lo imediatamente, sob 
pena de cometer crime de responsabilidade nos termos do art. 85, da CR. 
- O ato passará a ser inconstitucional caso o Presidente não cesse os seus efeitos. 
- Hipóteses de dispensa do controle exercido pelo Congresso Nacional: 
- Nas hipóteses de intervenção provocada, dependendo de provimento de representação(arts. 34, VI e VII, 
CR), o art. 36, §3º, CR, dispensa o controle político exercido pelo CN, caso a suspensão da execução do ato 
impugnado seja suficiente. 
- Nos casos que o decreto que suspendeu a execução do ato impugnado não seja suficiente, o Presidente 
decretará a intervenção federal, nomeando se couber um interventor e afastando a autoridade envolvida 
e, finalmente, deverá submeter o seu ato a exame do CN. 
- Intervenção Estadual ou Federal nos Munícipios: 
- As hipóteses de intervenção estadual ou federal nos municípios (neste último caso nos municípios 
localizados em Territórios Federais) estão descritas na CR e estão taxativamente disciplinadas no art. 35. 
- São essas as hipóteses de intervenção nos municípios 
1) deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; 
2) não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; 
3) não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do 
ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; 
4) o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios 
indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. 
- É de competência do Governador do Estado a intervenção estadual, que se fará por meio de decreto de 
intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições da execução e quando, couber, nomeará 
interventor, afastando as autoridades envolvidas. 
- Controle exercido pelo Legislativo é dispensado: 
- Em regra o decreto interventivo deve ser apreciado pela Assembleia Legislativa. 
- Excepcionalmente se dispensará o controle do legislativo, quando o decreto se limitar a suspender a 
execução do ato impugnado. 
- A hipótese em que o controle político é dispensado está previsto no art. 35, VI, CR, quando o Tribunal de 
Justiça der provimento à representação para assegurar a observância de princípios indicados na 
Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. 
- Se a suspensão do ato impugnado não for suficiente, o Governador decretará a intervenção estadual. 
 
Poder Legislativo Federal 
- Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal. 
- Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema 
proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. 
§ 1º - O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será 
estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes 
necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha 
menos de oito ou mais de setenta Deputados. 
- LC N.º 78/93 – 513 DEPUTADOS 
§ 2º - Cada Território elegerá quatro Deputados. 
- Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos 
segundo o princípio majoritário. 
§ 1º - Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos. 
§ 2º - A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos, 
alternadamente, por um e dois terços. 
§ 3º - Cada Senador será eleito com dois suplentes. 
- Número de Deputados Federais e Senadores: 
- Acre 8; Alagoas 9; Amazonas 8; Amapá 8; Bahia 39; Ceará 22; Distrito Federal 8; Espírito Santo 10; Goiás 
17; Maranhão 18; Minas Gerais 53; Mato Grossso do Sul 8; Mato Grosso 8; Pará 17; Paraíba 12; 
Pernambuco 25; Piauí 10; Paraná 30; Rio de Janeiro 46; Rio Grande do Norte 8; Rondônia 8; Roraima 8; Rio 
Grande do Sul 31; Santa Catarina 16; Sergipe 8; São Paulo 70; Tocantins 8. 
- 3 Senadores por Estado e Distrito Federal. 
- Número de Deputados Estaduais: 
- Art. 27: O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do 
Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos 
forem os Deputados Federais acima de doze. 
DE = deputados federais X 3 = 36 deputados estaduais 
DE = 36 + (deputados federais -12) 
- Número de Vereadores: 
- ART. 29, INCISO IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de: 
 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes; 
 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; 
- Número de Deputados Distritais: 
- Art. 27: O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do 
Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos 
forem os Deputados Federais acima de doze. 
12 deputados federais X 3 = 36 deputados estaduais 
- Competências do Congresso: 
• DO ART. 48: 
- Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o 
especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, 
especialmente sobre: 
I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas; 
II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e 
emissões de curso forçado; 
III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas; 
 DO ART. 49: 
- É da competência exclusiva do Congresso Nacional: 
I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou 
compromissos gravosos ao patrimônio nacional; 
II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças 
estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os 
casos previstos em lei complementar;III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência 
exceder a quinze dias; 
 CAMARA DOS DEPUTADOS – ART. 51, CR: 
- Compete privativamente à Câmara dos Deputados: 
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-
Presidente da República e os Ministros de Estado; 
II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso 
Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa; 
III - elaborar seu regimento interno; 
 SENADO FEDERAL – ART. 52, CR.: 
- Compete privativamente ao Senado Federal: 
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem 
como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da 
mesma natureza conexos com aqueles; 
II - processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de 
Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-
Geral da União nos crimes de responsabilidade; 
III - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de: 
a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição; 
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República; 
c) Governador de Território; 
d) Presidente e diretores do banco central; 
e) Procurador-Geral da República; 
f) titulares de outros cargos que a lei determinar; 
 REGRA: 
- Art. 47: Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões 
serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros. 
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva 
do Supremo Tribunal Federal; 
XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da 
República antes do término de seu mandato; 
- Reuniões ou sessões legislativas – Art. 57: 
• Sessão ordinária 
- O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º 
de agosto a 22 de dezembro. 
• Sessão conjunta 
- § 3º - Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal 
reunir-se-ão em sessão conjunta para: 
I - inaugurar a sessão legislativa; 
II - elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas; 
III - receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República; 
IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar. 
 Sessão extraordinária 
- § 6º A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á: 
 I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção 
federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse 
do Presidente e do Vice-Presidente- Presidente da República; 
II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a 
requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público 
relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das 
Casas do Congresso Nacional. 
• Sessão preparatória 
- § 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro 
ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 
(dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente. 
 
Comissões e Estatuto dos Congressistas 
- Comissões: 
- Comissões temáticas ou em razão da matéria: art. 58, §2º, CR; 
- Comissões especiais ou temporárias: regimento interno; 
- Comissão Parlamentar de Inquéritos: art. 58, §3º, CR; 
- Comissão Mista: 
- Comissão representativa: art. 58, §4º, CR. 
- Comissões Permanentes: 
- São órgãos técnicos criados pelo Regimento Interno da Casa e constituídos de deputados(as), com a 
finalidade de discutir e votar as propostas de leis que são apresentadas à Câmara. 
- Com relação a determinadas proposições ou projetos, essas comissões se manifestam emitindo opinião 
técnica sobre o assunto, por meio de pareceres, antes de ser levado ao Plenário; com relação a outras 
proposições elas decidem, aprovando-as ou rejeitando-as, sem a necessidade de passagem pelo Plenário 
da Casa. 
- A composição parlamentar desses órgãos técnicos é renovada a cada ano ou sessão legislativa. 
Na ação fiscalizadora, as comissões permanentes atuam como mecanismos de controle dos programas e 
projetos executados ou em execução, a cargo do Poder Executivo, e perduram enquanto constarem do 
Regimento Interno. 
- Comissões Temporárias: 
- São criadas para dar parecer sobre propostas de emendas à Constituição; projetos de código; projetos 
de lei sobre tema de competência de mais de três comissões de mérito; denúncia contra o Presidente da 
República ou ministro; ou projeto de alteração do Regimento Interno. 
- Comissões Parlamentares de Inquérito: 
- As comissões parlamentares de inquérito – CPI - são outro tipo de comissão temporária. 
- Elas se destinam a investigar um fato determinado, nos termos do 58, §3º, CR. 
- As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades 
judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos 
Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço 
de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for 
o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos 
infratores. 
- As comissões parlamentares de inquérito são outro tipo de comissão temporária. Elas se destinam a 
investigar um fato determinado. 
- Há também as comissões temporárias externas, criadas para acompanhar assunto específico em 
localidade fora da sede da Câmara. 
- Limites ao poder de investigação das CPIs: 
https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/chamadaExterna.html
a) atos de conteúdo jurisdicional; 
b) reserva constitucional de jurisdição: 
I – busca domiciliar; 
II – interceptação telefônica; 
III – ordem de prisão a não ser que seja por crime de falso testemunho; 
- Imunidades Parlamentares: 
• IMUNIDADE MATERIAL ou INVIOLABILIDADE 
- Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, 
palavras e votos. 
 IMUNIDADE FORMAL OU PROCESSUAL: 
- Foro por prerrogativa de função: 
§1º Os Deputados e Senadores serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. 
- Prisão: 
 § 2º Os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime 
inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para 
que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. ( 
- Sustação do processo: 
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o 
Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela 
representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento 
da ação. 
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e 
cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. 
- Testemunhas: 
 § 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou 
prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles 
receberam informações. 
- Forças Armadas: 
 § 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados eSenadores, embora militares e ainda que em 
tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva. 
- Estado de sítio: 
 § 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser 
suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados 
fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida. 
- Proibições: 
- Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão: 
I - desde a expedição do diploma: 
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade 
de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a 
cláusulas uniformes; 
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad 
nutum", nas entidades constantes da alínea anterior; 
II - desde a posse: 
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com 
pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I, "a"; 
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a"; 
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. 
- Perda do mandato de Deputado ou Senador – Art. 55, CR: 
I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior; 
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar; 
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a 
que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada; 
- Perda de mandato: 
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos – VER ART. 15, CR; 
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição; 
VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado. 
§ 1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o 
abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de vantagens 
indevidas. 
- Procedimento para perda de mandato: 
§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou 
pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido 
político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa 
§ 3º Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva, de 
ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado no 
Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. 
§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, nos 
termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os §2º e 3º. 
- Não perde o mandato – Art.56, CR: 
- O Deputado ou Senador: 
I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito 
Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária; 
II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse 
particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa. 
§ 1º O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas neste artigo 
ou de licença superior a cento e vinte dias. 
§ 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de 
quinze meses para o término do mandato. 
§ 3º Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador poderá optar pela remuneração do mandato. 
 
Processo Legislativo 
- Proposta de Emenda à Constituição: 
- Publicação/ Quem pode propor: A proposta de emenda à Constituição (PEC) pode ser apresentada por 
no mínimo 171 deputados ou 27 senadores (1/3 do total), pelo presidente da República e por mais da 
metade das assembleias legislativas. Uma proposta vinda do Senado (ou seja, já aprovada pelos senadores) 
segue o mesmo rito descrito abaixo. 
- Análise de Admissibilidade – CCJC: A PEC começa a tramitar na Comissão de Constituição e Justiça e de 
Cidadania (CCJC), que analisa a admissibilidade da proposta. A PEC não pode violar as cláusulas pétreas da 
Constituição: forma federativa de Estado; voto direto, secreto, universal e periódico; separação dos 
Poderes; e os direitos e garantias individuais dos cidadãos. 
- Análise do Mérito – Comissão Especial: Se for admitida pela CCJC, o mérito da PEC é analisado por uma 
comissão especial, que pode alterar a proposta original. 
- Votação no Plenário: Depois, a proposta é analisada pelo Plenário, onde é votada em dois turnos. A 
aprovação depende dos votos favoráveis de 3/5 dos deputados (308), em dois turnos de votação. 
- Destaques: Em geral, os deputados aprovam o texto principal do projeto e “destacam” alguns trechos para 
votação posterior. Esses trechos são chamados destaques. Normalmente, essas votações posteriores 
servem para confirmar ou retirar alguns trechos do texto da proposta. Também podem ser destacadas 
emendas, para alterar o texto. 
- Depois do Plenário: Depois de concluída a votação em uma Casa, a PEC é enviada para a outra. Se o texto 
for aprovado nas duas Casas sem alterações, é promulgado em forma de emenda constitucional em sessão 
do Congresso Nacional. 
- Se houver modificação substancial (não apenas de redação), ela volta obrigatoriamente para a Casa onde 
começou a tramitar. A alteração em uma Casa exige nova apreciação da outra Casa, sucessivamente. É 
possível haver a promulgação “fatiada” (apenas da parte aprovada pelas duas Casas).

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