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CAROLINE LOPES SANTOS RA: N190AJ5 EMANUELE R. C. DA SILVA RA: D24ADJ5 JACKSON K. F. GONZALEZ RA: N208155 LARISSA Y. KIYOHARA RA: D300628 MAISA ILHÉU RA: N1888D6 MARIANA DE CARVALHO RIBEIRO RA: C4043G2 MARIANA FORTES RA: D389IF9 OTAVIO EUGENIO C. M. ELIAS RA: D485AD3 DESENVOLVIMENTO DE UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL PARA ADOLESCENTES Trabalho de Atividade Prática Supervisionada do 5° semestre do curso de graduação em Nutrição apresentado à Universidade Paulista – UNIP/SJCampos sob supervisão da Professora M. Sc. Carina M. C. Martha. Orientadora: Professora M. Sc. Carina M. C. Martha. SÃO JOSE DOS CAMPOS 2019 RESUMO O principal intuito do presente trabalho foi analisar e compreender a rotina alimentar de 24 adolescentes de ambos os sexos entre 16 e 17 anos de idade, sendo 6 do sexo masculino e 18 do sexo feminino que estão cursando o 3° ano do ensino médio técnico de período integral de rede estadual em São José dos Campos. Foi aplicado aos alunos um questionário manual de 19 questões onde abordava-se o número de refeições que são realizadas diariamente, onde são realizadas, quais alimentos são consumidos e com que frequência, visto isso, foi criado um programa de educação alimentar orientando os adolescentes sobre uma alimentação de qualidade, importância de atividades físicas, ingestão de fibras para a promoção da saúde. Além das respostas de uma alimentação não equilibrada, foi avaliado também que 61,9 % dos adolescentes não praticam atividade física, com isso os adolescentes foram alertados sobre o risco do sedentarismo e de suas doenças subsequentes como das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Ressaltou-se também a necessidade de refeições equilibradas e a importância dos macronutrientes e micronutrientes. Os carboidratos complexos por exemplo visto que eles são as maiores fontes de energia dos adolescentes. As proteínas são fundamentais para o crescimento de novos tecidos durante a fase da adolescência. Orienta-se a ingestão de lipídios, e por fim é altamente recomendado o consumo de fibras e a ingestão hídrica para adolescente.Os micronutrientes caracterizados por vitaminas e minerais possuem um papel importantíssimo no crescimento e na saúde dos adolescentes, na adolescência as necessidades de vitaminas são maiores devido ao aumento das necessidades de energias, por isso é fundamental maiores quantidades de vitamina B, ácido fólico e vitamina B12. E vitamina D por causa do crescimento acelerado do esqueleto e das vitaminas A e C. A Pirâmide Alimentar é um guia que com a utilização do alimento visa, a manutenção do peso corporal, dieta pobre em gorduras saturadas, rica em vegetais, frutas e grãos, moderada ingestão de açúcar, sal, e bebidas alcoólicas. A pirâmide alimentar recomendada ao adolescente engloba suas particularidades (idade, sexo, altura, nível de atividade física, entre outros), foi calculada para mulheres sedentárias e idosos o valor de 1.600 kcal, 2.200 kcal atribuída a adolescentes do sexo feminino, mulheres com atividade física intensa e homens sedentários, e 2.800 kcal foi estabelecida para homens com atividade física intensa e adolescentes do sexo masculino. Palavras-chave: Macronutrientes, Pirâmide Alimentar, Adolescentes, Alimentação. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Pirâmide Alimentar .......................................................................... 18 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 07 2 OBJETIVOS .................................................................................................. 08 2.1 Objetivo Geral ........................................................................................... 08 2.2 Objetivos Específicos .............................................................................. 08 3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................ 09 3.1 Diagnóstico Situacional ........................................................................... 09 3.2 Planejamento das Ações Educativas ..................................................... 09 3.3 Avaliação da Aprendizagem .................................................................... 10 4 DESENVOLVIMENTO .................................................................................. 10 4.1 Alimentação Saudável ............................................................................. 10 4.2 Macronutrientes ....................................................................................... 11 4.3 Micronutrientes ........................................................................................ 12 4.3.1 Cálcio ...................................................................................................... 12 4.3.2 Ferro ........................................................................................................ 13 4.3.3 Zinco ....................................................................................................... 15 4.3.4 Vitamina A ............................................................................................... 16 4.3.5 Vitamina B9 ............................................................................................. 16 4.3.6 Vitamina B12 ........................................................................................... 17 4.4 Pirâmide dos Alimentos........................................................................... 18 4.5 Alimentos in-natura, processados e ultraprocessados ........................ 20 4.6 Prática de Atividade Físicas .................................................................... 21 4.6.1 A Importância de Associar uma Alimentação Saudável .......................... 21 4.6.2 Danos à Saúde Relacionados ao Sedentarismo ..................................... 22 4.6.3 Utilização de Aplicativos .......................................................................... 22 4.7 Influência da Mídia ................................................................................... 23 4.7.1 Coco e Óleo de Coco .............................................................................. 23 4.7.2 Glúten e Lactose ..................................................................................... 24 5 RESULTADOS .............................................................................................. 26 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 37 REFERÊNCIAS ............................................................................................. 38 APÊNDICE A ................................................................................................ 42 APÊNDICE B ................................................................................................ 45 APÊNDICE C ................................................................................................ 46 APÊNDICE D ................................................................................................ 49 7 1 INTRODUÇÃO A adolescência é um período de transição da infância para idade adulta, e pode ser dividida em três fases de acordo com as mudanças físicas, psicológicas e sociais. A adolescência inicial, período variável, normalmente de 10 a 13 anos; adolescência intermediária, 14/15 a 17 anos; adolescência tardia 17 a 21 anos. As características podem variar entre os indivíduos de acordo com o gênero, hereditariedade, desenvolvimento, a maturidade, as condições e estilo de vida. Com isso, é importante atentar-se aos hábitos alimentares inadequados na adolescência e fatores de riscos associados. A omissão de refeições especialmente o desejum e o consumo de refeições rápidas além da menor ingestão de frutase hortaliças, são considerados comportamentos inadequados, juntamente como sedentarismo favorecem o acúmulo de tecido adiposo e a obesidade futura, além do aparecimento de doenças crônicas (Galisa; Nunes; Garcia; Chemin, 2016). O desenvolvimento físico e metabólico adequado depende de alguns nutrien- tes, além do aumento da necessidade energética durante essa fase, há o aumento da necessidade de cálcio, ferro, zinco, ácido fólico, cianocobalamina, que iram exercer um papel importante no desenvolvimento fisiológico do indivíduo (Galisa; Nunes; Gar- cia; Chemin, 2016). Em uma escola de nível técnico em São José dos Campos, foi realizado uma pesquisa com os alunos entre 16/17 anos, onde 6 eram do sexo masculino e 22 eram do sexo feminino. De acordo com os resultados obtidos, observou-se que a os ado- lescentes, devido à falta de tempo, procuram por refeições rápidas, onde a grande parte opta por fast-food e produtos industrializados, além de ficarem um longo período em jejum, pulando o café da manhã e indo direto ao almoço. Notou-se também que os adolescentes não possuem informações nutricionais e suas consequências de acordo com a saúde. 8 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Desenvolver um programa de Educação Alimentar e Nutricional para adoles- centes de 16 a 17 anos de idade do 3° ano do ensino médio técnico de período integral de rede estadual em São José dos Campos. 2.2 Objetivos Específicos Após a apresentação das recomendações da Pirâmide Alimentar Adaptada de 1999, que considera 6 refeições diárias, sendo o café-da-manhã, almoço e jantar as refeições principais, e 3 lanches intermediários, os adolescentes deverão passar a realizar no mínimo 5 refeições diárias. Após o programa educativo, os adolescentes deverão ingerir alimentos em quantidade e tamanho de porções adequados as suas necessidades nutricionais, de acordo com as recomendações de 2.800 calorias para adolescentes do sexo masculino e 1.600 calorias para adolescentes do sexo feminino. Os adolescentes deverão passar a ingerir de 4 a 5 porções de frutas diariamente. Ao final da apresentação do programa educativo, os adolescentes deverão citar os benefícios de se consumir frutas legumes e verduras. Após as discussões propostas durante a palestra, os adolescentes deverão passar a considerar a prática de atividades físicas pelo menos 5 vezes na semana. De acordo com os assuntos abordados durante o programa, relativos ao consumo excessivo de alimentos industrializados e à dietas restritivas populares nas redes sociais, os adolescentes deverão citar quais alimentos devem ser deixados de se consumir com frequência. 9 3 MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Diagnóstico Situacional Foi aplicado um questionário de 19 perguntas que podem ser verificadas no Apêndice A com o intuito de conhecer a rotina e os hábitos alimentares dos adoles- centes que compõem a população alvo no programa. A pesquisa colocou em questão o número de refeições que são realizadas diariamente, onde são realizadas, quais alimentos são consumidos e com que frequência, assim como buscou conhecer qual dos alunos em relação à sua alimentação, como a quantidade de alimentos que se consome, se as consideram saudáveis, se por algum motivo já fizeram dieta, a fre- quência praticam atividades físicas e qual é o poder de influência que a mídia tem sobre suas escolhas alimentares. Com base na pesquisa realizada dois terços dos 21 alunos entrevistados ale- garam que possuem autonomia para fazer as próprias escolhas alimentares, por isso torna-se necessário um programa de conscientização da importância dos principais micronutrientes, para que sejam capazes de realizar escolhas alimentares durante o desenvolvimento do organismo na fase da adolescência. 3.2 Planejamento das Ações Educativas 47,6% dos alunos entrevistados consideram que se alimentam em quantidades fora da normalidade. Dessa parcela, a maior parte considera que come pouco. Para mudar essa situação, o programa de educacional visa conscientizar os jovens da importância de se alimentar em quantidades suficientes para atender a necessidades energética de cada um, assim como a distribuição de macronutrientes ideal para a faixa etária em que estão através da discussão sobre as leis da alimentação de 1937 por Pedro Escudero sendo elas Lei da Quantidade, Adequação, Qualidade e harmonia. Dos 21 alunos, apenas 5 incluem o grupo dos legumes e verduras nas refeições principais. Além disso, a média de consumo de frutas é de 1 a 2 diariamente. Sendo assim, um dos objetivos principais do programa educacional é mudar esse hábito através da conscientização da importância da variação dos grupos alimentares utilizando a Pirâmide Alimentar Adaptada de 1999 como ferramenta para falar da re- comendação dos grupos alimentares em porções e medidas caseiras, para cada ado- lescente foi entregue uma cartilha frente e verso onde na frente encontra-se a pirâmide alimentar, e no verso os grupos alimentares, demonstrada no Apêndice D. 10 O consumo de alimentos industrializados e fast-foods evidenciado na pesquisa foi em média de 3 a 6 vezes na semana. Para que os jovens sejam capazes de fazer melhores escolhas alimentares, uma das estratégias do programa é conscientizá-los sobre a diferença de alimentos processados, ultraprocessados e fast-food, assim como os problemas causados pelo consumo excessivo desses alimentos. Apenas ⅓ dos 21 alunos entrevistados disseram que fazem ou já fizeram al- guma dieta, sendo que dessa parcela, 4 alunos afirmaram que já deixaram de consu- mir ou passaram a consumir algum alimento por influência da mídia. Da parcela de alunos que disseram nunca ter feito nenhuma dieta, 5 afirmaram que também já dei- xaram ou passaram a consumir algum alimento por influência da mídia e redes sociais. Devido a essa influência que a mídia tem sobre as escolhas alimentares do grupo alvo, o programa trará discussões sobre as dietas da moda populares nas redes soci- ais, a fim de evitar que entrem em dietas restritivas sem necessidade, usando como exemplo o caso de pessoas que param de consumir glúten e lactose sem que tenham intolerância à esses componentes alimentares. A pesquisa mostrou que 61,9% dos alunos não praticam atividades físicas a nível que atenda às recomendações semanais. Para mudar essa realidade, durante o programa serão abordadas questões que evidenciam a importância de se associar a alimentação saudável com a prática de atividades físicas. 3.3 Avaliação da Aprendizagem Foi elaborado um questionário estruturado com 6 questões sendo 3 tipos fechadas e 3 abertas, com base no conteúdo desenvolvido na ação para verificação da assimilação e compreensão dos temas tratados que se encontra no Apêndice B. 4 DESENVOLVIMENTO 4.1 Alimentação Saudável Segundo o Ministério da Saúde uma alimentação saudável deve ser composta por hábitos alimentares que assumam a definição social e cultural das iguarias como princípios vitais conceituais. A alimentação saudável deve ser variada para que seja usufruído de todos os benefícios nutricionais de cada alimento; colorida visto que a cor nos chama mais atenção e torna o alimento mais prazeroso; harmoniosa em disposições de quantidade e qualidade balanceada e segura livre de contaminações e promovendo a saúde (Ministério da Saúde, 2010). 11 De acordo com as Leis da Alimentação, elaboradas pelo médico Pedro escu- dero em 1937, uma alimentação saudável é constituída por quatro princípios, sendo eles quantidade, qualidade, harmonia e adequação. A lei da quantidade determina que a quantidade de calorias ingeridas na dieta deve atender a necessidade energé- tica do indivíduo. A lei da qualidade diz respeito à composição dos alimentos ingeridos, garantindo a disponibilidade dos nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo. Segundoa lei da harmonia deve haver equilíbrio entre os alimentos inge- ridos, mantendo a proporcionalidade entre os nutrientes. E a lei da adequação deter- mina que a dieta deve se adequar as condições de vida do indivíduo considerando os ciclos da vida, estado fisiológico, hábitos alimentares e as condições sócio-econômi- cas e culturais (Ferreira; Neta; Silva; Garcês, Nishimura; Feitosa, 2015). 4.2 Macronutrientes A necessidade de uma alimentação saudável na fase da adolescência se justifica por conta de evidências que associam a alimentação incorreta nessa fase da vida com risco de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) na vida adulta, realizar todas as refeições é o fator principal para que se tenha uma vida saudável (Veiga; Costa; Araújo; Souza; Bezerra; Barbosa, et al. 2013). É muito importante para manter o crescimento de novos tecidos que durante essa fase da adolescência são consideráveis, a necessidade proteica é de 10 a 15%. De preferência os carboidratos complexos que são as principais fontes de energia para os adolescentes, a recomendação é de 50% a 60% da energia total, devendo dar bastante atenção as fibras pois são muito importantes para evitar diversos situações nutricionais como constipação intestinal, obesidade, dislipidemia e diabetes, quanto mais cedo incentivar o consumo de fibras pode até mesmo prevenir alguns cânceres, sendo a recomendação para a faixa etária de 3 a 18 anos de acordo a American Dietetic Association (ADA) é de uma ingestão diária igual à idade + 5g. O organismo necessita de gordura pois a composição das membranas biológicas é a partir de lipídios, todos os tecidos possuem lipídios em sua composição denominados fosfolipídios, entre as funções do lipídio destaca-se também fornecimento de energia, percursores de hormônios e sais biliares, transporte de vitaminas lipossolúveis, iso- lante térmico e físico. A recomendação é de 20 a 30% das calorias totais (Giannini, 2007; Philippi; Latterza; Cruz; Ribeiro, 1999). 12 4.3 Micronutrientes Os micronutrientes realizam um papel de suma importância no crescimento e na saúde dos adolescentes, as necessidades de vitaminas são maiores na adolescência, porque as necessidades de energias estão aumentadas sendo necessária maiores quantidades de vitamina B, ácido fólico e vitamina B12. E vitamina D por causa do crescimento acelerado do esqueleto e das vitaminas A e C, necessá- rias para o crescimento celular. Todas essas vitaminas não precisam de suplementa- ção pois podem ser ingeridas na alimentação balanceada e saudável (Galisa; Nunes; Garcia; Chemin, 2016). 4.3.1 Cálcio O cálcio é um elemento fundamental ao organismo e o mineral mais abundante no corpo humano pois é necessário em funções biológicas como a contração muscular, mitose, coagulação sanguínea, transmissão de impulsos nervosos, está relacionada à mineralização dos ossos e dos dentes, desde a formação, manutenção da estrutura e rigidez do esqueleto. O depósito mineral ósseo durante a puberdade parece depender da absorção dietética de cálcio, assim como da redução da sua excreção, e isso depende de um adequado estado de vitamina D. A ingestão ideal de cálcio é aquela que conduza a um pico de massa óssea adequado no adolescente, mantendo-o na fase adulta e minimizando a perda da senilidade (Pereira, 2009; Bueno, 2008). Por não ser produzido endogenamente, o cálcio é somente adquirido através da ingestão diária de alimentos que o contenham. O cálcio é encontrado em maior abundância e biodisponibilidade no leite bovino e derivados. Porém, recomenda-se que as fontes magras desses alimentos sejam priorizadas em relação às versões gordurosas, uma vez que as quantidades de cálcio não sofrem grande influência. As verduras verdes-escuras, como a couve, e alguns frutos do mar, como determinados peixes, são consideradas fontes alternativas, mas em geral necessitam que maiores porções sejam ingeridas para que a necessidade seja atingida (Bueno, 2008; Buzinaro, 2006; França, 2014). A vitamina D, em sua forma ativa 1,25-(OH)2D é um hormônio que regula o metabolismo do cálcio e do fósforo. Portanto, sua principal função é manter a homeostase do cálcio sérico. O hormônio do crescimento (GH) é um dos fatores endógenos que promovem a recaptação de cálcio nos rins através da elevação da 13 concentração sérica de 1,25-(OH)2D Sendo um mecanismo importante durante a fase de crescimento, na qual há ganho acelerado de massa óssea (Filho, 2013; Pereira, 2009). O ácido fítico encontrado principalmente na casca de aveia e soja, tem como função mobilizar o cálcio para as reservas intracelulares. A combinação do ácido fítico com cálcio dá origem ao fitato de cálcio, um sal insolúvel que diminui a absorção do cálcio dietético (Quirrembach, 2009, Grüdtner, 1997). O ácido oxálico, presente em vegetais como espinafre, combina-se com o cálcio formando oxalato de cálcio, um sal insolúvel. Alimentos que contém maiores concentrações de ácido oxálico apresentam menor biodisponibilidade de cálcio (Grüdtner, 1997; França, 2014). Sendo o cálcio um dos principais componentes do tecido mineral ósseo e que a Vitamina D desempenha um papel importante no metabolismo do cálcio, uma dieta insuficiente nesses nutrientes pode influenciar a formação do esqueleto e o processo de crescimento e desenvolvimento. A baixa ingestão ou baixa absorção de cálcio e vitamina D em adolescentes pode influenciar negativamente o desenvolvimento ósseo, causando não apenas raquitismo, causado pela deficiência da vitamina D e cálcio, que resulta em retardo de crescimento e fraqueza muscular (Bueno, 2008). O consumo excessivo de proteínas na dieta, associado à baixa ingestão de cálcio possibilita um quadro de uma acidose metabólica, estimulando a retirada de cálcio do tecido ósseo e inibindo a ação dos osteoblastos, causando consequentemente a estrutura dos ossos devido a menor atividade de formação óssea e maior desmineralização. A quantidade excessiva de aminoácidos na dieta aumentaria a excreção urinária do cálcio em cerca de 50%. Uma relação estimada de cálcio para proteína maior que 20:1 seria o suficiente para evitar a perda de mineral pela urina (Oselame C; Matos; Olesame G; Neves, 2016; Buzinaro; Almeida; Mazeto, 2006). 4.3.2 Ferro O ferro é um mineral vital para a homeostase celular, pois é essencial para a formação da molécula heme e participa da formação de diversas proteínas. Na forma de hemoproteína, é fundamental para o transporte de oxigênio. A adolescência é um período marcado pelo aumento da necessidade diária de ferro devido à expansão do 14 volume sanguíneo, à perda sanguínea menstrual nas meninas e ao aumento da massa muscular decorrentes do estirão pubertário (Grotto, 2010; Garanito, 2010). O ferro da dieta é encontrado sob duas formas: ferro heme e o ferro não heme. O ferro heme é constituinte da hemoglobina e da mioglobina e está presente nas carnes e seus subprodutos. O ferro não heme é proveniente de vegetais e grãos e é encontrado principalmente na forma férrica, e sua absorção é dependente da solubilização do ferro ingerido no estômago e redução à forma ferrosa no intestino (Bortolini, 2010; Grotto, 2010). O ferro fica estocado nas células do fígado, baço e medula óssea, nas formas de ferritina e hemossiderina. A ferritina contém e os átomos de ferro que poderiam formar agregados de precipitados tóxicos e os mantém armazenados. A hemossiderina corresponde à forma degradada da ferritina, em que a concha proteica foi parcialmente desintegrada, permitindo que o ferro forme agregados (Grotto, 2010). O consumo de vitamina C contribui para aumentar a absorção do ferro não heme, sendo capaz de dobrar a absorção do ferro não heme presente na mesma refeição, além de diminuir os efeitos do ácido oxálico e ácido fítico, que são fatores inibidores da absorção doferro. O cálcio é capaz de interferir na absorção do ferro não heme. O estudo realizado por Hallberg et al, em 1991 demonstrou que a ingestão ≥300mg de cálcio causa redução de 75% da absorção do ferro não heme (Bortolini, 2010; Ybarra; Costa; Ferreira; 2001). A vitamina A está envolvida no mecanismo de liberação do ferro de depósito. Tanto a vitamina A, quanto o beta-caroteno também podem formar um complexo com o ferro, que mantém a sua solubilidade no lúmen intestinal e anula ou diminui os efeitos inibitórios dos fitatos e polifenóis na absorção de ferro (Bortolini, 2010). A ingestão ou absorção deficiente de ferro, perda menstrual excessiva pode acarretar ferropenia ou anemia ferropriva. A prevalência de anemia ferropriva em adolescentes do sexo masculino pode ser explicada pelo aumento fisiológico dos níveis de hemoglobina causada pela maturação sexual, expansão volêmica e ao aumento da massa muscular, ao passo que nas meninas, qualquer aumento que seria esperado nos níveis de hemoglobina acaba sendo superado pela perda sanguínea na menarca (Garanito, 2010). 15 4.3.3 Zinco O zinco é um mineral essencial que está relacionado maturação sexual, crescimento estatural , regeneração óssea e muscular, e síntese de DNA, desenvolvimento do sistema imunológico, além de dar suporte para a manutenção do balanço ácido básico do sangue, atividade dos neurônios e da memória e desenvolvimento cognitivo (Cozzolino; Comenitti, 2013). Adolescentes têm necessidades maiores de zinco, de vido a participação desse mineral no crescimento e desenvolvimento do sistema reprodutor. O zinco é componente de enzimas responsáveis pela síntese e maturação dos espermatozóides, influenciando a manutenção da fertilidade de adolescentes do sexo masculino. Em adolescentes do sexo feminino, o zinco participa da síntese e secreção de hormônios luteinizantes, folículo estimulantes e prolactina (Urbano; Vitalle; Juliano; Amancio, 2002; Cominetti; Reis; Cozzolino; 2017). Além disso, o zinco é fundamental para que haja a proliferação das células do sistema imune por participar do processo de transcrição, tradução e replicação do DNA (Macêdo; Amorim; Silva; Castro, 2009). O zinco é obtido através da ingestão de alimentos de origem animal, principalmente em carnes vermelhas, fígado, miúdos, ovos, e em frutos do mar, como mariscos e ostras. Alguns cereais integrais apresentam quantidades elevadas de zinco, mas a presença de fatores antinutricionais nesses alimentos diminuem sua biodisponibilidade (Mafra; Cozzoli, 2004; Cesar; Wada; Borges, 2005). A biodisponibilidade do zinco pode ser afetada em dois momentos: no processo de absorção intestinal ou já na circulação sanguínea. A absorção intestinal de zinco é diminuída por fatores antagônicos, como ácido oxálico, fítico, os taninos e os polifenóis. Dependendo da quantidade de outros minerais como o cobre e ferro na corrente sanguínea, a utilização do zinco absorvido pode ser diminuída. A presença de aminoácidos e outros ácidos orgânicos são capazes de aumentar a solubilidade do zinco, facilitando sua absorção (Pereira; Hessel, 2008; Cominetti; Reis; Cozzolino, 2017). A deficiência de zinco pode causar retardo no crescimento esquelético e na maturação sexual, desenvolvimento anormal dos ovários e alterações no período de ovulação em adolescentes do sexo feminino, e impotência sexual, atrofia testicular nos adolescentes do sexo masculino. Em ambos os sexos pode haver a diminuição 16 do paladar, desordens de comportamento, aprendizado e memória, diarréia, dermatite e alopécia (Mafra; Cozzolino, 2004; Cominetti; Reis; Cozzolino, 2017). 4.3.4 Vitamina A A vitamina A é uma vitamina lipossolúvel importante em diversos processos fisiológicos, atuando no bom funcionamento do sistema visual, a diferenciação e a proliferação celular, integridade do tecido epitelial, na reprodução e na integridade do sistema imunológico. É importante na adolescência devido à rápida proliferação e diferenciação celular que ocorre nesse período (Silva; Mendes; Messias, 2015; Albano; Souza, 2001). As fontes mais importantes de vitamina A são as de origem animal, onde se encontra na forma de retinol esterificado, ou seja, vitamina A pré-formada. As principais fontes são algumas espécies de pescados, fígado de boi e de frango, ovos e derivados de leite integral. São encontrados também em alimentos ricos em carotenóides, considerados pró-vitamina A. O principal dele é o beta-caroteno, presente em legumes e frutas de cor amarelo- alaranjada como a cenoura, abóbora madura, moranga, manga, mamão, e em verduras de cor verde- escura como a folha de mostarda e couve (Mourão; Sales; Coelho; Santana, 2005; Rodrigues; Roncada, 2010). Por ser uma vitamina lipossolúvel, a absorção da vitamina A depende da ingestão de lipídios necessários para a formação da micela, e pelo estímulo das funções pancreáticas e biliares promovidas pela ingestão do alimento. A vitamina A pré-formada é melhor absorvida em relação às pró-vitaminas. A baixa absorção dos carotenóides, pode se dar pelo fato de ser uma absorção passiva, além de sofrer uma lenta conversão em Vitamina A no intestino. A deficiência de vitamina A pode causar cegueira noturna, xeroftalmia, alterações no crescimento e diminuição da atividade das células do sistema imune (Mourão; Sales; Coelho; Santana, 2005; Júnior; Lemos, 2010). 4.3.5 Vitamina B9 A vitamina b9, também conhecida como ácido fólico, é importante para a formação do DNA, maturação das hemácias e dos leucócitos na medula óssea. A formação de células sanguíneas é um processo que envolve intensa proliferação ce- lular, o que demanda uma síntese numerosa de DNA e RNA. A necessidade de ácido 17 fólico aumenta na adolescência, fase que é caracterizada por profundas mudanças somáticas, com intensa proliferação celular e a síntese de DNA (Goularte; Guiselli; Engroff; Ely; Carli, 2013; Zago, 2013; Giannini, 2007). Os alimentos com maior teor de folato são as leveduras, vegetais folhosos verde-escuros frescos, fígado e outras vísceras, amendoim, ovos, cereais enriqueci- dos e grãos integrais. Ocorre perda uma parte considerável de ácido fólico durante o preparo do alimento em altas temperaturas, e durante o armazenamento em tempe- ratura ambiente. Por isso é recomendado o consumo dessas hortaliças frescas e cruas ou pouco cozidas (Vannucchi; Monteiro, 2010; Carvalho; Machado; Moretti; Fon- seca, 2006). A deficiência de ácido fólico pode estar relacionada a uma ingestão alimentar insuficiente dessa vitamina, principalmente em indivíduos em fase de crescimento em que as necessidades estão aumentadas. Pode ser causada também por falhas na absorção, decorrente do uso de medicamentos como os anticonvulsivantes ou por doenças crônicas intestinais como diarréia. Os efeitos da deficiência crônica do ácido fólico incluem alterações nas células da medula óssea, caracterizando um quadro de anemia megaloblástica, além de manifestações como fraqueza, anorexia, irritabilidade e esquecimento (França; Chagas; Pessoa; Pinho; Cabral, 2017; Zago, 2013). 4.3.6 Vitamina B12 A vitamina B12 desempenha diversas funções no organismo. Está en- volvida principalmente na maturação dos glóbulos vermelhos, atua em vias metabóli- cas necessárias para o funcionamento do sistema nervoso central e sistema nervoso periférico. Por estar envolvida no metabolismo do ácido fólico e ser necessária para a síntese de DNA, a necessidade de B12 é maior em períodos de crescimento com intensa proliferação celular (Martins; Silva; Streck, 2017; Goularte; Guiselli; Engroff; Ely; Carli, 2013). Também conhecida como cianocobalamina, a vitamina B12 é sintetizada ex- clusivamente por microrganismos encontrados em tecidos animais, sendo obtida so- mente através do consumo de alimentos de origem animal como carnes, leite e ovos.A absorção da vitamina B12 acontece no intestino,e depende de uma glicoproteína chamada Fator Intrínseco, produzida no estômago que se liga à B12 e em seguida se 18 adere a receptores específicos das células epiteliais intestinais, onde ocorrerá a ab- sorção (Rocha, 2012; Zago, 2013; Paniz; Grotto; Schmitt; Valentini; Schott; Pomblum; et al, 2005). A deficiência da vitamina B12 é decorrente da sua má absorção, podendo re- sultar em anemia megaloblástica, má formação plaquetária, fraqueza, dispneia, palpi- tações, anorexia, náuseas, formigamento e queimação nos pés, doenças neurológi- cas como raciocínio prejudicado e depressão (Martins; Silva; Streck, 2017; França; Chagas; Pessoa; Pinho; Cabral, 2017). 4.4 Pirâmide dos Alimentos A alimentação adequada é essencial para um melhor crescimento e desenvol- vimento dos seres humanos, sendo que proporcionam nutrientes necessários para o melhor desempenho das funções e para a manutenção do estado de saúde. No país, uma das ferramentas mais utilizadas na promoção da nutrição do brasileiro é o guia alimentar, representado pela Pirâmide Alimentar Adaptada demonstrada na Figura 1 a baixo, elaborada nos Estados Unidos e adaptada para refletir melhor o hábito ali- mentar do brasileiro. A pirâmide é uma ferramenta para facilitar a escolha alimentar do indivíduo, por meio de uma representação gráfica que tem como objetivo, simplifi- car as escolhas alimentares da população (Gogol; Clark; Roemminch, 2000). Figura 1 - Pirâmide Alimentar (Philippi, Latterza, Cruz, Ribeiro, 1999). 19 A pirâmide alimentar recomendada ao adolescente foi elaborada em 1999, pois ela abrange um público maior de acordo com suas individualidades (idade, sexo, al- tura, nível de atividade física, entre outros), os valores são, 1.600 kcal foi calculada para mulheres sedentárias e idosos, 2.200 kcal destinada a adolescentes do sexo feminino, mulheres com atividade física intensa e homens sedentários, 2.800 kcal foi prescrita para homens com atividade física intensa e adolescentes do sexo masculino, fracionados em 6 refeições com um intervalo aconselhável de 03 horas entre elas, sendo que, para o planejamento de dieta é aconselhável a consulta com um profissi- onal. A pirâmide é dividida em 8 grupos de alimentos sendo eles, grupo de cereais e tubérculos que são a base da pirâmide, onde cada porção deste grupo contém 150 kcal e são recomentadas de 5 a 9 porções ao dia. Já o grupo de hortaliças, em que há uma recomendação para a ingestão de 4 a 5 porções diárias e em cada uma há 15 kcal. No grupo das frutas recomenda-se 3 a 5 porções ao dia e em cada porção há 70 kcal. Temos o grupo do leite e derivados, neste é sugerido o consumo de 3 porções, onde há 120 kcal em cada. No grupo das carnes e ovos é indicado o consumo de 1 a 2 porções onde em cada uma a 190 kcal. Nas leguminosas o proposto é de 1 porção e nela há 55 kcal. Óleo e gorduras, neste grupo onde a ingestão é menor, recomenda- se 1 a 2 porções e em cada contém 75 kcal. Além disso o grupo de açucares e doces é apontado o consumo de 1 a 2 porções e nesta há 110 kcal (Philippi; Latterza; Cruz; Ribeiro, 1999). Um dos beneficios de se consumir frutas e hortaliças é o alto teor de fibras presentes em frutas como na Maçã, que promovem a saciedade por mais tempo e este tipo de alimento é utilizado no tratamento de perda de peso possuem uma alta porcentagem de água (Sichieri; Adriana, 2007; Taco, 2011). Analisando os grupos de Fruta e Hortaliça, e comparando com o grupo de Ce- reais e Turberculos, vemos que, a carga energética dos cereais, em sua maioria, é maior que a carga energética das Frutas ou Hortaliças. Portanto, de acordo com os dados, ingerir uma quantidade maior de comida com baixas calorias é mais facil quando se opta em incluir o grupo das frutas e/ou hortaliças em uma refeição, embora a composição não seja a mesma, é essencial a ingestão destes por conta de suas vitaminas, minerais e fibras alimentares (Philippi; Latterza; Cruz; Ribeiro, 1999). Alimentos Reguladores são importantes na manutenção de tecido, no combate a constipação, bom funcionamento de organismo e fortalecimento do sistema imuno- logico, são eles, cenoura, tomate, beterraba, alface, entre outros. A falta de alimentos 20 reguladores pode causar sangramento da gengiva, perda de apetite e estresse (Zanin, 2018). Vitaminas e minerais são de total importancia para a boa saúde, embora o corpo produza naturalmente algumas vitaminas, ainda é necessario a ingestão de uma dieta balanceada para uma melhor nutrição a ingestão das chamadas vitaminas es- senciais, o mais curioso é que apesar de serem tão importantes, não é nescessario comsumi-los em altas doses, pois o excesso de algumas vitaminas causam uma into- xicação. Os Minerais componentes inorgânicos que fazem parte do nosso metabo- lismo, e nenhum ser vivo é capaz de produzi-los por conta própria, então a maioria dos minerais que fazem parte da nossa dieta é consumida de maneira indireta com ingestão de vegetais ou por meio de outra fonte (Tiemi, Rodrigues, Bastos, 2015). 4.5 Alimentos in natura, processados e ultraprocessados Os alimentos in natura são obtidos diretamente de plantas ou de animais e são adquiridos para o consumo sem que tenham sofrido qualquer alteração após deixarem a natureza. Mas como eles tendem a se deteriorar muito rapidamente, em alguns casos precisam ser minimamente processados. Processos mínimos aumentam a duração dos alimentos in natura, preserva-os e torna-os apropriados para armazenamento. Estes processos podem, também, diminuir as etapas da preparação, facilitar a digestão ou torná-los mais agradáveis ao paladar. Na grande maioria das vezes, os benefícios do processamento mínimo superam eventuais desvantagens, mas em algumas situações pode haver redução nutritiva. Nestes casos é melhor optar pelo alimento menos processado, como a farinha de trigo menos refinada e o arroz integral (Governo do Estado Rio de Janeiro, 2016). Alimentos processados são produtos fabricados com a adição de sal, açúcar, óleo ou vinagre, o que os torna desequilibrados nutricionalmente. Por isso, seu consumo pode elevar o risco de doenças, como as do coração, obesidade e diabetes. Exemplos: enlatados e conservas; extratos ou concentrados de tomate; frutas em calda e cristalizadas; queijos e pães (feitos com farinha de trigo, leveduras, água e sal). Alimentos ultraprocessados deve-se evitar, pois são formulações industriais feitas tipicamente com cinco ou mais ingredientes. Em geral, são pobres nutricionalmente e ricos em calorias, açúcar, gorduras, sal e aditivos químicos, com sabor realçado e maior prazo de validade. Podem favorecer a ocorrência de deficiências nutricionais, obesidade, doenças do coração e diabetes (Brasil, 2014) 21 Além de prejuízo dos mecanismos que indicam a fome e saciedade, favorecimento do acúmulo de gordura e desenvolvimento de alergias e intolerâncias alimentares, desnutrição, assim como a anemia por baixa ingestão de nutrientes como vitaminas e minerais (Sawaya, 2018). Exemplos: biscoitos, sorvetes e guloseimas; bolos; cereais matinais; barras de cereais; sopas, macarrão e temperos “instantâneos”; refrescos e refrigerantes; achocolatados; bebidas energéticas; maionese e outros molhos prontos; produtos congelados e prontos para consumo (massas, pizzas, hambúrgueres, nuggets, salsichas, etc.) pães de forma; pães doces e produtos de panificação que possuem substâncias como gordura vegetal hidrogenada, açúcar e outros aditivos químicos. (Brasil, 2014). 4.6 Prática de Atividades Físicas De acordo com a OMS, a recomendação de tempo de atividades físicas praticadas na infância deve ser em torno de 300 minutos por semana, o que significa pouco mais de 60 minutos todos os dias. Dentre os prováveis prejuízos na saúde de crianças e adolescentessedentários quando chegarem à vida adulta estão os aspectos físicos, como obesidade, colesterol alto, diabetes e hipertensão arterial, além de aspectos emocionais. No Brasil o estado nutricional das crianças e adolescentes têm se modificado nas últimas décadas passando da predominância de doenças infectocontagiosas, com repercussões nutricionais, para uma maior prevalência de doenças crônicas não transmissíveis. A redução no gasto energético (inatividade física) em crianças e adolescentes é o determinante mais importante do sobrepeso, e não é difícil verificar as alterações desta variável no estilo de vida entre os jovens, ao longo de décadas recentes (Luciano; Bertoli; Adami; Abreu, 2016). 4.6.1 A Importância de Associar uma Alimentação Saudável A prática regular de uma atividade física deve associar-se sempre a hábitos alimentares adequados, de forma a não comprometer o próprio desempenho. É atra- vés dos alimentos, que o organismo obtém energia e outros nutrientes essenciais na prática de atividade física. Os hábitos alimentares assumem uma enorme importância no nosso estilo de vida. Cada vez mais, as pessoas comem mal, de forma monótona e desequilibrada, com excesso de alimentos processados, ricos em gordura e em sal, muitos doces e carência de legumes, verduras, fruta, peixe e cereais mais completos. 22 A atividade física pode, também, ser definida como qualquer atividade muscular que gere força e interrompa a homeostase (Siqueira, 2008). Portanto, pode-se dizer que durante um período de exercícios, o corpo humano sofre adaptações cardiovasculares e respiratórias a fim de atender às demandas au- mentadas dos músculos ativos e, à medida que essas adaptações são repetidas, ocor- rem modificações nesses músculos, permitindo que o organismo melhore o seu de- sempenho porque entram em ação processos fisiológicos e metabólicos, otimizando a distribuição de oxigênio pelos tecidos em atividade (Oliveira; Siqueira, 2008). 4.6.2 Danos à Saúde Relacionados ao Sedentarismo O sedentarismo constitui uma ameaça à atual geração de crianças e adoles- centes de todo o mundo, que estão cada vez mais fisicamente inativos. Embora a maioria das doenças esteja relacionada com sedentarismo e manifestam na vida adulta, é evidente que se desenvolva ou inicie na infância ou adolescência, dessa forma, o estímulo a prática de atividade física na infância e na adolescência deve ser uma prioridade para das políticas públicas educacionais de saúde. Um estilo de vida ativo auxilia na formação de hábitos saudáveis (Nascimento; Souza; Araújo; Prado; Menezes, 2014). 4.6.3 Utilização de Aplicativos Os avanços na área das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) têm permitido mudanças constantes e, quase sempre, favoráveis em diversas áreas do conhecimento, com destaque para o campo dos cuidados e da promoção da saúde que tem se beneficiado com as possibilidades ofertadas, a partir desse processo. Atualmente se percebe um relevante movimento que promove a visão integral e participativa do indivíduo, empoderamento (Rocha; Santana; Silva; Carvalho; Queiroz, 2017). Facilitando sua maior implicação e responsabilidade no tratamento. A apropri- ação da informação, principalmente no que se refere à saúde e suas práticas, de ma- neira individual, em grupos ou de forma institucional promove mudanças e ações que culminam com a evolução e o fortalecimento de ações capazes de enriquecer conhe- cimentos dos envolvidos no processo. Esse enriquecimento torna os envolvidos mul- 23 tiplicadores do conhecimento, ao tempo em que influencia a relação ensino aprendi- zado e promove a educação em saúde (Rocha; Santana; Silva; Carvalho; Queiroz, 2017) 4.7 Influências da Mídia Na busca de independência e autonomia e influenciados pelo grupo de amigos, os adolescentes escolhem alimentos industrializados, sobretudo os ultraprocessados com alta densidade energética e baixo valor nutricional. Os padrões estéticos, veiculados pela televisão e pelas novas mídias, também influenciam nos hábitos ali- mentares dos adolescentes (Braz, 2016). Atualmente, há uma tendência em classificar alimentos de forma muito extremista ou é ruim ou é bom, ou ajuda ou prejudica, ou engorda ou emagrece. Nota se uma tensão sobre o que comer, o que é bom ingerir, o que se deve optar, o que se pode escolher. E raramente as pessoas pensam no que realmente querem, dentro do seu objetivo e estilo de vida, principalmente porque foi imputada uma ideia de que tudo o que é gostoso faz mal e tudo o que é saudável não é muito saboroso. Tal movimento varia seu foco, fazendo com que ora se exclua um alimento, ora consuma o mesmo em excesso. Essa variedade de informações faz com que se torne cada vez mais confuso entender o que faz bem e o que faz mal, criando assim um verda- deiro terrorismo nutricional (Braz, 2016). 4.7.1 Coco e óleo de coco O coco e o óleo de coco (Coco nucifera) são importantes fontes naturais de gorduras saturadas, especialmente de ácido láurico (C12:0). Em respeito à dislipide- mia, sabe-se que gorduras sólidas saturadas ricas em ácido láurico resultam em perfil lipídico mais favorável do que uma gordura sólida rica em ácidos graxos trans. Em relação aos demais tipos de gorduras saturadas, especialmente ácido mirístico e palmítico, o ácido láurico apresenta maior poder em elevar LDL-C, bem como HDL-C. Entretanto, esse efeito parece não ser a causa do aumento da prevalência de doenças cardiovascular de acordo com estudos realizados na Ásia, onde o óleo de coco representa até 80% da gordura consumida em algumas regiões (Santos, 2013). No Brasil, o óleo de coco passou a ser consumido por muitas pessoas, devido seus benefícios no HDL e redução da circunferência abdominal. porém um ensaio clínico feito no país, comprovou de fato a redução da relação LDL:HDL, aumento do 24 HDL-C e redução da circunferência abdominal no grupo que utilizou óleo de coco. Porém os estudos experimentais comprovam o efeito hipercolesterolêmico do coco e seus subprodutos, como o recente estudo com cobaias que comparou óleo de coco com azeite de oliva e óleo de girassol. O grupo tratado com óleo de coco apresentou aumento significativo da fração não HDL e triglicérides (Santos, 2013). 4.7.2 Glúten e Lactose O glúten é o complexo proteico insolúvel formado na etapa de mistura dos ingredientes da massa, mediante hidratação das proteínas do trigo. As proteínas do trigo formadoras de glúten são as gliadinas, que proporcionam capacidade de expansão à massa, e as gluteninas, responsáveis pelas propriedades de elasticidade da massa (Cauvain; Young, 2009). Contudo, algumas pessoas apresentam manifestações de hipersensibilidade ao glúten, conhecida como doença celíaca (doença autoimune), que é caracterizada pela inflamação do intestino delgado e pode levar a má absorção de nutrientes, devido ao dano causado às células epiteliais de absorção que envolvem o intestino (Torres, Simoni, Gamim; Tomazin, 2009). A lactose (açúcar do leite) é o principal carboidrato encontrado no leite, formado por dois carboidratos menores, chamados monossacarídeos, a glicose e a galactose. A intolerância à lactose consiste na má digestão e absorção de lactose devido à ausência ou quantidade insuficiente da enzima digestiva, chamada lactase. Ao chegar ao cólon, a lactose é fermentada, ocorrendo a produção de ácidos graxos de cadeia curta e a formação de gases (dióxido de carbono, hidrogênio e metano) pela microbiota intestinal, que podem ocasionar problemas gastrointestinais, desconfortos e alguns sintomas, como: náusea, cólica, flatulência, diarreia, inchaço, dor abdominal, dentre outros (Batista; Assunção; Penaporte; Japur, 2018). Consumir alimentos que possuem glúten só é um problema para pessoas com doença celíaca ou com alergia a proteína. Para pessoas que nãotenham restrições, o problema não está na proteína, mas sim nas outras características desses alimentos, pois geralmente as opções ricas em glúten são bastante energéticas, como pães, massas, molhos, alimentos em geral que utilizem trigo. Como a energia é arma- zenada no corpo em forma de gordura, o consumo exagerado desses alimentos pode levar ao aumento de peso. Da mesma forma o consumo de alimentos que contenham lactose, como leite e derivados, não há problema em serem consumidos em uma dieta 25 equilibrada se não possui intolerância a lactose ou alergia (Pereira; Moura; Constant, 2008). Os sintomas de uma alergia tardia podem aparecer dependendo da relação entre a quantidade de alimento alergênico (antígeno) e anticorpo presentes na cor- rente sanguínea. Seguir uma dieta de exclusão, por exemplo sem leite de vaca e sem glúten, sem orientação profissional e de forma inadequada pode promover alterações no equilíbrio entre antígeno e anticorpo. Esse desequilíbrio e o tempo inadequado de dieta podem gerar sintomas alérgicos que não eram sentidos pelo paciente antes, o que pode provocar uma potencialização dos sintomas alérgicos (Pereira; Moura; Constant, 2008). 26 5 RESULTADOS Tendo como base o diagnóstico da situação problema e o levantamento literário dos conteúdos científicos considerados importantes para embasar a mudança de comportamento alimentar pretendida com a população foram elaboradas e realizadas as seguintes ações educativas com a mesma: • A turma foi disposta em círculo podendo ser verificado no Apêndice C, visando facilitar a interação com os educadores, bem como permitir a visualização das impressões dos adolescentes, através de suas expressões corporais, durante a realização da ação educativa. • Os assuntos abordados com os adolescentes estão descritos no roteiro a seguir: Alimentação para ser considerada saudável precisa se basear em quatro ca- racterísticas que são chamadas de leis da alimentação a lei da quantidade, qualidade, harmonia e adequação. A lei da quantidade as calorias presentes na alimentação devem suprir as neces- sidades do indivíduo. 1. para definir a necessidade energética, ou seja, o total de calorias que o indiví- duo precisa, é feito um cálculo com base na idade, peso, altura e o sexo. Ge- ralmente feito por um nutricionista, mas sabemos que nem toda a população têm condições de se consultar com nutricionista (Indicar a Clínica) 2. Segundo a Pirâmide Alimentar Adaptada de 1999, para mulheres sedentárias pode ser aplicada uma dieta de 1.600 kcal, ou uma dieta de 2.200 kcal para mulheres com atividade física intensa e adolescentes do sexo feminino. Para homens e adolescentes do sexo masculino, pode ser aplicada uma dieta de 2.800 kcal. A lei da adequação diz que alimentação tem que se adequar às necessidades es- pecíficas de cada organismo. 1. Deve levar em conta a fase do ciclo da vida em que o indivíduo está. As neces- sidades de um adolescente em desenvolvimento são diferentes de um adulto com o organismo já maduro, por isso merecem atenção especial, pois as ne- cessidades energéticas precisam acompanhar o crescimento. 2. Deve se adequar também à presença de alguma doença que precise de al- guma restrição alimentar ou suplementação de algum nutriente. 27 A lei da qualidade diz que a alimentação deve ser variada, de modo que inclua os nutrientes necessários para garantir o bom funcionamento e desenvolvimento do corpo. Junto com isso, a lei da harmonia diz que a distribuição entre ás refeições e os nutrientes que compõem a alimentação devem ser proporcionais entre si. 1. Para elaborar as dietas recomendadas, a Pirâmide Alimentar Adaptada de 1999, considerou que elas seriam distribuídas em 6 refeições diárias, sendo elas: café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e lanche da noite) 2. É importante que as calorias totais da dieta sejam bem distribuídas entre as refeições, para evitar picos de insulina durante o dia. Vamos falar de alguns desses nutrientes: Os macronutrientes, são aqueles que precisamos em maiores quantidades: O carboidrato é a principal fonte de energia para o organismo. A Pirâmide Alimen- tar Adaptada de 1999 recomenda o consumo de 5 a 9 porções do grupo dos cereais, tubérculos e raízes que são compostos basicamente de carboidrato. 1. Por ser a principal fonte de energia para o nosso organismo quando comemos ele logo é digerido e liberado na corrente sanguínea na forma de glicose. 2. Por isso devemos dar preferência aos famosos carboidratos complexos que são os alimentos integrais, ricos em fibras. São elas que retardam o processo de digestão fazendo com que a glicose seja liberada aos poucos na corrente sanguínea. A proteína é o principal substrato para formação de quase todos os tecidos do corpo. Cabelo, unhas, pele, músculo. 1. A recomendação da Pirâmide Alimentar é que sejam consumidas de 1 a 2 por- ções de carnes e ovos, e 1 porção de leguminosas. A gordura é um macronutriente com função estrutural, na formação de membranas célula, mas também é utilizada como armazenamento de energia. 1. A Pirâmide Alimentar recomenda que sejam consumidas de 1 a 2 porções dia- riamente. Mais pra frente vamos falar mais dos grupos alimentares e qual o tamanho das porções indicadas pela Pirâmide Alimentar Adaptada de 1999. 28 É importante que a gente se lembre que a lei da harmonia diz que alimentação precisa ser equilibrada nas quantidades de nutrientes para que haja o funcionamento adequado do corpo. Exemplo: A glicose liberada na corrente sanguínea quando comemos carboidrato estimula a liberação de insulina, que é um hormônio que sinaliza para captar a glicose circulante. A insulina também faz com que a célula capte aminoácidos provenientes da pro- teína e também lipídios para serem armazenados. Então para ganhar massa muscular não devemos consumir só proteína o carboi- drato também é importante para que as células musculares consigam utilizar esses aminoácidos. Os micronutrientes possuem um papel muito importante no desenvolvimento do organismo na adolescência. Uma dieta equilibrada contém todas as vitaminas e mi- nerais que o corpo necessita. Vamos falar das principais envolvidas no desenvolvimento do organismo durante a adolescência. O cálcio é muito importante para a formação dos ossos mantendo sua estrutura e rigidez, participa da transmissão de impulsos nervosos, contração muscular, mitose e coagulação sanguínea. 1. Está presente em maior concentração no leite e derivados. Mas importante consumir alimentos ricos em cálcio que não contenham tanta gordura. Por exemplo verduras verdes escuras, como a couve e o espinafre, e alguns frutos do mar. 2. A concentração de cálcio na corrente sanguínea é constantemente regulada através da absorção e excreção. 3. O consumo excessivo de proteínas, pode aumentar a excreção urinária de cál- cio se o consumo de cálcio for baixo. Sendo assim, dobrar a quantidade de proteína ingerida aumenta 50%da excreção de cálcio urinário. A vitamina D é a principal responsável por diminuir na excreção pelos rins. 1. A maior parte da vitamina D é produzida pelo nosso corpo, mas só é ativada na pele pelos raios solares. 2. Quando ativada se transforma em um hormônio responsável por manter a ho- meostase do cálcio na corrente sanguínea. 29 Alguns componentes encontrados em determinados alimentos dificultam a absor- ção do cálcio. O ácido oxálico presente em vegetais como espinafre possui a capacidade de se ligar ao cálcio formando um complexo diminuindo seu poder de absorção. O ácido fítico encontrado na casca de cereais como aveia e soja, também é capaz de formar complexos com o cálcio em proporções menores em relação ao ácido oxálico Uma dieta pobre em cálcio e vitamina D podem ter como consequência um retardono crescimento e fraqueza muscular. O ferro é o principal componente da célula sanguínea responsável pelo transporte de oxigênio. 1. Durante o período da adolescência há aumento do volume sanguíneo e massa muscular. Por isso a dieta deve atender a demanda deste mineral. Nos alimentos podemos encontrar o ferro sob duas formas: 1. O ferro heme, que é melhor absorvido e está presente nas carnes e seus sub- produtos. 2. E o ferro não heme presente em vegetais e grãos que não é tão bem absorvido devido à sua baixa solubilidade. O ácido oxálico e o ácido fítico também são capazes de formar complexos com ferro, o que dificulta sua absorção. O consumo de vitamina C é capaz de aumentar a solubilidade do ferro não heme facilitando sua absorção além de diminuir os efeitos do ácido fítico e oxálico. Por ser um mineral importante, o organismo é capaz de armazenar o ferro na forma de ferritina. 1. A vitamina A está envolvida no mecanismo de liberação do ferro em depósito. A presença do cálcio na mesma refeição que o ferro não heme pode interferir na sua absorção. 1. O TGI só consegue absorver um de cada vez, por isso podemos considerar que o cálcio e o ferro não heme são competidores na absorção. 2. A ingestão de mais de 300mg de cálcio, na mesma refeição pode reduzir a absorção do ferro não heme em 75%, ou seja: apenas ⅓ do ferro da refeição será absorvido. O aumento da massa muscular e maturação sexual faz com que a necessidade de Ferro aumente durante adolescência. A baixa ingestão de Ferro durante esse período pode causar anemia ferropriva. 30 1. As meninas são mais suscetíveis a ter anemia devido à perda menstrual. O zinco é um mineral que está envolvido em atividades do sistema imune, cresci- mento estatural desenvolvimento sexual e cognitivo e síntese de DNA. 1. é encontrado em grandes quantidades nos produtos de origem animal, princi- palmente em carnes vermelhas, fígado, miúdos e ovos. está presente em al- guns frutos do mar como mariscos e ostras. 2. a absorção intestinal também pode diminuir na presença dos ácidos oxálico e fítico, enquanto a presença de aminoácidos e ácidos orgânicos, como o cítrico, presente na laranja e no limão por exemplo, facilitam a absorção do zinco. 3. depois de ser absorvido, a presença de outros minerais como ferro e cobre na corrente sanguínea, dependendo da quantidade pode diminuir sua utilização. A deficiência de zinco pode causar além de uma diminuição do apetite e paladar, e diminuir as funções cognitivas. 1. Por estar relacionado à atividade das células do sistema imune, a falta de zinco pode afetar os mecanismos de resposta imunológica do organismo. 2. Nos meninos, o zinco é componente de uma enzima presente nos testículos que é responsável pela formação de esperma, por isso, a deficiência de zinco pode causar impotência sexual, atrofia testicular 3. Nas meninas, ele participa da síntese e secreção de hormônios luteinizantes, folículo estimulantes e prolactina. A ausência do zinco na alimentação pode causar desenvolvimento anormal dos ovários e alterações no período de ovu- lação. 4. Tanto nas meninas, quanto nos meninos, a falta do zinco pode diminuir o pala- dar, causar desordens de comportamento, aprendizagem e memória, diarreia, dermatite e alopecia (Queda de cabelo) A vitamina A é uma vitamina lipossolúvel importante na adolescência pois participa de vários processos fisiológicos: Além de atuar no sistema reprodutor e sistema imune, o retinol atua no bom funcionamento do sistema visual e proliferação celular. 1. Está presente em alimentos de origem animal, como peixes, fígado de boi e de frango, ovos e derivados de leite integral. Nesses alimentos, a vitamina A se encontra na sua forma ativa, o retinol. 31 2. Está presente também em legumes e frutas de cor amarelo-alaranjada, como cenoura, abóbora-madura, moranga, manga, mamão. Nesses alimentos se en- contra na forma de beta-caroteno, que será convertido em retinol no intestino durante o processo de absorção. 3. Por ser lipossolúvel, a absorção da vitamina A, tanto já formada quanto na sua forma pró-vitamina A, depende da ingestão de lipídios. A deficiência de vitamina A pode causar alterações no crescimento, diminuir a ati- vidade das células do sistema imune, e causar problemas na visão, como cegueira noturna e xeroftalmia (olho seco) A vitamina B9 ou ácido fólico atua na formação de DNA e maturação de células sanguíneas e do sistema imune. É muito importante durante adolescência é um perí- odo de intensa proliferação celular e síntese de DNA. 1. As principais fontes alimentares são vegetais folhosos verdes-escuros e fres- cos, fígado, e outras vísceras, ovos e cereais enriquecidos 2. Devido à perda do nutriente durante o preparo com altas temperaturas e arma- zenamento em temperatura ambiente. As hortaliças devem ser consumidas frescas e cruas ou pouco cozidas. A deficiência de ácido fólico pode estar relacionada a baixa ingestão ou má absor- ção causada pelo uso de medicamentos anticonvulsivantes, e pode causar anemia megaloblástica que é a má formação de hemácias, fraqueza, anorexia, irritabilidade e esquecimento. A vitamina b12 também está envolvida na formação de DNA, facilita o metabolismo do ácido fólico, está envolvida no funcionamento do sistema nervoso central e perifé- rico e atua principalmente na maturação dos glóbulos vermelhos. 1. é obtida exclusivamente através da ingestão de alimentos de origem animal, como carnes, ovos e leite 2. Para ser absorvida, a B12 se liga glicoproteína chamada Fator Intrínseco, pro- duzido no estômago. A deficiência de vitamina B12, assim como a deficiência de ácido fólico pode cau- sar um quadro de anemia megaloblástica, má formação plaquetária e distúrbios neu- rológicos como raciocínio prejudicado e depressão. A Pirâmide Alimentar é um recurso gráfico que tem como objetivo facilitar as esco- lhas alimentares nas refeições do dia. 32 1. Ela divide os alimentos em 8 grupos, de acordo com a semelhança da compo- sição de cada um. O grupo dos cereais, tubérculos e raízes está na base da pirâmide porque, como vimos antes, o carboidrato presente nesses alimentos é a principal fonte de energia para o nosso corpo. 1. pertencem a este grupo: pães, farinhas, massas bolos, biscoitos, cereais mati- nais, arroz, tubérculos como a batata e a mandioca. 2. Dissemos anteriormente que a recomendação diária é de 5 a 9 porções. A variação entre 5 e 9 porções depende da necessidade energética total do indiví- duo. Uma dieta de 1.600 kcal, provavelmente demandará 5 porções enquanto uma dieta de 2.800 provavelmente terá 9 porções 3. Uma porção desse grupo é equivalente à 150 kcal, o que seria em medida ca- seira: ● 4 colheres de sopa de arroz branco cozido ● 3 colheres e meia de sopa de macarrão cozido ● 1 unidade de pão francês ou pão de queijo ● 5 unidades de biscoito cream cracker ● 7 unidades de biscoito tipo maizena ● 2 unidades de biscoito recheado ● 1 xícara de chá de cereal matinal No segundo nível, estão o grupo das hortaliças e o grupo das frutas, justamente por conterem alto teor de fibras, o que promove a saciedade por mais tempo, apre- sentam maior variedade de vitaminas e minerais, além de serem alimentos volumosos e com poucas calorias No grupo das hortaliças estão presentes todos os tipos de verduras e legumes, exceto a batata e a mandioca que estão incluídas no grupo anterior. 1. A recomendação é de 4 a 5 porções diárias, sendo cada porção equivalente à 15 kcal, o que seria em medidas caseiras: ● 15 folhas de alface ● 4 colheres e meia de sopa de brócolis cozido ● ¾ de colher de servir de cenoura cozida ou 1 colher de servir de cenoura crua ● 5 colheres de sopa de pepino picado ● 4 fatias de tomate 33 O grupo das frutas inclui frutas cítricas e não cítricas. A recomendaçãodiária tam- bém é de 4 a 5 porções diárias. 1. Cada porção do grupo das frutas equivale a 35 kcal, o que seria em medidas caseiras: ● meia fatia de abacaxi ● meia unidade de banana-prata ● ¼ de uma goiaba ● 1 unidade de laranja pera/lima ● ⅓ de mamão papaia ● meia unidade de maçã Lembrando que, em casos como a banana e a maçã, que meia unidade equi- vale a à uma porção, o consumo de uma unidade inteira é considerado 2 porções. Então, o consume de uma banana inteira, uma maçã inteira e uma laranja pera/lima no dia por exemplo, já atende a recomendação de 5 porções de frutas diárias. No 3º nível da Pirâmide estão: o grupo do leite e produtos lácteos; o grupo das carnes e ovos e grupo das leguminosas, que são ricos em proteína. Importante lem- brar que estarem no mesmo nível da pirâmide, não significa que possam ser substitu- ídos entre si. No grupo do leite e produtos lácteos estão presentes leites de origem animal, quei- jos e iogurtes. 1. A recomendação diária desse grupo é de 3 porções. Cada porção é equivalente a 120 kcal, o que seria em medidas caseiras: ● 1 pote de iogurte com frutas ● 2 colheres de sopa de leite em pó integral ● 1 ½ fatia de Queijo Minas ● 3 fatias de queijo mussarela ● 2 unidades de queijo tipo “polenguinho” ● 1 ½ colher de requeijão cremoso O grupo das carnes e ovos inclui carne bovina, suína, aves, peixes, ovos, miúdos e vísceras. 1. A recomendação para esse grupo é de 1 a 2 porções diárias. Cada porção equivale a 190 kcal, sendo em medidas caseiras: ● 2 colheres de sopa de atum enlatado ● 1 unidade de bife grelhado 34 ● 5 colheres de sopa de carne moída refogada ● 1 unidade grande de filé de frango grelhado ● 1 gomo de linguiça de porco cozida ● 2 unidades de ovo frito O grupo das leguminosas é constituído por feijões, soja, ervilhas, grão de bico e fava. 1. A recomendação é de 1 porção diária, equivalente à 55 kcal. Em medidas ca- seiras seriam: ● 2 ½ colheres de sopa de ervilha seca cozida ● 1 concha de feijão cozido, com caldo ● 1 ½ colheres de sopa de grão de bico ● 2 colheres de sopa de lentilha cozida ● 1 colher de servir de soja cozida No último nível da pirâmide estão o grupo dos óleos e gorduras e o grupo dos açúcares e doces. Esses grupos estão no topo da pirâmide pois devem ter seu con- sumo moderado, pois já são naturalmente encontrados nos alimentos, ou por adição durante o preparo. No grupo dos óleos e gorduras estão presentes a manteiga, margarina, óleos de ori- gem vegetal e animal. 1. A recomendação para esse grupo é de 1 a 2 porções diárias, equivalentes a 73 calorias cada uma. Em medidas caseiras seriam: ● ¾ de colher de sopa de azeite de dendê ● 1 colher de sopa de azeite de oliva ● meia fatia de bacon(gordura) ● meia colher de sopa de manteiga ● meia colher de sopa de margarina ● 1 colher de sopa de óleo vegetal No grupo dos açúcares é composto por doces, mel e açúcares. 1. A recomendação é de 1 a 2 porções diárias, que equivale a 110 kcal cada uma. Porém deve-se evitar acrescentar. Os alimentos in natura são aqueles que não sofreram nenhuma alteração. 1. tendem a se deteriorar muito rapidamente, em alguns casos precisam ser mi- nimamente processados, como por exemplo passar pelo processo de lavagem, retirada de partes não comestíveis, corte de carnes e pasteurização do leite 35 Alimentos processados são produtos fabricados com adição de sal, açúcar, óleos ou vinagre, o que podem interferir no valor nutricional 1. Por exemplo enlatados e conservas extratos de tomate, frutas em calda. Os alimentos ultraprocessados são formulações industriais feitas com cinco ou mais ingredientes como aditivos químicos com o objetivo de aumentar o tempo de prateleira e realçar o sabor. 1. A adição dessas substâncias favorecer a ocorrência de deficiências nutricio- nais, por baixa ingestão de nutrientes como vitaminas e minerais obesidade, doenças do coração e diabetes, além de prejuízos dos mecanismos que indi- cam fome e saciedade, por isso devem ser evitadas. 2. Alguns exemplos são biscoitos, sorvetes e guloseimas; bolos; cereais matinais; barras de cereais; sopas, macarrão instantâneos; refrescos e refrigerantes; be- bidas energéticas; produtos congelados e prontos para consumo (pizzas, lasa- nhas, nuggets, salsichas, etc). A Importância de Associar uma Alimentação Saudável: É importante associar a prática de atividades físicas com hábitos alimentares ade- quados, pois é através dos alimentos que o organismo obtém energia e outros nutrientes essenciais na prática de atividade física. 36 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com base na pesquisa realizada previamente em uma escola de período integral, com uma turma de 21 adolescentes, sendo 17 meninas e 4 meninos com idade entre 16 e 17 anos. No dia da apresentação estavam presentes 24 adolescentes, sendo 18 meninas e 6 meninos. O grupo participou de um programa educacional no qual foram abordadas as leis da alimentação, importância da ingestão adequada de macronutrientes e micronutriente, apresentando a Pirâmide Alimentar Adaptada de 1999 e suas porções, influência de uma alimentação adequada com a prática de atividades físicas, mitos e intervenção da mídia em relação à alimentação saudável, diferença entre os alimentos in natura, processados, ultraprocessados, seus benefícios e malefícios. A pesquisa realizada previamente apresentava uma média de 3 a 4 refeições por dia, 10 alunos disseram que não levam lanche para a escola, 11 levam lanche de casa, principalmente frutas e produtos industrializados como bolachas e salgados. Por ser uma escola de período integral, todos os alunos entrevistados afirmaram que almoçam na escola, exceto 2 alunos que levam o próprio almoço de casa. O consumo de frutas entre os alunos ficou em uma média de 1 a 2 frutas por dia. Contudo, dos 21 alunos entrevistados na primeira pesquisa, 14 consideram que não se alimentam de maneira saudável e 5 deles não praticam nenhum tipo de atividade física, alegando não sofrer influências pela mídia. Após as discussões propostas durante a apresentação do programa educativo, os 24 alunos presentes no dia, passaram a considerar a realização média de 5 refeições diárias. atingindo um dos objetivos específicos do programa, que propunha a realização de no mínimo 5 refeições diariamente. Os adolescentes passaram a considerar também o consumo de 3 a 4 porções de frutas diariamente, atingindo parcialmente o objetivo estimulá-los a consumir de 4 a 5 porções de frutas diariamente de acordo com a recomendação da Pirâmide Alimentar de 1999. Os alunos afirmaram que a importância de se consumir frutas, legumes e hortaliças é devida ao fácil acesso a esses alimentos, a maior variedade de vitaminas e minerais e a importância desses micronutrientes para o bom funcionamento do organismo e para evitar problemas de saúde no futuro. De acordo com o que foi abordado durante o programa educativo, em relação à importância de 37 se associar uma alimentação saudável com a prática de atividades físicas, os adolescentes passaram a considerar a prática de 5 a 6 vezes na semana, atingindo um dos objetivos específicos do programa, que propunha a prática de atividades físicas pelo menos 5 vezes na semana. Após serem abordados assuntos relativos ao consumo excessivo de alimentos industrializados e à dietas restritivas populares nas redes sociais, os adolescentes afirmaram que pretendem evitar o consumo de doces, alimentos gordurosos e ultraprocessados, ou passar a consumir todos os tipos de alimento de maneira equilibrada. 38 REFERÊNCIAS Batista, RAB. Assunção, DCB. Penaporte, FRO. Japur, CC. Lactose em alimentos in- dustrializados: avaliação da disponibilidade da informação de quantidade. Ciênc. sa- úde coletiva, 2018. Bortolini, GA. Fisberg, M. Orientação nutricionaldo paciente com deficiência de ferro, Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, 2010. Brasil, Guia Alimentar Para a População Brasileira, Dê`a sua Alimentação a Importân- cia que ela merece, 2016, Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/esco- lha_dos_alimentos.pdf Braz, M. Consumo de açúcares de adição entre adolescentes: estudo de base popu- lacional no município de campinas, são paulo. Campinas, 2016. 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