Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INTRODUÇÃO E CONCEITOS GERAIS Prof.ª MSc. Isis Gomes CONTROLE DE QUALIDADE MICROBIOLÓGICO DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS Calendário de Aulas 2020.1 – Módulo 1 Segunda Data Conteúdo 10/02 Aula de introdução de controle microbiológico 17/02 Controle MB de ambientes 24/02 Carnaval 02/03 Controle MB de produtos não-estéreis 09/03 Controle MB de produtos estéreis 16/03 Aula 1 prática turma 1 e 2: Controle MB de água 23/03 Aula prática Controle FQ 30/03 Análise de agentes antimicrobianos Revisão avaliação I Entrega dos exercícios 06/04 Avaliação I Calendário de Aulas 2020.1 – Módulo 2 Data Conteúdo 13/04 Pirogênios in vitro e in vivo 20/04 Oficina profissionalizante Apresentação de banner 27/04 Análise de toxicidade Procecimento de Draize Métodos de irritação ocular e dérmica 04/05 Prática 2 Turma 1 e 2 Controle FQ 11/05 Prática 3 Turma 1 e 2 Controle FQ 18/05 Aula 2 prática turma 1 e 2: Controle MB produtos não estéreis 25/05 Aula 3 prática turma 1 e 2: Controle microbiológico ambiental 01/06 Revisão avaliação II Entrega dos exercícios e relatórios de prática - Ponto do relatório e exercicios somado na primeira prova - 08/06 Avaliação II – Prova colegiada 15/06 Segunda chamada – entrega de provas colegiada e correção 22/06 Prova Final 29/06 Final de semestre: Lançamento das notas no portal Avaliações Prova I (06/04) Valor 8,0 pontos Apresentação do banner: 1,0 ponto Relatório de práticas: 1,0 ponto Prova II (08/06) Valor 10,0 pontos Apresentação de banners: O trabalho será realizado em dupla (DUAS PESSOAS) Os alunos irão selecionar um artigo com tema na área do controle de qualidade físico químico de medicamentos e cosméticos Apresentar o artigo em formato de banner no dia 20/04 de abril – oficina profissionalizante Os banners serão expostos na recepção da faculdade Os alunos ficarão durante o período da aula tirando duvidas sobre o trabalho dos professores e alunos da unidade Para os alunos que estão matriculados em controle físico químico e microbiológico um único banner será utilizado e a nota será válida para as duas disciplinas. Relatório de práticas: O relatório de práticas deverá ser entregue no dia 01/06 impresso Todos os relatórios juntos 1,0 ponto. Cada prática gera um relatório O relatório deve conter: Materiais e vidrarias Procedimento realizado Cálculos realizados Conclusão do conteúdo Como serão as práticas? As práticas seguirão as datas pré estabelecidas em calendário No dia de prática a aula começará as 18:00 e irá até as 22:00 Turma 1: 18:00 as 20:00 Turma 2: 20:00 as 22:00 O POP deverá ser trazido de forma IMPRESSA para o laboratório NO DIA DA AULA. O aluno que não trouxer o POP não poderá participar da aula prática. CADA PRÁTICA GERA UM RELATÓRIO PARA SER ENTREGUE IMPRESSO NO DIA 01/06 NÃO PODE SER ENTREGUE POR E-MAIL NEM MANUAL Seleção de monitor para disciplina Prova dia 02/03 depois da aula teórica Interessados sinalizar Boas práticas de laboratório Normas Jaleco – Manga Comprida EPI – Equipamentos de Proteção Individual – Máscara, Luvas e Toucas Utilizar sapatos fechados, com sola antiaderente, e calça comprida. Não utilizar, sandálias, salto alto e saias. Os cabelos compridos deverão estar SEMPRE presos e amarrados. Não comer, beber ou fumar dentro do laboratório. Normas Mantenha as bancadas limpas e organizadas, livres de materiais estranhos. Os cadernos, bolsas, agasalhos e demais pertences deverão ficar em local apropriada, longe das bancadas. JAMAIS pipete nenhum produto com a boca. Utilize sempre uma pêra ou equipamento adequado (pipetador). Não leve as mãos a boca ou aos olhos quando estiver manipulando. Respeite rigorosamente as precauções recomendadas. Consulte o professor a cada dúvida ou cada vez que notar algo anormal ou imprevisto. Ele está ali para orientá-lo a qualquer momento. Normas Nunca deixar frascos de matéria prima e solventes destampados. Nunca abrir frascos de reagentes antes de ler o rótulo. JAMAIS usar termômetros como bastão. Toda vidraria utilizada deve ser lavada e guardada seca pelos alunos. Não deixe material acumulando na pia. Limpe imediatamente qualquer produto que derrame sobre a bancada. Não pipete diretamente do frasco. INTRODUÇÃO AO CONTROLE DE QUALIDADE MICROBIOLÓGICO Conceitos básicos Introdução e Histórico Preocupação relativa à qualidade Aspecto inerente ao ser humano na sua busca por: Aperfeiçoamento Desenvolvimento Superação de limites O aperfeiçoamento do trabalho promove o atendimento da expectativa do cliente final o que resulta e novas vendas Qualidades essenciais de qualidade de produtos farmacêuticos, correlatos e cosméticos Eficácia terapêutica, funcional e cosmética; Segurança; Apresentação do produto; Propriedades organolépticas. ENSAIOS BIOLOGICOS Fundamentos: Ensaios Biológicos: São procedimentos destinados a avaliar a potência de princípios ativos contidos nas matérias primas e preparações farmacopeicas, utilizando reagentes biológicos tais como micro-organismos, animais, fluidos e órgãos isolados de animais. A característica dos reativos biológicos é sua variabilidade. Enquanto os reativos físico químicos podem ser definidos e padronizados para fornecerem resultados idênticos em todos os laboratórios, é impossível definir totalmente os reagentes biológicos, apesar dos esforços de entidades internacionais nesse sentido. Fundamentos: Ensaios Biológicos: Essa variabilidade inerente aos reativos biológicos torna imprescindível: O emprego de padrões de referência adequados para se obter potências relativas O emprego de métodos estatísticos para os delineamentos experimentais e analise dos resultados. Fundamentos: Delineamentos Experimentais Seleção do conjunto de doses do padrão (P) e das amostras do desconhecido (A) que serão ensaiados Especificação das unidades experimentais (animais, micro-organismos, antissoros, sangue etc.) Regras pelas quais se distribuirão as doses para as unidades experimentais Especificações das medidas ou outros registros que devam ser procedidos em cada unidade experimental. Fundamentos: Ensaios Biológicos: O melhor delineamento experimental é aquele que produz a informação desejada com a maior eficiência. Por dificuldades práticas, pode ser impossível alcançar esse objetivo. Portanto, para cada ensaio podem empregar-se diferentes delineamentos experimentais, de acordo com a disponibilidade de pessoal, reagentes e tempo. Todos os delineamentos que forneçam ensaios válidos e de precisão adequada, como resultado final, são cientificamente aceitáveis. Além disso, devem compreender algum sistema que assegure distribuição ao acaso das unidades experimentais para as diversas doses utilizadas. Fundamentos Acaso e Vício Deve fazer-se distribuição ao acaso utilizando aparelho empregado em jogos de azar ou tabela de números aleatórios. Convém assinalar que esse procedimento não elimina todos os vícios. Por exemplo, por efeito do acaso, os animais de maior peso poderão ser destinados à determinada dose e essa diferença de pesos viciar os resultados. Portanto, deverá ser criado o equilíbrio, ou seja, devem classificar-se os animais por faixa de peso e distribuir, ao acaso, aqueles de mesmo peso para todas as doses e preparações (padrão e amostra). Fundamentos Análise Estatística É o procedimento matemático aplicado aos resultados experimentais com que se tem como objetivo estimar a potência da amostra e avaliar a validade e precisão do ensaio. Os métodos de análise se relacionam com os delineamentos experimentais utilizados. Fundamentos Resultados: Expressar os resultados de avaliação biológica como estimativa da potência suposta para uma amostra (R), que será a expressão da verdadeira potência relativa da amostra em relação ao padrão (ρ). Essa última é impossível de ser calculada com precisão devido à variabilidade dos reativos biológicos. Tal estimativa da potência suposta (R) deve ser acompanhada pelos limites de confiança inferior e superior (Ri, Rs), ou intervaloque abrange a verdadeira potência relativa da amostra (ρ). Essas especificações levam em conta a dificuldade dos métodos e a necessidade prática de estimar-se a verdadeira potência com determinada precisão. Para alcançar os limites de confiança especificados deve, às vezes, realizar-se mais de um ensaio. Limites microbianos em produtos farmacêuticos Produtos sujeitos inspeção sanitária, consideradas as suas propriedades individuais, necessitam ser PRODUZIDOS, ARMAZENADOS, TRANSPORTADOS e DISPENSADOS de forma a apresentarem a segurança necessária para seu uso ou consumo. Estão incluídos: Limites microbianos em produtos farmacêuticos LIMITES DE CONTAMINANTES MICROBIANOS Exemplo: FONTES DE CONTAMINAÇÃO MICROBIANA RISCOS ASSOCIADOS Riscos inerentes à produção de medicamentos: Contaminação por partículas Contaminação microbiológica Contaminação por produto Fontes de contaminação microbiana no processo produtivo Fontes de contaminação microbiana no processo produtivo Quais as fontes de contaminação? Como reduzir os níveis de contaminação? Diretas: - Matérias-primas (origem animal principalmente) - Água - Água - Material de acondicionamento Indiretas: - Procedimentos de limpeza inadequados (área e equipamentos) - Instalaçõesinadequadas -pessoal FONTES DE CONTAMINAÇÃO MICROBIANA: MATÉRIAS-PRIMAS FONTES DE CONTAMINAÇÃO MICROBIANA: MATÉRIAS-PRIMAS FONTES DE CONTAMINAÇÃO MICROBIANA: MATÉRIAS-PRIMAS Água potável para uso industrial é proveniente de: REDE DE ABASTECIMENTO LOCAL: Falhas nas tubulações, falta de limpeza dos reservatórios e concentração baixa de cloro podem levar a desvios indesejáveis. Coleta para análise nos pontos mais distantes POÇO ARTESIANO: Dependendo da profundidade e tipo de solo a contaminação pode ser muito baixa Água purificada para uso farmacêutico: Deionização; Osmose reversa; Ultrafiltração; Contaminação mais frequente: Acinetobacter sp Alcaligenes Pseudomonas sp. Cocos Gram (+) FONTES DE CONTAMINAÇÃO MICROBIANA: PROCESSO Fabricação de produtos não estéreis Pós, grânulos e comprimidos: Contaminação principalmente ambiental Esporos de Bacillus Fungos -micrococos Estafilococos (G+) (pele) Características adequadas do ambiente: -local com umidade relativa baixa -limpeza e secagem da área e equipamentos tipo de granulação FONTES DE CONTAMINAÇÃO MICROBIANA: PROCESSO Fabricação de produtos não estéreis Líquidos, cremes e pomadas: contaminação do ambiente e embalagem externa: Esporos de Bacillus Fungos micrococos e estafilococos (G+) (pele) P. aeruginosa, Pseudomonas sp. e Enterobacter sp alta umidade: Gram(-) limpeza e secagem da área e equipamentos FONTES DE CONTAMINAÇÃO MICROBIANA: PROCESSO Fabricação de produtos estéreis área com rígidos padrões de engenharia filtros HEPA, com retenção de 99,97%, 0,3µm sistema de circulação e troca de ar cabines com fluxo laminar em pontos críticos desinfecção química e manutenção dos filtros regulares pessoal treinado vestimenta adequada FONTES DE CONTAMINAÇÃO MICROBIANA: PROCESSO Operadores: Responsáveis por contaminação significativa: Liberação média de 104 escamas de pele/min Pelos e células mortas da pele: difteróides, micrococos, difteróides, micrococos, estafilococos, fungos - S. aureus(flora normal) -Salmonellae E. coli(flora associada) - Maus hábitos de higiene: enterobactérias Gotículas e secreções: Streptococcus, Lactobacillus, Hemophillus, Neisseria FONTES DE CONTAMINAÇÃO MICROBIANA: ACONDICIONAMENTO Material de acondicionamento Embalagens primárias: para produtos estéreis, são as mais críticas. Frascos de vidro podem ser esterilizados pelo calor. Frascos de plástico podem se produzidos de forma Asséptica ou então esterilizados por irradiação ou óxido de etileno Fontes de contaminação microbiana: material de acondicionamento Fontes de contaminação microbiana: material de acondicionamento Fontes de contaminação microbiana: armazenamento Fontes de contaminação microbiana: armazenamento Riscos Associados Cuidados e Procedimentos com Animais de Laboratório Histórico: A experimentação animal tornou-se mais frequente na Europa, entre os séculos XVI e XVIII. Nessa época, os cientistas baseavam-se em opiniões como a do filósofo francês René Descartes (1590-1650) e suas ideias sobre o mecanicismo. Para o filósofo, os animais não tinham a capacidade de sentir dor e eram considerados apenas máquinas complexas. Histórico: Atualmente, temos plena consciência de que a sensibilidade do animal é similar à humana no que se refere à dor, memória, angústia e instinto de sobrevivência e deve-se utilizar de todos os meios possíveis para minimizar a dor e o sofrimento do animal. Os experimentos devem ser realizados de maneira ética e justificada, não abusando do direito do homem sobre os animais e evitando o sofrimento destes Comitê de ética em uso animal (CEUA) Existem normas nacionais e internacionais que regem a experimentação animal. Entre elas está a submissão dos projetos de pesquisa que utilizarão animais à Comissão de Ética em Uso Animal da instituição a que pertencem. Cabe à comissão analisar, emitir parecer e expedir certificado sobre os protocolos de experimentação realizados na instituição de acordo com critérios preestabelecidos de princípios éticos na experimentação animal e compatíveis com a legislação vigente. Essa comissão tem o poder de aprovar ou não os protocolos experimentais analisados segundo o cumprimento das normas éticas Principio dos 3R’s Em 1959, o zoologista William M. S. Russell e o microbiologista Rex L. Burch publicaram o livro The Principles of Humane Experimental Technique, no qual estabeleceram o princípio dos 3 Rs, o que trouxe avanços para a pesquisa com animais e estabeleceu um grande marco para a Ciência em Animais de Laboratório. Os autores conseguiram sintetizar o princípio humanitário de experimentação animal em três palavras importantes, o qual deve ser seguido no momento da elaboração dos projetos de pesquisas com animais. As três palavras originam-se do inglês e começam com “R”, por isso passaram a ser denominadas como princípio dos 3 Rs: Replace, Reduce e Refine. A proposta sugere a substituição do uso de animais por modelos alternativos não sensíveis, a redução do número de animais por experimento e o refinamento das técnicas e procedimentos que serão realizados nos animais. Principio dos 3R’s Principio dos 3R’s DÚVIDAS? E-MAIL: PROF.ISIS@OUTLOOK.COM
Compartilhar