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Resumo de Odontopediatria – Vanessa Wunsch Odontopediatria DDeennttííssttiiccaa eemm ooddoonnttooppeeddiiaattrriiaa ● Conceito de cárie Doença resultante do desequilíbrio entre a desmineralização e a remineralização dos compostos minerais do dente, dentre os principais o cálcio. É influenciado por: ↪ Hábitos alimentares – açúcar ↪ Higiene bucal ↪ Contato com flúor ↪ Qualidade e quantidade de saliva – autolimpeza O tratamento restaurador tem que estar associado aos fatores etiológicos. No passado, pregava o restabelecimento da função estética. Extensão preventiva. Hoje o restabelecimento da saúde é a prioridade. ● Atividade conservadora: ↪ Max de preservação X Min de intervenção ↪ Manutenção das estruturas sadias – cristas marginais ↪ Materiais adesivos, biocompativeis ↪ Liberação de flúor ↪ Monitoramento das lesões incipientes (restaurações não definitivas) ● Fatores a considerar ↪ Cooperação do paciente e família, no caso de criança ↪ Higiene e dieta ↪ Compromisso e disponibilidade dos pais ↪ Avaliação da atividade cariosa : ● Atitude preventiva ↪ Controle do biofilme ↪ Uso do flúor ↪ Adequação do meio ↪ Controle do risco e atividade de cárie ● Classificação das lesões cariosas Presença ou ausência da atividade de cárie, é fundamental determinar a atividade cariogênica Lesões em esmalte Diagnóstico visual Tratamento Mancha branca ativa Opaca e rugosa Verniz, flúor e higiene bucal Mancha branca inativa Lisa e brilhosa Proservar Lesões em dentina Diagnóstico visual Tratamento Lesão ativa Halo branco opaco, rugoso, amolecida Intervenção com cureta ou broca Lesão inativa Dentina clara,, brilhante , endurecida Restaurar com CIV Lesão ativa → À medida que vai tirando a dentina amolecida, ela vai ficando mais endurecida, mais escura, que sai em forma de lascas. É a dentina afetada, que não necessita ser retirada, pois ocorre o risco de atingir a polpa. Parar de curetar; lavar a cavidade, colocar a pasta de hidróxido de cálcio +cimento de ionômero de vidro e deixar (dentes decíduos) tratamento expectante. ● Avaliação integral do paciente pediátrico ↪ Anamnese ↪ Exame físico: Intra oral e extra oral ↪ Exames complementares ↪ Avaliação de risco – Periodontal, oclusal e cariogênico Para diagnostico de carie, faz uma radiografia interproximal ↳ Plano de tratamento → Condutas invasivas e não invasivas Livre de cárie → Ausência de sinais clínicos atuais ou anteriores. Atividade de cárie sem necessidade de tratamento invasivo → Lesões cariosas incipientes em esmalte de natureza ativa Atividade de cárie com necessidade invasiva de tratamento → Lesões cavitadas envolvendo Conduta não invasiva •Lesões não cavitadas Conduta invasiva •Lesões cavitadas Resumo de Odontopediatria – Vanessa Wunsch esmalte, focos endodôntico e restos radiculares.. Se a lesão for branca e estiver cavitada, restaurar. Sem atividade de cárie, com necessidade de tratamento invasivo → Por razões funcionais ou estéticas. Lesões cavitadas, inativas. Sem atividade de cárie e sem necessidade de tratamento invasivo → Lesões cariosas incipientes em esmalte de natureza inativa. Flúor → Teve dente, já pode ser aplicado Pasta dental com flúor → A partir dos três anos ↳ Adequação do meio bucal Adequar a boca para tratar a doença carie e periodontal. 1. Fechamento de cavidades abertas – Ionômero de vidro 2. Retira retenções – restaurações em excesso 3. Remoção de biofilme Materiais utilizados: Óxido de zinco e eugenol, ionômero de vidro e cariostático ↳ Princípios do preparo cavitário ↪ Materiais adesivos ↪ Preservação do tecido dental sadio e proteção ↪ Progresso das praticas preventivas ↪ Entendimento do processo carioso ↪ Procedimentos menos invasivos ↳ Material restaurador ideal para dentes decíduos ↪ Fácil de manipular ↪ Propriedades adesivas adequadas ↪ Resistência e estabilidade de cor ↪ Presa rápida ↪ Atóxico, não-alergênico e sem cheiro forte ↪ Restabelecer a função perdida do elemento dentário ↳ Materiais e técnicas ↪ Cimento de ionômero de vidro (pouco tempo na boca) ↪ Sistema adesivo ↪ Resina composta ↳ O que levar em consideração ↪ Diagnostico da lesão ↪ Atividade de carie ↪ Localização e extensão ↪ Proteção pulpar ↪ Envolvimento estético ↪ Forças mastigatórias ↪ Tempo do dente na boca Resumo de Odontopediatria – Vanessa Wunsch FFlluuoorreettooss ● Selantes. → Para fóssulas e fissuras Destina-se a prevenção da cárie dentaria. São materiais com base de resina ou cimento de ionômero de vidro, aplicado a superfície oclusal dos dentes posteriores cobrindo as fóssulas e fissuras que são suscetíveis a cárie. Funcionam como uma barreira protetora, evitando o acúmulo de placa dentaria bacteriana ou biofilme dentário nessas regiões. O selante é passado na superfície e endurecido (polimerizado) através de luz visível ou autopolimerização ↪ Quimicamente ativado ou fotoativado – Não tem diferença na taxa de retenção ↪ Com ou sem carga – Técnica invasiva: 20% a mais de partículas inorgânicas ↪ Com ou sem flúor – Não aumenta o grau de prevenção ma não diminui a retentividade. Na duvida usar o com flúor ↪ Resinoso ou iônomerico – Indicada para molares parcialmente irrompidos com fissuras bem profundas ● Cimento de ionômero de vidro (CIV) Tem por objetivo a liberação de flúor por meio do cimento de silicato. Possui também a capacidade de adesão, boa compatibilidade biológica e coeficiente de expansão térmica liear, semelhante as estruturas dentarias. ↳ Principais propriedades ↪ Liberação de flúor – Em 1 semana libera muito. Depois vai diminuindo e dura alguns meses. ↪ Capaz de incorporar o flúor – Em contato com o flúor dos dentifrícios e soluções é recarregável. Diminui o risco de lesões secundarias e remineraliza as já existentes. ↪ Adesão química dos tecidos dentais – Troca de íons de carboxilato do material com os íons de cálcio e fosfato do dente. A adesão é maior nas regiões com maior mineralização ↪ Coeficiente de expansão térmica semelhante aos das estruturas dentárias. ↪ Melhor compatibilidade biológica A manipulação do CIV é bem importante. Seguir as orientações do fabricante quanto a proporção correta do pó e liquido e sua aglutinação. Forma uma massa plástica. Enquanto o material estiver com brilho úmido, este pode ser inserido na cavidade. É sabido que a remoção de esmalte e dentina, seja com instrumentos rotatórios, curetas de dentina, métodos químico – mecânicos etc...; forma uma lama dentinária, a Smear Layer, ela diminui a adesão do material restaurador as estruturas dentarias. A remoção da camada mais superficial de Smear Layer pode ser obtida com a aplicação do ácido poliacrílico (10 a 25%) por menos de 25s. Ele vai remover a smear layer sem desmineralizar a dentina intertubular e nem abrir os túbulos dentinários. Não usar o ácido fosfórico (ácido forte) para não remover o cálcio da estrutura dentária. Em cavidades profundas, próximo a polpa, apica-se o Cimento de hidróxido de cálcio, uma fina camada apenas na parede de fundo. O CIV em contato com a polpa gera inflamação crônica e persistente ao longo do tempo Não é um material com propriedades estéticas. Possui falta de translucidez, opacidade, pouca variedade de cores, rugosidade superficial. A resina é escolhida para estética ↳ Classificação ❖ Cimentos iônomerico convencionais TIPO I – Cimentação (De coroa, pino, braquetes) TIPO II – Restauração TIPO III – Selamento de cicatrículas e fissura (selante) TIPO IV – Forramento (depois do cimento de hidróxido de cálcio) ❖ Cimentos iônomerico modificado por resina Possui 5% de componentes resinosos VANTAGENS – Baixa solubilidade Menos sensívela sinérese Propriedades físicas melhores Bom para a cimentação Possui mais cores Melhor estética e adesão DESVANTAGENS – Absorção de água Maior contração polimerizada Libera menos flúor Altera cor em 1 a 2 anos ❖ Contemporâneos Indicados para baixa atividade de cárie São compósitos. Ionômero ativado Fotoativação e posteriormente ácido-base limitado Pequena liberação de flúor ↳ Indicação do ionômero ↪ Selamento de cicatrículas e fissuras ↪ Adequação do meio bucal ↪ Classes I, II, e V em decíduos e permanentes ↪ ART – Não coloca o hidróxido de cálcio. Só fecha com o ionômero Resumo de Odontopediatria – Vanessa Wunsch ↳ Contra- Indicação ↪ Classe IV ↪ Classe I e II ampla ↪ Restaurações estéticas ↪ Substituições de cúspides ↪ Restauração estreita e profunda ↪ Cúspide de trabalho (até com resina pode fraturar). ↳ Formas de apresentação e manipulação. ↪ Pó – Sílica, alumina e fluoreto de sódio-alumínio, fluoreto de cálcio, fluoreto de alumínio e fosfato de alumínio ↪ Líquido – Ácido alquenoico (acido poliácrilico), ácido itacônico, ácido tártarico e água. Alguns possuem o ácido incorporado ao pó e o liquido só água destilada ↪ Aglutinação – Incorpora o pó em direção ao liquido sobre uma placa de vidro com uma espátula, sem exercer pressão exagerada em 1 minuto. Ao termino, formara um fio com aparência brilhante. A reação ou presa é mais acelerada em ambientes com temperaturas mais elevadas. Pode previamente resfriar a placa de vidro para aumentar o tempo de presa e trabalho. ↪ O material pode vir também em cápsulas já pré-dosado, que será triturada e colocada na seringa metálica do fabricante. ↳ Proteção Depois de aplicado, o CIV precisa ser protegido com um agente adesivo (vernizes ou vaselina), pois é bem sensível a perda e ganho de água, podendo ter alteração dimensional, perda da propriedade mecânica, da adesão, rachaduras, trincas e erosão ↳ Acabamento e polimento Não fazer nos períodos iniciais da reação da presa. Comprimir usando uma matriz de poliéster ou similar e lâminas de bisturi. Após a maturação, podem usar carbide de 12 – 16 lâminas, pontas de diamante de granulação fina e extrafina, discos e tiras de lixa ↳ Art – Tratamento atraumático restaurador Vantagens em odontopediatria Tratamento definitivo Dispensa anestesia e isolamento Controle de comportamento Não se deixa uma cavidade aberta – Não usar broca. Remoção com cureta Tira de poliéster e cunha de madeira Pinça e espátulas Algodão com clorexidina Preparar o ionômero. ● Condicionamento ácido ↳ Condicionamento ácido convencional Remover o Smear Layer e infiltrar os monômeros resinosos na dentina já desmineralizada. O ácido aumenta o diâmetro dos túbulos dentinarios, tornando-os mais permeaveis. Os monômeros resinosos hidrofobicos não interagem com a superficie rugosa, porosa e úmida. Ácido – Prepara o substrato para a adesão (30s em esmalte e 15s) Primer – Passa ainda na dentina molhada. Solução Hidrofilica Adesivo – Parte hidrofobica compativel com a resina ↳ Técnica de adesão ↪ Profilaxia ↪ Isolamento absoluto ↪ Lavagem e secagem ↪ Proteção dos dentes adjacentes ↪ Aplicação do ácido fosfórico 32 – 37% ↪ Lavagem por 30s ↪ Secagem – Esmalte seco e dentina úmida ↳ Adesão em dentina (formação da camada hibrida) Os sistemas adesivos que utilizam um ácido fosfórico próximo a 35%, removem por completo o Smear Layer. Já os adesivos autoconcionantes só removem parcialmente ou modificam o smear layer ↳ Adesão em dentina Mecânismo micromecânico. Quando a superficie dentinária é condiocionada pelo ácido, o componente mineral é removidoexpondo a rede de colágeno, mantendo-se a superficie levemente úmidecida, as fibras de colágeno permanecerão abertas, facilitando a penetração do primer e do adesivo que irão se misturar e formar a camada hibrida
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