Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Nazaré Otília Nazário CURSO DE MEDICINA Disciplina: SUPORTE BÁSICO DE VIDA Insuficiência Respiratória Aguda Técnicas Básicas para o Manejo das Vias Aéreas SUMÁRIO Insuficiência Respiratória Aguda: quando suspeitar + Sinais/Sintomas e Condutas Técnicas Básicas para o Manejo das Vias Aéreas Superiores: Abertura Manual das Vias Aéreas Aspiração Secreções Cânula Orofaríngea Cânula Nasofaríngea Cateter de Oxigênio Máscara Facial não reinalante com reservatório Máscara de Venturi Bolsa Válvula Máscara Uso do Oxímetro INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA Quando suspeitar? Paciente com dificuldade respiratória ou alteração de ritmo e/ou frequência ventilatória de início súbito e de gravidade variável. Sinais e sintomas de gravidade: Alteração nível consciência (agitação, confusão, sonolência). Cianose. Uso musculatura acessória: retrações subcostais. Dificuldade na fala (frases curtas e monossilábicas). Alteração na FC (bradicardia ou taquicardia >140 bpm). Hipoxemia = nível oxigênio reduzido no sangue (SatO2 < 90%). Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA Condutas: 1. Realizar avaliação primária com ênfase para: • Nível de consciência (AVDI + ECG). • Manter decúbito elevado. • Considerar possibilidade de OVACE. • Padrão respiratório (frequência, amplitude e simetria) e ruídos respiratórios. • Oximetria. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA Condutas: 2. Realizar avaliação secundária com ênfase para: S: verificação dos sinais vitais: respiração (frequência, ritmo e amplitude); pulso (frequência, ritmo e amplitude); pressão arterial; pele (temperatura, cor, turgor e umidade). A: história de alergias; M: medicamentos em uso e/ou tratamentos em curso; P: passado médico – problemas saúde/doença prévia; L: horário da última ingestão de líquidos ou alimentos; e A: ambiente do evento. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA Condutas: 3. Oferecer O2 suplementar por máscara se SatO2 < 94%. 4. Estar atento à possibilidade de parada respiratória ou PCR. 5. Realizar contato com a Regulação Médica e passar os dados de forma sistematizada. 6. Aguardar orientação da Regulação Médica para procedimentos e/ou transporte para unidade de saúde. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. TÉCNICAS BÁSICAS PARA O MANEJO DAS VIAS AÉREAS (1) DESOBSTRUÇÃO MANUAL Manual Operacional Bombeiros: resgate pré-hospitalar. Goiânia. 2016. (1) DESOBSTRUÇÃO MANUAL Manual Operacional Bombeiros: resgate pré-hospitalar. Goiânia. 2016. (2) ASPIRAÇÃO Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Indicação: Paciente incapaz de eliminar o acúmulo de secreções, sangue ou corpos estranhos das vias aéreas superiores. (2) ASPIRAÇÃO Aspiração Oral Introduzir sonda flexível na cavidade ORAL com o látex pinçado e, quando posicionada, liberar o fluxo para aspiração, retirando lentamente com movimentos circulares. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. (2) ASPIRAÇÃO Aspiração Oral Introduzir sonda de ponta rígida com o látex pinçado, posicionando-a lateralmente na cavidade ORAL, liberar o fluxo para aspiração, retirando-a lentamente em movimento único, sem movimentos circulares. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. (2) ASPIRAÇÃO Manual Operacional Bombeiros: resgate pré-hospitalar. Goiânia. 2016. (3) CÂNULA OROFARINGEA(COF) Definição: COF é um dispositivo plástico em forma de J que, posicionado corretamente, se estende dos lábios do paciente até a faringe. Bocal do dispositivo descansa sobre os lábios/dentes; a parte distal corre na base da língua e região posterior da garganta, prevenindo a queda da língua e o bloqueio da via aérea. O ar passa ao redor e através do dispositivo. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. (3) CÂNULA OROFARINGEA(COF) Indicação Paciente inconsciente sem reflexo de vômito ou tosse, incapaz de manter a via aérea permeável. Para prevenir a mordedura do tubo traqueal em pacientes intubados. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. * (3) CÂNULA OROFARINGEA(COF) Procedimento 1. Utilizar EPI. Posicionar a COF próxima à face do paciente e realizar a medida da distância entre a comissura labial e o lóbulo inferior da orelha do mesmo lado. É ideal o tamanho que alcançar tais extremidades. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. * (3) CÂNULA OROFARINGEA(COF) Procedimento 2. Selecionar o tamanho adequado da COF. 3. Aspirar secreções/sangue da boca/faringe. 4. Inserir a COF conforme técnica. No adulto, inserir a COF com a concavidade voltada para baixo fazer uma rotação de 180° e acomodar. 5. Registrar o procedimento na ficha/boletim de atendimento. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. * (3) CÂNULA OROFARINGEA(COF) Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. (3) CÂNULA OROFARINGEA(COF) Manual Operacional Bombeiros: resgate pré-hospitalar. Goiânia. 2016. * (3) CÂNULA OROFARINGEA(COF) Observações Medida e posicionamento inadequado podem ativar o reflexo de tosse, causar obstrução das vias aéreas, laringoespasmo e vômitos. Tosse e/ou vômito: suspender procedimento. Observar presença de espasmo laríngeo, apneia e bradicardia. Avaliar a resposta do paciente ao procedimento, dentre outras formas, por meio da oximetria. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. * (4) CÂNULA NASOFARÍNGEA (CNF) Definição: é uma cânula, sem balonete, feita de borracha, desenhada para manter a língua longe da parte posterior da garganta. É colocada em uma das narinas e introduzida até que a ponta distal chegue na parte posterior da garganta, logo abaixo da base da língua, enquanto a extremidade proximal repousa sobre as narinas externas. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. * (4) CÂNULA NASOFARÍNGEA (CNF) Tamanho apropriado:cânula que se estenda da ponta do nariz até o ângulo da mandíbula ou ponta da orelha. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. * (5) CATÉTER DE OXIGÊNIO Definição: Cateter de oxigênio é um tubo plástico contínuo ou com 2 pequenos prolongamentos que se projetam a partir do tubo. O cateter ou os prolongamentos são inseridos dentro das narinas do paciente; com o tubo fixado a face do paciente. O oxigênio flui da cânula para dentro da nasofaringe do paciente, que age como um reservatório anatômico. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. * (5) CATÉTER DE OXIGÊNIO Indicação: Pacientes conscientes, com respiração espontânea e leve desconforto respiratório, que necessitam de baixo fluxo de oxigênio. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. * (6) MÁSCARA FACIAL NÃO-REINALANTE COM RESERVATÓRIO Definição: É uma máscara de plástico desenhado para repousar sobre nariz a boca do paciente com bolsa (reservatório). É fixada ao redor da cabeça (tira elástica) e não permite a mistura do ar exalado pelo paciente com o oxigênio a 100%. Borrachas em saídas laterais da máscara, evitam a inalação do ar ambiente. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. * (6) MÁSCARA FACIAL NÃO-REINALANTE COM RESERVATÓRIO Na inspiração, o oxigênio é extraído do reservatório para dentro da máscara, através de válvula unidirecional que separa a bolsa da máscara; Na expiração, o ar exalado sai através dos orifícios laterais da máscara. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. * (6) MÁSCARA FACIAL NÃO-REINALANTE COM RESERVATÓRIO Indicação: paciente com importante desconforto respiratório, que necessita de altas concentrações de O2, mas que se mantêm responsivo e com ventilação espontânea. Inclui a presença de: Sinais de hipoxemia: agitação, confusão mental, taquicardia, taquipnéia, cianose. Sinais de desconforto respiratório. SatO2 < 94%. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. * (6) MÁSCARA FACIAL NÃO-REINALANTE COM RESERVATÓRIO Observações Só utilizar umidificação com água destilada quando o transporte do paciente for superior a 2 horas. Nesses casos, deve ser considerado o nível mínimo de água para evitar a presença de água no látex. No transporte prolongado, proteger pavilhão auricular, posicionando uma compressa de gaze sob o elástico de fixação. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. * (7) MÁSCARA DE VENTURI Definição: A Máscara de Venturi cobre o nariz e a boca do paciente e contém um tubo ondulado e curto, com um orifício em jato conectado a outro tubo fornecedor de oxigênio, que sob pressão é forçado a entrar na máscara através de um pequeno orifício em jato. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. * (7) MÁSCARA DE VENTURI Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. * (7) MÁSCARA DE VENTURI Indicação: Pacientes com hipoxemia moderada a grave, sugestiva de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, que necessitam de controle rigoroso da oferta de O2. Inclui: Sinais de desconforto respiratório SatO2 < 94% Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. * (7) MÁSCARA DE VENTURI Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. * BOLSA-VÁLVULA-MÁRCARA=RESSUSCITADOR MANUAL Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. * BOLSA-VÁLVULA-MÁRCARA=RESSUSCITADOR MANUAL Manual Operacional Bombeiros: resgate pré-hospitalar. Goiânia. 2016. * OXÍMETRO DE PULSO Oxímetro de pulso funciona emitindo raios infravermelhos que brilham através dos tecidos para um fotossensor do outro lado. A luz infravermelha é capaz de detectar a quantidade de hemoglobina (Hb) que está saturada com (ou que transporta) O2. Oxímetro mostrará um número que indica a porcentagem de Hb saturada com O2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. * OXÍMETRO DE PULSO Situações comuns que resultam numa leitura imprecisa incluem: Esmalte. Movimentos excessivos do paciente. Hipotermia/extremidade frias. Anemia. Intoxicação por monóxido de carbono (CO). Choque (hipoperfusão) associado à perda de sangue ou má perfusão. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. *
Compartilhar