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Modulo 4 - Planejamento do processo de ensino-aprendizagem

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Fundamentos e 
Metodologia da 
Educação Corporativa
Planejamento do processo 
de ensino-aprendizagem4
M
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ul
o
2Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Enap, 2019
Enap Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Educação Continuada
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Presidente 
Diogo Godinho Ramos Costa
Diretor de Educação Continuada
Paulo Marques
Coordenador-Geral de Educação a Distância 
Carlos Eduardo dos Santos
Conteudista/s 
Eneides Batista Soares de Araújo (conteudista, 2019)
Curso produzido em Brasília 2019.
3Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
1. Orientações sobre o Módulo 4 ...................................................... 5
2. Percepções sobre planejamento ................................................... 6
3. Planejamento educacional organizacional..................................... 8
3.1. Fases para a elaboração do programa de capacitação ....................................8
3.2. Níveis do planejamento para a execução das ações de capacitação ...............9
4. Planejamento da prática do educador corporativo ........................ 9
4.1. Detalhamento do plano de curso ..................................................................11
4.2. Características e detalhamento do plano da disciplina/do ensino ................12
4.3. Planejamento da disciplina ............................................................................14
4.4. Planejamento da aula ou da unidade ............................................................16
5. Etapas para um planejamento educacional eficiente ................... 16
5.1. Divisão dos objetivos: gerais e específicos ....................................................18
5.2. A taxonomia dos objetivos educacionais – taxonomia de Bloom ..................20
5.3. Síntese da hierarquia da taxonomia de Bloom ..............................................22
5.4. Definição do objetivo geral ............................................................................24
5.5. Definição dos objetivos específicos ...............................................................25
5.6. Caso prático ...................................................................................................25
5.7. Seleção dos conteúdos ..................................................................................26
5.8. Metodologia e processo de ensino-aprendizagem ........................................28
5.9. Recursos instrucionais ...................................................................................31
5.10. Estratégias didáticas ....................................................................................32
5.11. Características dos procedimentos de ensino .............................................33
6. A condução da aula expositiva .................................................... 38
7. Determinação do processo de avaliação ..................................... 40
8. Encerramento ............................................................................. 43
Sumário
4Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
5Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
1. Orientações sobre o Módulo 4
Nos últimos anos, o desenvolvimento profissional e a necessidade de aprendizado contínuo 
assumiram uma importância significativa na Administração Pública, preocupada com a melhoria 
da qualidade dos serviços prestados ao cidadão, conforme já estudamos.
Hoje, os vários órgãos de governo vêm envidando esforços na construção, sistematização e 
disseminação do conhecimento institucional, por meio da oferta de cursos, eventos e diversas 
atividades que propiciem o saber profissional, cujo objetivo é promover o desenvolvimento 
integral dos servidores, em contexto de educação continuada, quer seja na iniciação da carreira 
ou ao longo de sua ascensão, quer seja na própria condição de servidor público.
Assim, identificar novos caminhos, que possibilitem esse desenvolvimento integral, na condução 
da educação corporativa, tem sido uma das principais tarefas da área de gestão de pessoas 
desses órgãos. Tal área vem atuando em parceria com as escolas de governo e com as equipes 
internas de treinamento, desenvolvimento e educação (TD&E), planejando adequadamente os 
programas de capacitação para a formação profissional dos servidores públicos.
Após o estudo você será capaz de:
• Classificar as fases do planejamento educacional.
 
• Formular o objetivo geral e os objetivos específicos.
 
• Selecionar técnicas e recursos que auxiliem e estimulem o aprendizado.
 
• Escolher instrumentos de avaliação de aprendizagem.
 
• Elaborar planos de ensino e planos de aula.
M
ód
ul
o
Planejamento do processo de 
ensino-aprendizagem4
6Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
2. Percepções sobre planejamento
Antes de adentramos especificamente na temática, reflita o que é planejamento.
“Planejamento significa ato ou efeito de planificar, criar um plano para otimizar resultados ou 
alcance de um determinado objetivo.”
O planejar foi e é presença ativa na vida da humanidade. O homem sempre almejou, sonhou, 
pensou e imaginou alguma situação em sua vida, até mesmo em razão da sua luta pela 
sobrevivência repleta de obstáculos a serem vencidos. O homem primitivo já planejava situações, 
estratégias, definia metas para alcançar seus objetivos, tais como: caçar, vencer a presa, agasalhar-
se, lutar para conquistar território etc.
"O planejar é uma realidade que acompanhou a trajetória 
histórica da humanidade. O homem sempre sonhou, pensou e 
imaginou algo na sua vida."
 (MENGOLLA e SANT'ANNA, 2001, p. 15)
De lá para cá, no cotidiano da humanidade, o planejamento é uma constante, pois, desde a mais 
simples tarefa até a mais elaborada, o planejamento é fundamental. E hoje, com a urgência da 
vida social e profissional, ele deve ser conduzido de forma criteriosa e ser bem definido.
Você compreendeu o que é e para que serve o planejamento na nossa vida?
"O Planejamento envolve quatro elementos necessários para a 
sua compreensão: processo, eficiência, prazos e metas".
 (CARVALHO, 1976, p. 76)
7Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Sob essa ótica, o planejamento pode ser aplicado às mais diversas áreas de atuação do homem, 
principalmente na educação. O planejamento na educação é extremamente importante, pois 
se trata do planejamento dos meios para dinamizar o ensino e a aprendizagem nos diversos 
espaços educacionais, seja na educação formal, seja na educação corporativa, no âmbito das 
organizações, objeto do nosso estudo neste módulo.
Trataremos dos temas práticos do planejamento, da execução e da avaliação do processo de 
ensino-aprendizagem, destacando as fases do planejamento educacional no contexto da 
educação corporativa, orientando para: a definição dos objetivos educacionais; a seleção 
dos conteúdos; a elaboração do material didático; a seleção das estratégias de ensino/
procedimentos didáticos; e a seleção dos instrumentos de avaliação.
Importante 
Para que a sua aula alcance os objetivos propostos, não basta apenas que você 
detenha o conhecimento e a experiência na temática a ser ministrada.
"Há, ainda, quem pense que sua experiência como educador 
corporativo seja suficiente para ministrar suas aulas com 
competência."
 (MORETTO, 2007, p. 100)
O educador que segue com esse tipo de pensamento desconhece a importância do planejar e 
sua real função no processo de ensino-aprendizagem.
É em razão do planejamento que o trabalho do educador corporativo se torna racional, factível e 
pode ser avaliado. Com isso, sabe-se quão eficiente e eficaz foi o curso.
8Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
3. Planejamento educacional organizacional
É necessário que você assista ao vídeo indicado na plataforma da Escola Virtual de 
Governo. 
Segue link do video <https://cdn.evg.gov.br/cursos/271_EVG/videos/modulo01video08.mp4>3.1. Fases para a elaboração do programa de capacitação
Para que os cursos ou programas possibilitem o alcance dos objetivos propostos - estratégicos e 
de aprendizagem - e, ainda, possam suprir as lacunas de competências, devem ser elaborados 
observando-se as fases descritas a seguir:
• 1ª fase
Realizar um amplo e profundo estudo da realidade e do cenário organizacional, 
considerando as diretrizes do planejamento estratégico.
• 2ª fase
Conhecer a filosofia que norteia a formação profissional na organização, ou seja, 
a cultura, o clima organizacional e os valores que balizam as relações pessoais e 
profissionais.
• 3ª fase
Estudar os fatores socioculturais organizacionais, que influenciam no comportamento 
das pessoas, e também os fatores psicológicos, que podem influenciar diretamente 
no processo de formação profissional.
• 4ª fase
Analisar os documentos norteadores da formação profissional, no âmbito da 
organização, que podem facilitar e dinamizar o processo de ensino e aprendizagem 
- legislação, regimento interno, documentos gerados com o mapeamento das 
competências e suas lacunas etc.
• 5ª fase
Apropriar-se das metodologias e dos modelos educacionais propostos para a 
educação de adultos que orientam a formação profissional organizacional.
Seguidas essas fases, os responsáveis pela elaboração dos programas de capacitação, articulados 
com a unidade de Gestão de Pessoas e a equipe de TD&E, devem ainda:
a) Estudar e analisar os objetivos estratégicos que norteiam a gestão de pessoas e a 
formação profissional na organização.
b) Identificar as necessidades de capacitação, por processo de trabalho, e estruturá-
las por área de conhecimento – ferramental, legislação etc.
9Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
c) Definir os objetivos de aprendizagem, em nível de módulo e de ações de capacitação, 
considerando as lacunas de competências (conhecimentos, habilidades e atitudes) 
que precisam ser supridas, desenvolvidas ou aprimoradas.
d) Selecionar e organizar as ações de capacitação e os seus respectivos conteúdos, 
de forma apropriada para o alcance dos objetivos – geral, estratégicos e de 
aprendizagem – da formação profissional.
e) Definir a metodologia, selecionando os melhores procedimentos, técnicas de ensino 
e recursos instrucionais, que favoreçam a consecução dos objetivos da capacitação.
f) Definir as necessidades de infraestrutura, financeira e humana, necessárias à 
execução do programa de capacitação.
g) Definir e organizar os instrumentos de avaliação adequados à aferição dos objetivos 
educacionais propostos para a formação profissional no curso/módulo e, ainda, para 
conhecer a efetividade e o impacto dessa formação na vida do servidor, quando do 
seu retorno às suas atividades laborais.
Após essas ações e concluído o planejamento da capacitação, torna-se necessário o planejamento 
da execução dos eventos/das ações de capacitação.
3.2. Níveis do planejamento para a execução das ações de 
capacitação
Concluído o planejamento da capacitação do órgão, torna-se necessária a programação da 
execução das ações de capacitação propostas. Para que isso seja possível, são elaborados os 
demais planos - do curso, de ensino/disciplina e da aula/unidade -, que, aqui, estão detalhados e 
apresentados nos níveis que se entendem apropriados para o ambiente da educação corporativa.
Níveis do planejamento da capacitação:
1. Planejamento do curso.
 
2. Planejamento da disciplina ou do ensino.
 
3. Planejamento da aula ou da unidade.
4. Planejamento da prática do educador corporativo
O planejamento do curso contempla, por área de atuação, todas as disciplinas necessárias à 
formação profissional dos servidores do órgão.
10Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
O plano de curso é elaborado para que o planejamento das disciplinas ou das ações de capacitação 
aconteça de forma estruturada por área de conhecimento e por público e, assim, possa alcançar 
os objetivos constitutivos fundamentais – institucionais e de aprendizagem – para a consolidação 
da formação profissional na organização.
O planejamento do curso é considerado como um conjunto 
de elementos que constituem a organização estrutural de um 
determinado evento promocional, em relação à educação, ao 
ensino, ou à aprendizagem de alguma profissão, atividade, ou 
ao desenvolvimento de habilidades específicas, dentro de um 
campo geral ou específico.
 (MENEGOLLA, 2008, p. 59)
Refere-se, portanto, ao planejamento dos principais aspectos educativos, teóricos e práticos que 
compõem o planejamento educacional – no nosso contexto, o planejamento da capacitação 
– e descreve os aspectos teóricos e práticos das disciplinas ou temáticas que serão objeto de 
uma formação profissional, durante um período relativo à extensão do curso, módulo ou evento, 
obedecendo às diretrizes traçadas no programa de capacitação da organização.
Importante 
É importante que você compreenda que um conjunto de disciplinas ou 
temáticas ministradas em uma organização, seguindo uma programação, 
constitui um curso e que um conjunto de cursos ou eventos de capacitação 
constitui o programa de formação.
Na Educação Corporativa, quando um evento ou uma ação de capacitação é oferecida de forma 
isolada, nas diversas temáticas do ambiente profissional, tais como comportamentais, atitudinais 
ou laborais, também é considerada um curso.
Agora, vejamos as etapas que os responsáveis pelo planejamento do curso devem seguir.
11Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
4.1. Detalhamento do plano de curso
I. Identificação
Descrever o nome do curso ou programa de capacitação, da disciplina ou do módulo; 
as competências desenvolvidas; o público-alvo; o nome da instituição promotora; a 
carga horária total do curso.
II. Justificativa
Procurar responder sempre à pergunta: por que realizar o curso ou módulo? Descrever 
as razões determinantes, os fatores de motivação que levaram à abordagem dos 
temas (disciplinas) tratados ou eventos indicados. Demonstrar a importância da sua 
realização levando em consideração as competências que serão desenvolvidas.
III. Objetivo(s) de aprendizagem
Deve(m) ser formulado(s) em termos gerais e específicos, descrevendo os 
comportamentos esperados dos alunos ao término do curso ou do módulo.
IV. Estrutura
Relacionar as disciplinas ou os eventos de capacitação com suas ementas, suas 
modalidades, seu período de realização, o número de participantes, o número de 
turmas/eventos e as respectivas cargas horárias.
V. Critérios de avaliação
Definir de que forma avaliar o curso ou módulo durante e após a sua realização. Os 
critérios estão diretamente ligados aos objetivos educacionais propostos, os quais, 
por sua vez, estão ligados aos objetivos do programa de capacitação.
VI. Agenda
Contemplar o período de realização de cada disciplina ou das ações de capacitação.
VII. Bibliografia
Relacionar os livros que embasaram e fundamentaram o planejamento e a 
elaboração do material do curso. Contempla, também, a indicação complementar 
de leitura para os envolvidos no processo de formação.
Importante 
Cuidado: em um texto acadêmico ou na elaboração do material instrucional, 
devem-se evitar afirmativas que não tenham comprovação científica 
fundamentada e que não possam, portanto, ser referenciadas no material. 
As fontes bibliográficas podem ser livros, revistas, pesquisas na Internet, 
documentos e artigos científicos.
12Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Os responsáveis por esse planejamento devem primar para que as políticas e diretrizes da 
organização sejam respeitadas e valorizadas, ou seja, imprimir a filosofia desta ação, seus 
objetivos e toda a dinâmica do processo formativo e educacional da organização, para que sejam 
impressos também nos demais planejamentos e atuações dos educadores corporativos.
É necessário que você acesse a Biblioteca do curso na plataforma Escola Virtual de Governo e 
faça o download do arquivo Modelo_Planode Curso ou Módulo.
4.2. Características e detalhamento do plano da disciplina/do 
ensino
No quadro abaixo, estão descritas as características fundamentais para a efetiva e eficiente 
condução do plano de disciplina.
Características Observações
Objetividade 
e realidade
Para que seja exequível, todo plano deve ser objetivo e realista.
Não se permite o impraticável, o sem validade e o sem aplicabilidade. A 
clareza deve ser elemento essencial em todos os passos do planejamento: 
objetivos, conteúdos, modos operacionais, determinação das técnicas, 
determinação objetiva dos recursos utilizados para condução do curso e 
do processo de avaliação.
Importante: o educador corporativo deve elaborar o planejamento com 
os "pés no chão".
Funcionalidade
Por ser um instrumento orientador das ações educativas, sua 
funcionalidade é importante para os dois atores do processo de ensino-
aprendizagem.
Importante: o plano deve atender aos dois envolvidos no processo de 
ensino-aprendizagem - educador e aluno -, considerando o aluno como 
o principal sujeito desse processo.
Simplicidade
O planejamento tem de ser viável e não deve perder profundidade, 
lógica, coerência, objetividade, validade e utilidade.
Importante: se possível, trate de situações-problema contextualizadas 
de forma objetiva e simples.
Flexibilidade
O planejamento não pode engessar o educador corporativo. Em caso de 
insucesso no ensino-aprendizagem, ele deve ter coragem de provocar e 
realizar mudanças.
Importante: as mudanças são possíveis, uma vez que se deve observar a 
dinâmica da turma e as suas necessidades latentes e manifestas.
Utilidade
O plano deve levar o educador corporativo a possibilitar o conhecimento 
e a atingir os objetivos propostos; ser útil na sua condução, Caso 
contrário, o plano deve ser reelaborado, pois o objetivo é atender às 
reais necessidades de aprendizagem do aluno.
Importante: o que foi planejado só será válido se tiver significado para 
o aluno.
Fonte: adaptado de Menegolla (2008).
13Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
A seguir, veja o detalhamento do plano de disciplina:
I. Identificação
Descrever o nome do curso ou módulo do qual a disciplina ou evento é parte; o 
nome da disciplina; o período de realização; a carga horária; informações sobre o 
educador corporativo.
II. Ementa
Apresentar a síntese do conteúdo da disciplina ou do evento de capacitação. Deve 
ser feita de forma clara e concisa, apresentada em poucas frases. Por meio dela é 
que se tem conhecimento imediato do que será ministrado. É elaborada logo após 
a seleção dos conteúdos.
III. Objetivos
Descrever os objetivos de aprendizagem, geral e específicos, que serão alcançados 
ao final da ação de capacitação. É importante destacar que, na educação corporativa, 
conforme já foi dito, esses objetivos são definidos de forma harmônica com os demais 
objetivos da formação profissional, os quais são os estratégicos, o institucional e o 
do módulo.
IV. Conteúdo programático
Selecionar os conteúdos necessários para a formação das competências propostas 
no programa de capacitação ou no módulo e na ação de capacitação, que resultarão 
no alcance dos objetivos de aprendizagem.
V. Metodologia pedagógica
Descrever a modalidade, as estratégias de ensino e os recursos que mediarão a 
condução do processo de ensino-aprendizagem durante a realização da ação de 
capacitação.
VI. Avaliação
Selecionar os instrumentos avaliativos das ações de aprendizagem, os quais devem 
ser conduzidos durante a realização do evento de capacitação ou da disciplina.
VII. Cronograma de realização das aulas
Cronograma de realização das aulas: de forma temporal, descrever as unidades do 
conteúdo que serão ministradas por aula/dia e suas respectivas atividades.
VIII. Bibliografia
Relacionar a bibliografia que fundamenta e embasa o conteúdo ministrado e, ainda, 
as indicações de leitura complementar para o contínuo aprendizado dos alunos. 
Destaca-se em:
• Básica - representa as fontes bibliográficas que embasam a elaboração do 
material didático, ou seja, o desenvolvimento do conteúdo programático da 
disciplina, o qual será, de fato, utilizado em sala de aula ; e
14Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
• Complementar - trata-se dos referenciais utilizados em complemento à 
bibliografia básica e devem ser disponibilizadas ao aluno na biblioteca física e/ou 
virtual. Para isso, antes de sugerir tal bibliografia, é importante que o educador 
corporativo conheça o acervo da sua temática nas referidas bibliotecas.
É necessário que você acesse a Biblioteca do curso na plataforma Escola Virtual de Governo e 
faça o download do arquivo Modelo Plano de Ensino - Disciplina.
4.3. Planejamento da disciplina
Plano de disciplina é a previsão dos objetivos e tarefas 
do trabalho docente para um ano ou um semestre; é um 
documento mais elaborado, no qual aparecem objetivos 
específicos, conteúdos e desenvolvimento metodológico.
 (LIBÂNEO, 1985, p. 222)
O Planejamento da Disciplina é uma ação do educador. É o momento de se pensar, definir 
estratégias, calcular, avaliar, reavaliar. Trata-se do planejamento de determinado tema ou 
disciplina, ou mesmo parte de uma disciplina da qual deriva, seguindo uma metodologia própria.
Menegolla (2008, p. 60) afirma que "o plano de disciplina é bem mais específico, sendo relativo a 
uma disciplina ou uma parte de conteúdos desta mesma disciplina". Esse autor defende e reforça 
que o plano de disciplina não é um plano de curso, pois ambos são diferentes. Trata-se de um:
"Processo de tomada de decisões bem informadas que visem 
à racionalização das atividades do educador corporativo e do 
aluno, na situação de ensino-aprendizagem".
 (SANT´ANNA et al., 1995, p. 19)
15Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Menegolla (2008) destaca a importância de o educador sistematizar concretamente sua ação 
educativa em determinada disciplina e, com isso, elaborar o plano de disciplina, para que seus 
objetivos sejam alcançados.
Portanto, observa-se que os componentes de um plano de disciplina/de ensino são:
Destaque h, h, h, h, 
1. a previsão dos conhecimentos e conteúdos a serem desenvolvidos na sala 
de aula;
2. a definição clara dos objetivos mais importantes a serem alcançados;
3. a seleção dos melhores procedimentos e técnicas de ensino;
4. os recursos materiais e humanos que serão importantes para condução 
eficiente do processo de ensino-aprendizagem; e
5. a proposta de instrumentos e técnicas eficientes de avaliação para se 
verificar se os objetivos relacionados à aprendizagem foram alcançados.
Podemos observar que o plano de disciplina é de suma importância para o educador 
organizacional, que estará previamente planejando sua condução didática. Em termos mais 
concretos e operacionais, é o que será conduzido em sala de aula, para levar o aluno a alcançar 
os objetivos educacionais propostos.
Conheça os aspectos que, conforme Menegolla (2008, p. 66), reforçam o entendimento da 
importância desse planejamento para a atuação docente:
• ajuda a definir os objetivos que atendam aos reais interesses dos alunos;
 
• possibilita seleção dos conteúdos mais significativos para os alunos em seu processo 
formativo;
 
• facilita a organização dos conteúdos de forma lógica, obedecendo a estrutura da 
disciplina;
 
• auxilia na seleção dos melhores procedimentos e recursos para proporcionar um ensino 
mais eficiente, pois orientará o educador corporativo em relação a "como" e "com o 
que" deve agir, o que, consequentemente, o permitirá agir com segurança;
 
• evita repetições e a monotonia na rotina do ensino;
 
• possibilita uma visão global dos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem; e
 
16Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
• proporciona aos envolvidos nos processo de ensino-aprendizagem uma atuação mais 
cooperativa e participativa.
4.4. Planejamento da aula ou da unidade
Esse planejamento norteará as ações do educadorcorporativo durante a aula e deve ser preparado 
para cada dia da disciplina ou ação de capacitação, seguindo uma sequência numérica, conforme 
o total de dias de sua realização.
Trata-se de ter um planejamento detalhado que contemple os objetivos, o tema que será 
trabalhado, o material utilizado, o que será feito e a que tempo, de forma harmonizada e 
organizada, o que resultará no sucesso da aula.
Detalhamento do plano de aula: número do plano; dados de identificação; data de realização; 
tema; objetivos (geral e específicos - estes referentes ao conteúdo ministrado); conteúdo; 
procedimentos/metodologia pedagógica; avaliação; bibliografia (básica e complementar); e 
anexos. Lembrando que cada aula obedecerá a um plano específico.
É necessário que você acesse a Biblioteca do curso na plataforma Escola Virtual de Governo e 
faça o download do arquivo Modelo de Aula.
Importante 
Para que o educador corporativo projete bem seu curso ou sua disciplina, é 
importante que ele siga as etapas a seguir, facilitando, assim, o planejamento 
das suas aulas.
5. Etapas para um planejamento educacional eficiente
Observe as etapas para a elaboração de um plano de curso, disciplina ou aula:
• Sondagem e diagnóstico.
 
• Formulação dos objetivos.
 
• Seleção dos conteúdos.
 
• Definição da metodologia e seleção dos procedimentos didáticos.
 
• Seleção dos instrumentos de avaliação.
17Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Sondagem e diagnóstico
Trata-se do momento de analisar as necessidades a serem trabalhadas no processo formativo 
do aluno, ou seja, o objetivo da capacitação - por que e para quem o curso será realizado, 
representados na necessidade da capacitação proposta. Oportunidade em que o educador 
corporativo deve buscar conhecer seu público-alvo, saber para quem será planejado o curso - o 
perfil, o ambiente que se insere a demanda e os conhecimentos prévios trazidos pelo aluno, 
principalmente os relacionados ao curso/tema ofertado.
Após analisadas e conhecidas as necessidades de capacitação, prossegue-se com a definição dos 
objetivos.
São os objetivos que darão rumo ao seu planejamento de ensino e que refletirão os princípios 
da abordagem pedagógica.
Formulação dos objetivos de aprendizagem
Os objetivos de aprendizagem representam o elemento central do plano, eles darão origem aos 
demais componentes do planejamento educacional.
É importante que o educador corporativo defina objetivos claros e precisos, que possam 
direcionar uma boa definição/seleção dos conteúdos a serem ministrados e uma escolha das 
atividades de ensino-aprendizagem. Haidt (2006 p. 113) defende que "a formulação de objetivos 
de ensino consiste na definição de todos os comportamentos que podem modificar-se como 
resultado da aprendizagem", enquanto Menegolla (2008, p. 78) define o objetivo como "um 
propósito ou alvo que se pretende atingir. O objetivo é tudo aquilo que se quer alcançar através 
de uma ação clara e explícita".
Importante 
Os objetivos constituem-se em orientação para o aluno e não para o que 
o professor ensina. Devem indicar, portanto, o que o aluno será capaz 
de fazer depois de participar da ação de capacitação, ou seja, a mudança 
de comportamento pretendida que influenciará no desenvolvimento de 
competências no aluno, as quais, por sua vez, farão a diferença na sua vida 
profissional e pessoal. Assim, sugere-se que, ao formular os objetivos, o 
educador inicie com a seguinte fórmula: "O aluno será capaz de...".
Pode-se dizer que o objetivo representa a descrição ou as descrições de resultados de 
aprendizagem esperados, que indicam conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA) que se 
deseja desenvolver nos alunos por meio de uma ação formativa. Para isso, os objetivos devem 
ser claros e precisos, ou seja, explícitos. Devem ser expressos mediante a utilização de verbos 
de ação, que expressam comportamentos observáveis e mensuráveis no curto e longo prazo.
18Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Na sua formulação, o educador corporativo deve considerar a proposta do curso, as características 
da disciplina e as características do público-alvo, ou seja, do aluno.
As características que levam a uma boa definição dos objetivos, as quais Menegolla (2008) 
destaca, são clareza, simplicidade, validade, operacionalidade e algo observável, conforme 
definidas a seguir.
Os objetivos devem descrever claramente o que se quer alcançar, caso contrário não estão 
bem definidos. Quando bem elaborados, os objetivos apresentam clareza em relação às ideias, 
intenções, expressões, comunicações, elaborações e construções. Dessa forma, não suscitarão 
interpretações vagas no leitor.
A simplicidade é fundamental na definição dos objetivos e é parte da própria realidade concreta 
dos envolvidos no processo formativo. Ela não impede que os objetivos transmitam as mais 
profundas ideias e os mais importantes valores.
A validade e utilidade dos objetivos são representadas no seu conteúdo, que deve ser portador 
de profundos e reais valores. Elas dependem das necessidades e urgências, dos interesses e das 
possibilidades dos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.
A operacionalidade do que se quer alcançar com um objetivo parte de um agir possível, concreto 
e viável, ou seja, tudo que pode ser feito, trabalhado e agilizado.
Toda ação é observável, em qualquer que seja o nível ou a área, e deve apresentar resultados 
concretos mensuráveis. No que diz respeito à ação de educação, ela resulta na mudança e na 
aquisição de novos conhecimentos, habilidades e atitudes, observáveis ao final do processo de 
ensino-aprendizagem.
5.1. Divisão dos objetivos: gerais e específicos
Os objetivos apresentados pelo educador corporativo devem ser formulados visando alcançar 
a satisfação das necessidades de formação dos alunos, tendo como orientadores três aspectos 
principais:
I. Receber informações e desenvolver o conhecimento (saber).
II. Adquirir e reforçar as habilidades (saber fazer).
III. Tornar-se sensível, ou seja, mudar atitudes negativas ou reforçar as positivas (querer 
fazer).
Na educação corporativa, conforme já foi visto, esses objetivos representam as competências 
que se pretende desenvolver nos alunos durante o processo de formação profissional, para que 
estejam bem preparados para desempenhar o seu papel, de forma profissional, com qualidade e 
eficiência. Essas competências estão diretamente atreladas ao sucesso da organização.
19Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Para facilitar a elaboração desses objetivos, estudaremos a taxonomia dos objetivos educacionais 
- a taxonomia de Bloom.
Observe como fica a divisão dos objetivos: gerais e específicos:
Objetivos gerais: indicam diretrizes para a ação educativa; representam os resultados complexos 
de aprendizagem, pretendidos em longo prazo; resumem os desempenhos ou as competências 
que se espera observar nos alunos ao final da ação educacional.
Objetivos Gerais
Amplos
Abrangentes
Esses objetivos são observáveis em longo prazo.
Importante: Quando se diz "geral", remete-se à ideia de amplitude e abrangência, representando 
a maior parte de um todo, sendo vago e genérico. Por essa razão, deve ser bem definido e 
explicitado.
Objetivos específicos: são também conhecidos como instrucionais ou comportamentais, pois 
indicam comportamentos observáveis dos alunos; referem-se ao desempenho que se espera 
que o aluno apresente ao final de cada conteúdo ou parte do curso.
Objetivos Específicos
Concretos
Delimitados
Esses objetivos são observáveis em médio e em curto prazo.
Ao formular um objetivo específico, o educador corporativo deve focalizar o comportamento do 
aluno de forma clara e concreta, evitando-se os seguintes verbos: ensinar, transmitir, instruir, 
introduzir. Recomenda-se descrever cada comportamento por vez, envolvendo habilidades 
cognitivas e operacionais mentais, nunca memorização. Para isso, o educador deve responder a 
três perguntas:
a) O queo aluno deve ser capaz de fazer?
b) Em que condição deve fazê-lo?
c) Quão bom deve ser o desempenho para ser considerado satisfatório?
20Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
5.2. A taxonomia dos objetivos educacionais – taxonomia de 
Bloom
Os objetivos de aprendizagem descrevem como um aluno será diferente devido a uma 
experiência de aprendizagem e seus resultados. Benjamin Bloom tem sido um dos teóricos mais 
citados quando se trata da formulação dos objetivos de aprendizagem. Bloom e seus colegas 
das universidades de Chicago e de Michigan iniciaram os seus estudos em 1948 e chegaram 
à conclusão de que a base do planejamento e da avaliação do currículo educacional seria a 
classificação de objetivos. 
Assim, previram uma taxonomia com três grandes grupos não mutuamente excludentes ou 
estanques, mas que interagem entre si para que a aprendizagem aconteça nos três domínios, 
subdivididos, partindo do comportamento mais simples para o mais complexo, sendo:
O domínio cognitivo, ligado ao saber. Abrange o conhecimento e o desenvolvimento das 
habilidades intelectuais.
O domínio afetivo, ligado a sentimentos, valores, entusiasmos, motivação e atitudes. Abrange a 
forma de lidar com os problemas emocionais. 
O domínio psicomotor, ligado a ações físicas. Abrange as habilidades motoras, tais como 
velocidade, distância, precisão ou formas de execução.
Entendidos tais domínios, devemos compreender que os objetivos de aprendizagem de um 
curso, por exemplo, devem envolver esses três domínios interdependentes para a efetivação 
dos resultados da aprendizagem. Tal compreensão ficará ainda mais clara, quando aliada à 
compreensão dos quatro pilares da educação para o século XXI, apresentados por Jacques Delors 
que, conforme já estudamos, orienta a docência responsiva para a transformação do homem a 
partir da educação.
Agora, vejamos a taxonomia dos objetivos de Bloom, que reforça os entendimentos da mudança 
de comportamento dos alunos a partir da aprendizagem.
Taxonomia (do grego taxis - ordenação - e nomos - sistema, norma) é todo sistema de classificação 
que possua três características: cumulatividade, hierarquia e eixo comum.
• Cumulatividade denota uma categoria do sistema de classificação que abrange as 
categorias precedentes.
• Hierarquia indica que, no sistema de classificação, uma categoria é superior às categorias 
que a precedem e inferior àquelas que a sucedem.
• Eixo comum é a propriedade que uma taxonomia possui de ter um traço comum a todas 
as categorias que a integram.
21Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
De acordo com Bloom (apud RODRIGUES, 1994), em relação aos objetivos educacionais, a 
aprendizagem acontece simultânea e interativamente nos três domínios: o cognitivo, o afetivo e 
o psicomotor, conforme representado a seguir.
Cognitivo
Tem como princípio organizador a complexidade dos processos intelectuais: são seis os níveis 
de domínio cognitivo, os quais demonstram as capacidades desenvolvidas no aluno e são 
apresentados em ordem - da capacidade menos complexa para as capacidades mais complexas, 
e uma dependendo da outra.
• Conhecimento: o aluno irá recordar ou externar definições, ideias e princípios na forma 
(aproximada) em que foram aprendidos. Exemplo: ao término da aula, o aluno será 
capaz de definir processos.
• Compreensão: transformar as informações recebidas, isto é, o aluno traduz, compreende 
ou interpreta informação com base em conhecimento prévio. Exemplo: a partir da aula 
expositiva, o aluno distinguirá entre caçar e cassar.
• Aplicação: o aluno seleciona, transfere e utiliza dados, ou seja, é capaz de aplicar a 
informação dada em outra situação apresentada, nova, real, problemática. Exemplo: 
após a aula, o aluno será capaz de escrever os princípios constitucionais na prática diária 
do servidor público.
• Análise: o aluno será capaz de identificar elementos, princípios e relações subjacentes 
a uma ou mais informações; refere-se a processos cognitivos. Exemplo: o aluno fará 
uma visita técnica à central de atendimento do seu órgão e, em seguida, elaborará um 
relatório, descrevendo a postura de atendimento observada, de acordo com o conteúdo 
das aulas sobre o atendimento ao público.
• Síntese: utilizar os processos cognitivos prévios para produzir algo seu; produção 
inovadora. Exemplo: após a aula expositiva, o aluno será capaz de elaborar um artigo, a 
partir dos elementos fornecidos.
• Avaliação: emitir um juízo partindo de critérios, o que representa que o aluno será 
capaz de avaliar ou criticar com base em padrões ou critérios específicos. Exemplo: ao 
término da aula, o aluno estará apto, diante de uma dada situação fática e exemplificativa, 
22Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
a identificar o tipo de intervenção correta a fazer, levando em conta as circunstâncias 
profissionais pertinentes.
Psicomotor
Esse domínio parte do princípio da complexidade dos movimentos. A aprendizagem psicomotora 
trabalha com movimentos amplos ou restritos; envolve arte, esportes e procedimentos ligados à 
área profissional, entre outras. Esse domínio não foi detalhado por Bloom e seus colaboradoresas, 
cabendo aos autores Dave, Simpson e Harrow (apud GIL, 2010, p. 122) categorizá-lo em: imitação, 
manipulação, precisão, articulação e naturalização.
• Imitação: o aluno, após observar uma ação, será capaz de repeti-la; se obsevar uma 
peça ou um produto pronto, será capaz de reproduzi-los.
• Manipulação: representa o desempenho e a habilidade do aluno, seguindo orientações, 
de elaborar um produto de forma reconhecível.
• Precisão: o aluno apresenta um desempenho proficiente na elaboração de um produto, 
com segurança e exatidão.
• Articulação: a capaciadade que o aluno demonstra em modificar procedimentos com a 
intenção de adequá-los a novas situações.
• Naturalização: representa transceder as habilidades já desenvolvidas e é demonstrada 
na manipulação de novas ações, de maneira natural.
Afetivo
O príncipio desse domínio é a internalização de valores ou ideias. São cinco as categorias que o 
integram: recepção, resposta, valorização, organização e caracterização.
• Recepção ou aquiescência: situação em que o aluno tolera, recebe e aceita a informação 
dada; sua atuação é passiva.
• Resposta: o aluno sai da passividade e age, responde às situações participando 
ativamente da aprendizagem.
• Valorização: o aluno comprova condutas consistentes e duradouras. A partir daí, 
defende valores internalizados, buscando convencer as outras pessoas a aderirem aos 
seus valores.
• Organização: trata da capacidade de o aluno posicionar-se frente a valores antagônicos 
ou correlatos.
• Caracterização: representa o nível mais profundo de internalização de um valor; conota 
uma identificação pessoal entre o aluno e o valor almejado.
5.3. Síntese da hierarquia da taxonomia de Bloom
É importante destacar que os domínios caracterizados pela taxonomia devem representar 
resultados de aprendizagem. Cada categoria taxonômica demonstra o que o indivíduo aprende, 
e não aquilo que ele já sabe, que é assimilado durante o seu convívio familiar e social, ou seja, do 
seu arbitrário cultural. Esses domínios são cumulativos, em que uma categoria cognitiva depende 
da anterior e, por sua vez, dá suporte à seguinte.
23Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Domínio Resultado de aprendizagem 
Princípio 
integrado Níveis ou categorias
Cognitivo
Atividades intelectuais 
envolvidas no processo 
de aprendizagem.
Grau de 
complexidade 
dos processos 
intelectuais.
• Conhecimento.
• Compreensão.
• Aplicação.
• Análise.
• Síntese.
• Avaliação.
Afetivo
Atitudes, valores, 
interesses e tendências 
emocionais existentes 
nas interações presentes 
no processo de ensino e 
aprendizagem.
Grau de 
internalização.
• Receptividade.
• Resposta.
• Valorização.
• Organização.
• Caracterização.
• Avaliação.
Psicomotor
Atividades motoras ou 
muscularesenvolvidas 
no processo de 
aprendizagem.
Grau de 
automatização 
dos movimentos.
• Imitação.
• Manipulação.
• Precisão.
• Articulação.
• Naturalização.
Fonte: Rodrigues Jr. (1997).
Compreender o processo de aprendizagem, segundo a taxonomia de Bloom, para o educador 
corporativo e, especificamente, para a área de gestão de pessoas responsável pela gestão da 
capacitação na educação corporativa é de suma importância para elaboração dos objetivos do 
processo de ensino-aprendizagem. Essa compreensão possibilitará comunicar claramente ao 
aluno a sua intenção educativa, fazendo com que o mesmo vislumbre que suas expectativas 
em relação à aprendizagem serão atendidas. Assim, possibilitará o despertar da motivação, que 
passará a ser parte do cenário de aprendizagem.
Um objetivo bem formulado é aquele que consegue comunicar seu propósito. O melhor 
enunciado é aquele que exclui a possibilidade de que seu propósito venha a ser confundido 
com outro qualquer.
24Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
5.4. Definição do objetivo geral
Conforme já vimos, o objetivo geral, na estrutura do plano de ensino e de aula, está diretamente 
ligado aos objetivos da ação de capacitação e deve ser coerente com a sua proposta educacional. 
Auxilia na determinação dos objetivos específicos e na seleção dos conteúdos de ensino.
O objetivo geral, portanto, será o direcionador das ações docentes para o alcance dos resultados 
práticos e mensuráveis, ou seja, a mudança de comportamento do aluno. Esses resultados serão 
destacados na definição dos objetivos específicos. 
Na formulação do objetivo geral, devem-se utilizar verbos de ideia ampla e abrangente, de forma 
que sejam explicitados o(s) domínio(s) e os níveis da aprendizagem desenvolvidos nos alunos 
durante a ação de capacitação, conforme destacados anteriormente.
Verbos para a construção do objetivo geral
Domínio Resultado de aprendizagem Níveis ou categorias Verbos indicados
Cognitivo
Atividades intelectuais 
envolvidas no processo 
de aprendizagem.
• Conhecimento.
• Compreensão.
• Aplicação.
• Análise.
• Síntese.
• Avaliação.
• Conhecer.
• Compreender.
• Aplicar.
• Analisar.
• Sintetizar.
• Avaliar.
Afetivo
Atitudes, valores, 
interesses e 
tendências emocionais 
existentes nas 
interações presentes 
no processo de ensino-
aprendizagem.
• Receptividade.
• Resposta.
• Valorização.
• Organização.
• Caracterização.
• Avaliação.
• Responder.
• Organizar.
• Caracterizar.
• Defender.
Psicomotor
Atividades motoras ou 
musculares envolvidas 
no processo de 
aprendizagem.
• Imitação.
• Manipulação.
• Precisão.
• Articulação.
• Naturalização.
• Repetir.
• Manipular.
• Precisar.
• Perceber.
• Posicionar-se.
• Executar.
• Acompanhar.
• Apropriar-se.
25Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
5.5. Definição dos objetivos específicos
São os objetivos específicos que resultarão no desenvolvimento do conhecimento, das 
habilidades intelectuais, das atitudes e habilidades motoras necessárias a uma determinada 
competência. Esses objetivos devem possibilitar o alcance do objetivo geral da disciplina, ou 
seja, o comportamento requerido após a realização do processo formativo.
O número de objetivos selecionados varia em relação a cada tipo de plano. O ideal é que se 
tenha bom senso, equilibrando a quantidade de objetivos específicos de acordo com o número 
de competências que se quer desenvolver no processo formativo a partir da apropriação do 
conhecimento.
Importante 
É importante definir objetivos que possam ser observáveis durante e/ou após 
a realização do evento de capacitação, considerando a característica de cada 
plano.
Na formulação desses objetivos, devem-se utilizar verbos de fácil observação e que sejam 
mensuráveis, considerando os domínios cognitivo, afetivo e psicomotor da taxonomia de Bloom.
Para verificar os níveis do domínio cognitivo da taxonomia de Bloom (verbos observáveis), é 
necessário que você acesse o módulo 5, tópico 5.5, do curso na plataforma Escola Virtual de 
Governo e faça o download do arquivo.
Na definição dos objetivos específicos, deve-se ter cuidado com a seleção dos verbos, pois 
existem aqueles que não possibilitam uma observação mensurável, por não serem observáveis 
na prática ou porque são abrangentes demais, tais como: adquirir, aperfeiçoar, apreciar, conhecer, 
compreender, desenvolver, entender, melhorar, saber, sociabilizar e valorizar.
Para verificar alguns exemplos de verbos para formulação dos objetivos, de acordo com a 
taxonomia de Bloom, é necessário que você acesse o módulo 5, tópico 5.5, do curso na plataforma 
Escola Virtual de Governo e faça o download do arquivo.
5.6. Caso prático
Agora vejamos um exemplo na prática:
Vamos definir um objetivo geral, descrevendo um desempenho desejado.
Exemplo de um objetivo geral para desenvolvimento de uma competência gerencial: negociação 
e cooperação.
26Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
"Ao final da disciplina, os alunos deverão ser capazes de conduzir, com eficiência, o processo de 
negociação seguindo as técnicas aplicáveis."
• Nível de profundidade desejado: aplicação.
 
• Verbo (desempenho desejado): conduzir.
 
• Ação observável: processo de negociação.
Exemplo de objetivos específicos para desenvolvimento de uma competência gerencial: 
negociação e cooperação.
Os alunos deverão ser capazes de:
• Utilizar as técnicas de comunicação na condução do processo de negociação.
 
• Descrever as fases do processo de negociação.
 
• Destacar a importância do autoconhecimento no processo de comunicação intrapessoal.
 
• Empregar adequadamente as técnicas de negociação.
Importante 
Uma vez entendido o processo de formulação dos objetivos, você já terá 
condição de seguir neste estudo, passando para a seleção dos conteúdos, um 
dos itens mais importantes no planejamento da disciplina ou do ensino.
5.7. Seleção dos conteúdos
Após definidos os objetivos de aprendizagem da disciplina, a seleção dos conteúdos é um dos 
principais momentos do planejamento. Nele, devem estar contidas as temáticas necessárias 
para o alcance dos objetivos de aprendizagem, principalmente os específicos, e os momentos 
de vivências práticas para dar significados aos mesmos. O intuito é possibilitar o alcance dos 
objetivos educacionais propostos nos planos: módulo, ação de capacitação e aula.
No plano de ensino, os conteúdos procuram responder ao desenvolvimento das competências 
descritas nos objetivos educacionais selecionados (geral e específicos), que representam a 
aprendizagem e a mudança de comportamento do aluno pela apropriação do conhecimento 
adquirido, ou seja, do conteúdo ministrado.
Os conteúdos são temas que serão abordados no processo formativo. Devem ser organizados na 
estrutura básica de uma disciplina, divididos em unidades, cada unidade subdividida em partes, 
27Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
formando um conjunto de relações, um todo, sólido, coerente, harmônico e integrado. Devem 
também:
• Integrar de forma transversal aos demais conteúdos do curso - no caso da educação 
corporativa, o conteúdo das demais ações de capacitação de um programa ou módulo.
• Evitar repetições desnecessárias de conteúdos.
Os conteúdos, quando bem definidos e organizados, pedagógica e didaticamente, possibilitam 
a assimilação ativa e a aplicação prática na vida profissional e pessoal dos alunos. Isso porque, 
proporciona, além do desenvolvimento das competências laborais - gerencial ou específicas, 
dependendo da temática ministrada -, o desenvolvimento das competências fundamentais, 
comuns a todos da organização.
A partir dos nossos estudos, fica latente que os conteúdos devem possibilitar o alcance dos 
objetivos propostos no planejamento da ação educativa, suscitando a aprendizagem e a mudança 
de comportamento do aluno pela integração do conhecimentoadquirido. Estão representados, 
no tópico a seguir, os sete critérios para uma boa seleção dos conteúdos.
Fonte: adaptado de Menegolla (2008); elaboração da autora.
Utilidade:
Corresponde à possibilidade dos novos conhecimentos serem aplicados em situações novas. É 
necessário harmonizá-los para que o estudo atenda às exigências e características dos alunos.
28Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Validade:
Os conteúdos devem corresponder aos objetivos educacionais propostos, ou seja, às competências 
a serem desenvolvidas. Os conhecimentos ofertados devem ser sempre atualizados para não 
provocar desinteresse ou desgaste intelectual e emocional do aluno. Os conteúdos devem ser 
válidos, embasados e fundamentados, além de úteis não só para o processo de formação, como 
também para outros momentos da vida dos alunos, ou seja, ser possível sua transposição ao ser 
e ao fazer dos alunos.
Significação:
Para que o interesse e a motivação sejam uma constante no processo de aprendizagem, os 
conteúdos selecionados devem estar interligados às experiências vivenciadas pelo aluno, ou 
seja, aos seus conhecimentos anteriores.
Adequação ao nível de desenvolvimento do aluno:
O conteúdo selecionado pelo educador corporativo deve corresponder ao grau de maturidade 
intelectual do aluno e ao nível de suas estruturas cognitivas.
Possibilidade de relação:
Ordenação horizontal - refere-se ao relacionamento entre as diversas áreas do currículo, de forma 
que possa garantir unicidade e visão global do conhecimento. Os conteúdos devem possibilitar 
ao aluno recepcionar, assimilar e transformar as informações recebidas, o que culminará na 
aprendizagem.
Flexibilidade:
Sempre deve haver a possibilidade de fazer alterações nos conteúdos selecionados, a fim de 
ajustá-los às reais condições e necessidades dos alunos.
Interesse:
Os conteúdos devem corresponder ao interesse do aluno em atingir seus objetivos com a 
aprendizagem.
Na organização dos conteúdos, o educador corporativo deve seguir uma sequência lógica que 
se reforça mutuamente. Com esse propósito, dois planos devem ser conduzidos, os quais são:
I. Organização vertical: dispõe os conteúdos de forma harmônica e sequenciada (plano 
temporal).
II. Organização horizontal: os conteúdos de uma área de conhecimento seguem 
articulados com outras temáticas do curso (interdisciplinaridade).
5.8. Metodologia e processo de ensino-aprendizagem
Antes de tratarmos da metodologia, é importante compreendermos o que é didática e qual o seu 
papel no processo de ensino-aprendizagem.
29Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Didática
O termo didática deriva do grego didaktiké, que significa "arte de ensinar". Representa um dos 
ramos de estudo da pedagogia, o que estuda e orienta as atividades de ensinar com o objetivo 
de torná-las mais eficientes, ou seja, orienta o exercício do magistério. Segundo Libâneo (2008), 
a didática é uma disciplina pedagógica que estuda os objetivos, os conteúdos, os meios e as 
condições do processo de ensino nas atividades educacionais.
Outras definições encontradas na literatura são:
• Técnica ou arte de ensinar.
 
• Direcionamento do trabalho do professor em aula.
 
• Forma de transferir cultura.
 
• Direcionamento da aprendizagem.
 
• Estudo dos procedimentos destinados a orientar a aprendizagem do educando, de 
forma eficiente, em direção ao alcance dos objetivos propostos para construção do 
conhecimento.
Todas essas definições caracterizam a didática como "mediação entre as bases teóricas do 
processo educativo e a prática do educador"; atua interligando o "o quê" e o "como" do processo 
pedagógico.
Após a definição dos objetivos e a seleção dos conteúdos, chega-se ao momento em que o 
educador corporativo responde à seguinte pergunta: "Que condições oferecerei aos meus alunos 
para que, de fato, ocorram as mudanças comportamentais pretendidas?". Entende-se, portanto, 
que, para a consecução dos objetivos de aprendizagem, a definição da metodologia, com a 
seleção das estratégias de ensino/dos procedimentos e recursos didáticos, deve ser conduzida 
de forma criteriosa.
A metodologia representa o conjunto de métodos ou os meios utilizados para a condução do 
processo de ensino-aprendizagem - no dia a dia das ações educativas - para facilitar a exposição 
do conteúdo da disciplina, ou seja, aqueles aplicados a uma situação didático-pedagógica.
Entende-se por método de ensino aquele que possibilita organizar as situações de ensino- 
aprendizagem. Refere-se aos meios para alcançar os objetivos gerais e específicos do ensino, 
abarcando a atuação do professor e dos alunos para a consecução desses objetivos por meio dos 
conteúdos ministrados.
São diversas as possibilidades metodológicas de se mediar o processo de ensino-aprendizagem 
de forma direcionada versus facilitada, para sair de vez da metodologia centrada no professor, 
para que possam nortear a dinâmica da sala de aula presencial, virtual (a distância) ou hibrida 
(a junção do presencial e a distância). Tais possibilidades metodológicas são: a aprendizagem 
30Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
auto direcionada (andragógica); a aprendizagem transformadora; a aprendizagem vivencial e a 
transdisciplinaridade, descritas a seguir:
• A aprendizagem auto direcionada (andragógica)
É focada no desenvolvimento do aluno e no processo de ensino-aprendizagem. 
Conforme estudado no Módulo 2, especificamente no tópico da andragogia, é 
direcionada à formação de adultos, além de privilegiar e valorizar a maturidade, a 
experiência, trata-se de uma educação ajustada para as necessidades e os interesses 
dos alunos.
• A aprendizagem transformadora
Incentiva o aluno a ser sujeito do seu aprender. A ser disciplinado. O aluno é 
instigado a desafiar, defender e explicar as suas crenças; a avaliar suas evidências 
e justificativas; a julgar argumentos para alcançar o máximo de crescimento e 
desenvolvimento pessoal e profissional, além de independência e pensamento 
crítico.
• A aprendizagem vivencial
Representa o aprender fazendo, instigando o aluno a se envolver integralmente 
com um aprendizado pleno. O aluno é estimulado a desenvolver conhecimentos, 
habilidades e atitudes por meio da experiência vivida na dinâmica formativa.
• A aprendizagem focada na transdisciplinaridade
Uma aprendizagem que parte do conhecimento do todo, pautado na inter-relação 
das partes. Estimula, no aluno, a construção de estratégia pessoal para se atingir o 
objetivo da aprendizagem.
Essas são metodologias ativas que, quando bem utilizadas nas ações de TD&E e levadas em 
consideração as características de cada turma/grupo, além da seleção de recursos instrucionais 
e estratégias ativas de ensino, fazem a diferença na formação profissional das pessoas.
Entendendo um pouco mais a respeito da dinâmica das metodologias ativas a partir das 
possibilidades metodologias estudadas, valorizando o aluno e suas características, inseridos em 
uma sociedade do conhecimento, as experiências de aprendizagem tendem a ter um resultado 
positivo se comparadas com experiências que não consideram os fatores mencionados.
31Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
No atual cenário, em pleno século XXI, a dinâmica da sala de aula deve ser a mais interativa e 
colaborativa possível. No contexto da Educação Corporativa, isto não pode ser diferente, pois 
o perfil dos participantes dos cursos ofertados exige do professor/educador corporativo uma 
didática mais assertiva que valorize cada um com suas características e idiossincrasias e, para 
tanto, deve contemplar métodos e estratégias de ensino que os leve a ser parte do processo 
de ensino e aprendizagem e queiram seguir continuamente desenvolvendo suas competências, 
conforme já pudemos compreender a partir dos nossos estudos.
Quando falamos de metodologias ativas, na dinâmica da sala de aula, estamos considerando as 
diversas possibilidades, na gestão do professor, para instigarnos alunos a transformação pessoal 
e profissional a partir da aprendizagem reflexiva. São entendimentos que encontram respaldo 
no que dizem Pearson e Somekh (2006) ao defenderem que a aprendizagem se transforma na 
medida em que os alunos tenham a condição de aprender ativamente; em uma ótica cidadã 
ativa e responsiva; engajar-se intelectualmente, apresentando ideias e conceitos; e de refletir e 
avaliar sua aprendizagem por meio da metacognição.
5.9. Recursos instrucionais
É importante que o educador corporativo selecione adequadamente os recursos instrucionais 
que serão utilizados, levando em conta o método e a estratégia adotados, para conduzir os 
alunos em direção ao alcance dos objetivos da aprendizagem proposta - da disciplina ou da aula 
-, os quais facilitarão na construção do conhecimento. Para essa seleção, o educador deve tomar 
cuidado para que esses recursos:
• Sirvam de mediadores no processo de ensino e aprendizagem, utilizados como um meio 
e não como um fim em si mesmos.
• Possam aproximar o educador corporativo do aluno e do conhecimento.
• Sejam adequados, utilizados na proporção necessária e em momentos específicos.
• Sejam utilizados aliados a uma boa formação do educador corporativo em relação à sua 
concepção pedagógica.
• Sejam utilizados com o devido embasamento teórico.
É importante saber que tudo aquilo que for utilizado na mediação da aprendizagem representa 
um recurso.
32Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
5.10. Estratégias didáticas
Estratégias ou procedimentos didáticos são todas as operações, situações ou todos os eventos 
selecionados e descritos no plano do curso, da disciplina ou da aula para facilitar o processo de 
aquisição, retenção e transferência de aprendizagem dos conteúdos.
Essas estratégias ou procedimentos representam as técnicas e as abordagens utilizadas durante a 
realização do curso para que o aluno possa desenvolver as competências descritas nos objetivos 
instrucionais.
Procedimentos são as "operações necessárias para facilitar ou 
produzir os resultados instrucionais".
 (BORGES, 2008 p. 31)
O educador corporativo, quando na sua condução didática, deve buscar os procedimentos 
instrucionais mais adequados à temática ministrada, ao tipo de público, aos objetivos propostos, 
ao tempo e ao ambiente disponível para realizar a sua aula. Trata-se da definição das formas de 
atuação na sala de aula - momento que envolve educador corporativo e aluno, conforme afirma 
Enricone (1975, p. 126): "os procedimentos de ensino são conjuntos de atividades unificados, 
relacionados como meios de ajuda para a obtenção dos resultados pretendidos. Em realidade, 
representam modos de organizar as experiências de aprendizagem, durante os períodos de aula".
A seleção dos procedimentos refere-se às diversas possibilidades de se promover a aprendizagem, 
as quais, segundo Turra (1975, p. 126), são: "ações, processos ou comportamentos planejados 
pelo educador corporativo, para colocar o aluno em contato direto com as coisas, fatos ou 
fenômenos que lhes possibilitem modificar sua conduta, em função dos objetivos previstos". 
Esses procedimentos podem ser conduzidos em duas dimensões, a saber:
i) As ações do educador corporativo quanto à organização das situações de ensino que 
possibilitem a aprendizagem - ensinos gerais.
ii) As ações do educador corporativo quanto à organização das situações de ensino 
necessárias à realização de atividades ou experiências de aprendizagem - ensinos 
específicos.
33Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
5.11. Características dos procedimentos de ensino
O educador corporativo deve considerar as três características dos procedimentos didáticos 
descritas no quadro abaixo.
Características dos procedimentos de ensino
Características Ênfase Técnicas utilizadas
Ensino 
individualizante
Atenção centrada no atendimento 
das diferenças individuais (modo 
e ritmo de aprender do aluno), 
isto é, nas suas necessidades, 
possibilidades, interesses e 
realizações.
Estudo dirigido; ensino 
programado; ensino por meio 
de projetos; ensino contratual; 
capítulos de trabalho; pesquisa; 
estudo por meio de fichas; 
módulos; estudo de problemas; 
exercícios individuais etc.
Ensino socializante
Atenção concentrada no grupo.
A aprendizagem acontece por 
meio de trabalho e estudo 
grupal pautados na cooperação 
mútua. Favorece a participação 
ativa e a descentralização dos 
poderes e responsabilidades nas 
tomadas de decisões. Desenvolve 
os sentimentos de cooperação 
interpessoal. Promove coesão, 
cooperação e desenvolvimento 
social.
Desenvolvido por meio de prática 
progressiva de várias técnicas 
grupais, as quais permitem a troca 
de ideias e a participação ativa de 
todos os alunos.
Discussões em grupo; painéis; 
simpósios; seminários; 
dramatizações; mesa-redonda 
etc.
Ensino
socioindividualizante
Atenção concentrada nas duas 
atividades - a individualizada e a 
socializada -, alternando em suas 
fases - individuais e sociais. Esse 
ensino procura equilibrar a ação 
grupal e o esforço individual.
Projetos; resolução de problemas; 
experimentação; pesquisa-ação 
(utiliza-se de várias técnicas de 
coleta de dados); investigação 
científica.
Fonte: adaptado de Menegolla (2008, p. 90).
Conforme Menegolla (2008, p. 91), para que todos os procedimentos, métodos e técnicas 
selecionados pelo educador corporativo sejam eficientes na consecução dos objetivos, esses 
devem ser planejados de maneira que se adequem aos conteúdos, ao nível dos alunos e, ainda, 
às possibilidades de tudo e todos que contribuam para a realização do processo de ensino-
aprendizagem.
No caso deste estudo, no contexto da educação corporativa, representa as possibilidades do 
órgão e suas unidades, dos coordenadores técnicos, do educador corporativo e dos participantes 
do curso. Esses procedimentos, métodos e técnicas devem também ser relacionados aos demais 
elementos do programa de capacitação, bem como deve haver a possibilidade de que sejam 
aplicados à ação concreta na dinâmica da sala de aula.
34Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Alguns exemplos de estratégias/técnicas ativas de ensino:
• Sala de Aula Invertida
Com o uso das diferentes tecnologias na mediação da aprendizagem, o princípio 
da sala de aula invertida é deixar o aluno em um papel mais ativo, pois propõe a 
inversão do modelo tradicional de ensino, fazendo com que ele tenha acesso às 
aulas fora do ambiente formal. Neste método, o aluno tem acesso ao conteúdo de 
uma aula por meio de textos compartilhados, vídeoaulas, entre outros, de forma 
que o conteúdo a ser aprendido seja introduzido previamente, incitando o raciocínio 
prévio nos alunos. O espaço da sala de aula passa a ser o da vivência para discussões 
em grupos, compartilhamento e trocas. Nesta estratégia, o professor passa a ter o 
importante papel de auxiliar o aluno no esclarecimento de dúvidas e nas discussões 
para construir a compreensão esperada.
• Rotação por Estações
Trata-se de uma estratégia das modalidades do ensino híbrido que combina diferentes 
modalidades (presencial e a distância), ferramentas e recursos didáticos, com 
vistas a contemplar as diferentes formas de ensinar e aprender e, principalmente, 
os diferentes estilos de aprendizagem. Consiste em criar estações no ambiente da 
sala de aula presencial, onde cada uma dessas disponibiliza diferentes atividades 
sobre o mesmo tema, objeto do estudo. A intenção dessa modalidade é fazer com 
que os alunos, divididos em pequenos grupos de 4 ou 5 participantes possam 
circular pelas estações. As estações devem ser independentes umas das outras, 
contendo o conteúdo a ser estudado de forma estruturada e lógica, contemplando 
a introdução, desenvolvimento e encerramento com propostas de exercícios/
atividades desafiadoras para os participantes. Tal estratégia possibilita três grandes 
oportunidades importantes à aprendizagem:
I. A interação entre os alunos e o professor, principalmente, parafazer perguntas, 
esclarecer dúvidas e provocar reflexões.
II. O trabalho colaborativo entre os alunos que, a partir de um projeto comum, 
discutem, trocam entendimentos, organizam-se, negociam, produzem e 
apresentam os resultados da aprendizagem.
II. Possibilita o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação, tão bem 
conhecida e utilizadas pelos alunos, o que motiva a participação para estudos 
individuais, realizar exercícios online, pesquisar, jogar e se comunicar para a 
suscitar a aprendizagem individual e colaborativa.
• Painel Integrado
Esta estratégia é utilizada para o estudo em grupo, valorizando a interação e 
as trocas que acontecem em diferentes momentos, com foco na aprendizagem 
colaborativa. De acordo com Masetto (2002, p. 95), os assuntos a serem estudados, 
previamente escolhidos pelo professor, terão os seus estudos realizados, em um 
primeiro momento, por um pequeno grupo. Em seguida, “todos os assuntos são 
estudados por todos os alunos, fazendo-se um cruzamento entre os membros dos 
diferentes grupos de tal forma que, em cada novo grupo, tenhamos representantes 
de todos os primeiros grupos – e, portanto, de todos os assuntos discutidos”.
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• Rodas de Discussão
Uma estratégia que oportuniza a aprendizagem coletiva, uma vez proporciona 
situações para o desenvolvimento do raciocínio, do pensamento crítico e reflexivo. 
Para fomentar as discussões, o professor deve propor temas do interesse dos 
alunos para motivá-los a participar das discussões. Os temas propostos podem ser 
previamente estudados por meio de leituras, filmes ou observação de situações do 
cotidiano social etc., para, em seguida, serem discutidos nas rodas de discussão.
• Estudo de caso
Versa na apresentação de um caso ou uma situação real ou fictícia para subsidiar 
a discussão entre os alunos, em uma atividade em grupo ou em plenário, com o 
objetivo de se chegar a uma conclusão ou solução do problema. Exige reflexão, 
análise, estabelecimento de relações, avaliação de alternativas e decisão dos alunos, 
o que faz com que a aprendizagem seja efetiva e significativa, pois é pautada na 
experimentação e vivência.
• Verbalização versus ressonância ou GV x GR
Atividade em grupo que consiste na apresentação de temas verbalizados e discutidos 
por grupos distintos que fazem rodízio para a discussão (um observa e o outro discute). 
A dinâmica segue até esgotar o assunto e os argumentos, obtendo conclusões 
pertinentes. Possibilita ao aluno aplicar os conhecimentos e a sua experiência em 
diferentes situações, embasadas pelo conteúdo discutido. Desenvolve a capacidade 
de saber ouvir, respeitar o direito de fala do outro, trabalhar a flexibilidade de 
raciocínio e as diferenças interpessoais.
• Apresentação e discussão
Discussão informal que tem por objetivo esclarecer assuntos ministrados e facilitar 
o processo de conversão de ideias em conhecimento, por meio de questionamentos 
dirigidos, previamente elaborados pelo professor. Deve ser conduzida buscando 
envolver todos os alunos. Possibilita a expressão oral dos alunos, encoraja a 
participação, o desenvolvimento da comunicação e a exposição de ideias.
• Trabalhos em grupo
 São criados pequenos grupos pelos alunos com, aproximadamente, cinco ou seis 
pessoas. Cada grupo recebe um capítulo ou tema do conteúdo ministrado para 
discussão, um problema para resolver ou algo concreto para produzir, observado 
um espaço de tempo de, no máximo, 50 minutos. Um facilitador pode, quando 
necessário, ser escolhido pelo grupo para representá-lo. Ao final do período de 
tempo estipulado, cada líder/facilitador apresentará a conclusão do seu grupo em 
plenário. Os demais alunos podem discutir, chegando a uma síntese, se for o caso.
 Essa técnica desenvolve nos alunos as habilidades de trabalhar em equipe, negociar 
e esclarecer valores e estilos pessoais, além de contribuir para o aprendizado 
conjunto.
36Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
 Diversos critérios podem ser usados para formar os pequenos grupos:
• Por homogeneidade.
• Por heterogeneidade.
• Por ordem de chamada ou de localização. Exemplos: os sete primeiros formam o 
grupo A, os sete seguintes o grupo B e assim sucessivamente.
Quando desejar quebrar "panelinhas" ou promover maior interação, conte o número 
total de aluno (N), dívida pelo número de alunos que deseja colocar em cada grupo 
(n). Isso dá o número de grupos (x). Numere os alunos de 1 a x, convidando, depois, 
todos os números iguais a se juntarem em cantos diferentes da sala.
• Debate
Técnica verbal que é empregada com, pelo menos, duas finalidades: interessar e 
envolver um grupo em determinado tema que será, em seguida, explanado ou 
debatido; e sensibilizar o grupo no sentido de saber ouvir, defender ideias, refletir 
e sintetizar.
A técnica consiste em formar dois grupos de alunos - cada grupo deverá defender 
determinada tese que se contraponha à do outro subgrupo. O facilitador instrui 
os grupos separadamente. Após alguns minutos de embate, as teses podem ser 
invertidas.
• Brainstorming
Sessões que podem ser conduzidas como exercícios intensivos para gerar ideias 
ou procurar soluções que sejam tanto teóricas quanto práticas. Requerem que 
um problema seja analisado e as ideias ou as soluções sejam desenvolvidas. 
O brainstorming encoraja e requer um alto grau de participação e estimula os 
envolvidos com o máximo de criatividade.
Após a apresentação do problema, todas as ideias surgidas são escritas no quadro ou 
no flip chart. As respostas são registradas, nenhuma explicação é exigida e nenhuma 
intervenção é julgada ou rejeitada nesse estágio. O apresentador, então, categoriza e 
analisa as respostas - algumas são combinadas, adaptadas ou rejeitadas. Finalmente, 
o grupo faz recomendações e toma decisões sobre o problema. O processo de 
aprendizagem ou de sensibilização ocorre como um resultado da discussão do grupo 
sobre cada sugestão.
• Dramatização
Trata-se de uma representação que requer que os alunos executem uma ou algumas 
tarefas em uma situação real ou fictícia que seja estimulante. Esses exercícios de 
simulação podem ser usados para resgatar a habilidade da espontaneidade e 
criatividade.
Podemos distinguir duas formas de dramatização:
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I. Dramatização simples: os próprios alunos testam, na prática simulada, o que 
aprenderam teoricamente.
II. Dramatização de demonstração: os alunos treinam previamente para reproduzir, 
diante dos aprendizes, uma ação ou problema com o qual terão de se confrontar 
no dia a dia.
• Simulação
Estratégia que envolve abstração ou simplificação de situações, processos ou 
atividades da vida real, com nível de risco devidamente limitado, por ser conduzida 
no ambiente da sala de aula ou do laboratório. Possibilita aos alunos praticar e 
vivenciar situações, aplicar conhecimentos para desenvolver habilidades e atitudes 
geradoras de competências profissionais.
• Viagem ou saída ao campo - visita técnica
Atividades realizadas em lugares predeterminados. O grupo visita o local ou o 
objeto de interesse para observá-lo, estudá-lo ou, ainda, levantar informações para, 
quando do retorno à sala de aula ou ao laboratório, poder apresentar os resultados 
e as conclusões da pesquisa, fazendo contraponto ao conteúdo ministrado pelo 
educador.
• Demonstração ou aula prática
Técnica de demonstração que tem por objetivo repassar modelos de procedimentos 
e é acompanhada por explicações orais, visuais, ilustrações e questionamentos. 
Envolve as seguintes etapas:
1. Demonstração: o professor mostrará os procedimentos fundamentando-os 
teoricamente.
2. Experimentação: os alunos são convidados a experimentar os procedimentos, 
envolvendo feedback por parte do professor.
3. Automatização: os alunos exercitam os procedimentos que experimentaram, 
corrigindo os erros evidenciados no feedback.
4. Aplicação: os alunos são capazes de executar osprocedimentos sozinhos.
Nas atividades de demonstração, o educador deverá:
• Comunicar quais são os objetivos a serem atingidos com a capacitação prática 
aos alunos.
• Fundamentar teoricamente a demonstração prática.
• Estabelecer uma linearidade do que será ensinado.
• Diagnosticar corretamente os erros, possibilitando aos alunos compreendê-los.
• Possibilitar a ação mediante simulações.
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6. A condução da aula expositiva
É necessário que você assista ao vídeo indicado na plataforma da Escola Virtual de 
Governo. 
Segue link do video < https://cdn.evg.gov.br/cursos/271_EVG/videos/modulo01video09.mp4>
Dez passos para possibilitar uma aula expositiva produtiva e eficaz:
• Passo 1 – Apresentação/introdução do assunto
Momento que deve conter uma apresentação clara, leve e sucinta, a qual trará 
uma visão panorâmica do que o aluno será capaz de fazer ao final da aula. Para 
isso, o educador deve ser capaz de: apresentar-se e explanar sobre o assunto a ser 
ministrado; fazer a introdução ao tema proposto, deixando clara a ideia do assunto 
que será focalizado; destacar o objetivo principal da aula; e focar as competências 
que serão desenvolvidas.
• Passo 2 – Interação com os objetivos propostos
Os objetivos devem refletir o que o aluno estará apto a fazer durante e após a aula, 
ou seja, os desempenhos observáveis no seu fazer. Para isso, conteúdos ministrados 
pelo educador devem possibilitar o desenvolvimento desses desempenhos. Assim, o 
educador deve ser capaz de: selecionar adequadamente o conteúdo em relação aos 
objetivos de aprendizagens destacados no plano de aula; preocupar-se em destacar 
os pontos principais do conteúdo para o alcance dos objetivos propostos; ministrar 
o conteúdo de forma a possibilitar o alcance dos objetivos propostos no seu Plano 
de Aula.
• Passo 3 – Conhecimento, segurança e motivação na apresentação do assunto
Capacidade de demonstrar segurança e confiança nas suas habilidades para ministrar 
o assunto, com motivação para manter o interesse e as expectativas dos alunos 
no nível mais alto possível. Para tanto, o educador deve ser capaz de: apresentar 
amplo domínio do assunto ministrado; ministrar a aula com motivação, segurança e 
tranquilidade; demonstrar a validade do assunto ministrado; demonstrar que está 
bem preparado para ministrar o assunto.
• Passo 4 – Apresentação pessoal e postura
Representa a forma como o professor chega ao recinto, o jeito como se acomoda 
no ambiente, a postura que tem em relação aos alunos e a sua apresentação e 
representação pessoal e profissional. O educador deve ser capaz de: apresentar 
zelo e cuidado na sua representação pessoal; demonstrar sentimento de pertencer 
ao ambiente pedagógico; demonstrar respeito no trato (cordialidade); ser fino, 
educado e elegante; cuidar da sua aparência (roupa, sapatos, cabelo etc.).
39Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
• Passo 5 – Comunicação verbal (clareza, ordenação de ideias etc.)
Capacidade de comunicar-se e estabelecer uma interação com o aluno, influenciando-
se reciprocamente. O educador deve ser capaz de: comunicar-se de forma clara e 
objetiva; apresentar ordenamento e articulação das ideias no assunto ministrado; 
falar com fluência, ritmo e motivação; utilizar vocabulário apropriado ao público e à 
educação de adultos; demonstrar boa dicção/pronuncia das palavras; gesticular de 
forma enriquecedora.
• Passo 6 – Apresentação de exemplos que tornarão a aula clara
Capacidade de utilizar exemplos e extrair dele os dados necessários à explicação do 
assunto, com enfoque dedutivo e indutivo, visando tornar mais clara a comunicação 
no ambiente de aprendizagem. O educador deve ser capaz de: valer-se de exemplos 
pertinentes para a explicação do assunto ministrado; possibilitar a compreensão do 
assunto ministrado; retomar o assunto após a apresentação do exemplo.
• Passo 7 – Contextualização com a realidade do aluno
Capacidade de retirar o aluno da condição de espectador passivo. Permite que o 
conteúdo do ensino provoque aprendizagens significativas, que mobilizem o aluno, 
estabelecendo entre ele e o objeto do conhecimento uma relação de reciprocidade. 
O educador deve ser capaz de: ministrar uma aula contextualizada; utilizar recursos 
que possibilitem a contextualização; aplicar a contextualização de forma simples e 
objetiva dentro da prática andragógica.
• Passo 8 – Habilidades na utilização dos recursos selecionados
Capacidade de utilizar os recursos instrucionais para servir de mediadores no processo 
de ensino-aprendizagem, respeitando as suas devidas proporções e o seu uso em 
momentos específicos. O educador deve ser capaz de: selecionar adequadamente 
os recursos instrucionais; utilizá-los como mediadores da aprendizagem; demonstrar 
domínio no manuseio desses recursos; aliar a utilização dos recursos à formação 
docente, ou seja, a epistemologia da prática docente.
• Passo 9 – Distribuição do assunto e cumprimento do horário planejado e previsto para 
a aula
Capacidade de planejar a carga horária de forma adequada ao cumprimento do 
conteúdo a ser ministrado, contemplando todo o planejamento das ações educativas 
da interação educador-aluno. Para isso, o educador deve ser capaz de: distribuir 
o conteúdo de forma equânime, considerando o tempo disponível para a aula; 
administrar o tempo para possibilitar uma aula com introdução, desenvolvimento 
e conclusão.
• Passo 10 – Síntese/conclusão do assunto abordado
Capacidade de sintetizar e concluir a aula, apresentando um resumo do que foi visto 
ou a revisão dos pontos considerados mais importantes. O educador deve ser capaz 
de: sintetizar e concluir a aula ministrada; finalizar a aula com a revisão dos pontos 
importantes; deixar uma questão ou sugerir leituras para motivar a pesquisa e o 
contínuo aprendizado.
40Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
7. Determinação do processo de avaliação
Ao planejar as situações de aprendizagem, ou seja, a mediação do conteúdo dos objetivos 
de aprendizagem, o professor deve definir os critérios de avaliação que lhe possibilitem 
mensurar e acompanhar os resultados da aprendizagem. Os critérios de avaliação servem para, 
principalmente, mensurar e acompanhar os resultados da não aprendizagem dos seus alunos 
para que ele possa, continuamente, intervir e mediar o processo de aprendizagem proposto em 
busca de resultados efetivos para os seus alunos.
Assim sendo, a avaliação deve ser parte integrante do processo de ensino-aprendizagem, por 
isso deve ser conduzida antes, durante e após a oferta do curso. A figura abaixo representa as 
fases/funções da avaliação.
O objetivo desse modelo é avaliar continuamente o curso ofertado. Para isso, os profissionais da 
área de educação corporativa e o educador corporativo devem conduzir a avaliação conforme 
visão e opinião do aluno do curso, adotando-a para regulação contínua da aprendizagem na 
sequência apresentada:
Avaliação diagnóstica inicial: possibilita identificar os conhecimentos prévios trazidos pelo alunos 
e, ainda, o não conhecido, de forma que ao professor realizar as adequações necessárias ao 
ensino, com foco nos resultados propostos na ação educativa. Outra possibilidade desta avaliação 
é permitir, tanto ao professor quanto ao aluno, identificar dificuldades de aprendizagem e suas 
possíveis causas. No âmbito da Educação Corporativa é utilizada para identificar as necessidades 
de capacitação, o público, as expectativas e as características - organizacional, individual ou 
grupal.
Avaliação diagnóstica formativa: tanto na educação formal quanto na educação corporativa 
deve ser utilizada durante a condução da ação educativa ou de capacitação para detectar os 
pontos frágeis da aprendizagem, ou seja, identificar o conteúdo absorvido pelo aluno durante a 
aula, e verificar os pontos que necessitam de esclarecimentos e orientação. Permite, portanto, 
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