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Direito e Literatura - Analise do Conto Pai contra Mãe

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Aluno: Bárbara Maiara de Mello Morais
Professor: Emerson de Lima Pinto
Disciplina: Fundamentos da Hermenêutica e Filosofia do Direito
Análise da Obra Pai Contra Mãe do autor Machado de Assis
· Resumo da Obra:
O autor inicia o conto realizando um breve comentário sobre algumas práticas e atividades realizadas durante o período da escravidão no Brasil, mais especificamente a repressão aos negros que tentavam fugir de “seus donos”.
	O conto narra a história de Cândido Neves que após tentar diversos ofícios torna-se “caçador de escravos”. Cândido Neves era apaixonada por Clara, moça de condição humilde que vivia com sua tia Mônica a quem auxiliava na profissão de costureira. Clara possuía forte desejo de constituir família mesmo isto sendo contrário a vontade da tia.
	 Tia Mônica era contraria a união do casal e principalmente a decisão deles de conceber uma criança, sempre expondo seu temor em relação a ter mais uma boca para alimentar.
	Embora Cândido fosse conhecido por sua habilidade em caçar escravos o número de adeptos a essa prática havia aumentado e como consequência os ganhos do rapaz tornaram-se cada vez mais escassos. Diante de tal situação Mônica sugere que eles entreguem a criança para instituições de caridades. O casal era prontamente contrário a essa decisão, mas a pressão que já era grande aumenta ainda mais quando são despejados de casa por falta de pagamento.
	 A criança nasce, era um menino, mesmo muito contrário Cândido se desloca até o local de entregar a criança, no caminho depara-se com uma escrava que lhe traria dinheiro suficiente para suprir suas necessidades e ainda ficar com seu filho. Ele alcança a escrava e a leva consigo, esta imploro para que ele não a entregue ao dono pois estava gravida e não resistiria as agressões eu vinha sofrido, surdo a estes apelos ele a entrega ao dono. Na tentativa de se libertar os esforços da mulher acabam acarretando em um aborto, Candido recebe o dinheiro da recompensa e volta para casa com o filho. O autor encerra o conto com a seguinte frase:
“Nem todas as crianças vingam, bateu-lhe o coração. ”
· A Escravidão no Brasil
No contexto histórico em que se passa a obra a escravidão era um instituto acolhido pelo ordenamento jurídico, sendo aceita não apenas a prática da escravatura como a “caça” dos escravos que fugiam.
“Foi arrastando a escrava pela Rua do Ourives, em direção à da Alfândega, onde residia o senhor. Na esquina desta a luta cresceu; a escrava pôs os pés à parede, recuou com grande esforço, inutilmente. O que alcançou foi, apesar de ser a casa próxima, gastar mais tempo em lá chegar do que devera. Chegou, enfim, arrastada, desesperada, arquejando. Ainda ali ajoelhou-se, mas em vão. O senhor estava em casa, acudiu ao chamado e ao rumor” (MACHADO DE ASSIS, Contos, Rio de Janeiro: Record, 2008, p. 190).
Ainda que atualmente o trabalho escravo e a distinção de pessoas sejam proibidas por lei a conjuntura atual do país é consequência de uma abolição inconclusa que resulta em uma grande marginalização e desigualdade da população negra tanto no âmbito acadêmico e cultural quanto no mercado de trabalho.
Código Penal Brasileiro sobre trabalho escravo:
 Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto:        (Redação dada pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003)
Constituição Federal sobre distinção de pessoas:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

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