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INTRODUÇÃO DO SISTEMA URINARIO O sistema urinário, ou aparelho urinário, é o sistema responsável por produzir, armazenar temporariamente e eliminar a urina, um composto que garante a eliminação de substâncias que estão em excesso no organismo e resíduos oriundos do metabolismo. - Inicia-se da terceira a quarta semana de desenvolvimento. - Origina dos seguintes folhetos embrionários: Rim- Mesoderma Uretra - endoderma Bexiga - mesênquima esplâncnico · Órgãos do sistema urinário e suas funções · DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO DO SISTEMA URINÁRIO: - O sistema urinário começa a se formar antes do sistema genital. Esse sistema consiste em: Rins: órgãos produtores de urina Ureteres: conduzem urina dos rins para a bexiga Bexiga: estoca temporariamente a urina Uretra: conduz a urina da bexiga para o exterior · Rins: órgãos produtores de urina · Ureteres: conduzem urina dos rins para a bexiga · Bexiga: estoca temporariamente a urina · Uretra: conduz a urina da bexiga para o exterio Órgão Função Rim Órgão responsável pela produção da urina. Ureter Órgão que garante que a urina seja conduzida até a bexiga. Bexiga Órgão responsável pelo armazenamento da urina até sua eliminação. Uretra Órgão que garante a eliminação da urina para fora do corpo. Os órgãos do sistema urinário são: dois rins, dois ureteres, a bexiga urinária e a uretra. Eles atuam de maneira conjunta, garantindo a filtração do sangue, a produção da urina e sua eliminação. Na tabela a seguir, temos os órgãos que compõem o sistema urinário e suas respectivas funções. · Constituição do sistema urinário - Órgão secretores: responsáveis pela formação da urina (rins). - Órgão excretores: órgão associados aos rins, destinados a eliminação da urina: ureteres, bexiga urinaria e uretra. · Função do Sistema Urinário - Regulação do níveis de íons no sangue. (Na+, K+, Ca+, Cl-). - Regulação de volume e da pressão sanguínea. - Regulação do ph sanguíneo: * Acido – removem H+ e conservam Hco³. * Alcalino – removem o Hco³ conservam o H+ . - Produção de hormônio: * Eritroportina: síntese de eritrócito * Renina: sistema angiotensinogenio – angiotensina * Calcitrol: sintetizado a partir da vitamina de absorção do Ca+. · Desenvolvimento do Sistema Urinário – Gastrulaçao · Mesoderme intermediária: - Mesoderma paraxial: Somitos – cartilagens, ossos, músculo e derme - Mesoderma intermediário: Sistema urinário e reprodutor - Mesoderma lateral: Cavidades percárdias, pelural e peritone - Embriologicamente os sistema urinário, e reprodutor estão associados, durante o dobramento do embrião semana o mesoderma intermediário forma a crista urogenital. A crista urogenital se dividem em cordão urinário e a crista gonodal –reprodutor. 3 conjuntos de rins desenvolvem-se nos embriões humanos: pronefros, mesonefros e metanefros; Desenvolvimento dos rins e ureteres Pronefro: rins rudimentares e estruturas não funcionais Mesonefro: bem desenvolvido e estruturas funcionam brevem ente Metanefro: rins permanentes Desenvolvimento dos rins e ureteres Pronefro: rins rudimentares e estruturas não funcionais Mesonefro: bem desenvolvido e estruturas funcionam brevem ente Metanefro: rins permanentes · A sua formação envolve três tipos de rins: • Pronefro: Aparecem no início da 4ª semana e são bilaterais. São representadas por poucos grupos de células e estruturas tubulares na região do pescoço. - Os ductos pronéfricos se abrem na cloaca. - O pronefro se degenera, porém os ductos pronéfricos são utilizados pelo próximo conjunto de rins. • Mesonefro: - Surgem no fim da 4ª semana, caudalmente ao pronefro, são órgãos excretores, grandes e alongados. - São bem desenvolvidos e funcionam como rins provisórios até que os rins permanentes se desenvolvam. - Os túbulos se abrem nos ductos mesonéfricos, esses, por sua vez se abrem na cloaca. - O mesonefro se degenera no final do 1ª trimestre, porém seus ductos tornam os ductos eferentes dos testículos. • Metanefro: Começam a se formar no início da 5ª semana, e começam a funcionar quatro semanas depois. - A urina é excretada na cavidade amniótica e mistura-se com o líquido amniótico. O feto deglute líquido amniótico, que é absorvido pelo intestino. - Os produtos de excreção são transferidos pela membrana placentária para o sangue materno, onde são excretados pelos rins maternos. - Os rins continuam a se desenvolver a partir de 2 fontes: Divertículo metanéfrico (broto metanéfrico) Massa metanéfrica de mesoderma intermediário (ou blastema metanefrogênico) - O divertículo metanéfrico é uma evaginação do ducto mesonéfrico, próximo à sua entrada na cloaca, e a massa metanéfrica de mesoderma intermediário é derivada da parte caudal do cordão nefrogênico. - O divertículo metanéfrico se alonga e penetra na massa metanéfrica. O pedículo do divertículo metanéfrico torna-se o ureter e sua extremidade cranial se ramifica e diferenciam -se em túbulos coletores do Metanefro. • Divertículo Metanéfrico (Broto Ureteral): evaginação do ducto mesonéfrico (de Wolff), próximo à cloaca; primórdio dos ureteres, pelves renais, cálices e túbulos coletores . • Massa Metanéfrica de Mesoderma Intermediário (Blastema Metanefrogênico): derivado da parte caudal do cordão nefrogênico; origina os glomérulos, cápsula de Bowman, túbulo contorcido distal e proximal e alça de Henle. - Túbulos aumentam e formam os cálices maiores, e depois os cálices menores. A extremidade de cada túbulo coletor arqueado induz grupo de células mesenquimais da massa metanéfrica de mesoderma a formarem vesículas metanéfricas, que iram se alongar e formar os túbulos metanéfricos. - Os túbulos renais se desenvolvem e suas extremidades proximais são invaginadas pelos glomérulos. Os túbulos se diferenciam em túbulos contorcidos proximal e distal, e a alça de Henle com o glomérulo e sua cápsula formam o néfron. - Entre a 10 e 18ª semana, o número de glomérulos aumenta até atingir seu máximo na 32ª se mana. - Os rins do feto são subdivididos em lobos. Geralmente a lobulação desaparece na infância quando os néfrons começam a crescer. Ao termo os rins já estão formados. A filtração glomerular começa na 9ª semana. · Um túbulo urinífero consiste em: Um néfron: derivado da massa metanefrogenica de mesoderma intermediário Um túbulo coletor: derivado metanéfrico (broco uretérico). - A ramificação do divertículo metanéfrico é dependente da indução pelo mesoderma metanefrogênico, e a diferenciação dos néfrons depende da indução pelos túbulos coletores. O divertículo metanefrogênico e a massa metanéfrica de mesoderma intermediário interagem e induzem a indução recíproca para formar os rins permanentes. PRONEFRO não funcional degenera MESONEFRO temporariamente funcional diferenciação sistema reprodutor órgão excretor temporário METANEFRO rins permanente · RINS PERMANETES: desenvolvem-se - Divertículo metanéfricos ou broto uretérico e do blastema metanefrogênico. O broto uretérico alonga-se e penetra no blastema, formando os cálices maiores e menores. Blastema origina os néfrons; Pedículo do broto uretérico originará o ureter (masculina e feminina). · FORMAÇÃO DA BEXIGA: durante a semana a cloaca sofre uma divisão, originando o selo urogenital, ventralmente e o reto dorsalmente. O seio urogenital formara a bexiga na porção vesical a uretra na porção pélvica e o primórdio do pênis ou do clitóris na porção fálica. Desenvolvimento da bexiga: O seio urogenital é dividido em três partes: - A Raleway · Mudança da posições do rins - No início os rins metanéfricos estão próximos, na pelve, ventralmente ao sacro. Vão se afastando um do outro quando a pelve e abdômen crescem. Atingem a posição adulta na 9ª semana. - O hilodo rim, por onde vasos e nervos entram e saem se direciona ântero-medialmente na 9ª semana. · Inervação da bexiga O funcionamento da bexiga é coordenado em diferentes níveis do sistema nervoso central (SNC), localizados na medula, na ponte e nos centros superiores por meio de influências neurológicas excitatórias e inibitórias que se dirigem aos órgãos do trato urinário inferior (TUI – bexiga, aparelho esfincteriano e uretra) e da aferência sensitiva desses órgãos. Perifericamente, o TUI é inervado por três tipos de fibras: parassimpáticas (resposta de repouso), simpáticas (resposta de luta e fuga) e somáticas .O SN autônomo parassimpático libera o neurotransmissor adrenalina, que faz com que relaxe o musculo detrusor da vesícula urinaria e promove a contração do musculo esfíncter uretral interna, permitindo assim que a urina precisa ser armazenado. Quando a bexiga atinge sua capacidade máxima, os receptores do interior do musculo detrusor emitem sinais aos centros corticais do celebro para se iniciar a fase de esvaziamento. Em resposta através das fibras nervosas eferentes, inicia-se o esvaziamento da vesícula urinaria. (eferentes levam a mensagem do SNC para os órgãos) O esvaziamento vesical acontece com a estimulação da contração da bexiga associada ao relaxamento esfincteriano. Isso acontece ao SN autônomo parassimpático que libera o neurotransmissor acetilcolina, que contrai a vesícula urinaria e relaxa o esfíncter uretral interno e externo. · Controle esfincteriano Esfíncteres liso e estriado recebem inervação por fibras simpáticas e parassimpáticas. Entre elas, somente a simpática parece ser importante funcionalmente para a continência - Esfíncter interno (musculo liso): se contrai involuntário prevenindo o esvaziamento. - Esfíncter externo (musculo estriado): controle voluntario, iniciam e interrompem a micção. Resumidamente, pode-se descrever o ciclo miccional normal da seguinte forma: 1) Enchimento: distensão da bexiga induz ativação progressiva dos nervos aferentes vesicais. Essa ativação é acompanhada pela inibição reflexa da bexiga através do nervo hipogástrico e simultânea estimulação do esfíncter externo via nervo pudendo. O CPM é continuamente monitorado sobre as condições de enchimento vesical, mantendo sua influência inibitória sobre o centro medular sacral, que inerva a bexiga, e liberando progressivamente a ativação do esfíncter externo; 2) Esvaziamento: após alcançar um nível crítico de enchimento vesical e sendo a micção desejada naquele momento, o CPM interrompe a inibição sobre o centro sacral da micção (parassimpático), que ativa a contração vesical através do nervo pélvico. Ao mesmo tempo, a influência inibitória sobre a bexiga, feita pelo sistema simpático através do nervo hipogástrico, é interrompida e ocorre simultânea inibição da ativação somática do esfíncter, relaxando o aparelho esfincteriano e garantindo a coordenação da micção. Pode-se descrever o ciclo miccional normal como simples processo de liga-desliga, em que, num primeiro momento, ocorre inibição dos reflexos da micção (inibição vesical por meio da estimulação simpática e inibição da estimulação parassimpática) e ativação dos reflexos de enchimento vesical (estimulação esfincteriana pudenda). Esse mecanismo é alternado para ativação dos reflexos da micção (estimulação vesical parassimpática) e inibição dos reflexos de enchimento (inibição da ativação esfincteriana) e as duas fases alternam-se seguidamente Sistema Urinário: Anatomia e Histologia Formação da Urina · Rins: Os rins são órgãos que possuem a forma de feijão, compostos por uma cápsula constituída por tecido conjuntivo denso, e pelas regiões cortical e medular. Os rins executam a função principal, que é a de filtrar do sangue as substâncias potencialmente tóxicas para o organismo. Além disso, os rins regulam os níveis iônicos no sangue, controlam o pH, o volume e a pressão do sangue, produzem hormônios e excretam substâncias. - Margem medial: fissura vesical, o hilo por onde passam o ureter, artéria e veias renais, linfático e nervos. - Hilo se expande numa cavidade – seio renal que aloja a pelve renal. - Camada interna- estrutura triangulares denominadas Pirâmides renais. - Camada externa do rim situada abaixo da capsula fibrosa - Consiste por uma capsula fibrosa, de tecido conjuntivo denso, a zona cortical e medula. - Capsula renal - Túbulos renal · Néfron: Na região cortical do rim estão localizados os néfrons, que são os responsáveis por formar a urina através da filtração do plasma sanguíneo e, depois, da eliminação da urina. O néfron é constituído por um corpúsculo renal, que contém o glomérulo e a cápsula de Bowman, e por túbulos renais, que contêm o túbulo contorcido proximal, alça de Henle, túbulo contorcido distal e túbulo coletor. · Estrutura do Néfron · Glomérulo: é uma rede de capilares sanguíneos onde ocorre a circulação do sangue arterial que é filtrado por esta estrutura; · Túbulos coletores: têm a função de absorver parte do líquido filtrado pelos glomérulos; · Cápsula de Bowman: envolve a rede de vasos capilares, filtrando o sangue novamente; · Túbulo Contorcido Proximal: responsável pela reabsorção de possíveis nutrientes; · Alça de Henle: responsável pela reabsorção de água; · Túbulo Contorcido Distal: responsável pela reabsorção de água e sal. · Formação da Urina Em cada néfron, a formação da urina ocorre em três etapas: · Filtração: resíduos potencialmente tóxicos, sais minerais e água passam para o néfron e tornam-se parte do filtrado; · Reabsorção: a água, os nutrientes (pequenas moléculas de proteínas, lipídios e glicose) e alguns sais minerais são reabsorvidos e voltam para a corrente sanguínea; · Secreção: são eliminadas as substâncias do plasma sanguíneo que não foram filtradas inicialmente, como ácido úrico, sais minerais e medicamentos. · Órgão excretores: Ureter Bexiga Uretra · Ureter: Após a formação da urina, ela é conduzida do rim até a bexiga por meio dos ureteres, que realizam movimentos peristálticos que auxiliam no transporte da urina. Túbulo musculares que une a bexiga. - Inicio: pelve renal (extremidade superior dilatada). - Termina na face posterior – lateral da bexiga pelo ostio uretral. Ostios do ureteres: - Pregas da mucosa da bexiga semelhantes a válvula. - Auxiliam na prevenção do refluxo da urina. · Bexiga: A bexiga é responsável pelo armazenamento da urina transportada pelos ureteres, tendo a função de eliminação da urina. A bexiga possui uma capacidade de armazenamento de cerca de 800ml de urina. Órgão musculo oco, elástico, situada no assoalho da cavidade da pelve. - Homens situa-se diretamente no interior ao reto. - Mulheres esta á frente da vagina e abaixo ao útero. - Reservatório temporário para o armazenamento de urina: - quando cheia: formato esférico (700/800ml) - quando vazio: assemeia a um pirâmide invertida Internamente, apresenta 3 orifícios: ostios do ureter ostios da uretra / área triangular trigono da bexiga · Uretra: A uretra tem a função de expelir a urina para fora do corpo humano durante a micção. Ela participa do sistema reprodutor masculino, entretanto, nas mulheres, a uretra é exclusivamente utilizada para a eliminação da urina. - A uretra termina em um orifício denominado de ostio externo da uretra, onde a urina é eliminada para exterior. · URETRA FEMENINA: Canal membranoso estreito: - estende-se da bexiga ao orifício externo no vestíbulo - apresenta cerca de 4 a 5cm. - seu orifício externo fica na frente da abertura - revestido por: epitélio estratificado pavimentoso epitélio pseudo-estratificado colunar · URETRA MASCULINA: Estende-se do orifício interno na bexiga urinaria ate orifício uretral externo na extremidadedo penis. - Dividida em três porções: Prostatica: inferior da prospata / recebe os ductos ejaculatórios revestido por epitélio de transição Membranecea: 1cm de extensão é revestido por epitélio pseudo- estratificado colunar. Esponjosa: localiza-se no corpo esponjoso do penis epitélio pseudo-estratificado colunar, com áreas de epitélio estratificado pavimentoso. (a uretra masculina é a via comum para micção e a ejaculação) · Bexiga-uretra: - A saída da bexiga urinária contém o músculo esfíncter chamada esfíncter interno da uretra - involuntário, prevenindo o esvaziamento. - Abaixo do esfíncter interno, envolvendo a parte superior da uretra, está o esfíncter externo da uretra – voluntario Sistema urinário: Fisiologia Renal Formação da Urina A formação da urina ocorre em três etapas básicas que serão descritas a seguir: - Filtração: Essa primeira etapa ocorre na cápsula glomerular e é um processo passivo. Caracteriza-se pela saída do filtrado do plasma do interior do glomérulo para a cápsula. Isso ocorre em virtude da alta pressão do sangue nesse local. O chamado filtrado glomerular, ou urina inicial, é livre de proteínas e assemelha-se ao plasma sanguíneo. - Reabsorção: O filtrado resultante da etapa da filtração apresenta substâncias que são bastante importantes para o organismo e devem ser reabsorvidas. A reabsorção ocorre no túbulo néfrico, principalmente nos túbulos proximais, e é importante para evitar a perda excessiva de substâncias, tais como água, sódio, glicose e aminoácidos. Esse processo é responsável por determinar como será a composição final da urina. A concentração da urina formada é regulada através da secreção de ADH (hormônio antidiurético) pela neuro-hipófise. Esse hormônio atua aumentando a permeabilidade dos túbulos distais e ductos coletores, fazendo com que ocorra uma maior reabsorção de água. A liberação de ADH é maior quando bebemos pouca água, pois é uma forma de o corpo diminuir a eliminação dessa substância que está escassa no momento. - Secreção: Algumas substâncias presentes no sangue e que são indesejáveis ao organismo são absorvidas pelas células do túbulo contorcido distal. O ácido úrico e amônia fazem parte dessas substâncias que são retiradas dos capilares e lançadas ao líquido que formará a urina. Após passar por toda a extensão do túbulo néfrico, a urina está formada. Ela então é conduzida até os ureteres, que a levarão até a bexiga, onde permanecerá até sua eliminação. Formação da urina: Filtração glomerular: Decorre no corpúsculo renal, o filtrado passa do glomérulo para a cápsula de Bowman. Reabsorção tubular: Passagem de substâncias do lúmen tubular para o sangue Secreção tubular: Passagem de substâncias do sangue para o lúmen tubular Excreção Depende de 3 processos que se relacionam pela equação. Taxa de excreção urinária = taxa de filtração – taxa de reabsorção + taxa de secreção Filtração glomerular (FG): - Processo por transporte passivo - O líquido que entra no espaço capsular é chamado de filtrado glomerular; - Temos 20% do plasma filtrado (Fração de filtração), 1% é excretado e 80% volta pela arteríola), - Não passa células e proteínas plasmáticas (pequenas podem passar). Forças que atuam na filtração glomerular: - A Pressão Hidrostática Glomerular do Sangue (PHGS) – força do sangue na parede do capilar- força a favor da filtração, quanto maior a pressão arterial maior a pressão hidrostática. Aproximadamente 55mmHg. - A pressão colodoismótica do sangue (PCOS) - gerada devido gradiente de concentração - solvente do menos concentrado para o mais concentrada, favorece a volta do liquido da cápsula para o capilar por causa das proteínas plasmática (albumina, globulinas, fibrinogênio) nos capilares, não passam para a cápsula então temos maior soluto no capilar. Aproximadamente 30 mmHg. - A pressão Hidrostática capsular (PHC) - é a pressão hidrostática exercida contra a membrana de filtração pelo líquido que já está no espaço capsular e no túbulo renal. A PHC se opõe à filtração e representa uma “pressão de retorno” de aproximadamente 15 mmHg. Taxa de filtração Glomerular (TFG): - Constante de permeabilidade (Kf) = 12,5ml/min x mmHg - Pressão efetiva de filtração (PEF) = 10mmHg - TGF é impulsionada pela pressão hidrostática da pressão sanguínea; - Está diretamente relacionada com as pressões que determinam a pressão efetiva de filtração. Qualquer mudança na pressão de filtração efetiva influencia a TFG. Os mecanismos que regulam a TFG operam de dois modos: (1) ajustando o fluxo sanguíneo para dentro e fora - TFG e pressão glomerular - alteradas por modificações no diâmetro das arteríolas aferentes e eferentes. Regulação da taxa de filtração glomerular (TFG) Mecanismo de autoregulação Mecanismos miogênicos Retroalimentação tubuloglomerular Regulação neural (SNP Simpático) Inervação simpática – receptores de norepinefrina Sobrepõe-se ao mecanismo auto regulável Receptores mais abundantes nas arteríolas aferentes Resposta adaptativa Regulação hormonal Angiotensina II Peptídeo natriurético atrial · Quando o sangue chega com muita pressão despolariza a membrana levando a uma contração da arteríola aferente, diminui o fluxo; · Se a pressão for baixa os vasos vão dilatar para maior fluxo sanguíneo. 1) Reabsorção tubular * Movimento de água e solutos do lúmen tubular para o sangue: - Reabsorção paracelular - Reabsorção transcelular * Reabsorção passiva ou ativa: - Osmose - Hidrólise do ATP – Bombas - Simportadores - Contratransportadores * Túbulo contorcido proximal: - Reabsorção de 70% do volume do filtrado - 100% da Glicose e aas - 70% da água, NaCl, Ca+ e K+ 80-90% do HCO3- 50% de uréia 1- Simportadores de Na+ - Glicose e aminoácidos - Contratransportadores de Na+/H+ 2- Gradiente eletroquímico - Difusão passiva 3- Gradiente osmótico - Osmose de água - TCP e ramo descendente da alça de Henle - Reabsorção de solutos permeáveis por difusão - No caso de diabetes, muita glicose circulante (desequilíbrio de concentração), todas as proteínas ocupadas, então acabam sendo excretadas. - Todos transportadores ocupados, então a reabsorção é constante. * Alça de Henle - Reabsorção de 10% do volume do filtrado - 10% da água (descendente) - 20% do NaCl, Ca++, K+ e Mg++ - 15% do HCO3- · Aumento da osmolaridade externa - favorece a reabsorção da água do túbulo para o meio intersticial e daí para os capilares · Aumento da concentração de soluto, principalmente NaCl e uréia - Ramo descendente delgado - Permeável á água - Impermeável ao Na+, Cl- e uréia - Osmose da água e retenção de solutos - Ramo ascendente delgado - Impermeável à água - Permeável ao NaCl e moderada àuréia - Retenção de água no túbulo - Saída de NaCl e entrada de uréia - Ramo ascendente espesso - Baixa permeabilidade à água e uréia - Retenção de água no túbulo - Saída de NaCl (transporte ativo) para o interstício 2) Secreção Transferência de materiais do sangue para as células do túbulo e para o líquido tubular. Ocorre ao longo de todos os túbulos renais e coletores por difusão passiva e transporte ativo. Substâncias secretadas: Resíduos, fármacos e excesso de íons (H+, K+, amônia, uréia, creatinina e certas drogas) Consequências: - Secreção de H+ ajuda a controlar o pH do sangue; - Secreção de outras substâncias ajuda a eliminá-las do corpo. · Hormônios na função renal Vasopressina ou hormônio anti-diurético (ADH): - Aumenta a permeabilidade das células do TCD, túbulos e ductos coletores - Hemorragia ou desidratação estimula a secreção de ADH - Baixas temperaturas e álcool etílico inibem a secreção de ADH Angiotensina II: - Aumenta a reabsorção de Na+ e Cl- nos TCP Assegura a taxa de filtração glomerular mesmo quando o fluxo sanguíneo renal diminui. - Promove vasoconstrição arteriolar, vasoconstrição periférica e leva a secreção de aldosterona. Aldosterona: - Mais envolvida com a regulação da concentração de K+ no LEC - Promove a secreçãode K+ e consequentemente a reabsorção de Na+ - Age na porção final do TCD, túbulo coletor cortical e Dutos coletores Eritropoietina: - Aumentar a produção de eritrócitos ou hemoglobina quando o há diminuição na oxigenação dos tecidos: Volume baixo de sangue Anemia Hemoglobina baixa Fluxo baixo de sangue Doenças pulmonares · Incontinência urinária Incapacidade voluntária de prevenção da saída de urina: - Fisiopatologia: Fatores que favorecem os distúrbios de eliminação Contração muscular Transmissão neural Estímulo hormonal Fatores mecânicos - Causas prováveis: Gravidez Tumores de próstata Mal de Parkinson Esclerose múltipla Lesões na medula Manifestações clínicas: Incontinência temporária: medicamentos, doenças, imobilidade ou constipação. Tipos crônicos de incontinência: - Incontinência por esforço: Comum em mulheres Estímulos benignos como tosse, espirro, risada Atividades de esforço como exercício físico ou levantamento de objetos - Incontinência de urgência: Comum em pessoas idosas Vontade forte e repentina de urinar, ocasionada por espasmos ou contrações na bexiga Irritação na bexiga, AVC, esclerose múltipla - Incontinência por transbordamento: Vazamento involuntário de pequenos volumes de urina – bloqueio ou contrações da bexiga. Aumento da próstata ou cálculo renal. Avaliação da função renal Sistema digestório: constituição anatômica- _ Boca Avaliação da função renal: - Avaliar quantidade e qualidade da urina - Avaliar níveis de escórias metabólicas; Exames: - Urina (EAS, Urinálise); - Sangue - Depuração(clearence) plasmática renal Exame de Urina Exame dos elementos anormais e sedimentos (EAS) Urinálise: - Análise do volume, características físicas, químicas e microscópicas da Urina; Fatores que influenciam no volume da urina: - Ingestão de líquidos - Pressão arterial Pressão – ativa renina-angiotensina-aldesterona - alta reabsorção água e saís menos volume da urina - Osmolaridade do sangue Devido ingesta de muita água diminui a produção de HAD é inibida maior volume de urina - Dieta - Temperatura corporal - Diuréticos - Estado mental - Saúde Constituintes anormais da urina: Urina - Volume - 1 a 2,0 L/dia. - Maior quantidade de água - 95 a 98%. - pH - média 6,0 – varia de 4,6 a 8,0 de acordo com dieta - Rica em proteína – aumenta a acidez - Vegetariana – aumenta a alcalinidade - Cor: - amarela ou âmbar - Urocromo – decomposição da bile - Urobilina – decomposição da hemoglobina - Odor: - Suavemente aromática - Amoniacal quando estagnada - Aspargos – metilmercaptano (odor característico) - - Diabéticos – odor de frutas – presença de corpos cetônicos · Clearence do plasma Clearence ou depuração do plasma: - Volume de sangue que é “limpo” ou depurado de uma substância por unidade de tempo (ml/min) - Expressa a eficiência dos rins na remoção de substâncias de fluido corporal - Alta depuração – eliminação eficiente da substância na urina - Baixa depuração – eliminação deficiente Ex.: Inulina (polissacarídeo não produzido pelo corpo) – 100% filtrado, não é reabsorvido nem secretado - Clearence do plasma da insulina = TFG Sabendo a TFG de uma pessoa é possível determinar como o rim maneja qualquer soluto, medindo a concentração do soluto no plasma e sua taxa de excreção. · Testes sanguíneos - Nitrogênio da ureia sanguínea (BUN, blood urea nitrogen) Mede, no sangue, a [nitrogênio] derivado da ureia Gerado - catabolismo e desaminação dos aminoácidos - Creatinina plasmática Catabolismo do fosfato de creatinina do m. esquelético Filtrada e não reabsorvida Depuração de 120-140mL/min · Doenças renais - Manutenção da homeostase orgânica: Excreção de urina Depuração (limpeza) de detritos Excesso de eletrólitos do plasma - Insuficiência renal ou "falência renal" é uma condição clínica, onde os néfrons estão com baixa funcionalidade · Insuficiência renal Diminuição ou interrupção da filtração glomerular Insuficiência renal aguda (IRA) - Redução aguda da função renal em horas ou dias - Diminuição no ritmo de filtração glomerular - Disfunções no controle do equilíbrio hidro-eletrolítico e ácido-básico Insuficiência renal crônica (IRC) - Total perda da capacidade excretora - Se instala gradativamente - Não reversível · Insuficiência renal aguda (IRA) · Pré-renal · Renal · Pós-renal 1) IRA Pré-renal - Mais comum – 40% a 60% - Não há defeito estrutural nos rins - Ausência de perfusão sanguínea adequada no capilar renal - Diminuição no suprimento de sangue – Hipotensão 2) IRA Pós-renal - Menos frequente – 2% a 4% - Obstrução dos órgãos excretores - Importância do diagnóstico para a reversibilidade da insuficiência renal 3) IRA - Renal - Todas as formas de lesões recentes ao parênquima renal - Mais frequente - 70% dos casos - Problemas no próprio rim - Infecção - Toxinas ou medicamentos - Rabdomiolise (rompimento do tecido muscular) - a liberação resultante de mioglobina no sangue afeta os rins - Hemólise (rompimentos de hemácia) - Hiperparatiroidismo primário · IRA - Renal · Obstrução na saída da urina · Sonda vesical mal posicionada · Cálculo renal obstruindo o ureter · Ligadura cirúrgica do ureter 4) Insuficiência renal crônica (IRC) - Ausência de urina - acúmulo de resíduos - Recorre a hemodiálise, diálise peritoneal ou transplante - Causas: - Doença de Berger ou nefropatia por IgA: Nefrite mensagial proliferativa Glomerulonefrite crônica Hematúria (sangue na urina) - Glomerulonefrite: Destruição dos glomérulos renais - Hipertensão - Diabetes mellito: Ausência de insulina – glicose na circulação sanguínea · Causas: - Amiloidose: Deposito de pedaços de proteínas ao redor dos vasos sanguíneos. - Lúpus eritematoso sistêmico (LES): Doença auto-imune do tecido conjuntivo Sistema imune ataca as próprias células e tecidos do corpo resultando em inflamação e dano tecidual - Doença dos rins policísticos: Presença de vários cistos em ambos os rins - Insuficiência cardíaca crônica Consequências: - O suprimento insuficiente de sangue renal pode levar à aterosclerose que estreita e endurece as artérias renais. - Dificultando ou parando o fluxo renal · Ausência de eritropoietina - não consegue estimular a produção de eritrócitos - pode levar a uma intensa anemia no organismo. - Pacientes portadores de insuficiência renal crônica, na maioria das vezes apresentam anemia; · Retenção de produtos residuais - causa intensa toxidade no sistema digestivo: náusea, vômito, diarreia e úlceras · Ação tóxica dos metabólitos - acumulados sobre o sistema nervoso central - Podem levar a alterações mentais - insônia, diminuição da atenção, chegando a convulsões e coma. · Tratamento - Hemodiálise – filtração do sangue fora do organismo por um dialisador - Membrana semiporosa de celofane que permite o fluxo sanguíneo por uma das faces e uma solução dialisadora pela outra face. - Diálise peritoneal – uma solução de diálise (solutos urêmicos e potássio) é introduzida na cavidade abdominal através de um cateter, onde permanece por um determinado tempo para que ocorram as trocas entre a solução e o sangue.
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