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Coluna Vertebral

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Coluna Vertebral
A coluna vertebral constitui um importante eixo de comunicação entre o sistema nervoso central e o sistema nervoso periférico, por meio da medula espinhal, contida no canal medular da coluna vertebral. É a estrutura que sustenta nossa posição bípede, e por isso, talvez a mais sacrificada na escalada do desenvolvimento humano. As patologias associadas à coluna são freqüentes, mais comum e mais precoces, ocorre em função da longevidade, sedentarismo, desrespeito as questões ergonômicas nos locais de trabalho e isso ocasiona um maior desgaste e estresse dessas estruturas.
A coluna vertebral faz parte do esqueleto axial e liga – se a ela o crânio e os membros.
Curvaturas da Coluna Vertebral
Primárias:
· Curvatura dorsal e sacral com concavidade voltada anteriormente. A cifose adquirida na gestação assume o formato do útero gravídico.
Secundárias:
1. Curvatura cervical e lombar com concavidade posterior. A lordose aparece quando a criança começa a fazer a extensão do pescoço e coluna, o que depois proporciona que ela sustente a cabeça na posição ereta.
A curvatura lombar, geralmente mais acentuada nas mulheres, termina no ângulo lombosacral. A curvatura sacral também se difere nas mulheres, menos curvo nestas, o que aumenta o tamanho da abertura inferior da pelve ou saída da pelve (pelve verdadeira).
Constituída de 33 vértebras, sendo que destes 24 ossos são separados, dividida em 5 regiões:
· Cervical, 7 vértebras.
· Torácica ou dorsal, 12 vértebras.
· Lombar, 5 vértebras.
· Sacral, 5 vértebras fundidas.
· Coccígea, 4 vértebras fundidas.
As abreviações C, T, L, S e Co são usadas para indicar as regiões da coluna vertebral.
Extremamente flexível à coluna vertebral é composta por estruturas móveis, as vértebras e os discos intervertebrais, os ligamentos e os músculos assim como nas outras articulações, na coluna vertebral conferem estabilidade.
As vértebras podem freqüentemente ser identificadas por características especiais, além disso, individualmente todas apresentam características estruturais próprias. Os corpos vertebrais gradualmente tomam-se maiores à medida que se aproximam do sacro e a seguir tornam-se progressivamente menores em direção ao cóccix. Essas diferenças estruturais estão relacionadas ao fato de que a região lombosacra sustenta mais peso que as regiões cervical e torácica. As vértebras são consideradas atípicas e típicas, as primeiras são as três cervicais, atlas (C1), áxis (C2), e a sétima proeminente (C7), as típicas contém componentes estruturais que são comuns a todas as restantes móveis. Estas compõem – se pelas seguintes estruturas, corpo vertebral e arco vertebral, o último é subdividido em processos ou apófises, transverso, espinhoso e articular, lâminas e pedículos.
Corpo Vertebral
O corpo vertebral é anterior, suporta as forças de carga e pressão, composta por tecido esponjoso interiormente e compacto recobrindo, varia de diâmetro conforme o segmento vertebral em que se localiza. Os corpos das vértebras cervicais são de menor diâmetro e altura, sendo a porção mais alta da coluna na posição ortostática. Os corpos dorsais ou torácicos aumentam progressivamente a sua altura e diâmetro, apresentando um aspecto cilíndrico. Os corpos vertebrais lombares são achatados e largos por constituírem as vértebras que suportam as maiores pressões da coluna vertebral. As vértebras sacras são fundidas entre si, constituindo-se num osso que apresenta forma triangular. Este por sua vez articula-se com o ilíaco na região pélvica, apresentando a base fixa da coluna vertebral e sua relação com a pelve ou bacia. Assim, estabelece-se a base de suporte da coluna vertebral do ser humano.
Pedículos
Os pedículos vertebrais são expansões ósseas que ligam o corpo vertebral ao processo transverso, ficam anteriormente e as lâminas ósseas são as que ligam os processos transversos ao espinhoso e ficam posteriormente, essas quatro porções são as que limitam o canal raquidiano posteriormente.
Processos, Espinhoso, Articulares e Transversos
Cápsula Articular
A cápsula Articular é uma estrutura com tecido fibroso que é responsável pelo revestimento das articulações interapofisárias e, juntamente com a membrana sinovial, tornam a estrutura fechada onde circulam líquido sinovial para nutrir e vitalizar as cartilagens em contato na articulação. Esta membrana capsular reveste também as articulações costo - vertebrais e costo-transversas, localizadas ao longo da coluna torácica.
Forame Intervertebral
Trata-se de um orifício que se localiza lateralmente ao canal vertebral. Encontra-se relacionado ao espaço intervertebral e parte inferior do corpo da vértebra. Localiza-se entre as facetas articulares por trás, e o corpo vertebral e o disco intervertebral pela frente. Através desses forames emergem as raízes nervosas de dentro do canal vertebral. Podem ser comparados a janelas pelas quais as raízes nervosas têm o seu trânsito para realizar o comando de área e receber a sensibilidade de áreas segmentares.
Disco Intervertebral
O apoio articular entre os corpos vertebrais é realizado pelos discos de cartilagem chamados de discos intervertebrais.
O disco intervertebral constitui-se de uma estrutura fibrocartilaginosa formada por anéis concêntricos em sua porção externa e um núcleo gelatinoso formado por substâncias hidrófilas (muco polissacarídeos) que garantem essa hidrófila (retenção de água), mantendo a capacidade de hidratação e flexibilidade do disco. As vértebras desde C2 (segunda vértebra cervical) até S1 (primeira vértebra sacra) são interpostas por estruturas discais chamadas de discos intervertebrais. Ao todo são 23 discos. O anel fibroso concêntrico suporta as pressões submetidas à coluna vertebral, transmitida pelos corpos vertebrais. Um núcleo gelatinoso, através do seu deslocamento, estimula o anel fibroso na retenção das pressões e orienta o todo corporal quanto à posição da coluna vertebral. Essa orientação é dada através dos ramos do nervo sinovertebral ou nervo de Luschka. Este nervo "comunica" os estímulos recebidos, revelando aos músculos eretores da espinha as linhas de força de pressão sobre a coluna vertebral. Sua localização é a porção posterior do disco e o mesmo se comunica com a raiz nervosa emergente da coluna. Os corpos das vértebras apresentam cerca de três quartos do comprimento da parte móvel da coluna vertebral e os discos intervertebrais representam o outro quarto.
Ligamentos
Os ligamentos são estruturas fibrosas cuja função está relacionada à estabilidade intrínseca das vértebras na sua posição natural.
· Ligamento Longitudinal Anterior: tem forma laminar. Inicia-se na base do crânio até o sacro. Serve para reforçar a estabilidade da coluna na sua porção anterior e encontra-se na linha média do corpo vertebral. Estabiliza a coluna desde a articulação atlantoccipital até a transição lombo-sacro.
· Ligamento Interespinhoso: localiza-se na região espinhosa e se inicia pelo ligamento da nuca, porção estabilizadora entre o osso occipital e as apófises cervicais, estendendo-se até as apófises sacras. É reconhecido como ligamento interespinhal tendo a sua porção contínua com o nome de ligamento supra-espinhal.
· Ligamentos Amarelos: são expansões ligamentares que conectam a face anterior da lâmina superior com a face posterior da lâmina vertebral adjacente inferior. Ligamento Longitudinal Posterior: trata-se de um ligamento laminar que se localiza dentro do canal vertebral justaposto à porção posterior dos corpos vertebrais.
· Ligamentos cruciformes: localiza-se na base do crânio e é formado pelos ligamentos superior, transverso e inferior. Comunica-se com as fibras do ligamento alar.
· Ligamentos intertransversos: interligam as apófises transversais. Encontram-se lateralmente à coluna vertebral.
· Ligamento costo-transverso e Ligamento Radiado: unem a costela com as apófises transversas e com o corpo vertebral subseqüentemente. O resultado da superposição de todos as vértebras se dá o canal vertebral, onde está contida a medula espinhal. Agora que conhecemos a coluna comoum todo podemos estuda – lá por partes, ou seja, regiões, e estas são classificadas em cervicais, dorsais ou torácicas, lombares, sacrais e coccígeas.
Vértebras Cervicais
São em número de 7 vértebras. Sendo que as duas primeiras são aquelas ditas anteriormente como atípica, pois tem a finalidade de permitir os movimentos da cabeça. A primeira vértebra cervical chamada atlas, constituída de dois arcos, um posterior e um anterior de menor tamanho, no último se encontra uma face articular para o processo odontóide do áxis – segunda vértebra cervical, articula – se ainda com a base do crânio nos côndilos occipitais e com áxis inferiormente. O áxis também uma vértebra atípica, pois tem um processo chamado odontóide ou dente do áxis, é uma porção óssea, densa, que se projeta na parte superior do áxis (segunda vértebra cervical) para dentro do atlas (primeira vértebra cervical) e se introduz no forame magno. Este se localiza na base do crânio e têm em seu interior estruturas como o bulbo (centro nervoso do comando respiratório) e o início da estrutura medular-nervosa. O processo odontóide estabiliza a coluna cervical em relação ao crânio, permitindo os movimentos de rotação da cabeça. Da 3º a 6º vértebras cervicais os componentes são aqueles descritos anteriormente, corpos pequenos e ovais, forame vertebral grande pelo próprio tamanho da medula espinhal que ali é alojada, os processos espinhosos são curtos e bífidos. A sétima vértebra cervical tem os mesmos componentes de uma vértebra típica, porém também é atípica, pois seu processo espinhoso é proeminente, bem visto quando fazemos a flexão do pescoço e palpando logo atrás do pescoço, é a que mais podemos sentir. E esta ainda possui o forame bem menor que das outras cervicais. Todas as vértebras cervicais possuem forames transversos em que passam as artérias basilares.
Vértebras Torácicas
São aquelas 12 vértebras que se possuem as articulações com os arcos costais. A T1, primeira vértebra torácica, apresenta uma face articular inteira para a cabeça da primeira costela. O corpo é semelhante ao de uma vértebra cervical, o processo espinhoso é longo espesso e quase horizontal. A 10º vértebra torácica apresenta uma face articular inteira para a costela situada na face lateral do pedículo. A 12º vértebra torácica por ser uma vértebra que se encontra em uma região de transição é semelhante a uma vértebra lombar, com seu corpo, pedículos, lâminas e processos mais espessos.
Vértebras Lombares
Essa é a última região com grande mobilidade da coluna vertebral sendo constituída de 5 vértebras. O corpo é grande, mais largo e espesso, os pedículos são fortes e juntam – se com a parte cranial do corpo formando incisuras vertebrais inferiores. O processo espinhoso é longo e quadrilátero. A 5º vértebra lombar, L5, tem o corpo mais baixo anteriormente para poder concordar com a articulação lombo – sacra.
Sacro
São em número de cinco vértebras fundidas no desenvolvimento. Formado por quatro faces e duas bordas.
Na face anterior ou pélvica podemos notar as linhas transversais ou cristas transversais e os forames sacrais anteriores.
Na face dorsal encontramos os forames sacrais posteriores e a linha média, intermédia e lateral, hiato sacral, forames sacrais dorsais, tuberosidade sacral e cornos sacrais.
Lateralmente encontramos as asas do sacro e a tuberosidade sacral.
Na base temos o promotório e os processos articulares superiores e ainda no ápice têm a face articular para o cóccix. O centro de gravidade do corpo está localizado logo a frente do promotório sacral.
Cóccix
De 3 a 5 vértebras de tamanho bem reduzido, formado por uma face pélvica, uma dorsal e duas laterais, uma base e um ápice. As regiões mais facilmente diferenciadas são os cornos sacrais, os tubérculos coccígeos, a face articular com o sacro e os sulcos transversais. Podemos concluir que a coluna vertebral constitui importante papel na postura, sustentação de peso, locomoção, proteção da medula espinhal e raízes nervosas. Ao se sentar, a coluna vertebral transmite o peso do corpo através das articulações sacroilíacas para o osso ilíaco, e daí para as tuberosidades isquiáticas. Na postura ereta, o peso do corpo é transferido das articulações sacroilíacas para os acetábulos e daí para os fêmures.
Arco Reflexo
Trajeto percorrido por um estímulo até concretizar um ato reflexo, normalmente iniciado em uma terminação nervosa sensitiva, que através de um nervo aferente conduz o estímulo até um centro especializado no cérebro, o que permite uma resposta por um nervo eferente até o respectivo órgão efetor, seja ele um músculo ou uma glândula.
Circuito sensorial do controle do movimento: Cérebro e Corpo
Os impulsos sensoriais na pele, articulações e músculos são transportados até a medula espinhal para chegar a diversos centros de processamento do cérebro. Este sistema ajuda a mente na compreensão, acompanhamento e alteração da posição e movimento padrão do corpo.
Bibliografia:
1. BONTRAGER, Kenneth L. Tratado de Técnica Radiológica e Base Anatômica. 5ed. Rido de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
2. SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
3. SLEUTJES, Lucio. Anatomia Humana, Podemos ser práticos e ir direto ao assunto?. São Caetano do Sul: Difusão, 2004.
4. NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
5. SANTOS, Angela. A Biomecânica da Coordenação Motora. São Paulo: Summus, 2002.
A coluna vertebral é uma parte da estrutura corporal dos vertebrados, caracteriza os animais do grupo dos vertebrados (do latim vertebratus, com vértebras) e estes constituem um subfilo de animais cordados, compreendendo os ágnatos, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos, pois como explicado: Caracterizam-se pela presença de coluna vertebral segmentada e de crânio que lhes protege o cérebro[1].
Nos humanos a coluna vertebral é formada quase sempre por 33 e eventualmente 32 ou 34 vértebras que são ligadas por articulações que são de dois tipos: uma maior com interposição dos discos intervertebrais na região anterior entre cada vértebra e duas menores atrás, por um duplo par de facetas interarticulares posteriormente, sendo duas voltadas para cima e duas para baixo, formando de cada lado, posteriormente, na vértebra, uma articulação facetária.
Os discos intervertebrais são constituídos de material fibroso e gelatinoso que desempenham a função de amortecedores e dão mobilidade para nos locomover, correr, saltar, girar o tronco e a cabeça. Cada disco é formado por um núcleo pulposo interno e do ânulo fibroso externo.
Cada vértebra possui basicamente um corpo mais largo , com o formato de um segmento transverso curto de cilíndro, situado na parte anterior da vértebra (exceto na primeira vértebra cervical que não possui corpo vertebral, o atlas). Atrás do corpo vertebral parte de cada lado de sua porção póstero-lateral (na metade superior nos corpos vertebrais das torácicas e lombares) um par de pedículos ósseos. Cada pedículo tem um formato de um cilindro pequeno e irregular, simétrico ao outro pedículo do mesmo nível, bem como unirá a um arco ósseo posterior, formado por um par de lâminas, processo transverso, o processo articular superior e o processo articular inferior. Na junção das lâminas, há a formação de uma outra parte óssea saliente posteriormente, impar e mediano, que é o processo espinhosoque parte do ponto de união posterior entre as lâminas, o qual é projetado para trás até a aponeurose muscular. Um buraco lateral, (forame intervertebral), se forma de cada lado entre cada pedículo das vértebras superior e inferior. Como as vértebras sobrepõe-se umas as outras, a junção delas forma um túnel ósseo desde o crânio até osso sacro, o Canal vertebral.
O canal vertebral segue as diferentes curvaturas da coluna;como na ilustração ao lado;ele é largo e triangular nas partes em que a coluna possui mais liberdade de movimento, como nas regiões lombar e cervical; e é pequeno e arredondado na região torácica, onde os movimentossão mais limitados. Neste canal fica abrigada a nossa medula espinhal e por esse motivo ela está protegida.
Quando a coluna vertebral é observada lateralmente, vê-se pequenas aberturas laterais, estas são os forames intervertebrais. Eles são importantes para permitir que os nervos (sistema nervoso periférico) se comuniquem com a medula espinhal (que faz parte do sistema nervoso central).
Quando é vista de frente a coluna vertebral é reta, e quando vista de lado forma quatro curvaturas, duas delas com a concavidade virada para trás (lordoses) e duas delas com a concavidade virada para a frente (cifoses). Temos assim a lordose cervical (localizada no pescoço), a cifose torácica (ao nível das costelas), a lordose lombar (ao nível do abdómen) e por fim a cifose sacrococcígea, ao nível do sacro e do cóccix.
As cifoses são curvaturas primárias e são desenvolvidas durante o período embrionário, as lordoses são chamadas de curvaturas secundárias pois são desenvolvidas conforme se assume a postura ereta.
1- Médula espinhal, 2- raiz nervosa espinhal dorsal, 3- gânglio da raiz dorsal, 4- raiz ventral, 5- nervo espinhal, 6 e 7- disco intervertebral (aqui com exemplo de hérnia de disco: a parte vermelha central está herniada póstero-lateralmente sobre raiz nervosa, "4", provocando compressão dessa), 6-Anulus fibrosus, 7- Nucleus pulposus, 8- Corpus vertebrae
O aumento dessas curvaturas representam quadros patológicos. Sendo: Hiperlordose, cervical ou lombar; hipercifose torácica.
A região cervical é constituída por sete vértebras localizadas no pescoço. A primeira vértebra se chama Atlas e se articula com o crânio possibilitando flexão e extensão da cabeça sobre a coluna vertebral cervical, bem como suportando seu peso. O Axis é a segunda vértebra cervical e apresenta uma apófise (saliência)na sua região anterior que se projeta para cima, penetrando o plano horizontal do canal vertebral da primeira vértebra, articulando-se com a parte posterior de seu anel anterior. O Atlas não tem um corpo vertebral como a maioria das demais vértebras.
A região torácica é constituída de doze vértebras que também servem para a inserção das costelas.
A região lombar é constituída por cinco vértebras maiores e é esta região que suporta todo o peso do tronco, dos membros superiores, do pescoço e da cabeça quando estamos na posição sentada ou em pé. Na região da coluna vertebral lombar na altura entre a primeira e a segunda vértebra ( L1 e L2 ) termina a medula nervosa espinhal dentro do canal vertebral em uma formação conhecida como cone medular. A partir do cone parte um aglomerado de raízes nervosas conhecido como cauda equina. Em pares, as raízes nervosas espinhais estendem-se até a parte lateral do canal vertebral, sendo uma raiz de cada lado, saindo pelo foramen lateral.boom como a coluna vertebral é formada
Abaixo da região lombar, sendo parte da bacia, a região sacrococcígea é composta pelo osso sacro que é resultado da fusão de cinco vértebras. Um de cada lado, este conjunto se articula com os ossos ilíacos do quadril, que se articula com os fêmures.
O osso cóccix é formado pela fusão das últimas quatro vértebras.
SISTEMA ESQUELÉTICO
O SISTEMA ESQUELÉTICO TEM COMO PRINCIPAIS FUNÇÕES:
- Promover o suporte para o corpo;
- Proteger os órgãos vitais;
- Auxiliar na realização do movimento do corpo;
- Hematopoiese;
- Prover um local de armazenamento para o cálcio.
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ESQUELÉTICO
O esqueleto é dividido em duas partes funcionais:
- Esqueleto axial – formado pelos ossos do crânio e da face, osso hióide, coluna vertebral, esterno e costelas.
- Esqueleto apendicular é formado:
- pela cintura escapular e ossos dos membros superiores; 
- pela cintura pélvica e ossos dos membros inferiores. 
TIPOS DE OSSO
Existem dois tipos de osso:
- osso compacto: denso e forte, constituído por delgadas lâminas ósseas que se sobrepõem umas às outras, unindo-se em torno de um centro.
- osso esponjoso: é constituído por delgadas lâminas que se dispõem de modo a formar cavidades pequenas.
CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS
OS OSSOS SÃO IDENTIFICADOS POR CINCO TIPOS DE ACORDO COM A FORMA:
- Ossos longos;
- Ossos curtos;
- Ossos planos;
- Ossos irregulares;
- Ossos sesamóides.
Ossos longos
- São constituídos por uma haste (diáfise) e duas extremidades (epífises).
- O interior da diáfise é formado por uma cavidade medular (canal medular). A diáfise é composta em grande parte por tecido compacto.
- As extremidades da diáfise e de cada epífise, são constituídas no centro por osso esponjoso, circundadas por uma fina camada de osso compacto.
Exemplo: úmero. 
Ossos curtos
- São curtos e irregulares;
- São formados por tecido esponjoso, revestido na maior parte das vezes, superficialmente, por uma camada de tecido compacto.
Exemplo: os ossos do carpo e do tarso.
Ossos planos
- Têm o aspecto de uma lâmina;
- São formados por tecido compacto, no meio do qual, se encontra uma camada de tecido esponjoso;
Exemplo: temos os ossos da abóbada craniana.
Ossos irregulares
Exemplo: vértebras.
Ossos Sesamóides 
- São pequenos, arredondados e envolvidos num tendão e tecido fascial, encontrado adjacente às articulações.
Exemplo: patela ou rótula. 
COMPOSIÇÃO DO OSSO
O osso é formado por tecido conjuntivo, por três tipos de células e por uma matriz, composta por fibras de colagénio envolvidas numa substância fundamental calcificada.
Células ósseas
No osso encontram-se três tipos de células:
- Osteoblastos – forma jovem de célula óssea, que elabora a osseína. Está presente no tecido conjuntivo e no tecido cartilagíneo em vias de ossificação. O osteoblasto transforma-se em osteócito. São responsáveis pelo crescimento e formação dos ossos.
- Osteócito – célula constituída por tecido ósseo que atingiu a maturidade. Participam em parte do mecanismo regulador para a manutenção normal do cálcio sanguíneo.
- Osteoclastos – são raros nos adultos e mais numerosos nos ossos jovens, onde têm uma função no processo de absorção óssea. São responsáveis pelo crescimento e formação dos ossos.
Membranas do osso
- Periósteo – tecido conjuntivo fibroso que reveste a superfície externa do osso, excepto as superfícies articulares (estas são revestidas por cartilagem hialina).
- Endósteo – tecido conjuntivo delicado que reveste as cavidades do osso, incluindo os espaços medulares, cavidades medulares e canais haversianos.
O periósteo e o endósteo contêm células percursoras de osteoblastos.
Medula óssea
Nos adultos, os espaços medulares de costelas, vértebras, esterno e pelve contêm medula óssea vermelha que funciona na hematopoiese, formação de eritrócitos, leucócitos e megacariócitos (que se desintegram para formar plaquetas).
As cavidades medulares dos ossos longos são preenchidas com medula óssea amarela (essencialmente tecido adiposo).
HISTOLOGIA DO OSSO
A unidade funcional microscópica do osso compacto é conhecida como Sistema de Harvers.
- Em cada sistema, existe um canal de Harvers central, contendo vasos sanguíneos, circundado por anéis concêntricos designados lamelas.
- Os osteócitos localizam-se entre as lamelas, num espaço chamado lacuna.
- Os canalículos ligam as lacunas entre si e com o canal de Harvers central.
A estrutura do osso esponjoso designa-se por Sistema de Harvers incompleto, uma vez que os vasos sanguíneos haversianos estão ausentes e o canalículo comunica-se directamente com os vasos sanguíneos do endósteo.
CRESCIMENTO E FORMAÇÃO DO OSSO
Existem dois tipos de formação óssea:
1 – Ossificação intramembranosa – os ossos crescem através da ossificação intramembranosa, na qual são formados modelos de osso mesenquimal durante os períodos embrionário e pré-natal.
2 – Ossificação endocondral – na qual são formados modelos de cartilagem durante o período fetal, com a subsequente substituição da maior parte da cartilagem por osso após o nascimento.
ESQUELETO AXIAL
Ossos do crânio
O crânio é o esqueleto da cabeça e é dividido em duas partes:
- Neurocrânio e Viscerocrânio.
Neurocrânio
- É o revestimento ósseo do encéfalo e dos seus revestimentos membranáceos:as meninges cranianas;
- Contém partes proximais dos nervos cranianos e a rede vascular do encéfalo;
- Tem um tecto em forma de cúpula, a calvária ou calota craniana e um assoalho ou base do crânio.
- Nos adultos, é formado por uma série de 8 ossos:
- 4 ossos ímpares centralizados na linha mediana: frontal, etmoidal, esfnoidal e occipital;
- 2 conjuntos de ossos pares e bilaterais: temporal e parietal.
Viscerocrânio
- É o esqueleto facial formado pelos ossos da face;
- É formado por ossos irregulares:
- 3 ossos ímpares centralizados na linha mediana: mandíbula, etmóide e vômer;
- 6 ossos pares e bilaterais: maxilas, conchas nasais inferiores, zigomáticos, palatinos, ossos nasais e lacrimais.
- As maxilas e mandíbula, são ossos que circundam a boca e abrigam os dentes.
Ossos ímpares do Neurocrânio:
Frontal – é um osso plano que forma o esqueleto da fronte e articula-se inferiormente com os ossos nasal e zigomático. Este osso também se articula com o lacrimal, etmóide e esfenoide. O osso frontal é separado dos ossos parietais pela sutura coronal.
Etmóide – é o osso mais leve do crânio e consiste predominantemente de tecido esponjoso. O etmóide é um osso irregular e é a principal estrutura de suporte da cavidade nasal e contribui para a formação das órbitas.
Esfenoide – é um osso irregular, forma a porção anterior da base do crânio, articula-se anteriormente com o etmóide e o frontal, e posteriormente com o occipital.
Occipital – é um osso plano que forma a base do crânio, articula-se anteriormente com os ossos parietais formando a sutura lambdóide. A porção inferior possui uma grande abertura, o forame magno, por onde passa a medula espinhal.
Ossos pares do Neurocrânio
Temporal – os dois ossos temporais são irregulares, auxiliam na formação dos lados e da base do crânio. Cada um inclui a orelha e forma a fossa para a articulação da mandíbula.
Parietal – os dois ossos parietais formam os lados e o tecto do crânio e articulam-se na linha mediana formando a sutura sagital.
Ossos ímpares do Viscerocrânio
Mandíbula – ou osso maxilar inferior é o mais forte e mais longo osso da face.
Etmóide 
Vômer – é um osso achatado e constitui a poção póstero-superior do septo nasal.
Ossos pares do Viscerocrânio
Maxila – formada por dois ossos denominados maxilares que estão fixos ao resto do crânio e não se movem.
Conchas nasais inferiores - as duas conchas nasais inferiores, são ossos independentes que se localizam, um em cada cavidade nasal, na porção lateral.
Zigomáticos – estes dois ossos formam a proeminência das maças do rosto, localizam-se sobre as maxilas, articulando-se com os seus processos zigomáticos.
Palatinos – os ossos palatinos formam o tecto da boca, o palato duro. Parte dos ossos palatinos estende-se para cima e auxilia na formação da parede externa da cavidade nasal.
Nasais – os dois ossos nasais articulam-se para formar a ponte do nariz. Superiormente, esses ossos achatados articulam-se com o osso frontal e constituem uma pequena porção do tecto da cavidade nasal.
Lacrimais – os dois ossos lacrimais compõem parte da órbita no ângulo interno do olho. Esses ossos dispõem-se imediatamente atrás do processo frontal da maxila.
Suturas do Crânio
A região superior do crânio é designada por cúpula do crânio e é atravessada por três suturas (ligações que não permitem mobilidade):
1 – Sutura Coronal – separa o osso frontal dos parietais.
2 – Sutura Sagital – separa os dois ossos parietais (linha sagital mediana).
3 – Sutura Lambdóide – separa os ossos parietais do osso occipital.
O ponto de encontro das suturas coronal e sagital é designado de Bregma.
O ponto de encontro das suturas sagital e lambdóide é chamado de Lambda.
O Osso Hióide
- Este osso não possui articulação;
- É suspenso a partir do processo estilóide do osso temporal por dois ligamentos estilóideos;
- Externamente, a sua posição, é observada no pescoço, entre a mandíbula e a laringe;
- Tem uma forma semelhante a ferradura com duas projecções laterais;
- O osso hióide funciona como suporte para a língua.
Coluna vertebral
- É formada por uma série de 33 vértebras organizadas em 5 regiões:
- 7 cervicais;
- 12 torácicas;
- 5 lombares;
- 5 sacrais;
- 4 coccígeas.
- Só há movimento significativo entre as 25 vértebras superiores.
- As vértebras tornam-se maiores gradualmente à medida que a coluna vertebral desce até ao sacro e depois tornam-se progressivamente menores em direcção ao ápice do cóccix.
- A mudança de tamanho é devida ao facto das vértebras sucessivas suportarem cada vez maior peso corporal à medida que a coluna vertebral desce. As vértebras atingem o tamanho máximo imediatamente acima do sacro, que transfere o peso para os membros inferiores.
- A coluna vertebral é flexível porque é formada por muitos ossos relativamente pequenos, as vértebras.
Estrutura da vértebra
Características gerais 
Uma vértebra geral é formada por: 1 corpo vertebral, um arco vertebral e sete processos (1 processo espinhoso, 2 processos transversos e 4 processos articulares). 
Corpo Vertebral – constitui a maior parte da vértebra. É único e mediano e está voltado para a frente, é representado por um segmento cilíndrico, apresentando uma face superior e outra inferior.
- Função: Confere resistência à coluna vertebral e sustenta o peso do corpo.
Arco vertebral – está localizado posteriormente ao corpo vertebral e é formado por 2 pedículos e por 2 lâminas. Os pedículos projectam-se posteriormente do corpo vertebral para encontrar as lâminas que se unem na linha mediana.
O arco vertebral forma as paredes do forame vertebral, por onde passa o canal medular (contém a medula espinal, raízes dos nervos, espinais, meninges, gordura e vasos).
Um Processo espinhoso mediano projecta-se posteriormente a partir do arco vertebral na junção das lâminas.
- Função: proporcionam fixações para os músculos profundos do dorso e facilitam os músculos que fixam ou mudam a posição das vértebras.
Dois processos transversos – projectam-se póstero-lateralmente a partir da junção dos pedículos e lâminas.
- Função: proporcionam fixações para os músculos profundos do dorso e facilitam os músculos que fixam ou mudam a posição das vértebras.
Quatro processos articulares – dois superiores e dois inferiores que se originam das junções dos pedículos e lâminas, cada um deles sustentando uma face articular. 
- Função: determinam os tipos de movimento permitidos e restritos entre as vértebras adjacentes a cada região. Também a ajudam a manter alinhadas as vértebras adjacentes, evitando o deslizamento anterior de uma vértebra sobre a vértebra abaixo.
Características regionais
Vértebra Cervical
- Localizam-se entre o crânio e as vértebras torácicas.
- São as mais pequenas porque sustentam menos peso do que as outras vértebras.
- As duas primeiras vértebras cervicais são atípicas.
- A C1 ou Atlas não possui corpo nem processo espinhoso. 
- A C2 ou Áxis, é a mais forte das vértebras cervicais e apresenta um processo ósseo forte denominado Dente (Processo Odontóide) que se localiza anterior à medula e serve como eixo em torno do qual ocorre a rotação.
Parte Características
Corpo Pequeno e mais largo lateralmente do que antero-posteriormente; superfície superior côncava e inferior convexa.
Forame Vertebral Grande e triangular.
Processos Transversos Forames tranversos pequenos ou ausentes em C7.
Processos Articulares As faces articulares são quase horizontais nesta região.
Processos Espinhosos Curtos (C3-C5) e bífidos (C3-C6); processo de C6 longo e de C7 mais longo.
Vértebra Torácica 
Parte Características
Corpo Tem a forma de coração; uma ou duas fóveas costais para articulação com a cabeça da costela.
Forame Vertebral Circular e menor do que os forames das vértebras cervicais e lombares.
Processos Transversos Longos e fortes; o comprimento diminui de T1 para T12.
Processos Articulares O plano das faces articulares está no arco centralizado sobre o corpo vertebral.
Processos Espinhosos Longos; as extremidades estendem-se até o nível do corpo vertebral abaixo.
Vértebra Lombar
Parte CaracterísticasCorpo Grande.
Forame Vertebral Triangular; maior que nas vértebras torácicas e menor que nas vértebras cervicais.
Processos Transversos Longos e delgados, processo acessório na superfície posterior da base de dada processo.
Processos Articulares Processo mamilar na superfície posterior de cada processo articular superior.
Processos Espinhosos Curtos e fortes; espessos, largos e em forma de machadinha.
		Sacro
- O sacro é grande, triangular, geralmente é formado por 5 vértebras fundidas, está localizado entre os ossos do quadril e forma o tecto e a parede póstero-superior da cavidade pélvica posterior.
- O formato triangular do sacro resulta da rápida diminuição do tamanho das massas laterais das vértebras sacrais durante o desenvolvimento. 
- A metade inferior do sacro não sustenta peso, sendo assim, o seu volume diminui consideravelmente.
- O sacro transmite o peso do corpo aos membros inferiores.
- O canal sacral é a continuação do canal vertebral no sacro, que contem o feixe de raízes dos nervos espinais originados inferiormente à vértebra L1, conhecido como cauda equina.
- O sacro sustenta a coluna vertebral e forma a parte posterior da pelve óssea.
- O sacro é inclinado de forma a articular-se com a vértebra L5 no ângulo lombossacral, que varia de 130º a 160º.
- Em relação ao comprimento, o sacro é mais largo na mulher do que no homem, mas o corpo da vértebra S1 geralmente é maior nos homens.
Cóccix
- É um pequeno osso triangular, geralmente formado pela fusão de 4 vértebras cóccigeas rudimentares, embora em algumas pessoas possa haver uma a mais ou a menos.
- O cóccix não participa com as outras vértebras na sustentação do peso do corpo de pé, mas, na posição sentada, pode sofrer alguma flexão anterior, indicando que está a receber algum peso.
Curvaturas da Coluna Vertebral
Numa vista lateral, a coluna apresenta várias curvaturas consideradas fisiológicas:
- Cervical (convexa),
- Torácica (côncava),
- Lombar (convexa),
- Pélvica (côncava).
Quando uma destas curvaturas aumenta, chamamos de Hipercifose (Região torácica e pélvica) ou Hiperlordose (Região cervial e lombar).
Numa vista anterior ou posterior, a coluna vertebral não apresenta nenhuma curvatura, quando ocorre alguma curvatura neste plano chamamos por Escoliose.
Esqueleto do tórax
- O esqueleto torácico assume a forma de uma gaiola abaulada, a caixa torácica, com grades horizontais formadas pelas costelas e cartilagens costais, sustentadas pelo esterno vertical e pelas vértebras torácicas.
Principais funções da Caixa Toráxica:
- Proteger os órgãos internos torácicos e abdominas das forças externas;
- Resistir às forças internas negativas (subatmosféricas) geradas pela retracção elástica dos pulmões e pelos movimentos inspiratórios;
- Proporcionar fixação para os membros superiores e sustentar o seu peso;
- Proporcionar a fixação (origem) de muitos músculos que movimentam e mantêm a posição dos membros superiores em relação ao tronco, além de proporcionar fixação para os músculos do abdómen, pescoço, dorso e da respiração.
Esqueleto da parede torácica
Inclui 12 pares de costelas e cartilagens costais, 12 vértebras torácicas e os discos intervertebrais interpostos entre elas, e o esterno.
Costelas
- São ossos leves, planos e curvos que formam a maior parte da caixa torácica. Cada costela possui um interior esponjoso contendo medula óssea. Existem três tipos de costelas:
- Costelas verdadeiras (vertebrocostais) – 1ª à 7ª costela, fixam-se directamente ao esterno através das suas próprias cartilagens costais.
- Costelas falsas (vertebrocondrais) – 8ª, 9ª e geralmente a 10ª costela, as suas cartilagens são unidas à cartilagem da costela acima delas e a sua conexão com o esterno é indirecta.
- Costelas flutuantes (vertebrais, livres) – 11ª, 12ª e algumas vezes a 10ª costela, as cartilagens rudimentares 
erminam na musculatura abdominal superior, não se conectam com o esterno.
Costelas típicas – da 3ª à 9ª possuem características comuns, cada costela possui uma cabeça, colo, tubérculo e corpo.
Costela atípica – 1ª, 2ª, 11ª e a 12ª são diferentes das costelas típicas, a 1ª costela é achatada e o tubérculo funde-se ao ângulo; o corpo da 2ª costela possui uma tuberosidade para fixação do músculo serrátil anterior; a 11ª e a 12ª costelas não possuem colo e tubérculo e a 12ª costela é mais curta que a maioria.
Esterno 
- É plano e alongado e forma a região intermediária da parte anterior da caixa torácica. O esterno possui três partes: manúbrio, corpo e o processo xifóide.
Manúbrio – é a mais larga e espessa das três partes do esterno. Nas regiões superior e externa, o manúbrio articula-se com a clavícula, através das articulações esternoclaviculares. Entre os dois pontos da articulação está a incisura jugular. A cartilagem costal da 1ª costela está firmemente fixada à borda lateral do manúbrio.
Corpo – é mais longo, mais estreito e mais fino que o manúbrio, está localizado a nível das vértebras T5-T9. O corpo exibe incisuras em ambos os lados para conexão com as costelas (da 2ª à 7ª).
Processo Xifóide – é a menor e mais variável parte do esterno, é fino e alongado. Está localizado a nível da vértebra T10. Não existem costelas ligadas ao processo xifóide. A sua junção com o corpo do esterno indica o limite inferior da parte central da cavidade torácica. 
Membro superior
- É caracterizado pela sua mobilidade e capacidade de golpear, segurar e realizar actividades motoras simples (manipulação).
O membro superior divide-se em 4 segmentos:
- Ombro, Braço, Antebraço e Mão. 
Clavícula
- A clavícula une o membro superior ao tronco.
- Embora tenha aspecto de um osso longo, a clavícula não possui cavidade medular. É formada por osso esponjoso com revestimento de osso compacto.
- O corpo da clavícula tem a forma de um S articulando-se com o manúbrio, na sua extremidade esternal e com o acrómio na sua extremidade acromial.
Funções da clavícula
- Serve como um suporte, na qual está suspensa a escápula e o membro superior, mantendo-os afastados do tronco, de forma que o membro tenha máxima liberdade de movimento.
- Transmite choques (impactos traumáticos) do membro superior para o esqueleto axial.
Escápula 
- A escápula é um osso plano, triangular, localizado sobre a face posterior e lateral do tórax, cobrindo a área da 2ª à 7ª costelas.
- A face posterior, convexa, da escápula é dividida pela espinha da escápula, numa pequena fossa supra-espinal e uma fossa infra-espinal maior.
- A face costal é côncava e forma a fossa sub-escapular.
- A espinha é formada pelo acrômio que se articula com a extremidade acromial da clavícula.
- A face lateral da escápula possui a cavidade glenóide, que se articula com a cabeça do úmero.
Funções da escápula
- Forma a base móvel a partir da qual age o membro superior.
- Oferece grandes áreas de superfície e margens para fixação dos músculos.
- Esses músculos movem a escápula, mantêm a integridade e produzem movimento na articulação do ombro.
Úmero 
- É o maior osso do membro superior, articula-se com a escápula na articulação do ombro e com o rádio e o cúbito na articulação do cotovelo.
- A cabeça do úmero esférica articula-se com a cavidade glenóide da escápula.
- A porção superior do úmero possui duas proeminências, os tubérculos, um maior e um menor.
- O colo cirúrgico, assim chamado, porque é o local onde a maioria das fracturas ocorre em pessoas idosas, localiza-se abaixo dos tubérculos.
- A extremidade distal do osso torna-se achatada e termina nos epicôndilos medial e lateral.
- A superfície articular da extremidade distal do úmero é formada pelo capítulo, uma saliência arredondada e lisa que se articula com o rádio e a tróclea.
- A superfície anterior da extremidade distal é a fossa coronóide e a superfície posterior é a fossa olecraniana.
Funções do Úmero
- A sua cabeça esférica permite uma grande amplitude de movimento sobre a base escapular, e a tróclea e o capítulo na sua extremidade distal facilitam os movimentos do tipo dobradiça do cotovelo e, ao mesmo tempo, rotação do rádio.
- O corpo do úmero forma uma alavancaeficaz para aumentar a força no levantamento.
Cúbito 
- É o osso que estabiliza o antebraço, é o mais medial e o mais longo do antebraço.
- Articula-se com o úmero através da superfície anterior do olecrânio – incisura troclear.
- Projectando-se abaixo do olecrânio, está o processo coronóide, que forma a porção inferior da incisura troclear.
- A extremidade do cúbito é conhecida como cabeça e articula-se com a incisura do rádio e com um disco fibrcartilaginoso. 
Rádio
- Localizado lateralmente, é o mais curto dos dois ossos do antebraço.
- Articula-se com o cúbito por uma membrana interóssea que cruza a área entre o eixo dos dois ossos. 
- A cabeça radial articula-se com o capítulo do úmero.
- A cabeça do cúbito encaixa-se na incisura ulnar, na extremidade distal do rádio.
- O processo estilóide do rádio articula-se com os ossos do punho.
Funções do Cúbito e do rádio
- Juntos formam um suporte articulado que serve para posicionar a mão.
- Como o antebraço é formado pelo rádio e o cúbito, é possível o rádio girar em torno do cúbito e realizar movimentos de pronação e supinação.
Ossos da Mão
- O carpo é formado por oito ossos carpais dispostos em duas fileiras, proximal e distal, de quatro ossos.
- O carpo é acentuado convexo posteriormente e côncavo anteriormente.
Da região lateral para medial, os quatro ossos na fileira proximal são:
- Escafóide – tem a forma de barco e articula-se com o rádio na parte proximal e possui um proeminente tubérculo do escafóide, é o maior osso na fileira proximal dos carpais.
- Semilunar – tem a forma de meia-lua, localiza-se entre o escafóide e o piramidal, articula-se com o rádio na região proximal e é mais largo na parte anterior do que na posterior.
- Piramidal – localiza-se na face medial do carpo, articula-se na região proximal com o disco articular da articulação radiulnar distal.
- Pisiforme – um pequeno osso em forma de ervilha, situado na face palmar do piramidal.
Da região lateral para medial, os quatro ossos na fileira distal de carpais são:
- Trapézio – um osso com quatro faces situado na região lateral do carpo, articula-se com o 1º e o 2º metacarpais, escafóide e trapezóide.
- Trapezóide – um osso cuneiforme, semelhante ao trapézio; articula-se com o 2º metacarpal, trapésio, capitato e escafóide.
- Capitato – tem a forma de cabeça, com uma extremidade arredondada; é o maior osso do carpo e articula-se principalmente com o 3º metacarpal distalmente, e com o trapezóide, escafóide, semilunar e hamato.
- Hamato ou Uncinado – um osso cuneiforme na região medial da mão; articula-se com o 4º e 5º metacarpais, capitato e piramidal.
- O metacarpo forma o esqueleto da palma da mão entre o carpo e as falanges.
- É formado por cinco ossos metacarpais.
- Cada metacarpal possui base, corpo e cabeça.
- As bases dos metacarpais proximais, articulam-se com os ossos carpais, e as cabeças dos metacarpais, distais, articulam-se com as falanges proximais e formam as articulações metacarpofalângicas.
- O 1º metacarpal (polegar) é o mais largo e mais curto desses ossos.
- Cada dedo possui 3 falanges, excepto o polegar que tem apenas 2, no entanto, as falanges do polegar são mais fortes do que as dos outros dedos.
	 
		
	
		Assunto: Re: Sistema Esquelético   Qui Dez 13, 2007 4:57 am
	
	
	Funções da Mão
- Os dedos alongados, altamente flexíveis, permitem apreender, manipular ou realizar tarefas complexas, envolvendo múltiplos movimentos individuais e simultâneos.
Membros Inferiores
Os membros inferiores são extensões do tronco especializadas para sustentar o peso do corpo, e permitir a locomoção, a capacidade de se deslocar de um lado para o outro e manter o equilíbrio. 
O membro inferior é dividido em 6 partes principais:
1 – Região Glútea (nádegas e região do quadril);
2 – Coxa ou Região femoral;
3 – Joelho;
4 – Perna;
5 – Tornozelo;
6 – Pé.
Osso do quadril
- O osso do quadril maduro (a partir dos 20-25 anos), é o grande osso pélvico plano, formado pela fusão de três ossos primários:
1 – Ílio;
2 – Ísquio;
3 – Púbis.
Ílio 
- Representa a maior parte do osso do quadril e possui partes posteriores e laterais, as asas, para a fixação de músculos.
- O corpo do ílio une-se ao púbis e ao ísquio para formar o acetábulo.
- É constituído pela crista íliaca que se projecta, anteriormente, formando as espinhas ilíacas ântero-superiores e ântero-inferiores.
- A sua crista ilíaca estende-se posteriormente terminando nas espinhas ilíacas póstero-superiores e póstero-inferiores.
Ísquio 
- O isquío forma a parte posterior e inferior do osso do quadril. A parte superior do corpo do ísquio funde-se com o púbis e com o ílio e forma a parte posterior e inferior do acetábulo.
- O ramo do ísquio une-se ao ramo inferior do púbis para formar o ramo ísquio-púbico.
- É também constituído pela espinha isquiática que separa a incisura isquiática maior, da incisura isquiática menor.
- A projecção óssea rugosa da extremidade inferior do corpo do ísquio é o grande túber isquiático, onde o peso do corpo fica apoiado, na posição sentada.
Púbis
- Forma a parte medial e anterior do osso do quadril, contribuindo para a formação da parte anterior do acetábulo.
- O púbis é constituído por um corpo achatado e dois ramos, um superior e outro inferior.
- Os ramos são suportes esqueléticos fortes que mantém o arco formado pelo sacro e pelos dois ílios, através do qual o peso axial é dividido e transferido lateralmente para os membros inferiores quando a pessoa está de pé e para os túberes isquiáticos, quando está sentada.
- Medialmente, a face sinfisal do corpo do púbis, articula-se com a fase correspondente do corpo do púbis contralateral, constituindo a sínfise púbica.
- A margem antero-superior dos corpos unidos e da sínfise forma a crista púbica.
Forame Obturador
- É uma grande abertura oval e irregular do osso do quadril.
- É limitado pelo púbis e ísquio e pelos seus ramos.
- O forame obturador é fechado pela membrana obturadora fina e forte.
- A presença do forame minimiza o peso.
Acetábulo 
- É a grande cavidade da face lateral do osso do quadril, onde se articula com a cabeça do fémur para formar a articulação do quadril.
- O ílio, o isquío e o púbis contribuem para a formação do acetábulo.
Fémur
- É o osso mais longo e mais pesado do corpo.
- O fémur não está numa linha vertical com o eixo do corpo quando erecto. 
- A região proximal do fémur é em forma de L, formando um ângulo com o corpo de orientação oblíqua.
- No local onde o colo se une com o corpo do fémur há duas grandes elevações arredondadas denominadas trocanteres – o trocanter menor e o trocanter maior.
- O local de união entre o colo e o corpo é indicado pela linha intertrocantérica.
- Inferiormente é formado por dois côndilos, um medial e outro lateral que formam quase toda a extremidade inferior do fémur.
- Os côndilos femorais articulam-se com os meniscos e com os côndilos tibiais para formar articulação do joelho.
- Os côndilos são separados posterior e inferiormente por uma fossa intercondilar, mas fundem-se anteriormente, formando uma depressão longitudinal rasa, a face patelar, que se articula com a patela.
- A superfície lateral do côndilo lateral possui uma projecção central denominada epicôndilo lateral.
- A superfície medial do côndilo medial tem um epicôndilo medial maior e mais proeminente, superiormente ao qual se forma o tubérculo do adutor.
- Os epicôndilos permitem fixação proximal dos ligamentos colaterais da articulação do joelho.
Funções do Fémur
- O fémur permite acomodar a nossa postura erecta e permitir a marcha e a corrida bípedes.
Tíbia
- Localiza-se na face anterior e medial da perna, quase paralela ao perónio.
- É o segundo maior osso do corpo.
- A extremidade superior forma os côndilos medial e lateral que se articulam com os côndilos do fémur.
- As superfícies articulares são separadas pela eminência intercondilar formada por dois tubérculos intercondilares.
- Os tubérculos encaixam-se na fossa intercondilar entre os côndilos do fémur.
- A extremidade distal da tíbia é menor e prolonga-se com o maléolomedial.
- A face articular inferior da tíbia e a face articular do maléolo medial articulam-se com o tálus.
- A membrana interóssea permite a fixação dos dois ossos da perna.
- Inferiormente, a incisura fibular, permite a fixação à extremidade distal do perónio.
Perónio
- O perónio localiza-se póstero-lateralmente à tíbia e está firmemente fixada a ela pela membrana interóssea.
- A extremidade superior do perónio é formada por uma cabeça que se articula com o côndilo lateral da tíbia na sua face póstero-lateral.
- A extremidade inferior termina no maléolo lateral, no qual se fixam os ligamentos externos.
- O perónio articula-se distalmente com a tíbia e com o tálus.
Funções da Tíbia e do Perónio
- A tíbia sustenta o peso de tudo acima dela. O perónio não sustenta peso, auxilia a tíbia e serve principalmente para fixação muscular.
- Através da evolução e do desenvolvimento, os dois ossos sofrem pronação permanente para acomodar o bipedalismo.
Ossos do Pé
- O pé é formado pelo tarso, o metatarso e as falanges.
- É constituído por 7 ossos tarsais, 5 ossos metatarsais e 14 falanges.
Ossos Tarsais
- O tarso é composto por sete ossos:
- Tálus, calcâneo, cubóide, navicular e três cuneiformes.
Tálus 
- É o único osso tarsal que não possui fixações musculares ou tendíneas.
- É formado pela cabeça, colo, tróclea e por dois processos, um lateral e outro posterior.
- A face superior do tálus está segura pelos dois maléolos e recebe peso do corpo através da tíbia.
- Esse peso é dividido entre o calcâneo, sobre o qual está apoiado o corpo do tálus, e a parte anterior do pé que recebe a cabeça do tálus.
- O corpo do tálus sustenta a tróclea superiormente e estreita-se formando um processo posterior, ladeado por um tubérculo lateral e um tubérculo medial.
Calcâneo
- É o maior e mais forte osso do pé.
- Na posição de pé, transmite a maior parte do peso do corpo do tálus para o solo.
- Dois terços anteriores da superfície superior do calcâneo articulam-se com o tálus e a face anterior articula-se com o cubóide.
- A parte posterior do calcâneo tem uma proeminência grande de sustentação de peso, a tuberosidae do calcâneo, que possui processos medial e lateral. Apenas o processo medial toca o solo na posição de pé.
Navicular 
- É um osso achatado em forma de barco, localizado entre a cabeça do tálus posteriormente e os três cuneiformes anteriormente.
- A face medial do navicular forma a tuberosidade do navicular.
Cubóide
- Tem forma cúbica e é o osso mais lateral da fileira distal do tarso.
Três Cuneiformes
- Têm a forma de cunha e são: o medial (1º), o intermédio (2º) e o lateral (3º).
- O cuneiforme medial é o maior osso e, o cuneiforme intermédio é o menor.
- Cada cuneiforme articula-se com o navicular posteriormente e com a base do seu metatarsal apropriado anteriormente.
- O Cuneiforme lateral articula-se também com o cubóide.
Metatarso
- O metatarso é composto por 5 ossos metatarsais.
- Cada metatarsal tem uma base proximal, um corpo e uma cabeça distal.
- O 1º metatarsall é mais curto e mais forte que os outros.
- O 2º metatarsal é o mais longo.
- As bases dos metatarsais articulam-se com os cuneiformes e o cubóide, e as cabeças articulam-se com as falanges proximais.
Falanges
- São 14 falanges;
- Hálux (1º dedo) – tem duas falanges (proximal e distal);
- Os outros 4 dedos possuem 3 falanges cada: proximal, média e distal.
- Cada falange tem uma base (proximal) um corpo, e uma cabeça (distal).
- As falanges do 1º dedo são curtas, largas e fortes.
- As falanges do 5º dedo podem estar fundidas em pessoas idosas.
Funções dos ossos do pé
- Os ossos do pé formam uma unidade funcional que permite a distribuição do peso para uma larga plataforma a fim de manter o equilíbrio na posição de pé, a conformação e o ajuste às variações do terreno, absorvendo o choque.
- Os ossos do pé, também, transferem o peso do calcanhar para a parte anterior do pé, conforme é necessário na marcha e corrida.

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