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LESÕES DO NERVO FRÊNICO DISCENTES Fernanda Araújo Gerland Andrade Helen Pastrana Joyce Nogueira Nayane Moreira Ponyck Oliveira Roseane Nascimento CENTRO RESPIRATÓRIO Existem três elementos básicos do sistema de controle respiratório: Sensores aferentes, que levam informação ao controle central no encéfalo; Controle central bulbo-pontino que coordena a informação e reage com impulsos eferentes; Nervos efetores que atuam na musculatura inspiratória e expiratória, produzindo a ventilação. Dessa forma os impulsos elétricos partem do tronco encefálico e iniciam o processo automático normal da ventilação. A natureza periódica e rítmica da ventilação é pré-definida por neurônios que se encontram na ponte e no bulbo. Estes, formam o centro respiratório. Existem três grupos principais de neurônios compondo o centro respiratório: Centro Respiratório Medular; Centro Apnêustico; Centro Pneumotáxico REGULAÇÃO NEUROQUÍMICA DA RESPIRAÇÃO Sensores: Quimiorreceptores centrais e periféricos Quimiorreceptores centrais: localizam-se na zona quimiossensível do bulbo no centro respiratório, ativado pelo CO2 e íons de hidrogênio.; Quimiorreceptores periféricos: ativados pelo O2 ( corpos carotídeos e aórticos) DIAFRAGMA O diafragma se dispõe transversalmente entre o tórax e o abdome sob a forma de duas cúpulas; Suas fibras musculares inserem-se no apêndice xifóide nos seus últimos arcos costais e primeiras vértebras lombares; Sua vascularização se faz pelos ramos arteriais provenientes das aortas torácica e abdominal, e sua inervação é feita pelo nervo frênico originário das raízes cervicais C3, C4 e C5 (TARANTINO, 2008). infoescola.com/anatomia-humana/diafragma INERVAÇÃO DO DIAFRAGMA É assegurada essencialmente pelos nervos frênicos (C3, C4 e C5); O frênico direito chega ao diafragma pelo orifício da veia cava ou um pouco mais externamente. Divide-se em três ou quatro ramos que se irradiam para a porção carnosa; O frênico esquerdo chega diretamente à porção carnosa à frente do folículo esquerdo. Fig.2 Grey’s Anatomia para estudantes 1º Edição.Pag137 NERVO FRÊNICO Os nervos frênicos originam-se na medula espinhal, ao nível da quarta vértebra cervical, percorrendo o pescoço e o tórax até sua inserção no diafragma; Formado principalmente por fibras de C4; raiz principal e C3 e C5, raízes acessórias; Este nervo encontra-se coberto pelo músculo esternocleidomastoideo e cruzado pelo ventre inferior do músculo omo-hióideo e vasos supraescapulares e cervicais transversos, transpassa obliquamente a superfície anterior do músculo escaleno anterior; látero-medialmente, descendo em direção ao mediastino; Após acompanhar os vasos subclávios, segue posterior a cúpula do pulmão, para inervar o diafragma. (CANGIANI; REZENDE; GIANCOLI, 2008). O nervo frênico direito atinge o centro tendíneo (centro frênico) do diafragma, ântero-lateralmente ao forame da veia cava; O nervo frênico esquerdo o atinge próximo a sua margem ântero-lateral esquerda; Os nervos frênicos são os motores do diafragma. Possuem inervação sensitiva proprioceptiva; LESÃO DO PLEXO BRAQUIAL A lesão do nervo frênico pode ocorrer a nível medular, como resultado de fraturas ou luxações da coluna cervical e transfixações por projéteis de arma de fogo; A nível do plexo braquial, nos casos de desinserções por tracionamento do plexo, a nível do nervo propriamente dito, em casos de lesões por arma branca, projéteis de arma de fogo, ressecção cirúrgica acidental ou eletiva; Bem como a nível de suas ramificações diafragmáticas, resultantes de ferimentos e rupturas frênicas. PARESIA DO NERVO FRÊNICO A paresia do nervo frênico é uma complicação clássica no pós-operatório de cirurgia cardíaca, devido a sua intima relação com os vasos mediastinais e com o pericárdio; Pode-se destacar o traumatismo do nervo frênico durante o afastamento do esterno, punção da veia jugular interna, lesão dos ramos da artéria mamária interna, a qual durante sua dissecção acarreta redução do suprimento sanguíneo para o nervo frênico. PARALISIA DO NERVO FRÊNICO A paralisia de uma hemicúpula frênica, pelo comprometimento de sua inervação, pode ser parcial ou total, resultando na elevação e alteração de sua mobilidade; As causas mais frequentes por lesão do nervo frênico consistem na lesão ou ressecção cirúrgica, invasão tumoral por neoplasias pulmonares, compressão ou invasão por neoplasias mediastínicas; Traumatismo da região cervical, comprometimento das raízes cervical, doenças neurológicas e doenças neuromusculares. Paralisia dos nervos frênicos esquerdos (lado direito da imagem) em fluoroscopia: inspiração forçada com a boca fechada leva a elevação do diafragma esquerdo paralítico, enquanto o lado direito saudável se move para baixo. CONCLUSÃO: CONSIDERAÇÕES FINAIS: A lesão do nervo frênico é uma complicação frequente em pacientes que são submetidos a cirurgias de tórax e de abdome superior, resultando em complicações respiratórias severas tais como hipoxemia, redução de trocas gasosas, redução da atividade diafragmática; A fisioterapia respiratória é de fundamental importância diante dessa condição uma vez que, por meio da implantação de um programa de tratamento, pode-se prevenir o surgimento de complicações, assim como facilitar o processo de recuperação do paciente. REFERÊNCIAS: CANGIANI, L. H.; REZENDE, L. A. E.; GIANCOLI NETO, A. Bloqueio do Nervo Frênico Após Realização de Bloqueio do Plexo Braquial Pela Via Interescalênica: relato de caso. Revista Brasileira de Anestesiologia; PESSINA, D. C. et al. A. Plicatura Diafragmática Após Lesão do Nervo Frênico em Operação de Glenn: relato de caso. Fisioterapia em Movimento; SILVA, A.F; SILVA, SILVA, P.M.S; Fisioterapia no comprometimento da função respiratória em decorrência da lesão do nervo frênico: Revisão Bibliográfica; BURSATO,M. Paralisia Diafragmática por lesão do nervo frênico no pós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica: Monografia; GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 10ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. WEST, JB - Fisiologia Respiratória Moderna; GUYTON, AC - Tratado de Fisiologia
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