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trabalho 2- GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

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GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
Zaquiel Pinheiro de Pinheiro 
Erika dos Santos Mougo
Centro Universitário Leonardo Da Vinci – UNIASSELVI – POLO BREVES
Licenciatura em Sociologia/ 
Disciplina: 
Data: 19/02 a 07/07
RESUMO
O presente trabalho apresentado procura destacar em linhas gerais os pontos pertinentes sobre a problemática e as consequências que uma gravidez na adolescência não desejada provoca na vida de jovens. Pois, ainda não possuem experiência de como cuidar de uma criança. Nesse contexto é preciso conhecer e compreender o processo dos adolescentes, o desenvolvimento da sexualidade na adolescência, bem com os conflitos e realidade vivenciados pelos mesmos, postulando uma real preocupação com os altos índices de adolescentes gravidas, para tanto é preciso ressaltar que, precisamos de política de prevenção que orientem as adolescentes sobre essa problemática que vem aumentando cada vez mais em nossa sociedade. 
Palavras-chave: Gravidez, adolescência, consequências, sexualidade, prevenções.
INTRODUÇÃO 
Atualmente a gravidez na adolescência é um problema que que está sendo debatido com grande relevância na saúde publica, pois a cada dia se torna mais frequente ver adolescência menores de idade gravidas. Isso ocorre não só em nosso país, mas em todo o mundo. Várias pesquisas estão sendo realizadas com relação a gravidez na adolescência em diferentes regiões do território brasileiro, pois esse fenômeno vem a cada dia se tornando um caso alarmante na sociedade
 Acredito que é necessário, refletir sobre a orientação familiar e escolar junto essas adolescentes que engravidam precocemente. Uma gravidez na adolescências, além de provocar riscos a saúde da mãe, também ocasiona risco a saúde da criança. Atualmente é comum nos depararmos com casos de garotas que iniciam sua vida sexual muito cedo, onde muitas acabam engravidando, pondo a perder um importante período de sua juventude, sendo obrigadas a terem responsabilidades com uma criança.
Muitos são os fatores que influenciam uma gravidez na adolescência, entre eles pode-se destacar os fatores culturais, sociais, psicológicos e históricos, pois a puberdade é vivenciada de maneira semelhante por todos os adolescentes. Dentre os fatores que influenciam a gravidez na adolescência podemos destacar os fatores culturais e sociais, como relevantes.
A gravidez é um processo o qual a mulher passa em determinado período de sua vida, no entanto, se isso ocorre em um período retardatário, na mulher pode entrar em conflito, que o que acontece com a gravidez na adolescência. Como bem colocado em JORGE(2008) ao dizer:
A gravidez é um período de grandes transformações para a mulher. Seu corpo se modifica e seus níveis de hormônios se alteram para a manutenção do feto. Com tantas novidades, essa fase pode acabar gerado dúvidas e sentimentos de tranquilidade, insegurança e ansiedade de futura mamãe. Alguns dos principais temores são alteração na autoimagem corporal e não ter uma criança saudável. Outros temores são relacionamentos ao afeto e à função de gerar, nutrir e parir. Tais temores podem desencadear fases de irritabilidade e de instabilidade de humor na gravidez (JORGE et al., 2008, p. 313).
 De acordo com o Ministério da Saúde (2010), no Brasil a análise sobre partos atendidos no Sistema Único de Saúde (SUS), em 2007, aponta que o total de partos de mulheres adolescentes e jovens de 10 a 24 anos, a prevalência foi de 56;19%, em jovens de 20 a 24 anos, e nas 14 foi de 2,23%. Isso nos mostra que a gravidez precoce na adolescência é um problema social, portanto, a importância em termos que fazer uma reflexão e buscar mecanismos que nos ajudem a identificar esse problema, e então montar estratégias que visem contribuir e orientar as adolescentes a evitar uma gravidez precoce.
PROBLEMAS NA GRAVIDEZ NA ADOLESCENTE
Acreditamos que o problema relacionado a gravidez na adolescência, está associado exclusivamente no fato de que muitos mães e pais nesse período da vida, não apresentam maturidade, e uma renda suficiente para criar uma nova vida. Para tanto, os problemas vão muito além dos fatores psicológicos, econômicos e sociais de cada um.
Uma adolescente gravida precocemente apresenta sérios problemas durante a gestação, correndo até risco de morte. Entre os fatores biológicos em destaque, citamos o risco do bebê nascer prematuro e com baixo peso, morte pré-natal, anemia, aborto natural, depressão pós parto, ruptura do colo de útero entre outros riscos que uma adolescente grávida corre durante sua gestação.
Dados do Ministério da Saúde mostram que um total de 274 mortes relacionadas com gravidez em adolescentes em 2004. Essas mortes, além das causas obstétricas, podem estar relacionadas na tentativa de abortos, que é uma prática muito comum entre as adolescentes grávidas. Além da morte das mães, observa-se que a morte infantil é maior em crianças nascidas de adolescentes com menos de 15 anos, quando comparamos em mulheres com idade entre 25 e 29 anos.
É importante frisar, que apesar dos grandes riscos decorrentes da gestação em mulheres muito jovens, é fundamental informar que a grande maiorias desses problemas podem ser evitados com um pré-natal eficiente. Contudo, nem sempre isso acontece, devido muitas das vezes querendo esconder a gravidez, simplesmente as jovens acabam não realizando o pré-natal adequado retardando ainda mais a procura por uma assistências médica especializada, de modo que acabam provocando a interrupção da gravidez, colocando sua própria vida em risco.
SEXUALIDADE E OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Os meios de comunicação estão cada dia mais associados as informações que são repassadas pela mídia no decorrer do dia a dia de cada adolescente. Atualmente em um contexto onde os adolescentes estão cada vez mais envolvidos, do que é a prática sexual na sociedade moderna, muitos pensam que os adolescentes desconhecem o assunto “sexo”, no entanto, todo esse apelo midiático feito sobre a prevenção de uma gravidez na adolescência indesejada acabam não sustido efeito. 
Pois, os adolescentes dos dias atuais possuem conhecimento o suficiente para entender sobre os métodos contraceptivos, uma vez que as informações são repassadas nas escolas, televisão e até mesmo pela internet. Nesse sentido, podemos dizer que a maioria dos adolescentes não sabem se prevenir contra doenças sexualmente transmissíveis ou uma gravidez indesejada, sendo que o mesmo, não compreende o funcionamento de cada método e utiliza de maneira errada e simplesmente acabam abandonando seu uso por questões pessoais.
É importante colocarmos que a puberdade e o momento de descoberta do corpo e se ocorrido prematuramente pode ser um fator importante para a ocorrência da gravidez da adolescência.
De acordo com FIGUEIREDO (2002) coloca que ´´ a inserção na puberdade mais cedo, geralmente ocasiona um amadurecimento biológico que não necessariamente vai coincidir com o amadurecimento cognitivo e emocional, apresentando, portanto, como um fator de risco para o início da atividade sexual prematura e suas negativas consequências. As adolescentes do sexo feminino que entram na puberdade mais cedo do que a média, apresentam tendência maior a ter experiências sexuais precoces``. 
É importante destacar que, apesar de ocorrer diferentes grupos de informações sobre a gravidez na adolescência, a mesma está associada diretamente com a baixa renda, baixa escolaridade e pouca perspectiva de futuro, diversos estudos comprovam essa relação, inclusive dados governamentais. De acordo com COSTA et al. (2001) coloca que:
A escassez de conhecimento referente à forma de funcionamento do aparelho genital e reprodutor e aos preconceitos quanto aos métodos anticoncepcionais entre os jovens pode colaborar para a aquisição de DST, como também para o aumento de gravidez, acarretando muitas complicações, que recairão não somente sobre os adolescentes, mas especialmente sobre a mulher, bem como sobre a criança, a família e a sociedade (COSTA et. Al. 2001. p.24)
A constatação da grande incidência de gravidez levada a termoem adolescentes de classes populares e a insuficiência dos referenciais teóricos explicativos indicou a necessidade de se investigar o significado da gravidez através do discurso dessas adolescentes sobre o seu estado e da influência dos fatores culturais e psicológicos. 
A partir dessa análise, pode-se dizer que as causas da gravidez na adolescência não se referem exclusivamente à desinformação sexual, mas ao desejo universal de ter um filho na adolescência, seja para a adolescente testar a sua feminilidade através da constatação da sua capacidade reprodutiva, seja pelo próprio desejo de ter um filho. Dessa forma, a gravidez na adolescência pode surgir tanto decorrente do imperativo biológico, isto é, do impulso na direção de sua capacidade reprodutiva (espécie) como do seu próprio desejo de ter um filho (indivíduo).
Conclusões
“Crescei-vos e multiplicai-vos…” 
Gênesis, 1,22. 
Ao analisar o contexto social dessas jovens, observa-se que a função social feminina está relacionada à maternidade, ou seja, ser mulher para essas adolescentes equivale a ser mãe. O desejo de ter um filho é um rito de passagem, uma mudança substancial no status: de menina para mulher. Evidenciou-se que a vivência de situações de carência afetiva e relacional com a família pode também provocar o desejo na adolescente de ter um filho, em que este aparece como o objeto privilegiado capaz de reparar essa carência.
Por isso, a questão que se evidencia não é a falta de informação, mas a falta de formação. Fornecer o conhecimento sobre as questões referentes à fisiologia sexual e às práticas contraceptivas é uma política insuficiente e pouco eficaz para evitar as graves consequências que daí advém. O canal que leva essa informação deve se abrir e se permeabilizar à complexidade do universo psicossocial dessas adolescentes, particularizando a significação da gravidez nesse segmento social.
É importante salientar que os enfoques tradicionais até aqui utilizados tratam essa questão a partir da idéia de que a gravidez na adolescência é indesejada, ou seja, através da ótica dos profissionais de saúde. Não se valoriza o discurso da adolescente sobre a sua gravidez, o que explicaria o fracasso de vários projetos de educação sexual, visto que os desejos e fantasias dessas adolescentes quanto à sua gravidez não são priorizados.
Portanto, é oportuno ressaltar que as propostas de intervenção, tanto na área médica, como na psicológica ou socioeducativa com essas adolescentes devem igualmente priorizar o significado dessa gravidez e suas implicações subjetivas e culturais, para que sejam obtidos resultados mais eficazes, o que proporcionaria um aumento do número de gravidezes planejadas e uma diminuição do número de gravidezes “acidentais”.
Uma análise mais aprofundada dessa questão mostra que a jovem que será filha e mãe ao mesmo tempo terá características diferenciadas e dificuldades próprias na elaboração das diversas etapas evolutivas de sua sexualidade, ficando, assim, prejudicada a vivência da maternidade. O filho aparece, em muitos casos, como um presente da adolescente para a sua própria mãe. 
No entanto, apesar das dificuldades encontradas, essa situação não altera de forma drástica o desenvolvimento da sexualidade dessas jovens, como muitos especialistas fazem crer. Devemos, portanto, ser cuidadosos para não traçar um quadro mais trágico e pessimista do que ele é na realidade.
A ausência, nas adolescentes que optam pela gravidez, de uma visão mais abrangente sobre o seu estado gera consequências que repercutem em dois níveis: no individual, que se refere aos aspectos psicológicos expressos em cada uma dessas adolescentes, e no social, isto é, nos aspectos socioeconômicos, na medida em que a gravidez em adolescentes, sobretudo em jovens provenientes de classes populares, multiplica as condições de reprodução da pobreza econômica e social.
Essas conclusões apontam para a importância dos aspectos psicossociais presentes nessa questão. Logo, se quisermos pensar em propostas preventivas, é de fundamental importância a presença do psicólogo, no dia-a-dia das adolescentes e de suas famílias: nas escolas, nos hospitais e nas associações comunitárias. Dessa forma, ele poderá acompanhar o desenvolvimento das jovens, ajudando-as e às suas famílias a elaborar os conflitos que daí possam surgir.
 As instâncias governamentais deveriam, assim, ampliar o número de cargos oferecidos a esses profissionais nessas instituições.Acreditamos portanto, que o psicólogo pode contribuir de forma significativa para o estudo, a prevenção e a formulação de novas propostas de trabalho sobre temas de grande importância na realidade social brasileira, como o é a questão da gravidez na adolescência. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
____COSTA, M.C.O. et al. Sexualidade da adolescência: desenvolvimento, vivência e propostas de intervenção. J Pediatr (Rio J),v,77,Supl,2:S224,2001
____FIGUEIREDO, A.C. Condições de vida e saúde reprodutiva de adolescentes na comunidade da Roda de fogo. Revista Brasileira Materno Infantil, Recife, v.2,n.3,p.291-302,set./dez.2002.
____ JORGE, M,S,B at al. Conflitos vivenciados pelas adolescentes com descoberta da gravidez. Revista da Escola de Enfermagem da USPv.42, São Paulo.jun:2008.<htt://www.scielo.br/scielo.php?script=_artext&pid=S00806234200800200015> Acesso em: 22 jun.2019.

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