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Unidade II - ERP - Planejamento de Recursos

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Tecnologia da Informação e 
Comunicação Aplicada 
a Negócios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Material teórico 
 
Responsável pelo Conteúdo: 
Prof. Ms. Vagner Silva 
Profa. Ms. Lidiane Campos Brito 
 
Revisão Textual: 
Profª. Esp. Vera Lídia de Sa Cicaroli 
 
ERP - Planejamento de Recursos Empresariais 
 
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 Agora que já estamos na Unidade II e já conhecemos os conceitos de Tecnologia da 
Informação e Sistema de Informação, é hora de falarmos de Planejamento de Recursos 
Empresarias - ERP. 
Para tanto, você deve ler, cuidadosamente, todo o conteúdo apresentado na unidade, 
marcar as suas dúvidas (caso existam) e entrar em contato com o tutor. 
Lembre-se também de assistir ao vídeo explicativo. Ele é curtinho e importante para a 
compreensão geral do assunto. 
ERP - Planejamento de Recursos Empresariais 
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• Estudo de caso 2 
• Características apresentadas em um ERP 
• Planejamento de recursos de materiais 
• Estudo de caso 1 
Nesta unidade, iremos estudar a importância e a aplicabilidade dos 
sistemas integrados. Esta é uma unidade bastante produtiva e 
relacionada ao mundo corporativo, por isso espero que, após ler o 
conteúdo e assistir ao vídeo relativo a ele, você possa utilizar essas 
informações de forma prática em seu trabalho. 
• Aspecto técnico para a implementação de um ERP 
 
U n i d a d e : E R P - P l a n e j a m e n t o d e R e c u r s o s E m p r e s a r i a i s 
 
 
 
 
 
 
Você já ouviu falar de ERP (Enterprise Resource Planning)? 
ERP é um sistema integrado de gestão empresarial que pode ser desenvolvido para 
modelar, automatizar e facilitar a informatização dos recursos de uma empresa. 
Parece simples? Essa é a intenção. 
Para compreender melhor os objetivos de um ERP, sua aplicabilidade, características e 
funcionalidade, você deve acessar os textos e o vídeo disponível no link Material Didático. 
Lá, você encontrará explicações em uma linguagem simples e objetiva. Além disso, há dois 
pequenos estudos de caso inseridos no conteúdo que o ajudarão a compreender melhor o 
assunto, tornando a sua leitura mais dinâmica. 
Falando em dinamismo, proponho um desafio extra-aula para você. Procure 
conversar com um conhecido ou amigo que utiliza ERP em seu trabalho. Faça perguntas, 
indague sobre os recursos possíveis e compare com o seu conteúdo teórico. 
É um belo desafio e, tenho certeza, uma excelente forma de aprendizagem, afinal, para 
uma boa prática, nada melhor que a teoria! 
 
Mas lembre-se, esta é uma atividade extra-aula, OK? Se quiser compartilhar sua 
experiência, mande uma mensagem no fórum. Será bastante proveitoso! 
Qualquer dúvida, por favor, entre em contato com o seu professor tutor, OK? 
Bons estudos. 
 
 
 
Contextualização 
 
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“A Transportadora Scalet investiu 150 mil reais em um sistema de gestão (ERP) que 
permitiu reduzir em 8% os custos de operação. A empresa, que atua nos segmentos 
de indústria e comércio, possui mais de 30 mil clientes rotativos e 5 mil ativos. 
Segundo Amauri Scalet Filho, gerente de custos da transportadora, o software implementado 
[...] gerou maior organização do planejamento em todas as áreas da companhia. [...] 
A solução faz o gerenciamento das operações relacionadas ao transporte de carga, além de 
controlar o desempenho e a manutenção da frota de veículos. De acordo com Scalet Filho, o 
sistema aumenta a disponibilidade de informações estratégicas, como prazos de entrega, 
cadastro de clientes, contabilidade, tributos, materiais, patrimônio e distribuição. Dessa forma é 
possível mensurar os custos de cada operação.” 
Fonte: http://computerworld.uol.com.br/gestao/2009/07/10/transportadora-investe-r-150-mil-em-sistema-de-gestao/ 
 
 
 
 
“[...] o Fasano vivia às voltas com um volume tão grande de procedimentos manuais 
que, além do desperdício de tempo e de mão-de-obra, não conseguia ter acesso rápido a 
informações importantes para o dia a dia do negócio. Um simples demonstrativo de 
desempenho, por exemplo, podia demorar de dez a 15 dias para chegar às mãos de um 
gerente ou executivo da empresa, uma vez que muitos dados estavam dispersos em várias 
planilhas Excel. 
Como os sistemas não eram integrados, o mesmo trabalho muitas vezes precisava ser 
repetido em áreas distintas da empresa. Era o que acontecia com a digitação dos dados das 
notas fiscais de compra de produtos, como bebidas. Ao receber a mercadoria, o almoxarifado 
passava esses dados para o sistema, antes de dar sequência ao processo, que ia parar em 
contas a pagar. Lá, por causa da falta de integração, as informações eram digitadas 
novamente. ‘Havia uma repetição de trabalho desnecessária’, diz Fabio Rosell, diretor 
financeiro do Fasano [...]” 
“[...] o Fasano decidiu que estava na hora de ter um sistema integrado de gestão 
empresarial (ERP), para substituir os controles baseados em planilhas e os vários sistemas que 
funcionavam de forma isolada [...]” 
 
Fonte: http://info.abril.com.br/infosmb/edicoes/002/arquivos/5681_1.shtml 
 
 
1) Estudo de Caso 1 
 
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2) PLANEJAMENTO DE RECURSOS DE MATERIAIS 
 
 
As reportagens acima nos direcionam a concluir que os controles que as empresas 
fazem de forma isolada não trazem grandes benefícios para a organização. A partir do 
momento em que a popularização dos computadores nas empresas ficou viável, o 
monitoramento de funcionários, da matéria prima, do setor financeiro foi tomando forma 
dentro das organizações. Porém cada departamento ou, em caso de poucos funcionários, 
cada um destes mantinha o controle dos produtos de forma individual. Com o passar do 
tempo, verificou-se que os controles realizados isoladamente não traziam vantagens e que 
havia necessidade de integrá-los a fim de obter os benefícios que a informatização 
proporciona. Abaixo você irá estudar as características e as vantagens que o sistema ERP 
proporciona às empresas. 
ERP (Enterprise Resource Planning) é um sistema integrado de gestão empresarial que 
é desenvolvido para modelar e automatizar a maioria dos processos na empresa (área de 
finanças, comercial, logística, produção, etc.). O objetivo é facilitar a informatização de todos 
os recursos da empresa, obrigando-a a repensar sua estrutura e seus processos, a fim de 
eliminar aplicações incompatíveis e redundantes. 
O software ERP integra e automatiza muitos processos, unificando as informações de 
vários setores da empresa e, dessa forma evita as redundâncias e inconsistências como as 
encontradas em sistemas anteriores além de trazer como benefício a possibilidade de decisões 
rápidas por parte da administração. Assim sendo, a empresa potencializa seus negócios devido 
à qualidade das informações geradas. 
Os sistemas ERP são fornecidos em módulos e podem ser adquiridos de forma 
unificada, portanto a implantação pode ser feita de forma gradativa, porém, a cada módulo 
implantado, promove-se uma integração com os módulos anteriores, a fim de manter a 
consistência e visibilidade para todas as atividades da empresa. 
Há várias empresas desenvolvedoras e fornecedoras de sistemas ERP. Entre os ERP’s 
mais conhecidos no mercado, existem: SAP, Totvs, Oracle, JDEdwards, Bann e outros. 
A utilização de sistemas ERP’s pelas empresas traz muitas vantagens, entre as quais 
podemos citar: 
• facilidade na tomada de decisão; 
• eliminação de redundâncias nas informações, incluindo processos redundantes; 
• agilidade nas respostas da empresa; 
• informações confiáveis; 
• informações otimizadas para tomada de decisões; 
• unificação e padronização das interfaces computadorizadas. 
 
 
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O sistema de ERP é uma evolução dos antigos MRP (Materials Requirements 
Planning), que foram desenvolvidos para facilitar o planejamento demateriais para a 
montagem de um determinado produto. Neste sistema, bastava o responsável digitar a 
quantidade de produtos a serem montados e o sistema informava a quantidade de matéria 
prima necessária para montá-los, além de indicar a quantidade dessa matéria em estoque e 
quanto precisava ser comprado. De posse dessas informações, geravam-se relatórios para as 
áreas responsáveis pela compra, produção e almoxarifado. O MRP evoluiu para o MRP – II, 
que incorporou necessidades dos demais recursos de manufatura usados na produção, como 
mão-de-obra e equipamentos. 
O sistema ERP englobou os conceitos do MRP e trouxe uma visão mais completa do 
empreendimento como um todo, incluindo todos os processos, como demandas de custo, 
logística e recursos financeiros. Nos anos 90, o ERP tornou-se mais atrativo, pois, além dos 
benefícios que o sistema integrado proporciona, as redes de computadores tornaram-se mais 
interessantes devido a equipamentos e tecnologias que foram sendo desenvolvidos por 
empresas do ramo de tecnologia. A união de softwares eficazes com hardwares que ofereciam 
respostas rápidas fez do ERP um forte aliado das empresas. Atualmente, uma empresa que 
deseja implantar ERP deve realizar uma vistoria em sua infraestrutura, aproveitando ao 
máximo os equipamentos que já estão em funcionamento, como: servidores, computadores, 
impressoras e equipamentos de redes como switch, modens, cabeação e roteadores. Além do 
hardware, uma atenção especial deve ser dada para os softwares já existentes; um 
levantamento minucioso deve ser feito nos sistemas utilizados a fim de verificar a possibilidade 
de integração desses sistemas com os sistemas ERP. 
 
O módulo de compras de um ERP pode trazer, através de ícones rápidos, informações 
importantes sobre: 
 
• últimas compras feitas com um determinado fornecedor; 
• o que foi comprado dele; 
• qual a situação financeira com esse fornecedor, ou seja, informa se se deve dinheiro a 
ele, quais duplicatas foram pagas, quais faltam ser pagas. 
• compras feitas anteriormente com o fornecedor; se houve atraso na entrega ou não; 
que produtos esse fornecedor fornece para a empresa. 
• relação produtos/fornecedores, ou seja, quais produtos uma empresa fornece para a 
empresa. 
• índice de atraso do fornecedor. 
 
 
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Com essas informações torna-se possível qualificar os fornecedores. 
 
Figura 1: Relação entre os componentes em um ERP 
 
 
 
3) CARACTERÍSTICAS APRESENTADAS EM UM ERP 
 
 
Independente de qual sistema ERP tenha sido escolhido, é importante que ele 
apresente os seguintes fatores: estabilidade, customização e usabilidade. 
A estabilidade está relacionada ao desempenho, performance do sistema em relação à 
abertura de telas, emissão de relatórios, respostas a consultas a banco de dados, etc. Esses 
requisitos devem ser bem avaliados, inclusive tendo, como exemplos, outras empresas que já 
implantaram um ERP. É certo que, durante a implantação, haverá testes, mas jamais um teste 
irá atingir o estado ideal, que seria ter o sistema já funcionando em sua totalidade com pleno 
processamento de todas as máquinas e a capacidade de disco para armazenamento sendo 
usada constantemente. 
A customização, na pré-implantação, está relacionada ao levantamento de requisitos 
feitos pelos analistas. Embora tenha módulos básicos, o ERP tem que ser desenvolvido de 
acordo com as características da empresa: deve ser adequado ao negócio, deve ser flexível na 
disponibilização de novas funcionalidades. Nesta fase deve ser levantado tudo que o sistema 
não contempla na sua modalidade padrão, mas cuja implementação é fundamental e 
estratégica para o sucesso do negócio. O analista deve levantar informações como: qual será o 
nível de ajuste nos processos? A empresa tem condições de adotar todos os processos do 
ERP? Quais destes deverão ser adequados à empresa? 
 
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Por mais que tenha sido avaliado e testado antes da implementação, na pós-
implantação os usuários sempre identificam novos recursos que o sistema poderia ter, pois, 
nesse período, os usuários começam a trabalhar com o sistema passando de tela em tela, e 
acabam identificando e solicitando algo que, na fase de levantamento e testes, não tinha sido 
previsto. É certo que nesta fase as alterações ou solicitações de novas funcionalidades são e 
devem ser feitas com menos frequência, pois há custos envolvidos para a empresa em razão 
dessas solicitações. Após a implantação, deve haver um contínuo gerenciamento do 
comprometimento dos funcionários com a nova forma de trabalhar com o sistema; sem esse 
comprometimento, o ERP deixará de ser confiável e não irá contribuir para a melhoria do 
desempenho da organização. 
A customização trivial é a fase em que as alterações são menos frequentes, as 
solicitações são raramente feitas e só acontecem quando há mudança nos negócios, nas 
estratégias e no mercado em que a empresa atua. Neste caso o sistema deve adequar a esta 
nova realidade forçando a avaliação de determinados processos. 
A usabilidade refere-se a como o usuário irá usar o sistema na prática, ou seja, o 
sistema deve disponibilizar os recursos de forma agradável e de fácil entendimento, deve ter 
uma estética global muito boa, e, embora os códigos sejam bem complexos, a interface não 
deve seguir esta complexidade, pelo contrário, ela deve ser agradável, de fácil entendimento e 
padronizada em relação a campos, cor de botões, etc. 
 
 
 
4) ESTUDO DE CASO 2 
 
 
 
“[...] Para que a filosofia da nova versão do ERP da GOL fosse respeitada, até 
o presidente da companhia, Constantino de Oliveira Junior, foi envolvido: 
‘Chamei o presidente da empresa para dizer: tem de ir lá e pontuar para as 
pessoas que não é para mexer. Fiz duas reuniões para dizer isso também aos 
gerentes, diretores e vice-presidentes. A ideia era mostrar que estamos 
investindo tantos milhões, tivemos tais e tais problemas no passado e que 
agora vai ser assim. Fui pedir para que me ajudem,’ lembra Ramos.” 
Fonte: http://cio.uol.com.br/gestao/2008/03/31/customizacao-do-erp-e-o-pior-dos-mundos/ 
 
 
Para que o sistema ERP tenha uma boa adesão e envolvimento dos funcionários sem 
criar um clima de concorrência, uma vez que alguns deles participam do projeto e outros não, 
sua implantação deve ser feita de forma planejada e, nesse planejamento, é preciso considerar 
o treinamento e a identificação de funcionários-chaves para que o processo ocorra da melhor 
 
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forma possível. Deve-se trabalhar o medo e o receio dos funcionários que não estejam 
participando da implantação, mantendo-os sempre informados sobre os procedimentos que 
estão sendo realizados, pois grande parte do medo e do receio deve-se à falta de informações. 
É fundamental o comprometimento de todos os envolvidos, principalmente da alta 
administração da empresa. 
 
 
 
5) ASPECTO TÉCNICO PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE UM ERP 
 
 
O melhor momento de implantar um ERP é quando: 
• a empresa está muito bem financeiramente; 
• existe uma equipe bem treinada que vê o projeto com bons olhos; 
• a complexidade dos processos da empresa gera a necessidade de integração e maior 
controle, principalmente no momento em que esteja bem no mercado em que atua. 
• aparecem indícios que mostram problemas no estoque, um descontrole financeiro e até 
indícios de fraude; esse é um momento adequado para a implantação do ERP. 
 
É válido ressaltar que o ERP exige grandes investimentos financeiros, investimento de 
tempo e em recursos humanos. 
O investimento financeiro recai sobre a compra de cessão de direitos, que é a licença 
de uso para as máquinas, as quais irão usar o sistema simultaneamente. Há também a opção 
de locação do sistema, uma prática que também é bem aceita pelas empresas, ou seja, a 
empresa não compra a licença de uso, mas pagapor seu uso como se fosse um aluguel, 
transação análoga à compra ou aluguel de um imóvel. 
Um sistema de ERP leva, em média, dois anos para ser implantado, mas isso não pode 
ser levado muito em consideração, pois o tempo é o cliente que determina de acordo com a 
quantidade de pessoas envolvidas, tamanho da empresa e valor que será investido durante 
um intervalo de tempo. Ou seja, se a empresa tem muito dinheiro, contrata muitos analistas e 
uma gerência de projeto e a implantação acaba sendo bastante rápida, mas, se não tem muito 
dinheiro, contrata menos analistas com menos horas-homem no projeto, aumentando o 
tempo de implantação. Novamente, pode-se fazer uma analogia com a construção de uma 
casa: pode-se construir uma casa em três meses ou em dois anos; isso dependerá do 
investimento feito e, consequentemente, da quantidade de pessoas e materiais envolvidos 
durante um determinado período de tempo. Portanto, a implantação dependerá, 
basicamente, de dinheiro, recurso e equipe envolvida. 
Várias empresas não implementam o ERP logo no início das operações. A 
implementação de um sistema integrado só irá acontecer no momento em que a empresa 
 
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estiver consolidada no ramo de atuação, mas isso não significa que ela não deva usar recursos 
tecnológicos para competir no mercado. Devido a esse fato todas as empresas, ao decidirem 
implantar um ERP, já terão equipamentos e softwares como ativo. Os recursos já existentes 
devem ser considerados na implantação do ERP, portanto uma análise minuciosa dos 
equipamentos e softwares presentes na empresa deve ser feita para evitar gastos 
desnecessários. Abaixo seguem descritos os recursos que devem ser analisados e qual a 
função de cada um deles. 
 
 
5.1 SISTEMA OPERACIONAL 
 
Um sistema operacional é um grupo integrado de programas que permitem a 
interação entre o computador e o usuário. Podemos afirmar que um sistema operacional 
tem três funções principais. Vamos ver quais são elas: 
• Sem dúvida alguma, uma das funções importantes de um sistema operacional 
é ajudar a criar e manipular um sistema de arquivos. Só para relembrar, um 
arquivo é uma coleção de informações armazenadas em um computador. Os 
arquivos podem conter programas, cartas, listas, orçamentos ou qualquer 
outra coisa que você queira reunir e armazenar. Os sistemas operacionais 
trazem, em sua instalação, ferramentas para a criação de novos arquivos e 
edição dos já existentes. Eles também permitem copiar, apagar e renomear 
arquivos. O arquivo é armazenado em um sistema hierárquico de diretórios, 
que chamamos de sistema de arquivos. Na maior parte das vezes, o sistema 
operacional oculta todos os detalhes de como o sistema de arquivo interage 
com o hardware e facilita o manuseio por meio de uma interação visual, 
permitindo que você se concentre nos aspectos mais importantes do 
gerenciamento de seus arquivos. 
 
• Outra função interessante e importante de um sistema operacional é a de 
executar programas. Para esta análise, vamos considerar que os 
computadores consistem, basicamente, de uma CPU (Unidade Central de 
Processamento) e de uma RAM (Random Accesss Memory), memória de 
acesso aleatório (memória temporária, cujo conteúdo se perde quando você 
desliga o computador). Um programa de computador consiste em uma 
sucessão de instruções (comandos) mantidas na memória RAM, geralmente 
posicionadas em uma sequência. A CPU lê e executa cada instrução nessa 
sequência. O sistema operacional gerencia o processo de carregamento dos 
programas na memória para sua execução. Se o sistema operacional não 
controlasse esse carregamento dos programas na memória, muitos programas 
iriam se sobrepor a outros e, com frequência, não conseguiríamos executá-los. 
 
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• A terceira e última função de um sistema operacional diz respeito ao uso dos 
dispositivos tanto de entrada como de saída conectados ao seu computador. 
Alguns dispositivos que o sistema operacional permite acessar são os 
monitores, impressoras, teclado e drivers acionadores de discos. 
 
Mas por que se importar com os sistemas operacionais? Quando, acima, falamos dos 
custos, foi comentado que estes são elevados devido à necessidade de compra (ou aluguel) da 
licença para execução do ERP, a qual deve ser obtida para cada computador. Dependendo 
do sistema operacional escolhido, o conceito de licença também é aplicado; por exemplo, os 
sistemas operacionais Windows devem ter licença para ser executado enquanto o sistema 
operacional Linux não precisa de licença, ou seja, o Linux é gratuito. 
É claro que pode haver uma mescla de sistemas operacionais em uma mesma 
empresa, Windows e Linux podem trabalhar juntos. Geralmente o Linux é usado no lado 
servidor e o sistema Windows, por ser o sistema mais usado, é instalado na máquina dos 
usuários. 
Os sistemas operacionais têm as mesmas características, embora cada um ofereça 
interfaces e aplicativos diferenciados entre si. 
 
 
 
5.2 BANCO DE DADOS 
 
 
Um banco de dados é um conjunto de dados estruturado adequadamente para ser 
utilizado de forma eficiente por uma diversidade de aplicações. Um conjunto estruturado de 
dados mostra, ao usuário, a existência de informações, de relações entre os próprios dados, 
determinando o grau de importância entre eles. 
Ele armazena dados informados pelos usuários e, para que eles sejam armazenados de 
forma adequada, os bancos de dados organizam-nos em forma de registro, campo, tabela e 
tipo de dados. 
Um campo é um dado armazenado de forma isolada; ele descreve certos atributos. 
Como exemplo podemos citar que, ao armazenar as informações de um carro, os possíveis 
campos que fariam parte deste banco seriam referentes à marca, à cor, à placa, ao modelo, ao 
chassi e assim por diante. Cada campo tem suas características de armazenamento: uns 
poderão armazenar somente números, outros poderão aceitar dados alfanuméricos. Essa 
característica de armazenamento chama-se tipo de dados. 
Todas as informações que descrevem as características de um carro específico formam 
os registros, portanto um registro completo, no caso do exemplo citado, poderia ser: modelo 
fusca de cor vermelha com uma placa DSC1234 e com o número de chassi 12345678. 
 
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As informações de vários registros formam as tabelas, assim sendo pode-se concluir 
que as tabelas são constituídas de registros e campos. 
Os acessos a essas informações, na maioria dos bancos de dados atuais, são feitos de 
forma rápida e precisa, mas, para que isso ocorra, o desenvolvimento de um banco de dados 
deve ser feito por profissionais especializados que utilizam metodologias adequadas para o seu 
desenvolvimento. Essas metodologias evitam que haja dados repetidos, dados inconsistentes e 
erros ao se armazenar determinadas informações. Todo esse processo dará maior segurança 
às informações disponibilizadas, melhorando a tomada de decisões por parte dos 
administradores. 
Os bancos de dados armazenam os dados e, para que estes dados possam ser 
manipulados de forma adequada, um conjunto de programas deve ser desenvolvido por 
algumas empresas e disponibilizado para uso. Esse conjunto de programas, cujo nome é 
Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados, é responsável por isentar o usuário das 
tarefas mais árduas a fim de obter informações. 
Os Sistemas de Banco de Dados mais comuns usados por empresas de grande porte 
são o Oracle, o Microsoft SQL, o DB2 entre outros. Todos eles disponibilizam a linguagem PL-
SQL (Procedural Language / Structured Query Language), uma linguagem que permite a 
manipulação dos dados através de comandos básicos e padronizados. 
A escolha de um banco de dados para armazenar as informações da empresa é de 
responsabilidade da própria empresa. Em conjunto com os desenvolvedores do ERP, pode-se, 
através de avaliação, decidir qual banco de dados usar. Todos os bancos citados acima são 
capazes de interagir muito bemcom sistema ERP, dando respostas rápidas e precisas, 
considerando grandes volumes de informações. 
 
 
5.3 Redes de Computadores 
 
 
Uma rede de computadores é o conjunto de componentes que, interligados uns aos 
outros, possibilitam a comunicação via protocolos. Os componentes são computadores e 
outros dispositivos que organizam e estabelecem interconexões entre as redes. 
Num sentido mais genérico, o termo dispositivo é usado para representar qualquer 
entidade conectada à rede. Estas entidades podem ser impressoras, computadores, servidores 
de comunicação, repetidores, pontes, switch, roteadores e diversos outros dispositivos de uso 
específico. 
 
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Para que haja conexões entre um computador e outro dispositivo, utilizam-se circuitos 
como placa de rede e meios de redes, os quais podem ser físicos ou não. O ambiente para 
interligação dos dispositivos é chamado de meio; ele fornece as condições adequadas para 
que a comunicação aconteça. Os meios físicos usados para a conexão são o cabo coaxial, o 
cabo de par trançado e a fibra óptica. 
A radiofrequência é o meio não físico usado para transmitir informações. Chama-se 
esse tipo de meio de Wireless e as tecnologias mais conhecidas que se utilizam desse meio são 
o Wi-Fi, WiMax, infravermelho e bluetooth. 
Além de toda a parte tecnológica, deve haver regras comuns para que os dispositivos 
possam se comunicar; o protocolo é a regra utilizada pelos dispositivos para essa finalidade. O 
protocolo mais comum usado na Internet é o TCP/IP, no entanto há outros protocolos como o 
ARP, SNMP, RIP e outros que auxiliam na comunicação dos dispositivos. Esses protocolos são 
importantes para a comunicação entre clientes e servidores. 
As redes são classificadas em WAN, LAN e MAN. 
A LAN – Local Area Network – são as redes locais de uma empresa, escritório e as redes 
implantadas em casa. 
A MAN – Metropolitan Area Network – são as redes que têm alcance metropolitano, ou 
seja, uma rede que interconecta recursos computacionais em uma área referente a uma 
metrópole é considerada uma MAN. 
A WAN – Wide Area Network – são as redes que interconectam recursos computacionais 
distantes geograficamente uns dos outros. 
 
A evolução dos dispositivos de rede torna possível que a velocidade da troca de 
informações seja cada vez maior. A exigência por velocidades maiores cresce cada vez mais 
entre os usuários e torna-se cada vez mais frequente. Se, no início das redes de computadores, 
só eram transmitidos textos a uma velocidade de 9.600 bps (bits por segundos), hoje as 
imagens, sons, filmes, vídeos exigem velocidades maiores e também maior largura de banda. 
A largura de banda pode ser analogamente comparada a uma rodovia: quanto maior a 
quantidade de pistas melhor será o tráfego, então quanto maior a largura de banda maior será 
o tráfego das informações. 
Esses são os recursos físicos que deverão ser analisados e considerados na 
implementação de um ERP. Vários funcionários mantêm controles feitos em planilhas 
eletrônicas e até mesmo em banco de dados que não comportam grande volume de 
informações. Esses controles também devem ser avaliados a fim de que se verifique a 
possibilidade de sua implantação e se o ERP irá contemplar as informações necessárias. 
Enfim, tudo o que a empresa tem como recurso deve ser avaliado e considerado para evitar 
custos desnecessários durante e depois da implantação. 
 
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Anotações 
 
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LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane P. Sistemas de Informação Gerenciais: 
Administrando a empresa digital. 5.ed.Sao Paulo: Pearson, 2005. 
 
SILVA, R. O. Teoria da Administração. São Paulo: Pearson, 2008. 
 
Referências

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