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Afecções Tendíneas dos Cavalos

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@resuvet_ 
Afecções Tendíneas 
Introdução 
Para compreender as afecções Tendíneas é necessário 
compreender a composição dos tendões. Ele é composto 
por: 
↪ células tendíneas ou chamadas de tendinócitos; 
↪ fibras de colágeno tipo I; 
 
E o tendão é envolto por uma bainha, chamada de 
paratendão e é vascularizado. 
As extremidades distais dos membros dos equinos são 
compostas por ossos, tendões e ligamentos. 
↪ Ligamentos: mantém a ligação entre os ossos no 
nível das articulações; 
↪ Tendões: comunicam os músculos aos ossos; 
Anatomia 
Para falar de afecções tendíneas é necessário 
relembrar a anatomia. Equinos possuem tendões: 
 - Tendão flexor digital superficial 
 - Tendão flexor digital profundo 
 - Ligamento suspensório do boleto 
 - Tendão extensor digital comum 
 - Tendão extensor digital lateral 
 
Tendinite 
É um processo inflamatório que acomete o tendão e suas 
bainhas, ocorrendo ruptura das fibras de colágeno. 
Tendões mais acometidos são: 
↪ Atletas: tendões flexores dos membros 
anteriores; 
↪ Tração e sela: tendões flexores de membros 
posteriores; 
Patogenia 
Esforço exagerado gera tensão sobre os tendões, 
fazendo com que ocorra distensão de suas fibras, que 
não suportam a tração mecânica e acabam rompendo. 
 
 
Resumindo: 
ESFORÇO DISTENÇÃO DAS FIBRAS 
 
 RUPTURA 
 
 PROCESSO INFLAMATÓRIO 
 
 Perda da capacidade tensora 
 
FLEXORES 
EXTENSORES 
@resuvet_ 
Fatores Predisponentes 
Os principais fatores que predispõe os cavalos a 
desenvolverem lesões tendíneas são: 
↪ trabalho precoce – inicia o treinamento muito 
jovem, ainda são imaturos; 
↪ conformação de quartela – quartelas longas, a 
tensão será maior; 
↪ fadiga muscular após longas corridas; 
↪ treinamentos forçados e indevidos; 
Sinais Clínicos 
↪ Fase aguda: Início após a ação traumática; Região 
comprometida: 
↪ aumento de volume 
↪ dor intensa a palpação – reage bruscamente 
↪ claudicação grau IV 
↪ Fase crônica: se a fase aguda não for tratada ou o 
tratamento for inadequado, animais que desenvolveram 
tendinite e voltaram muito cedo ao exercício/trabalho 
podem desenvolver a forma crônica da doença (ideal 6 
meses de repouso). Região comprometida: 
↪ claudicação discreta somente quando o animal é 
submetido ao trote. 
↪ geralmente indolor 
↪ aumento de volume firme devido a fibrose que se 
forma 
↪ aderências entre os tendões: restrição dos 
movimentos dos tendões flexores – difícil de tratar 
↪ constrição do ligamento anular palmar ou plantar 
Diagnóstico 
Sinais clínicos: dor a palpação, aumento de volume, 
claudicação quando agudo; claudicação ao trote e aumento 
de volume firme; 
Ultrassonografia – lesões tipo core 
Termografia – aumento de temperatura; 
Tratamento 
Fase aguda: repouso imediato, duchas frias 3x ao dia por 
20 minutos ou bolsas de gelo por 15 minutos (reduzir a 
inflamação e diminuir a dor); Não colocar o gelo direto na 
pele! 
↪ DMSO tópico 
↪ fenilbutazona 2,2 a 4,4mg/kg – 5 a 7dias; 
↪ flunexim meglumine 1,1 mg/kg – 5 a 7dias; 
↪ Plasma Rico em Plaqueta ou Células Tronco 
Mesnsequimais intra lesional – reconstrução tecidual; 
↪ Exercícios controlados, para não formar 
aderências – de 6 meses a 1 ano; 
↪Dia 0 ao dia 30: puxado pelo cabresto 2x ao 
dia – 10 minutos; 
↪ Dia 30 ao 60: puxado pelo cabresto - 30-40 
minutos; 
↪ Dia 60 a 90: trote – 5 minutos; 
↪ Dia 90 a 150: trote – 10 a 15 minutos; 
↪ Dia 150 a 365: vai aumentando... 
..... Ou seja, o exercício controlado inicia ao passo 
e deve ser aumentado gradativamente até que 
ele consiga competir/trabalhar novamente. 
 
Fase Crônica: difícil tratamento 
↪Aderências: desfazer aderências com substancias 
revulsivas (derivadas do iodo, tentativa de reverter o 
processo crônico para agudo) e cirurgia. 
Mesmo fazendo a cirurgia, as aderências podem 
voltar. 
Constrição do ligamento 
anular 
O ligamento anular palmar é uma banda fibrosa que 
envolve a articulação metacarpo falangeana 
Quando há lesão, normalmente está associada a tendinite 
crônica; 
@resuvet_ 
 
Normalmente é secundária a tendinite crônica, mas pode 
ocorrer devido a traumatismos, ferimentos incisos ou 
infecção sobre articulação metacarpo falangeana. 
Patogenia 
Quando ocorre lesão, há formação de edema, mas devido 
a constituição desse ligamento ser fibrosa, ele impede 
que haja aumento de volume da área, fazendo constrição. 
 
Diagnóstico 
É feito através dos sinais clínicos, histórico (o animal 
apresenta tendinite crônica) e claudicação persistente; 
Ultrassonografia: avalia a parede desse ligamento 
↪ Até 5mm: normal 
↪ 5 a 8mm: levemente espessado; 
↪ Maior que 8mm: bastante espessado 
Tratamento 
De acordo com o grau de espessamento se faz a escolha 
do tratamento. 
↪ Até 5mm: tratamento conservador AINES - 
fenilbutazona, flunexin meglumine; massagem com 
DMSO; exercícios controlados; 
↪ Maior que 8mm: tratamento cirúrgico – 
desmotomia; alivia a pressão interna e o animal 
deixará de claudicar; Pode ser feito com o animal em 
pé. 
 Síndrome do Canal 
Cárpico 
É uma constrição secundária do ligamento anular carpal 
volar (retináculo flexor carpal). Esse retináculo é uma 
banda fibrosa que envolve o carpo e ela impede que 
ocorra expansão de tecido. 
 
Dentro do túnel do carpo é por onde passa os tendões e 
envolta desse túnel está presente o retináculo flexor. 
 
Patogenia 
Está associada a fraturas do osso carpo ou sinovites da 
bainha cárpica (processos inflamatórios). Quando há 
algum processo inflamatório no carpo, o retináculo 
impede que haja aumento de volume, fazendo constrição, 
geralmente o edema formado sobe ou desce, ficando 
com um aumento de volume proximal ou distal ao carpo. 
 
fratura de ossos do carpo 
 
aumento de volume 
 
desenvolve a síndrome do canal cárpico 
 
Diagnóstico 
O diagnóstico é feito através de imagens e sinais clínicos 
@resuvet_ 
Tratamento 
Deve tratar primeiramente a causa, nos casos de 
fratura pode ser colocado parafusos – osteossíntese. 
↪ Cirúrgico: desmotomia do ligamento anular volar / 
retináculo flexor carpal. 
 
Alongamento Congênito 
dos Tendões 
Ocorre frequentemente nos potros, podendo ser nos 
membros anteriores e posteriores. Os potros parecem 
ser “achinelados”. Só há intervenção se o animal 
apresentar problemas clínicos. 
 
Está relacionado principalmente ao mal posicionamento 
uterino e em casos leves podem corrigir 
espontaneamente. Além disso, as causas podem ser: 
↪ Hereditária, 
↪ Deficiência alimentar de éguas prenhas 
↪ Potro prematura (possuem tônus muscular 
reduzido) 
Alguns potros podem chegar tocar o boleto no chão e a 
pinça ficar elevada. Dependerá do grau de alongamento: 
Grau de alongamento alto: 
↪ Levantamento de pinça 
↪ Exposição de sola 
↪ Boleto tocando no chão 
 
Medidas terapêuticas: casos que o grau de alongamento 
é alto. 
↪ Casos leves: regressão espontânea – vai ganhando 
tônus muscular (soltar o animal) 
↪ Casos graves: imobilização com talas (cuidado, pois 
ela pode piorar, não irá desenvolver tônus muscular e 
irá atrofiar). Fazer o estabulamento do potro e cama 
alta. 
Uso de ferraduras com prolongamento: são 
ferraduras prolongamento de talões (2 a 3 cm de 
prolongamento). Elas são coladas e não ferreadas. 
Utilizada somente em casos graves e o animal deve 
ser mantido estabulado, pois ele pode arrancar a 
ferradura pisando com o outro membro. 
Ruptura Traumática 
dos Tendões 
Flexores e Extensor Digital 
Essa ruptura pode ocorrer devido: 
↪ Traumatismos 
↪ Arame liso 
↪ Latas 
↪ Objetos cortantes 
Ruptura dos Tendões Extensores: A clínica do animal com 
ruptura dos tendões extensores é arrastamento da 
pinça quando submetidosa locomoção e quando ele para 
de andar, volta ao normal, isso porque os tendões 
flexores estão íntegros. A flexão não está comprometida. 
Corte na face dorsal de metacarpo ou metatarso pode 
sugerir a ruptura desses tendões. 
Ruptura do Tendão Flexor Digital Superficial: a inserção 
do TFDS é na face palmar da 2° falange, por isso ocorre 
rebaixamento da articulação metacarpo ou metatarso 
falangeana; Deve comparar com o membro contralateral. 
Podem levar a 
ruptura dos tendões 
@resuvet_ 
 
Ruptura do Tendão Flexor Digital Profundo: a inserção do 
TFDS é na terceira falange, portanto, além do 
rebaixamento da articulação metacarpo ou metatarso 
falangeana, ocorre elevação da pinça. 
Ruptura do TFDS, TFDS e Ligamento Suspensório do 
Boleto: ocorre perda total do contato da sola com o solo. 
 
 
 
 
 
Tratamento 
O tratamento é cirúrgico com suturas específicas para 
tendões. Essas suturas fazem a reaproximação do 
tendão. Pós Operatório: 
↪ REPOUSO de 60 dias – até cicatrização completa 
do tendão. 
↪ Uso de ferraduras com prolongamento - Flexores 
↪ Imobilização com talas – SEMPRE 
↪ Penicilina 20.000 UI + Gentamicina 6,6 mg/kg 
↪ Enrofloxacino 10% 2,5 a 5mg/kg 
Ruptura do Tendão 
Pré – Púbico 
O tendão pré-púbico funciona como uma inserção comum 
para os músculos abdominais e a linha alba. 
 
Se desenvolve lentamente durante a última parte da 
prenhez, é precedida por edema do abdômen ventral, e 
depois de um período variável desse edema, ocorre a 
ruptura do tendão. O músculo reto do abdome atua como 
um aparato de contenção para o abdome ventral, e ao 
romper o tendão, ocorre uma distensão em sua porção 
posterior, a pélvis posterior é girada para cima e a 
anterior se posiciona para baixo. 
 
Fatores que predispõe a ruptura: 
↪ gestações gemelares, 
↪ hidropisia das membranas fetais, 
 ↪ gigantismo fetal, 
↪ gestação prolongada; 
O tratamento geralmente é insatisfatório e as éguas vem 
a óbito antes do parto; Mas pode se fazer o 
confinamento em baias grandes e limitar o exercício. 
Quando ocorre o parto, as éguas ficam muito 
deformadas; 
 
O prognóstico é melhor quando a 
ruptura ocorre nos extensore. Pior 
prognóstico para os flexores devido 
a cargar que esses tendões toleram. 
 
@resuvet_ 
Ruptura do Tendão 
Fibular Peroneus 
Tertius 
 
Ocorre devido a traumatismos, animais de corridas são 
bastante acometidos devido: 
↪ arrancadas ou saídas bruscas; 
O animal apresenta sinal clínico somente quando está em 
movimento “aspecto de ter ocorrido fratura” e em 
repouso não apresenta anormalidades. 
Diagnóstico 
↪ Flexão da articulação femurotibiopatelar e 
extensão do jarrete; 
Tratamento 
Repouso em baias por no mínimo 6 semanas. 
 
 
 
Luxação da Calota do 
Tendão Flexor Digital 
Superficial 
Ocorre devido a ação traumática por esforço. A 
extensão exagerada do RFDS leva ao rompimento da 
bainha que mantém estável sobre o calcâneo. 
Tratamento 
↪ Restrição de movimentos 
↪ Deixar o animal confinado em baias 
↪ AINES e ducha para reduzir a inflamação. 
Cirúrgico : A cirurgia só é recomendada se o tratamento 
clínico não for efetivo; 
↪ fazer imbobilização do membro por 15 dias 
↪ repouso de no mínimo 45 dias;

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