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01 - aula introdução a bioquimica clínica

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Bioquímica Clínica 
Introdução ao Laboratório de 
Bioquímica Clínica
1Prof. Luiz Maia 
2
Introdução ao Laboratório 
de Bioquímica Clínica
- Importância do laboratório de
bioquímica clínica
- Procedimentos analíticos
- Controle de qualidade
- Noções de biossegurança
● Ramo do Laboratório Clínico que emprega métodos
químicos e bioquímicos na pesquisa de uma doença.
● Corresponde a aproximadamente 1/3 de todas as
investigações laboratoriais de um hospital.
● Amostras
Sangue
Urina
Líquidos cavitários
3
Importância do laboratório 
de Bioquímica Clínica
● Através dos testes bioquímicos é possível identificar
condições como diabetes mellitus, infarto agudo do
miocárdio, alterações hepáticas, renais, pancreáticas
entre diversas outras.
● Usos dos testes bioquímicos: além do diagnóstico,
estes testes são úteis no monitoramento do tratamento,
monitoramento do curso da doença, avaliação do
prognóstico, triagem,...
4
1- Fase pré-analítica
Orientações ao paciente, coleta da amostra, transporte da
amostra, processamento da amostra, armazenamento da
amostra,... Variáveis podem influenciar nos resultados.
2- Fase analítica
Dosagem do marcador bioquímico
3- Fase pós-analítica
Expressão dos resultados, avaliação do controle de
qualidade, emissão de laudo,...
5
Procedimentos analíticos
1- Fase pré-analítica
Principais amostras utilizadas
- Líquor:
* Funções: fornecimento de nutrientes ao cérebro,
proteção mecânica das células neuronais,...
* Examinado na suspeita de acidente vascular cerebral,
meningite, doença desmielinizante, leucemias,
linfomas,...
* Dosagens bioquímicas: glicose e lactato (meningites),
proteínas (redução nas leucemias), cloretos, ureia,
lactato desidrogenase,..... 6
Coleta do Líquor
7
3 Tubos:
1) Bioquímica e imunologia; 2) Microbiologia; 3) Citologia.
Coleta (sem anticoagulante): 
entre 3ª e 4ª vértebras
Líquor sanguinolento
- Líquido sinovial:
* Funções: Preenchimento dos espaços livres intra-articulares.
Permite movimentos articulares sem causar danos, produção e
reabsorção de líquidos, mantendo o equilíbrio fisiológico,...
* Retirado das articulações (artrocentese – coleta com
heparina); dosagens bioquímicas podem auxiliar na
diferenciação do tipo de artrite (infecciosa ou não).
* Dosagens bioquímicas: glicose (redução na artrite infecciosa),
proteínas totais, ácido úrico,...
8
- Líquido amniótico (amniocentese):
* Funções: crescimento externo simétrico do embrião, barreira
contra infecções, proteção mecânica contra traumatismos,
possibilita que o feto se mova livremente, função de nutrição e
excreção,...
• Diagnóstico pré-natal de doenças congênitas, avaliar a
maturidade fetal e avaliar infecção intra-uterina.
• Dosagens bioquímicas: fosfolipídeos (lecitina,
fosfatidilglicerol,...), α-fetoproteína,...
9
- Líquido pleural (toracocentese):
* Função: lubrificação pulmonar.
* Classificação em transudato (insuf. cardíaca congestiva,
cirrose hepática,...) ou exsudato (tuberculose, neoplasias,...).
* Dosagens bioquímicas: proteínas, LDH, pH, amilase,...
Exsudato (permeabilidade aumentada): 
- Proteínas no liq. pleural/soro  0,5
- LDH no liq. Pleural/soro  0,6
10
- Líquido ascítico:
* Função: proteção da cavidade abdominal, lubrificando e
reduzindo o atrito entre os órgãos.
* Dosagens bioquímicas: amilase, albumina,...
* Determinar as causas da ascite (albumina soro/líq. ascítico).
Elevação neste gradiente: cirrose (causa acúmulo de um
filtrado do plasma na cavidade abdominal).
11
- Urina:
* Urina de 24 horas, urina com outros intervalos de tempo, urina
aleatória e primeira urina da manhã.
* Dosagens bioquímicas: urina de 24 horas (creatinina, eletrólitos,
proteínas totais, albumina,...); urina com outros intervalos
(amilase,...); urina aleatória (proteínas totais, albumina,...);
primeira urina da manhã (EQU).
12
Coleta de sangue
- Venoso, arterial ou capilar (escolha do 
local é importante)
- Uso de EPIs
- Realizar antissepsia
- Uso do garrote
- Coleta à vácuo, seringas ou lancetas
- Tubo correto e identificado
- Sangue:
13
Sangue venoso
- As veias transportam
sangue da periferia para
o coração.
-Veias mediana, cefálica
ou basílica.
- Dobra do cotovelo.
- Ângulo para coleta de
aprox. 30º.
14
Sangue arterial
- Sangue oxigenado pelos pulmões e
bombeado pelo coração para os
tecidos.
- Coletado em nível hospitalar.
- Artéria radial, braquial e femoral.
- Ângulo para coleta de 30-45º
(radial), 45-60º (braquial) e 45-90º
(femoral).
15
Sangue capilar
- Mistura de sangue arterial e
venoso.
- ponta do dedo, lóbulo da
orelha e planta do pé
- Controle de glicemia, tempo
de sangramento,...
16
Processamento das amostras de sangue
Sangue total
Soro ou plasma
sem fibrinogênio com fibrinogênio
~ 10 min. a 2500 rpm
17
18
Erros na fase pré-analítica
- Tempo de jejum
- Erro na identificação
- Garroteamento prolongado
- Tubo incorreto
- Armazenamento incorreto
- Amostra insuficiente
- Hemólise e Lipemia
19
Hemólise Proteínas totais e albumina
Transaminases
Cálcio
Fósforo
Bilirrubina
Amilase
Creatinina
Lipemia
Amilase
Sódio
Potássio
- Transferência do sangue de forma
inadequada.
- Homogeneização brusca.
- Uso do tubo secundário.
- Temperaturas anormais.
- Interrupção brusca da centrifugação.
- Ingestão de alimentos 
gordurosos.
- Usuários de retrovirais.
20
Variáveis pré-analíticas
Controláveis: 
- Variáveis fisiológicas: postura (repouso prolongado
aumenta a excreção de cálcio, sódio, ureia e
creatinina) exercício físico (elevação na AST, LDH e
CK), variação circadiana (insulina é mais elevada
pela manhã), ciclo menstrual (colesterol e
triglicerídeos tendem a estar elevados no meio do
ciclo),...
21
Variáveis controláveis Variáveis não controláveis
Controláveis: 
- Viagens: Durante um vôo prolongado, ocorre retenção
de líquido e sódio.
- Dieta: vegetarianos tem redução de LDL e VLDL.
Desnutrição reduz proteínas totais, albumina,...
- Tabagismo: elevação nos níveis de glicose, colesterol e
triglicerídeos e redução no HDL.
- Ingestão de etanol: aumento de triglicerídeos.
- Administração de medicamentos: novalgina reduz
creatinina; anticoncepcionais orais causam elevação na
amilase, transaminases e colesterol.
22
Não Controláveis: 
- Idade: CK, GGT e AST estão elevadas no RN.
Icterícia fisiológica do RN. Redução de glicose no
RN. O fosfato sérico diminui bastante após os 20
anos de idade. Redução na depuração de creatinina
no idoso.
- Sexo: Após a puberdade, a FAL aumenta nas
mulheres. Albumina, cálcio, magnésio e LDL são
maiores nos homens. HDL e -globulina são maiores
nas mulheres.
23
Não Controláveis: 
- Obesidade: elevação de colesterol e triglicerídeos e
redução no HDL. Com o ganho de peso, AST,
proteínas totais e creatinina aumentam nos homens e
o cálcio aumenta nas mulheres.
- Gravidez: TFG aumenta em 50% durante o terceiro
trimestre. Hemodiluição leva à redução nas proteínas
séricas.
- Estresse: elevação de glicose, colesterol e albumina.
24
2- Fase analítica
Calibrador (concentração fixa conhecida), soro
controle (intervalo de confiança), amostras, kits
laboratoriais, água destilada, vidrarias, micropipetas,
banho maria, equipamentos de leitura,...
25
26
Equipamentos de leitura
Analisador de tiras de urina: determinação de
urobilinogênio, glicose, bilirrubina, corpos
cetônicos, densidade, sangue, pH, proteína,
nitrito e leucócitos.
Avaliação de aspectos físicos e químicos
e contagem de células totalmente
automatizadas.
Analisadores urinários
http://www.apija.com.br/site/imagem.php?p=../dados/produtos/prd0000060.jpg
Átomos de metais emitem luz, após aquecimento
por uma chama. Dosa-se lítio (Li+), sódio (Na+),
potássio (K+), magnésio (Mg2+),...
27
Equipamentos de leitura
Fotômetro de chama
Eletrodos íons seletivos
Eletrodos que respondem seletivamente a
alguns íons, medindo o potencial de um íon
específicoem solução. Serve para a dosagem
de cálcio (Ca2+), sódio (Na+), cloreto (Cl-),...
28
Aparelhos de quimioluminescência
Equipamentos de leitura
A quimioluminescência é a emissão de luz
em consequência de uma reação química.
Dosa-se T3, T4, TSH,...
Turbidimetria e nefelometria. Dosa-se PCR,
α1-glicoproteína ácida, imunoglobulinas,
ferritina, transferrina,...
Turbidímetro
29
Manual (visível ou visível e UV),
sem cubeta termostatizada.
Automático: método 100%
automatizado.
Semi-automático: com cubeta
termostatizada. Requer utilização
de reagentes líquidos.
Equipamentos de leitura
Espectrofotômetros
Espectrofotometria
Quantidade de luz absorvida é proporcional 
a concentração do analito
I0
It
T = It
I0
30
Classificação das reações 
espectrofotométricas
Quanto ao produto formado Quanto ao procedimento
- Reações colorimétricas
- Reações ultra-violetas
- Reação de ponto final
- Reação cinética contínua
- Reação cinética de 2
tempos
31
Tipo de reações quanto ao produto formado
Colorimétricas: Formação de produtos coloridos (400 – 800
nm). Lâmpada de tungstênio. Cubetas de plástico ou vidro.
Ultra-violeta: Produtos absorvem energia na região do ultra-
violeta (200 – 400 nm). Lâmpada de hidrogênio. Cubetas de
quartzo.
CE
1) Ésteres do colesterol Colesterol + Ácidos Graxos
CO
2) Colesterol + O2 Colest-4-en-ona + H2O2
3) 2H2O2 + Fenol + 4-Aminoantipirina antipirilquinonimina + 4H2O
Perox.
Lactato + NAD+ Piruvato + NADH
LDH
500 nm
340 nm
32
Tipo de reações quanto ao procedimento
Reação de ponto final: A concentração do produto formado
atinge um valor máximo, permanecendo inalterada por algum
tempo.
Inicio da formação do produto
Período de estabilidade do produto
Perda de estabilidade do produto
33
CE
1) Ésteres do colesterol Colesterol + Ácidos Graxos
CO
2) Colesterol + O2 Colest-4-en-ona + H2O2
3) 2H2O2 + Fenol + 4-Aminoantipirina antipirilquinonimina + 4H2O
Perox.
Exemplo de reação colorimétrica de ponto final:
Exemplo de reação UV de ponto final:
Fósforo inorgânico + H2SO4 + Molibdato de amônio fosfomolibdato
500 nm
340 nm
34
Reação cinética contínua: A velocidade de formação do
produto é medida em intervalos de tempo, 3 no mínimo. Necessário
cubeta termostatizada.
1
2
Redução da velocidade 
por esgotamento do 
substrato
Exemplo: butiriltiocolina + H2O tiocolina + butirato
tiocolina + DTNB 2-nitro-5-mercaptobenzoato
405 nm
3
l
l
l
Che
35
l
Reação cinética de 2 tempos: É uma variante da reação
cinética contínua. É realizada leitura aos 30 e aos 90 seg. (outros
tempos podem ser utilizados). Necessário cubeta termostatizada.
30 seg.
90 seg.
Reação com velocidade constante
Velocidade não é 
constante
Redução da velocidade 
por esgotamento do 
substrato
Exemplo: Creatinina + Ácido Pícrico ⎯⎯⎯⎯→ Picrato de Creatinina
510 nm 36
3- Fase pós-analítica
- Cálculos e expressão dos resultados (mg/dL, U/L,...)
- Controle de qualidade
- Comparação com o valor de referência
- Comparação com o quadro clínico
- Emissão do laudo
37
38
O laudo deve conter no mínimo os seguintes itens:
a) identificação do laboratório;
b) endereço e telefone do laboratório;
c) identificação do Responsável Técnico (RT);
d) nº. de registro do RT no respectivo conselho de classe profissional;
e) identificação do profissional que liberou o exame;
f) nº. de registro do profissional que liberou o exame no respectivo conselho de
classe do profissional
g) nº. de registro do Laboratório Clínico no respectivo conselho de classe
profissional;
h) nome e registro de identificação do cliente no laboratório;
i) data da coleta da amostra;
j) data de emissão do laudo;
k) nome do exame, tipo de amostra e método analítico;
l) resultado do exame e unidade de medição;
m) valores de referência, limitações técnicas da metodologia e dados para
interpretação;
n) observações pertinentes.
RDC 302, de 13 de outubro de 2005.
39
Controle de qualidade
Controle de 
qualidade interno
Controle de 
qualidade externo
- Necessário para o
acompanhamento diário
da precisão e acurácia
do método analítico
- Necessário para a
manutenção da precisão
de longo prazo dos
métodos analíticos
• Controle de qualidade interno:
- Realizado para verificar se as dosagens estão
corretas e portanto se seus resultados são confiáveis
e podem ser liberados, evitando erros.
Calibrador e soro controle 
40
- Calibrador e soro controle: São constituídos de soro
humano, geralmente liofilizado, contendo vários analitos.
Depois de reconstituídos com água destilada, armazenar em
alíquotas.
* Calibrador: é fornecido um valor fixo. Frequência de uso é
variável (pode ser diário ou não). Realizado antes da rotina.
Utilizado em aparelhos semi-automatizados e
automatizados.
* Soro controle: é fornecido um intervalo de confiança.
Proceder a dosagem como se fosse a amostra de um
paciente. Utilizado em aparelhos manuais, semi-
automatizados e automatizados.
Importância do calibrador e do 
soro controle
41
Calibrador
Exemplo: Lote 1001
Glicose: 212 mg/dL
Colesterol: 168 mg/dL
Triglicerídeos: 168 mg/dL
Uréia: 90 mg/dL
42
Soro controle normal
Exemplo: Lote 2001
Glicose: 87 mg/dL 74 – 100 mg/dL
Colesterol: 144 mg/dL 122 – 166 mg/dL
Triglicerídeos: 126 mg/dL 107 – 145 mg/dL
Uréia: 29 mg/dL 25 – 33 mg/dL
Média Intervalo
Média ± 2DP
43
- Recomendação: cada laboratório pode desenvolver o seu
próprio intervalo de confiança. Para isto, analisar o soro
controle no mínimo 20 vezes e em 20 dias diferentes.
Soro controle alterado
Exemplo: Lote 1001
Glicose: 232 mg/dL 197– 267 mg/dL
Colesterol: 186 mg/dL 158 – 214 mg/dL
Triglicerídeos: 182mg/dL 155 – 209 mg/dL
Uréia: 110 mg/dL 94 – 127 mg/dL
Média Intervalo
Média ± 2DP
44
- Recomendação: cada laboratório pode desenvolver o seu
próprio intervalo de confiança. Para isto, analisar o soro
controle no mínimo 20 vezes e em 20 dias diferentes.
45
Avaliação do controle de 
qualidade interno
- Gráfico de controle de Levey-Jennings 
(visão geral do soro controle)
- Gráfico multirregras de Westgard 
(regras de rejeição do soro controle –
erro sistemático ou aleatório)
46
Gráfico de controle de Levey-Jennings
Importância: avaliar possível perda de exatidão ou precisão. 
Avaliar alguma tendência.
47
Gráfico multirregras de Westgard
- Regra 12s
Regra de Alerta: ocorre quando o valor de um dos
controles excede o limite da média ± 2S. Não implica
em rejeição. A ocorrência é um sinal de alerta e
indica que devem ser realizadas inspeções adicionais
em todos os dados.
48
Gráfico multirregras de Westgard
- Regra 22s
Regra de Rejeição (erro sistemático):
- Pode ser aplicada para 1 soro controle: quando duas
observações consecutivas do soro controle excedem a
média + 2S ou a média – 2S.
- Também pode ser aplicada para 2 soros controles: se, no
mesmo ensaio, ambos controles excederem a média + 2S
ou a média – 2S.
49
Gráfico multirregras de Westgard
- Regra 2 de 32s
Regra de Rejeição (erro sistemático):
- Quando duas de três observações consecutivas excedem
a média + 2S ou a média – 2S.
50
Gráfico multirregras de Westgard
- Regra R4s
Regra de Rejeição (erro aleatório):
- Deve ser aplicada para 2 soros controles: se um valor do soro
controle situa-se abaixo do -2S e o outro está acima do +2S, no
mesmo ensaio.
51
Gráfico multirregras de Westgard
- Regra 13s
Regra de Rejeição (erro aleatório):
- Significa que o resultado deve ser rejeitado porque o valor
de um dos controles excede o limite da média ± 3S.
52
Gráfico multirregras de Westgard
- Regra 41s
Regrade Rejeição (erro sistemático):
- Pode ser aplicada para 1 soro controle: ocorre quando
quatro observações consecutivas excedem a média + 1S ou
a média – 1S.
- Também pode ser aplicada para 2 soros controles: se, por 2
ensaios consecutivos, ambos controles excederem a média
+ 1S ou a média – 1S.
53
Gráfico multirregras de Westgard
- Regra 10x
Regra de Rejeição (erro sistemático):
- Pode ser aplicada para 1 soro controle: ocorre quando 10
observações consecutivas do controle estão do mesmo lado
da média (acima ou abaixo).
- Também pode ser aplicada para 2 soros controles: se, por 5
ensaios consecutivos, ambos controles situarem-se do
mesmo lado da media (acima ou abaixo).
54
Gráfico multirregras de Westgard
- Regra 7T
Regra de Rejeição (erro sistemático):
- Quando sete medidas de controle apresentam tendência no
mesmo sentido, ou seja, apresentam progressivamente
maior ou menor valor.
• Controle de qualidade externo:
- Processo referido como teste de proficiência (TP).
- Programas externos de acreditação laboratorial:
PALC, Control-Lab,...
55
http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.criscenter.com.br/img/pncq.gif&imgrefurl=http://www.criscenter.com.br/&h=104&w=80&sz=4&hl=pt-BR&start=3&tbnid=u5ajDgivY95w6M:&tbnh=84&tbnw=65&prev=/images%3Fq%3Dpncq%26gbv%3D2%26svnum%3D10%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DG
Importância do controle de 
qualidade externo:
• Assegura que os resultados dos laboratórios
situem-se o mais próximo possível do valor real dos
marcadores analisados.
• Visa padronizar os resultados de diferentes
laboratórios através da comparação interlaboratorial
de análises de alíquotas do mesmo material.
56
Controle externo da qualidade
(avaliação de resultados quantitativos)
Amostra controle
Resultado não conhecido
LAC 1
LAC 2
LAC 3 LAC 4
LAC 5
ANÁLISES LABORATORIAIS
Resultado
57
58
Índice =
Resultado do lab. – Média geral
DP geral
- Diferenças maiores que 2 indicam que o laboratório não
está de acordo com o restante dos laboratórios do
programa de acreditação.
Média geral dos laboratórios VALOR VERDADEIRO
- Programas de acreditação laboratorial: comparam o resultado do
laboratório com a média geral dos laboratórios (programas
estatísticos, índices,....)
*Se a diferença for significativa, o laboratório é alertado que seus
resultados não são compatíveis com os demais participantes.
O que é fornecido pelos programas de 
acreditação laboratorial
• Bioquímica básica: soro humano liofilizado, contendo
todos os analitos do setor de bioquímica.
• Hematologia básica: sangue total para determinação do
hematócrito, hemácias, leucócitos e hemoglobina.
• Coagulação: plasma humano liofilizado para TP, TTP e
fibrinogênio.
• Imunologia básica: soro humano para detecção de sífilis,
doença de chagas, HBsAg, HIV, mononucleose,
toxoplasmose,...
• Microbiologia: bactéria em meio de transporte para
identificação e antibiograma; esfregaço de suspensão
bacteriana ou secreção para coloração e identificação.
59
60
- A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 302, de 13
de outubro de 2005, dispõe sobre o regulamento técnico
para funcionamento de laboratórios clínicos.
- Esta resolução determina, entre outras coisas, que o
laboratório clínico deve assegurar a confiabilidade dos
serviços laboratoriais prestados por meio do controle da
qualidade.
Controle de qualidade Legislação
61
Controle de qualidade interno
• O laboratório clínico deve realizar Controle Interno da Qualidade contemplando:
- monitoramento do processo analítico pela análise das amostras controle, com
registro dos resultados obtidos e análise dos dados;
- definição dos critérios de aceitação dos resultados por tipo de analito e de
acordo com a metodologia utilizada;
- liberação ou rejeição das análises após avaliação dos resultados das amostras
controle.
• O laboratório clínico deve utilizar amostras controle comerciais, regularizadas
junto a ANVISA/MS de acordo com a legislação vigente.
- Formas alternativas descritas na literatura podem ser utilizadas desde que
permitam a avaliação da precisão do sistema analítico.
• O laboratório clínico deve registrar as ações adotadas decorrentes de rejeições
de resultados de amostras controle.
• As amostras controle devem ser analisadas da mesma forma que amostras dos
pacientes.
RDC 302, de 13 de outubro de 2005.
62
Controle de qualidade externo
• O laboratório clínico deve participar de Ensaios de Proficiência para
todos os exames realizados na sua rotina.
- Para os exames não contemplados por programas de Ensaios de
Proficiência, o laboratório clínico deve adotar formas alternativas de
Controle Externo da Qualidade descritas em literatura científica.
• A participação em Ensaios de Proficiência deve ser individual para cada
unidade do laboratório clínico que realiza as análises.
• A normalização sobre o funcionamento dos Provedores de Ensaios de
Proficiência será definida em resolução específica da ANVISA .
• O laboratório clínico deve registrar os resultados do Controle Externo da
Qualidade, inadequações, investigação de causas e ações tomadas para
os resultados rejeitados ou nos quais a proficiência não foi obtida.
• As amostras controle devem ser analisadas da mesma forma que as
amostras dos pacientes.
RDC 302, de 13 de outubro de 2005.
63
Noções de biossegurança
NR 32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO 
TRABALHO EM SERVIÇOS DE 
SAÚDE
ANVISA
RDC 302, de 13 de outubro de 2005 - REGULAMENTO 
TÉCNICO PARA FUNCIONAMENTO DE LABORATÓRIOS 
CLÍNICOS. 
Ministério do Trabalho
64
RDC 302, de 13 de outubro de 2005
Biossegurança:
- O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial devem manter
atualizados e disponibilizar, a todos os funcionários, instruções escritas
de biossegurança, contemplando no mínimo os seguintes itens:
a) normas e condutas de segurança biológica, química, física,
ocupacional e ambiental;
b) instruções de uso para os equipamentos de proteção individual (EPI)
e de proteção coletiva (EPC);
c) procedimentos em caso de acidentes;
d) manuseio e transporte de material e amostra biológica.
- O Responsável Técnico pelo laboratório clínico e pelo posto de coleta
laboratorial deve documentar o nível de biossegurança dos ambientes
e/ou áreas, baseado nos procedimentos realizados, equipamentos e
microorganismos envolvidos, adotando as medidas de segurança
compatíveis.
65
Limpeza, Desinfecção e Esterilização:
- O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial devem
possuir instruções de limpeza, desinfecção e esterilização,
quando aplicável, das superfícies, instalações, equipamentos,
artigos e materiais.
- Os saneantes e os produtos usados nos processos de
limpeza e desinfecção devem ser utilizados segundo as
especificações do fabricante e estarem regularizados junto a
ANVISA/MS, de acordo com a legislação vigente.
RDC 302, de 13 de outubro de 2005
66
Produtos saneantes (ANVISA)
- Álcoois: etílico e isopropílico são os principais desinfetantes
utilizados em serviços de saúde. Características: bactericida,
virucida, fungicida e tuberculocida. Não é esporicida.
Concentração de uso: 60% a 90% em solução de água
volume/volume.
- Compostos inorgânicos liberadores de cloro: hipocloritos de
sódio e cálcio. Características: bactericida, virucida, fungicida,
tuberculicida e esporicida, dependendo da concentração de
uso. Concentração de uso: 0,02% a 1,0%.
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- Compostos quaternários de amônio: alguns dos compostos
mais utilizados são os cloretos de alquildimetilbenzilamônio e
cloretos de dialquildimetiamônio. Características: bactericida,
virucida (somente contra vírus lipofílicos ou envelopados) e
fungicida. Não apresenta ação tuberculicida. É pouco corrosivo
e tem baixa toxicidade.
- Compostos fenólicos: os compostos fenólicos sintéticos
compreendem os cresóis, fenilfenol e outros. Estão em desuso,
devido à toxicidade. Características: bactericida, virucida,
micobactericida e fungicida. Não é esporicida.
Produtossaneantes (ANVISA)
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NR 32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO 
TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE
- A utilização de pias de trabalho para fins diferentes
dos previstos;
- O ato de fumar e o uso de adornos (anéis,
pulseiras, relógios,..) nos postos de trabalho;
- Unhas compridas: unhas devem estar curtas e
limpas
- O consumo de alimentos e bebidas nos postos de
trabalho;
- A guarda de alimentos em locais não destinados
para este fim;
- O uso de calçados abertos.
Proibições:
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NR 32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO 
TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE
- A todo trabalhador dos serviços de saúde deve ser fornecido,
gratuitamente, programa de imunização ativa contra tétano, difteria, hepatite
B e os estabelecidos no PCMSO.
- Sempre que houver vacinas eficazes contra outros agentes biológicos a
que os trabalhadores estão, ou poderão estar expostos, o empregador deve
fornecê-las gratuitamente.
- O empregador deve fazer o controle da eficácia da vacinação sempre que
for recomendado pelo Ministério da Saúde e seus órgãos, e providenciar, se
necessário, seu reforço.
- O empregador deve assegurar que os trabalhadores sejam informados
das vantagens e dos efeitos colaterais, assim como dos riscos a que
estarão expostos por falta ou recusa de vacinação, devendo, nestes casos,
guardar documento comprobatório e mantê-lo disponível à inspeção do
trabalho.
- Deve ser fornecido ao trabalhador comprovante das vacinas recebidas.
Vacinação:
70
- Para os recipientes destinados a coleta de material
perfuro-cortante, o limite máximo de enchimento deve estar
localizado 5 cm abaixo do bocal. Caixa com paredes
resistentes.
- O recipiente para acondicionamento dos perfuro-cortantes
deve ser mantido em suporte exclusivo e em altura que
permita a visualização da abertura para descarte.
- Os sacos plásticos, utilizados no acondicionamento dos
resíduos de saúde, devem ser preenchidos até 2/3 de sua
capacidade e fechados de tal forma que não se permita o
seu derramamento.
Resíduos:
NR 32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO 
TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE
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NR 32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO 
TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE
Equipamentos de proteção coletiva:
- Cabines de segurança biológica (CSB): Classe II indicada
para laboratórios clínicos.
- Chuveiro e lava-olhos, os quais deverão ser acionados e
higienizados semanalmente;
Cabine com a finalidade de oferecer proteção aos trabalhadores e ao
meio ambiente dos agentes químicos e biológicos. Protegem também o
produto ou ensaio executado no interior da cabine dos contaminantes
existentes no local onde ela está instalada e da contaminação cruzada
no interior da própria cabine.
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- Luvas de procedimento: O uso de luvas não substitui o
processo de lavagem das mãos, o que deve ocorrer, no
mínimo, antes e depois do uso das mesmas.
- Avental confeccionado de material impermeável, com
frente resistente e fechado nas costas, manga comprida
e punho justo.
- Óculos de proteção; lentes de contato devem ser
evitadas.
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TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE
Equipamentos de proteção individual:

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